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Havia um aglomerado de pessoas se empurrando perto do palco.
Um grande grupo de jornalistas, com câmeras e microfones.
? 3...
? Toshiya!
? 2...
? Yeah! Dir En Grey! Kyo-san!
? 1...
? Aquele idiota.
? Estamos aqui na frente do Zeppy Tóquio para o primeiro show da abertura de turnê do Dir en Grey! ? A repórter dizia com grande expectativas. ? Muitos fãs compareceram aqui hoje para tentar ver seus ídolos de pertinho! Tem muita gente mesmo! ? Dizia com um sorriso de ponta à ponta.
O jovem de fios negros tentava passar pela multidão, tentava a todo custo ver aquele que era o motivo de seu sofrimento. Queria confrontá-lo, dizer para ele que estava bem e que iria superar, mas, é claro, queria olhar naqueles olhos frios novamente. Queria bater nele e gritar, mas, acima de tudo, queria vê-lo.
Logo a distância entre o palco e a área vip foi se encurtando e os olhos do baixista se fixaram na figura na multidão.
? Yoshi...
? Toshiya.
?ooOoo-
O jovem usava uma jaqueta de couro e calças jeans azuis. Detinha uma expressão pesada, estava por deveras cansado.
Havia acabado de sair de uma pequena lanchonete, um homem gordo ? que deveria estar na casa dos quarenta anos ? saiu atrás do garoto e disse em voz alta:
? Volta aqui seu vagabundo! Se você não voltar está despedido!
O rapaz apenas se virou para encarar o homem e ergueu o dedo do meio acompanhado de um sorriso sínico.
? Foda-se.
Ao terminar de falar ? e de deixar o homem muito espantado com a atitude ? continuou a caminhar.
O jovem, que detinha a pele alva, um corpo magro e madeixas negras, caminhou com um olhar vazio... Estava frio, mas era comum para aquela época. Amanhã seria 25 de dezembro.
A neve branquinha tomava conta das calçadas da cidade de Tóquio. As ruas, quase vazias àquela hora, eram limpas pelos caminhões que tratavam de retirar a neve do asfalto.
O jovem, denominado Yoshi, suspirou pesadamente.
Continuou a caminhar, estava a caminho da estação de metrô para poder voltar para casa. Mas, por um momento, o jovem teve sua atenção desviada de seu curso.
Olhou para o lado, um pequeno beco formado por dois prédios residenciais. Havia algumas latas de lixo ali, mas mesmo assim ainda havia lixo jogado no chão.
O garoto cerrou o olhar para ver se conseguia descobrir o que se mexia em meio aos sacos de lixo.
Aproximou-se sem se dar conta e, quando viu-se, já estava em frente ao amontoado de lixo.
Ergueu a mão com certo temor e retirou uma sacola de lixo e enfim pôde ver do que se tratava, na verdade, de quem.
Observou aquela figura. Era um homem. Yoshi o observou com curiosidade, aquele rapaz não parecia ser um mendigo, não, com certeza não era. Usava calças sociais pretas, sapatos de couro preto, uma blusa de seda branca e por cima um colete preto, acompanhado de uma gravata fina por igual em tom escuro.
O rapaz desconhecido parecia cansado, estava de olhos fechados e na mão esquerda encontrava-se uma garrafa de vodca já pela metade.
Yoshi arqueou ambas as sobrancelhas ao ver a garrafa pela metade e logo soube do que se tratava.
? Ai, ai. Esse espirito natalino me mata. ? Disse batendo na bela face máscula do rapaz, fazendo com que o mesmo soltasse um resmungo qualquer.
Logo este abriu os olhos, vendo a face do outro ainda um pouco destorcida começou a reclamar.
? Ai! ? Exclamou ao sentir uma pontada em sua cabeça.
? Ei, onde você mora? ? Perguntou o menor dos dois.
? Quem é você?! ? Disse o desconhecido com claros sinais de embriagues. ? Não toque em mim seu lixo! Cadê aquele idiota? ? Disse de forma confusa, sentando-se em meio ao lixo.
Yoshi riu rapidamente com a cena, o homem parecia um pouco desengonçado enquanto tentava se lembrar do que estava acontecendo.
? Ei, você estava dormindo no meio do lixo, eu só estava passando e...
? Cala a boca droga! ? Disse o homem num tom mais sério do que antes, levando a mão direita até a testa e massageando o local de olhos fechados.
Yoshi assustou-se um pouco com aquilo, não gostava quando as pessoas gritavam consigo, ainda mais bêbados desconhecidos.
? Dane-se. ? Disse dando os ombros e pondo-se a caminhar sem olhar para trás.
? Onde eu estou? ? A voz do outro falou antes que o garoto sumisse do beco escuro.
