Capítulo 12

- Não justifica você trair a sua espécie e seus pais por causa de sua ridícula richa comigo. Por isso que nosso pai nunca deixara você meter-se nos negócios. Você é infantil e fácil de ser manipulada. E você acha que eu me orgulho de que nossa mãe esteja morta por minha causa? Você não sabe o que está dizendo. Se você quer matar-me por causa disso, faça, simplesmente faça, se você irá sentir-se melhor... - fitei meus companheiros, inclusive o grupo de lycans. - vocês poderiam deixar-nos a sós. Não voltarei. Karin quer vingar-se.

Todos olharam-me confusos.

- É uma ordem vampiros. - virei-me para fitar Sasuke. - Uchiha. Peça para os lycans retirarem-se daqui, ou se não quiserem, que não se envolvam.

Ele apenas olhou-me dizendo não para meu pedido. Meu coração esta partido em pedaços. Não só pela traição de minha irmã, mas também, por toda a verdade que meu pai escondia-me. Mas, o que mais doeu-me, foi minha mãe ter sacrificado sua vida por mim e por meu pai. Se eu não tivesse chamado-o, ela ainda estaria viva e essa rixa ridícula talvez não existisse. Meus companheiros obedeceram-me, apesar de muitos olhares de reprovação de todos eles.

- Por favor... - pedi ao Uchiha.

Ele não moveu-se um músculo sequer. Então, tudo bem. Será na frente dele. Comecei a tirar todas as armas que haviam escondidas em mim, o que alertou minha irmã, deixando-a em guarda.

- Nunca senti-me melhor que você e também nunca quis roubar-lhe nada que é seu.

- Mas roubou. Nossos pais e o único vampiro que amei em minha vida, Itachi. - ela chorava compulsivamente.

- Eu não pedi para que ele me amasse. Ele simplesmente amou-me sem motivos.

Senti duas fortes e enormes mãos em minha cintura. Sei que isso não é hora, mas... Nunca me senti tão segura, tão protegida. E eu sei que são dele. Do misterioso lycan que plantou um sentimento desconhecido em mim. Ele colocou-se na minha frente protegendo-me como se fosse uma armadura.

- Karin, não é?

- Isso.

- Eu sinto muito, mas não poderá fazer isso.

Com um movimento rápido, um lycan de seu grupo desmaiou minha irmã forçando um pano em sua boca. Provavelmente tinha álcool. Os vampiros apareceram e amarraram-na pés e mãos. Sasuke deslocou-se até seu irmão e pegou-o no colo, ordenando aos lycans que voltassem ao acampamento onde estamos. Fitei meus companheiros novamente e analisei-os. Naruto, Gaara, Hinata, Ino e Temari tinham alguns arranhões que tratarei depois. O bom é que Hinata e Ino poderão me ajudar, já que ambas têm a mesma habilidade que a minha com medicina.

Saímos do local com Naruto levando minha irmã e Sasuke levando seu irmão. Caminhamos lerdamente, já que acabamos a nossa missão.

Quando chegamos ao acampamento, tinham dois lycans esperando. Entrei em minha barraca, peguei a maleta médica e pedi para que os lycans entrassem para os curativos. Claro que antes eu amarrei meus cabelos em um rabo de cavalo com alguns fios soltos em meu rosto como de costume. Fiz os curativos de todos os lycans, até chegar ao líder deles. O vi entrar com aquela calça de moleton sem usar proteção aos seus músculos. Ele sentou-se em minha frente sem fitar-me nos orbes. Comecei seus curativos, apenas limpando os ferimentos primeiramente, tentando controlar-me para não agarrá-lo aqui e agora.

- Sua irmã esta sob nossa vigilância constantemente.

Apenas afirmei que tudo bem, fingindo estar totalmente concentrada nos curativos.

- Irá doer um pouco.

- Ta.

Peguei a agulha já com a linha em minhas mãos. Não terei como escapar, porém não há outra maneira de fazer isso. Aproximei minha cabeça de seu peitoral nu e comecei a dar os pontos. Foi inevitável de meu olhar descer para contemplar sua sarada barriga, mas rapidamente voltei-o para a agulha. Finalmente, aquela tortura chegara ao fim e ele era o último. Coloquei a agulha em cima da mesinha que havia ao meu lado. Organizei tudo dentro da minha maleta sentada mesmo, pois minhas pernas fraquejariam se eu levantasse. O curioso foi que ele permaneceu lá e eu sentia seu olhar em mim ousadamente.

Senti meu banquinho sendo arrastado para perto dele e virei-me para fitá-lo, o que não foi uma boa idéia. Estamos muito próximos, o que não é bom para meu autocontrole. Percebi que nossas respirações misturaram-se. Ele levou sua enorme mão em minha face e retirou os fios que atrapalhavam sua visão de meu rosto para trás de minha orelha.

- Estavam atrapalhando-me de ter a visão do paraíso. - ele disse-me com uma voz totalmente rouca e sussurrada.

- Bom... Obrigada pelo elogio. - disse sem jeito.

Senti sua outra mão passear pela lateral de minha perna suavemente, causando-me arrepios e espasmos. Ele começou a aproximar seu rosto do meu colocando-me em choque e senti meu estômago coberto por borboletas.

- Eu não agüento mais... - ele disse-me tirando seus dedos de minha orelha e colocando dentro de meus cabelos fazendo-me arfar.

- Por favor... Não faça isso... - pedi-lhe com algum sinal de minha sanidade que ainda estava em mim, mas de olhos fechados, pois meus olhos trairiam-me com certeza.

- Eu te quero... - senti um leve apertão em minha coxa, fazendo-me tremer e ter mais arrepios. - desejo-te tão insanamente que... - ele fez uma breve pausa. - não importo-me com as conseqüências... - abri meus orbes lentamente e vi os dele fechados, o que fiz logo em seguida. A mão, que estava em meus cabelos, desceu para minhas costas. - se não quiser-me eternamente, não há problema, apenas deixe-se levar pelo momento. Somente você e eu. Aqui e agora. Preciso fundir-me a você. Preciso senti-la. Preciso matar o que esta matando-me diariamente. Se não quiser ver-me nunca mais, aceitarei, mas peço apenas uma coisa.

- O... O... Qu... Quê? - gaguejei. Abri meus olhos e ele abriu seus ônix em seguida.

- Deixe-me ser seu amante essa noite.

Meus olhos arregalaram-se instantaneamente.

Fim Sakura Pov's