Harvest Moon Meus Amigos da Cidade Mineral

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    Capítulo 7

    Atando e desatando laços familiares

    - Aliás, o irmão de Duke vai estar aí? ? perguntou Anna.

    - É claro. Duke fez questão que Luke viesse ? disse Manna. ? E ele veio mesmo. Os dois são tão unidos e isso é tão bonito.

    - Espero que ele esteja solteiro! ? Anna disse, ajeitando o cabelo.

    - Anna, por que não arruma um marido pra você ao invés de querer roubar o noivo das outras? ? perguntou Sasha.

    - Porque quero alguém que me dê qualidade de vida e sei que Luke é esse alguém! Oras, Rod e eu somos felizes mesmo sem termos tudo o que queremos ? disse Lillia ? e desejo essa felicidade pra você e Duke, Manna.

    - Obrigada Lillia ? disse Manna, sorrindo pra ela.

    A clássica música começou a ser tocada no piano assim que Manna, usando um lindo vestido branco com véu e grinalda, entrou na igreja da Cidade Mineral. Os bancos estavam todos cheios e as pessoas viraram o rosto para trás para ver a estrela principal daquela noite entrar. Manna entrava lentamente com o buquê em mãos, seguida por Joanna, uma garota de dez anos com cabelos pretos longos separados em duas trancinhas, cada uma sobre um ombro, que lançava pétalas de rosa ao chão. Atrás de Joanna, a daminha-de-honra Karen acompanhada de seu amigo Rick como pajem, ambos com idade aproximada entre cinco ou seis anos, seguidos por Mary, uma garota aparentemente da mesma idade que eles, que levava as alianças em um cestinho.

    - Minha filhinha ? disse Sasha, emocionada. ? Imaginem quando ela for a noiva! Vai estar mais do que linda!

    - Ela está realmente linda ? concordou Jeff ao seu lado.

    - Karen realmente está uma gracinha ? concordou Barley, que estava ao lado deles no banco da igreja com sua esposa. ? Mas não tanto quanto minha Joanna.

    O padre Rufo, acompanhado do coroinha Carter, celebrou o casamento de Manna e Duke. Uma linda celebração que nenhum dos dois jamais esquecera, especialmente Manna. Àquela noite ela se sentiu a estrela, o astro principal. Todos da Cidade Mineral vieram vê-la firmar laços fortes de amor com o homem que ela amava. Feliz e com um sorriso nos lábios, ela trocou alianças com seu marido e ambos fizeram juras de amor e fidelidade. E finalmente ela respondeu àquela velha pergunta que ela tanto ansiava que fosse feita:

    - Aceito.

    - Em nome de Deus Pai, Filho e Espírito Santo, ? disse Rufo ? eu vos declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva, senhor Duke.

    O casal então se beijou, como o padre permitira e deixou a igreja para a grande festa que lhes esperava depois de jogar o buquê, que ironicamente foi pego por Anna, que sofreu uma brava rejeição de Luke, que continuava firme e forte com sua noiva.

    - Pense pelo lado bom, Anna ? disse Sasha, rindo da amiga deprimida. ? Ao invés de usar o Luke nesse casamento, tente usar o buquê.

    Anna jogou o buquê no lixo por considerá-lo amaldiçoado. Dali, Manna e Duke partiram num carro com a famosa escrita ?Recém-casados? e latas sendo arrastadas pela estrada fazendo muito barulho?

    - Dormiu bem, querida? ? perguntou Duke, colocando a camisa, enquanto Manna acordava lentamente sob as cobertas.

    - É claro? ? Manna sorriu para seu marido, ainda sonolenta. ? Vai sair?

    - Vou sim ? disse Duke, dando um selinho nela. ? Luke descobriu que há um recinto a venda na Cidade Mineral.

    - Recinto? ? Manna sentou-se na cama.

    - Sim. Um ideal para abrirmos nosso vinhedo! ? disse Duke, animado. ? Se tudo der certo, comemoraremos nosso segundo ano de casamento mês que vem tomando do nosso próprio vinho!

    - Ai que bom! ? disse Manna. ? Fico muito feliz por você, querido. Ah! Só pra avisar, hoje vou ao médico, então se você não me encontrar em casa, já sabe.

    - Médico? Você está doente? ? perguntou, preocupado. Manna apenas sorriu.

    - Ah! Parabéns, amor! Você finalmente conseguiu! ? Luke brindou com seu irmão no vinhedo que ele comprara há oito meses. ? Estou realmente feliz por você.