? Não vou te falar nada, nem te ajudar. Se vire idiota. ? Disse com claro sentimento de mágoa.
Yoshi observava o outro se levantar com certa dificuldade causada pelo efeito do álcool, o jovem suspirou cansado.
O outro se aproximava cambaleando.
? Eu preciso dormir... Não posso voltar pra casa neste estado... ? O jovem falou com um tom mais ameno.
Assim que o outro se aproximou e a luz da rua iluminou sua face, Yoshi viu que aquele homem realmente era bonito. O cabelo era de uma tonalidade negra como ébano, os fios eram ondulados, lindos e muito diferentes. Ele era bem mais alto que si, deveria ter 1,79 por ai...
Tinha um olhar vazio e sem brilho. Isso tornava o seu ser enigmático, misterioso... Atrativo.
Logo Yoshi resolveu afastar tais pensamentos, afinal, o homem era um desconhecido.
? Você quer que eu faça o quê? ? Disse com certo deboche em seu tom.
O rapaz se aproximou mais ainda do menor e então apoiou a cabeça no ombro do mesmo, sentindo o aroma da pele de Yoshi.
O menor ficou sem reação, sentia a respiração quente bater contra sua pele e não conseguia mexer um musculo sequer.
O desconhecido virou a face para poder fitar o outro e com um sorriso sínico ditou:
? Chamo-me Hara, mas me chame de Toshiya... Ajude-me e eu te recompensarei... ? E nisso voltou a cravar a face no pescoço do jovem, atacou a pele sem nenhum pudor e chupou-a, deixando sua marca ali.
Yoshi, em um súbito de coragem, empurrou o outro para longe, levando a mão rapidamente até o local onde agora tinha um chupão.
? S-seu idiota! ? Gaguejou ao falar.
O outro apenas sorriu e bocejou.
? Vamos, preciso dormir...
Yoshi pensou em protestar, mas resolveu esquecer toda a estória e deixar pra lá. Pegou o bêbado passando um dos braços deste pelo seu pescoço e logo pôs-se a caminhar pela rua carregando o individuo denominado agora, Toshiya.
?ooOoo-
Yoshi estava com a face contorcida pela raiva. Sim, o jovem estava muito irritado naquela noite.
Adentrou o seu pequeno apartamento, facilmente comparado a um cubículo, e jogou as chaves em cima da mesinha que ficava perto da porta de entrada. Logo atrás dele veio o tal de Toshiya.
E ele ria animadamente.
? Você deveria relaxar mais. ? Disse ele entrando no apartamento e jogando-se no sofá, local este onde haviam várias roupas sujas de Yoshi, inclusive cuecas perdidas, as quais ele reparou bem. ? Você poderia limpar esse lugar de vez em quando... ? Disse erguendo uma cueca e sorrindo maliciosamente.
Yoshi rapidamente puxou a peça da mão do maior e com clara irritação ditou:
? Cale a boca! Vá embora seu idiota! ? Dizia já sem paciência.
Toshiya, por sua vez, limitou-se a se aconchegar melhor no sofá e a fechar os olhos.
Yoshi jogou as mãos para o alto já desistindo de mandar o outro embora. O pequeno seguiu para o banheiro e analisou sua triste situação. Encarava seu reflexo no espelho e não conseguiu pensar em nada, se não caótico.
Encontrava-se com dois chupões no pescoço. Sim, dois.
Enquanto caminhavam rumo ao apartamento de Yoshi, o mais velho disse que pagaria um táxi. Até ai tudo bem, o problema é que, dentro do táxi, Toshiya atacou mais uma vez o pescoço alvo do pequeno, irritando-o mais do que nunca.
? Onde é que eu fui me meter... ? Disse acompanhado de um suspiro.
Yoshi ficou ali, parado por um tempo, analisando a situação em que se metera.
Havia trazido um completo desconhecido para seu apartamento. Tudo bem que era um homem, conseguiria bater no outro caso algo acontecesse, mas, julgando pela diferença satisfatória de tamanho em altura e massa muscular, seria um pouco mais difícil.
Um pequeno temor começou a apossar-se do corpo daquele jovem. Agora não sabia se estava seguro em seu próprio apartamento. Com certo temor abriu apenas um pouco a porta e observou o outro que cochilava no sofá. Engoliu em seco ao analisar o corpo do homem que se denominava Toshiya... Passou seus olhos por cada músculo dos braços, por cada curva do corpo, por cada detalhe daquele ser. De forma indesejada acabou por sentir um formigamento incomodo em uma área mais sensível de seu corpo.
Com raiva o rapaz fechou a porta com força.
? Que droga! ? Disse mais para si mesmo.
Olhou para sua calça e viu o pequeno volume que se formou no local, revirou os olhos e começou a se despir. Um banho demorado resolveria tudo.
?ooOoo-
Toshiya estava literalmente jogado no pequeno sofá. Aquele não era o lugar mais confortável no qual já dormira, mas era melhor do que voltar para casa e encarar seu pai estressado.
O moreno sabia que, a partir do momento que entrasse em casa, seria atacado com uma enxurrada de perguntas e xingamentos.
O pai de Toshiya, um respeitável empresário do ramo musical, era um homem muito reservado. Prezava com orgulho a boa aparência e a boa conduta. Não suportava ter seu único filho nas capas das revistas de fofoca ora ou outra, sempre por culpa de mulheres ou bebidas. Mas tudo isso só piorava tendo em conta que Toshiya era o sucessor das grandes empresas do pai. O jovem era o herdeiro de uma grande fortuna.
Mas isso não significava nada para o rapaz. Este era um homem infeliz apesar de todos os prós de sua vida. Não conhecia o carinho paterno, não conhecia um sentimento verdadeiro.
Sabia que poderia soar ridículo para qualquer um, mas, mesmo assim, o moreno acreditava que tudo seria perfeito se encontrasse alguém importante, queria se apaixonar de verdade, encontrar amigos verdadeiros. Ele já estava farto de ficar preso a futilidades, à mentiras.
Ansiava há muito por algo a mais.
Naquela véspera de natal seu coração havia sido ferido mais uma vez.
Agora o rapaz olhava para o teto do pequeno apartamento do desconhecido que o salvará. Observava a infiltração antiga que manchava o canto da parede, observava também as louças sujas na pequena pia. Observava o chão marcado pelo tempo.
Toshiya sorriu. Era bom, pra variar, conhecer um lugar marcado pelo mundo.
Algo longe do luxo ao qual era acostumado.
Algo verdadeiro.
Olhou para trás ao ouvir o barulho de uma porta sendo fechada com brutalidade. Antes desta realmente se fechar pôde ver o outro corado.
Sorriu de forma arteira com isso e logo voltou-se para os detalhes do velho apartamento.
? Hora do pagamento...
?ooOoo-
O jovem Yoshi saiu do banheiro apenas com uma toalha na cintura. Seus fios negros e molhados encontravam-se grudados em seu pescoço e em algumas partes de sua testa.
Durante seu banho refletiu e resolveu que, se alguma coisa acontecesse, ele simplesmente ligaria para a polícia ou chamaria um vizinho. Afinal de contas, mesmo com a diferença considerativa de tamanho entre os dois, tinha plena ciência de que Toshiya estava bêbado, de tal forma que não seria difícil se livrar dele.
Caminhou pelo pequeno apartamento somente de toalha, sem se importar com o outro, afinal, este dormia, certo...?
Yoshi sentia-se um pouco acuado em relação ao moreno que parecia dormir tranquilamente em seu sofá. Durante o banho não conseguiu evitar pensar no copo másculo e bem desenhado do mesmo. Não conseguiu evitar manusear sua mão envolta de seu membro túrgido.
Não conseguia parar de desejar as mãos grandes do outro em si... Ah, droga! Estava ficando excitado novamente...
Yoshi foi até a geladeira, abrindo-a e pegando uma garrafa de água, bebendo-a na garrafa mesmo.
Por nenhum momento sequer notou que Toshiya estava acordado e o observando com um olhar cheio de malicia.
Enquanto observava o menor beber a água despreocupadamente, o moreno levantou-se do sofá e caminhou, em passos sorrateiros, até o outro, passando suas mãos em volta da cintura fina do outro.
Logo Toshiya trouxe o corpo pequeno do outro para junto ao seu, com a aproximação repentina, Yoshi sentiu um frio subir sua espinha.
Toshiya começou a depositar seus lábios bem desenhados na curva do pescoço alvo do jovem, desferindo vários beijos estalados no local. Logo algumas marcas arroxeadas começaram a aparecer pelo local também. Toda aquela movimentação repentina e sugestiva, fez com que Yoshi soltasse um gemido inconsciente. Gesto esse que fez o jovem corar de imediato.
Toshiya não deixou o gemido passar batido, logo direcionou seus lábios pecaminosos ao ouvido do menor e, em um sensual sussurro, proferiu:
? Seus gemidos são maravilhosos... ? Ao terminar deu uma longa lambida pela bochecha corada do pequeno, subindo até o ouvido e mordendo o mesmo.
Yoshi sentia seu membro pulsar com os movimentos que Toshiya desferia contra seu corpo. Sentia uma corrente eletromagnética se apossar dele, fazendo seu corpo reagir como o outro queria...