    - Obrigado, Luke. Mas posso afirmar que estou mais feliz ainda e tudo graças a você! ? disse Duke, comemorando também.

    - Eu posso ver no seu rosto que está feliz, Duke ? disse seu irmão. ? Afinal, sua família aumentará em poucos dias e você conseguiu montar o vinhedo que tanto quis. Você já mostrou este lugar pra Manna?

    - Ainda não ? disse Duke. ? Mas mal espero pra mostrar. Está quase tudo pronto e o tal Doug da Hospedaria disse que se o vinho for de qualidade, ele comprará com certeza! E acho que Manna ficará feliz em voltar ?pro? lugar onde nasceu e ficar mais perto daquelas amigas fofoqueiras, sabe.

    - Sei bem como é. Lúcia também tem amigas ? disse Luke. ? Aliás, seu vinho está ótimo e tenho certeza que esse Doug se tornará um cliente fiel.

    - Tantos anos trabalhando naquela cidade tinha que servir pra alguma coisa ? disse Duke, orgulhoso de si mesmo ? E quando vocês vão casar? Já estão noivos há quatro anos!

    - Digamos que eu ainda não estou pronto para assumir uma responsabilidade tão grande como um casamento ? disse Luke.

    - Entendo. Também demorou pra que eu tomasse aquela Pena Azul em mãos e decidisse pedir Manna em casamento ? disse Duke.

    - E você se arrependeu?

    - Bom Luke, há momentos em que você se arrepende. Estamos juntos há dois anos então há momentos em que não suporto olhar pra ela, sabe, mas há momentos em que não consigo imaginar como seria minha vida sem aquela faladeira compulsiva e excessivamente organizada ainda mais agora que nosso filho está pra nascer!

    - Nossa! ? Luke ri dele.

    - Vamos, me ajude a colocar essas caixas de vinho dentro do carro. Quero levar pro chá de bebê da criança.

    - Tudo bem.

    Cada um pegou uma caixa e levou para dentro do carro de Luke sob uma fina chuva de outono. Quando voltaram ao vinhedo, Luke ouviu o telefone tocar e atendeu.

    - Alô, Lúcia? O quê? Já? Agora? Pode deixar que já estamos indo! ? Luke desliga o telefone e puxa Duke pela camisa. ? Vamos logo rapaz! Manna entrou em trabalho de parto!

    - O QUÊ? ? Duke perguntou, chocado.

    Os dois correram para o carro de Luke e então ele acelerou, com Duke levando uma caixa de vinhos em seu colo cuidadosamente. Saindo rapidamente da Cidade Mineral, os dois chegaram à rodovia recém-asfaltada e começaram a acelerar em direção à cidade, desviando dos carros que vinham pelo caminho. A chuva fina começou a engrossar e ganhou força. Ainda assim, Luke não deixara de acelerar e a cidade ainda assim parecia distante. A chuva começara a cobrir os vidros do carro totalmente e Luke ignorava os avisos de seu irmão para desacelerar. Entretanto, Luke não vira que à frente deles vinha um carro desorientado. O carro desorientado colidiu com o lado onde Luke estava sentado dirigindo. A violenta colisão jogou o carro de Luke para fora da estrada, amassando o corpo do irmão de Duke violentamente. Duke abriu a porta do carro e se jogou contra o chão com a caixa de vinho, afastando-se do carro enquanto via seu irmão ensangüentado no veículo. A dor que sentira no seu peito foi enorme e ele começou a chorar pesadamente, enquanto tentava puxar seu irmão inconsciente para fora do carro. A chuva forte tornava as dores e o corpo de Luke ainda mais pesados para Duke, que o arrastava para mais longe de um carro agora em chamas. Duke tentou reavivar seu irmão, mas as feridas eram graves demais e ele sabia que ele se fora. Duke precisava agüentar, precisava resistir e a caixa de vinho ao seu lado pareceu ser a solução. Ele então abriu a caixa e começou a tomar aquele vinho, que o fazia se sentir mais forte e vivo, enquanto chorava sobre o corpo morto de seu irmão sob as fortes gotas de chuva. Manna nunca soube direito o que acontecera àquela noite, mas sabia que depois dela Duke nunca mais fora o mesmo e muitos anos depois, ela encarava mais uma vez aquele outro Duke na Hospedaria do Doug.

    CONTINUA...


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