Mais uma vez gemeu.
Sentiu a mão do moreno descer lentamente pelo seu abdômen até chegar em seu falo, ainda coberto pela toalha. Toshiya massageou o local, sentiu de imediato o volume que já estava formado ali.
? Nossa, mal comecei e já está assim... Será que já estava pensando em mim antes...? ? Disse num tom de gozação, mas mesmo assim, cheio de malicia.
Yoshi sentiu raiva daquele homem naquele momento, sentiu raiva de não ter força para se livrar dele e, acima de tudo, sentiu raiva de seu corpo que reagia sem pudor a tudo aquilo!
? S-seu idiota...! Deixe-me em paz! ? Disse com certa dificuldade e com a voz baixa. Sabia que seu corpo dizia o contrario, mas iria tentar de tudo para que o outro o deixasse em paz, ao menos até ter consciência do que aquilo significava.
Toshiya não pareceu se importar com as palavras do outro, só conseguia entender a mensagem corporal do jovem.
Continuou a beijar o pescoço de Yoshi, lambendo-o e mordiscando-o de forma que atiçasse o outro.
Sua mão passou a fazer movimentos lentos na cabeça do pênis do menor, logo Toshiya conseguiu o que tanto ansiava, gemidos...
? Ahhhahhh... ? Gemia de forma afoita o pequeno. Não conseguia mais controlar suas ações, já era um caso perdido para si.
O mais velho sorriu maliciosamente ao sentir a tensão aumentar no corpo de Yoshi, adorou sentir o membro do outro enrijecer ainda mais.
Logo começou a puxar o pequeno para o sofá velho onde antes dormia. Jogou o outro, com certa brutalidade, contra o sofá. Puxou a toalha antes que o corpo do pequeno atingisse este.
Admirou aquele corpo esguio e magro de Yoshi, era um corpo delicado, pele branquinha, barriga lisa... Com certeza Toshiya iria adorar deixar aquele jovem todo marcado.
Como um gato, sorrateiro, o jovem se posicionou de quatro em cima do outro, seus olhos penetrantes e agora com um brilho malicioso, fitavam o pequeno de forma hipnotizante.
Não haveria escapatória para o pequeno, não mais.
Toshiya começou a degustar da pele branquinha e ainda com cheiro do sabonete. Beijou o peitoral do menor, desferindo pequenos chupões contra a pele alva, marcando-a como sua... Ah, a sensação de ?seu? era ótima, era seu, somente seu!
Logo os beijos de Toshiya foram subindo para o pescoço, passaram pelo queixo e logo rumaram para a boca tão convidativa do pequeno.
O beijo começou ardente, cheio de paixão e volúpia. A língua experiente do mais velho pedia passagem e esta logo lhe foi concebida.
Yoshi não mais resistia nos braços quentes de Toshiya, já estava totalmente entregue a aquele homem tão desconhecido por si.
Toshiya tomava a boca do rapaz com certo cuidado. Ele não disse nada, mas notou que o pequeno não conseguia acompanhar um beijo mais rápido, por este motivo, começou a diminuir a velocidade. O beijo acabou por se tornar algo calmo e pacifico, mas, ao mesmo tempo, cheio de desejo.
As línguas ainda duelavam por espaço nas bocas, vez ou outra encontravam-se no ar, a saliva escorria pelo canto da boca de Yoshi, algo que vinha por conta do desejo que se apossava da carne.
Toshiya lambeu novamente a bochecha do jovem, sempre o fitando diretamente nos olhos.
Sua mão grande vagueou pelo corpo esguio do menor até encontrar o membro túrgido de Yoshi, o envolveu com seus dedos longos e começou com os movimentos de vai-e-vem. Esses eram rápidos, não davam nenhum momento de descanso para o pobre Yoshi. Ora ou outra Toshiya apertava a glande, pegando ? com a ponta do dedo ? o pré-sêmen que saia do local.
Continuou com os movimentos, a cada investida de sua mão contra o pênis do menor, era agraciado com um deleitoso gemido. Esses eram como a mais bela canção aos seus refinados ouvidos.
Não tardou e Yoshi gozou em sua mão. Toshiya levou a mão suja pelo liquido esbranquiçado e viçoso até a boca, lambendo-a e degustando o néctar do menor.
Sorriu de forma safada para o pequeno e voltou a beijá-lo. Depois dos movimentos afoitos do beijo o moreno mais velho terminou com um roçar de lábios, e, ainda neste estado, sussurrou:
? Você é uma delicia... Muito gostoso...
Yoshi sentiu seu corpo responder a aquela provocação despudorada do maior. Acabou sentindo seu membro se manifestar novamente.
Toshiya acabou sentindo o pênis do pequeno voltar a cena, e sorriu com isto.
? Eu. Vou. Te. Foder. Todinho! ? Disse pausadamente ao pé do ouvido de Yoshi.
O pequeno fechou os olhos e sorriu.
? Me foda então... ? Disse entrando no jogo do outro.
Sem mais delongas e, com alegria pelo o outro ter pedido, Toshiya livrou-se de sua calça, juntamente com as outras peças de roupas, e deu a visão de seu corpo bem definido ao pequeno.
Os músculos bem trabalhados, o membro rijo e a expressão de luxuria que era visível naquele homem. O olhar predatório do maior fazia tudo ficar ainda mais prazeroso. Só a visão de Toshiya excitava o pequeno, o que, de certa forma, era impossível negar, tendo em conta que encontrava-se nu e totalmente a mercê do outro.
Toshiya não ficou muito tempo em pé sendo apreciado. Voltou a beijar Yoshi e logo, sem aviso prévio, enfiou um digito no casulo apertado do pequeno.
? Ahhh! ? Gritou o pequeno com a dor de ser invadido por um corpo estranho.
Toshiya sorriu desconcertado, encarou o outro com os olhos cerrados.
? É virgem?
O leve rubro na face de Yoshi foi a resposta que ele precisava.
Toshiya sorriu docemente e acariciou a face, já suada, de Yoshi com carinho. Depositou um beijo cálido na boca do pequeno e sussurrou:
? Vou te foder com carinho. ? Disse sacana.
Logo o maior começou a movimentar seu dedo dentro do casulo. Inicialmente a dor era maçante, Yoshi realmente acreditou que iria morrer naquele sofá velho, mas, por incrível que pareça, essa dor foi se dissipando com o tempo. Logo Toshiya adicionou mais um dedo dentro do ânus do menor, fazendo este arquear as costas e fechar os olhos com força.
O pequeno segurou forte nos ombros largos do Toshiya, procurava algo em que pudesse encontrar segurança e/ou força para aguentar aquela dor.
? Shii... Calma Yoshi... Vai ficar bom já, já. ? Disse Toshiya com certa calma, algo que irritou o menor.
? Você fala isso... P-por que não é você que está sendo arrombado por dedos! ? Disse com irritação.
Toshiya riu rapidamente, era um fato consumado que Yoshi era rabugento e brigão, isso era até atrativo, mas isso desconcentrou um pouco o maior, o que não era bom.
? Ahhh... ? Gemeu o pequeno trazendo Toshiya novamente para o mundo do prazer carnal.
Toshiya deu mais uma estocada no jovem e este arqueou novamente as costas, agora acompanhado de um longo e prazeroso gemido.
? Aqui... ? Disse acertando mais uma vez a próstata do menino.
? Ahhhahhh... Não seja maldoso... ? Disse entre gemidos.
Toshiya sorriu e tomou novamente os lábios do menor em um beijo necessitado e ardente.
Retirou seus dedos de dentro do casulo do menor e o virou de costas no sofá.
? Se apoie no sofá e abra as pernas. ? Toshiya não pediu, ele ordenou.
Yoshi achou aquilo o cúmulo, estava em sua casa, deveria ao menos poder escolher a posição em que perderia a virgindade, certo?
Errado. Algo que viria a descobrir mais tarde era que Toshiya era uma pessoa mimada e autoritária.
O menor fez como o outro pediu ? lê-se mandou ? e abriu um pouco as pernas, apoiando as mãos no sofá.
Toshiya deliciou-se com a visão daquela bundinha redondinha e empinada esperando por si. Se ajoelhou atrás do pequeno e passou seu membro rígido e latejando no meio das nádegas, sem penetrar.
Ficou fazendo esses movimentos por um tempo, ouvindo o outro arfar só com o toque. Sem nenhum tipo de aviso, começou a penetrar Yoshi.
Sentiu o outro ficar tenso. O menino ficou parado, sentindo aquele falo grosso e ? ao o seu ver ? interminável adentrá-lo.
? D-dói... ? Disse com a voz entrecortada por um choro mudo.
Lágrimas brotavam nos olhos de íris castanhas. A dor era incomparável.
? Calma, só vou me mexer quando você disser. ? Disse Toshiya passando a mãos pelas costas do pequeno, acariciando o local, passando calma.
Yoshi apertou os olhos tentando esquecer-se da dor e focar-se somente nos toques e na voz calma do outro.
? V-v-vai... ? Disse num sussurro perfeitamente audível para Toshiya.
O moreno, sem mais delongas, começou a se movimentas lentamente.
Seu falo nem estava todo dentro do menor ainda, mas, com os movimentos, foi entrando naturalmente.
Yoshi era quem estava comandando naquele momento. Ele ia para frente e para trás, sentia o membro rígido adentrá-lo e o consumi-lo.
Gemia para a alegria de Toshiya que adorava tais sons.
A mão do maior passaram pela barriga do pequeno e logo encontraram o falo desperto do mesmo. Toshiya o masturbou novamente, dando um duplo prazer ao pequeno.
Não tardou e Yoshi gozou novamente na mão do moreno.
Toshiya também não ficou para trás, gozou dentro do outro com uma última estocada forte e funda.
Ambos estavam ofegantes e suados. Tentavam recuperar-se do grande exercício de segundos antes, afinal, o homem se cansa muito após gozar.
Toshiya saiu de dentro do pequeno lentamente e com cuidado.
Virou o corpo do menino delicadamente para que este se deitasse no sofá e logo deitou-se ao lado dele. Acariciou mais uma vez a face pacifica de Yoshi e o beijou rapidamente.
? Foi o seu pagamento.
?ooOoo-
Passou-se a noite que Yoshi conheceu Toshiya. O pequeno não conseguia esquecer-se dos toques e caricias do outro.
Eram memórias únicas que levaria consigo para o resto da vida. Era certo que as coisas não ocorreram como ele previa.
Toshiya havia sumido no dia seguinte, deixou apenas um bilhete para trás.
?Espero que tenha gostado do pagamento, obrigado por me deixar dormir ai essa noite.
Adorei te conhecer...
Hara T.?
O pequeno havia guardado o bilhete consigo, algo como uma lembrança do seu primeiro.
Tinha vontade de rever o homem, mas não tinha coragem, além de ter muitas poucas informações sobre este.
Só sabia que deveria ser alguém com dinheiro, provavelmente algum tipo de playboy que o usou por uma noite, talvez só tenha ficado com ele por que estava bêbado e o pobre Yoshi deixou-se levar...
Bem, era nisso que o pequeno queria se apegar. Queria transformar a imagem de príncipe encantado que havia formado a respeito de Toshiya, em uma lástima. Queria vê-lo como um crápula, alguém inútil e que não merecia respeito.
Ao menos assim teria algo mais interessante para contar aos amigos sobre a primeira vez.
Diria que fora enganado por um qualquer sem coração, que este não havia dito nem o nome. Que o havia pegado a força.
Mentiria.
Diria que ele havia sido cruel e impaciente.
?Ah, que droga! Tenho que parar de pensar nele... Foi só uma infeliz noite...? ? Pensou atordoado com seus sentimentos confusos.
Encontrava-se agora caminhado por Tóquio sem direção certa. Estava no local onde havia visto Toshiya pela primeira vez.
Riu só consigo ao lembrar-se da situação cômica.
Quem passava na rua podia achar o jovem louco por estar rindo sozinho enquanto olhava pro lixo, mas isso não importava para Yoshi.
Suspirou pesadamente e caminhou lentamente.
Culpou, em parte, Toshiya por isso, afinal de contas, seus quadris doíam muito por conta da noite anterior.
Caminhou até esquecer-se do que faria a seguir. Olhou ao redor e notou que estava perto do centro da cidade, ou seja, perto da casa de uma amiga.
Caminhou sem muita pressa até a casa dela.
Apertou o número referente ao apartamento dele e se identificou. Subiu pelo elevador e logo avistou a jovem com a expressão de felicidade costumeira.
? Okaeri Yishi-kun. ? Disse ela gentilmente.
? Oi Miuki. ? Disse adentrando o recinto.
Yoshi conhecia a menina desde o ginásio. Miuki era o tipo de garota animada, daquelas que você vê chorando por besteiras, mas que no final sempre sorri.
Miuki era uma típica otome. Era viciada em animes shoujo e yaoi. Era louca pelo melhor amigo, Yoshi, e tinha um grande sonho de um dia vê-lo com outro homem, algo que assustaria muitos garotos.
Mas Yoshi era gay, o que facilitava a amizade estranha dos dois.
? Por que você veio aqui no Natal? ? Perguntou ela sentando-se no sofá, acompanhada do moreno. ? Pensei que você fosse trabalhar.
Yoshi revirou os olhos, havia até esquecido que agora era desempregado.
? Mandei o senhor Matsuda ir se foder...- Disse corando e olhando para a televisão que estava ligada em um canal de fofocas.
? NANI?! ? Miuki se exaltou ao ouvir tal coisa.
A menina de fios negros, lisos e longos, tinha ciência da situação financeira do amigo.
? Você mal sobrevive com o seu salario Yoshi-kun... ? Disse ela com um biquinho infantilizado.
A menina estava trajando um pijama, short curto e florido e uma blusa leve de alcinha, os fios soltos e longos caiam por cima dos ombros e seios ? estes levemente avantajados. Ela estava sexy e Yoshi notou isso.
? Você não tem vergonha não menina? ? Disse ele tentando mudar de assunto ao notar as roupas dela.
? Quê? ? Falou sem entender.
? Você tá tentando me seduzir, mesmo sabendo que eu sou gay... Que vergonha Miu-chan...
? É lógico que não seu baka! ? Disse ela cruzando os braços e voltando sua atenção para a tevê.
Logo uma noticia chamou a atenção da menina. Os olhos dela brilhavam diante a imagem da foto estampada na tela da tevê.
? Nyaaaa, não acredito!
? O que foi? ? Disse Yoshi olhando para ela sem entender.
O menino seguiu o olhar da menina e deparou-se com a imagem inesperada na televisão.
? T-Toshiya... ? Disse num sussurro, o qual Miuki ouviu perfeitamente.
? Conhece ele? ? Perguntou ela sorrindo de forma doce.
Yoshi apenas confirmou com a cabeça, estava em choque.
? Quer dizer que você gosta de Dir en grey Yoshi-kun? ? Ditou a morena com certas expectativas.
? Dir o quê? ? Yoshi acabou saindo de seu transe e olhando para a menina sem entender nada.
? Dir en grey... Você disse que conhecia o Toshiya-kun.
? O que ele tem a ver com isso?
? Ele toca nessa banda. ? Disse com um sorriso triunfante na face, como se tivesse revelado o segredo do século.
? Ele toca...? ? Yoshi perguntou mais para si.
? Sim... ? Disse ela como se estivesse voando. ? Mas a vida do meu querido Toshiya-kun não fácil... Ele tem que aturar aquele pai chato dele, o velhote sempre atrapalha a vida do pobrezinho... ? Dizia já com lágrimas nos olhos. ? O homem vive implicando com o fato do filho ter uma banda... Diz que ele tem que se interessar em aprender sobre a empresa da família, já que ele é o sucessor... O pobrezinho do Toshiya-kun vive bebendo e arrumando confusão pra irritar o pai... ? Ela riu, mas logo algo passou pela mente da pequena.
Miuki cerrou os olhos desconfiada.
? Se você não sabia que ele tocava, de onde conhece ele?
Yoshi engoliu em seco. Não sabia como contar a estória toda para a amiga, todo aquele papo de mentir acabou se perdendo em meio a tantos pensamentos.
No fim, explicou tudo para Miuki, sem muitos detalhes, apenas o principal.
A menina, de imediato, não acreditou, mas quando Yoshi mostrou o bilhete para ela, a pequena quase teve uma parada cardíaca.
? Não acredito Yoshi-kun... Que incrível! ? Disse pulando do sofá e dando gritinhos histéricos. ? Você perdeu a virgindade com um astro do rock!
Yoshi suspirou cansado e revirou os olhos com o comentário besta da amiga.
? O que importa Mil-chan, é que eu queria ver ele de novo... Não gostei muito de ter sido usado e depois o cara some... Ah! ? O moreno levou as mãos até os cabelos e puxou de forma desesperada. ? Eu não consigo parar de pensar nele!
Miuki sentou-se ao lado do rapaz e disse com um sorriso:
? Ele foi o seu primeiro, você vai pensar nele pro resto da vida...
? Então é pior do que eu imaginava...
A garota riu alto diante aquele comentário e logo voltou a tomar uma expressão de seriedade.
? Mas eu tenho uma noticia, só não sei se ela é boa... ? Disse fazendo um biquinho em dúvida.
Os olhos de Yoshi rapidamente se fixaram na amiga.
? Diga logo Miu!
? Tem um show hoje a noite... Na verdade eu já ia começar a me arrumar quando você chegou.
? E daí que tem um show hoje? ? Disse perdendo o interesse.
? É um show do Dir en Grey...
Yoshi sorriu esperançoso para a amiga.
?ooOoo-
Yoshi estava cansado daquele lugar, era um empurra-empurra desgastante para o pequeno. Pegava-se pensando se não seria melhor esquecer do baixista e ir viver sua vida.
Mas agora, com a amiga sabendo de tudo, seria difícil desistir. Miuki estava decidida a juntar o melhor amigo com o seu ídolo, louco não? (N.A/ Not...)
Mas, lá no fundo, Yoshi agradecia por ter a amiga por perto. Por mais que não admitisse, sem ela nunca conseguiria entrar naquele show, ainda mais na área VIP.
Tentava ver aquele que era o protagonista de seus devaneios por cima das várias cabeças, mas era quase impossível.
Do nada um lugar ficou livre de cabeças e Yoshi pôde finalmente visualizar o palco, mais especificamente o baixista que acabara de entrar.
? Toshiya. ? Disse num tom baixo.
Os olhares ficaram ali, um sustentando o outro. Como se ambos estivessem hipnotizados.
O pequeno viu o outro ir até um segurança que estava nos bastidores do palco e sussurrar algo no ouvido deste.
Engoliu em seco ao sentir o olhar de Toshiya pesar sobre si logo depois que ele se posicionou novamente no palco.
A música começou de uma forma macabra, bem baixa. Ficou naquele prólogo por um tempo até que, do nada, o som ficou mais pesado. Todos que estavam na plateia, com exceção de Yoshi, as fãs gritavam de forma frenética ao que o vocalista começou a correr pelo palco e cantar.
Yoshi sentia-se um pouco deslocado naquele lugar. Nunca havia se ligado muito em música e sentia que aquele não era o seu tipo, se é que tivesse um.
Olhou para os lados em busca da amiga, mas já havia perdido ela de vista. Sentiu uma mão forte em seu braço e se assustou. Olhou para o dono da mão e viu o mesmo segurança que estava antes com Toshiya.
? Venha comigo, por favor. ? Disse o homem alto, um tom que desse pra ser ouvido no meio daquela barulheira toda.
Yoshi caminhou junto com o homem com certo receio. Foi levado até uma pequena sala bem decorada. Haviam alguns discos emoldurados nas paredes, havia fotos dos integrantes da banda com fãs, incluindo as fotos de Toshiya, o que, decerto, chamou a atenção do pequeno.
Yoshi foi instruído pelo segurança, que era até simpático, para que ficasse ali e bebesse e comesse algo, até o show acabar. O moreno não ficou muito satisfeito em estar ali, sozinho, mas achou melhor do que o show.
O tempo foi passando e cerca de duas horas depois a porta foi aberta. Yoshi sentiu seu coração apertar ao ver aquele rapaz ali.
O moreno, já conhecido, entrou sorrindo para algumas fãs que estavam atrás dele falando um pouco alto.
Assim que Toshiya virou-se, encarou a face dura de Yoshi. O moreno suspirou firmemente, não havia mais aquele sorriso sedutor que ele dirigia as suas fãs.
Toshiya estava sério e caminhou até uma pequena poltrona vermelha que ficava em frente ao sofá, de mesma tonalidade, em frente ao pequeno.
Estavam sozinhos ali e logo o mais velho ditou:
? Como me encontrou? ? Perguntou num tom frio.
? Não é difícil, já que você é tão famoso.
Ele sorriu secamente.
? O que você quer?
? Por que você sumiu?
? Por que eu só queria um lugar pra dormir. ? Ele encarou Yoshi nos olhos e continuou: - Não crie expectativas Yoshi. Você não me conhece, não sabe nada sobre a minha vida. Foi só uma noite...
? Foi a minha primeira vez, idiota. ? O pequeno disse abaixando a face para esconder o rubor e encolhendo os ombros.
Toshiya sorriu como uma criança.
? Eu sei. Yoshi, é natal... Tenho uma festa depois desse show. Eu gosto de você, foi legal, mas... Eu não posso assumir um relacionamento com você, meu pai não aceitaria.
Yoshi olhou para o lado e sorriu tristemente, estava sofrendo.
? Pelo pouco que fiquei sabendo de você, seu pai não é a pessoa que mais lhe preocupa. ? O pequeno olhou para o maior nos olhos, encarando-o. ? Não precisa assumir nada comigo, eu só queria te ver. Na verdade... ? Ele sorriu secamente. ? Eu nem sei por que você me chamou aqui...
Toshiya engoliu em seco. Yoshi levantou-se e fez menção de se retirar, mas uma mão o segurou pelo pulso.
? Sabe... Eu gosto de irritar o meu pai.
Quando Yoshi olhou para o moreno e pôde ver o sorriso arteiro na face do mesmo. Não conseguiu resistir, afinal, quem resistiria a aquele pedido mudo e tão belo...?
Yoshi apenas confirmou com a cabeça.
Uma coisa era certa: Eles não teriam um relacionamento sério, daqueles que se leva o namorado a um passeio no parque ou apresenta aos pais em um jantar especial.
Mas, afinal de contas, era um presente de Natal. Um presente pelo o qual Yoshi nunca sequer imaginou receber, na verdade ele nem pediu, mas não iria mentir dizendo que não gostou.
Sabia que o que sentia por Toshiya era perigoso, sabia que nunca seria correspondido como queria, mas, ao menos, ele estava ali... Com ele.
Era o que importava.
Ao menos por enquanto.
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