Fantasmas do passado são aterrorizantes

  • Finalizada
  • Vanessabr
  • Capitulos 13
  • Gêneros Ação

Tempo estimado de leitura: 1 hora

    12
    Capítulos:

    Capítulo 9

    Contra o tempo

    Violência

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    O quinteto formado por Gintoki, Katsura, Tsukuyo, Okita e Hijikata lançou-se ao ataque para se livrar de dezenas de pessoas que os cercavam, armados com suas espadas. Não seria fácil, mas, em se tratando dos integrantes desse grupo, havia a possibilidade de um combate intenso e selvagem, no qual cada um defenderia sua própria vida.

    Tsukuyo abria caminho lançando dezenas de kunais certeiras, derrubando assim seus adversários. Com sua grande agilidade, conseguia abatê-los em fração de segundos. Okita Sougo não hesitava em lutar a sério. Deslizava a lâmina de sua katana em vários homens de uma só vez e com um único movimento. Tudo isso, só para ver sangue esguichar e satisfazer o seu conhecido lado sádico... E mostrar que não era à toa que o consideravam como um dos melhores espadachins ? se não o melhor espadachim ? do Shinsengumi.

    Katsura Kotarou também cuidava de vários adversários ao mesmo tempo, mostrando que ainda tinha muitas habilidades a mostrar, depois de ter lutado na Guerra Anti-Amanto ao lado de Gintoki, Sakamoto e Takasugi. Logo atrás dele, Sakata Gintoki impressionava seus adversários ao derrotar vários com poucos movimentos de sua espada de madeira, fazendo jus a seu antigo título de ?Shiroyasha?. A alguns passos de distância, Hijikata Toushirou quase que retalhava vários de uma só vez golpeando furiosamente a sua katana contra os demais.

    Um a um, os homens a serviço do Kiheitai e do Harusame eram derrotados pelo grupo formado por ? segundo eles ? cinco ?monstros?. Com esse massacre todo, eles avançavam rumo a Takasugi e seu bando principal.

    *

    Takasugi arrumava o quimono e aproximou-se da janela do quarto onde estava. Dali, tinha uma panorâmica perfeita da situação logo abaixo. Admirava-se daquele grupo que lutava bravamente contra seus comandados. Lembrava muito a Guerra Anti-Amanto de anos atrás. Não só por isso, mas também pelo fato de estarem naquele grupo dois dos seus ex-companheiros daqueles tempos.

    - Naru ? ele disse. ? Vista-se. Vamos recepcionar nossas visitas.

    - Sim, Shinsuke-sama.

    *

    Depois de muito revirarem o quartel vazio do Shinsengumi, o pessoal se reuniu em um dos escritórios. No grupo, um ainda desiludido comandante Kondo Isao estava num cantinho escuro, abraçando os joelhos e lamentando que, com o ocorrido, ele jamais impressionaria Tae. Shinpachi normalmente diria qualquer coisa em resposta, mas estava mais preocupado com a tal bomba do que com sua irmã.

    Yamazaki, por fim, encontrou o tal artefato graças a um dos inventos que Gengai dera a eles.

    - Como foi parar embaixo do assoalho? ? Shinpachi perguntou.

    - De alguma forma, se infiltraram aqui. ? o espião do Shinsengumi respondeu.

    - Mas teve alguém que não era do Shinsengumi circulando por aqui?

    - Não faço ideia. Afinal, este é o escritório do Comandante. Falando nisso, Comandante ? olhou para Kondo, que já estava recomposto e com ar pensativo. ? Alguém veio ao seu escritório hoje?

    - Agora que falou nisto, Yamazaki... Sim, agora lembro que veio um homem para consertar o assoalho. Mas não parecia suspeito.

    - Tudo faz sentido. ? Shinpachi disse. ? Alguém se disfarçou e entrou aqui pra consertar o assoalho. Devem ter espionado as redondezas e até ouvido as coisas menos importantes.

    - Eu iria dizer justamente isso, Shinpachi. ? Yamazaki concordou. ? Daqui pra frente, vamos ter que tomar cuidado com o que falamos, principalmente a respeito do que se refere às coisas internas.

    - Primeiro pensem em desarmar a bomba. ? Kagura disse, enquanto cutucava o nariz à maneira de Gintoki. ? Ninguém vai remediar nada sendo jogado pro ar numa explosão.

    ?Ela tem razão.?, Elizabeth concordou como de costume ? com mais uma placa.

    - O velho Gengai disse que geralmente os fios vermelhos e azuis, quando cortados, desligam uma bomba. ? Shinpachi disse.

    - Isso já ajuda a gente a ganhar tempo! ? Yamazaki disse.

    O jovem espião abriu a tampa da bomba, que marcava faltar dez minutos para a explosão. Com uma instrução simples, seria fácil desligá-la em menos de um minuto.

    seria. Porque não foi. Principalmente porque, ao abrir a tampa da bomba ? que agora contava oito minutos e meio, deu de cara com um emaranhado de fios azuis e vermelhos, nos mais diversos tons e matizes.

    Todos ficaram impressionados com aquilo e logo uma aura escura se abateu sobre eles, que ficaram emudecidos.

    Apenas Elizabeth conseguiu expressar o sentimento geral através de mais uma placa:

    ?Agora é oficial: FERROU!!?

    *

    Ainda era possível se ouvir o som de lâminas entrando em atrito umas com as outras. Além desse som, para completar o ambiente, eram ouvidos gritos e urros, sem contar com passos apressados de pessoas que corriam para alcançar seu objetivo.

    O quinteto já estava bastante cansado, devido a inúmeros adversários enfrentados. Todos possuíam respingos e manchas de sangue nos rostos, nas roupas, nas fardas e nas espadas. Mas tudo isso valeu a pena, pois conseguiram chegar dentro da grande casa em estilo tradicional.

    Nenhum deles se separou, pelo contrário: como eram possível minoria, posicionaram-se costas contra costas, para se prevenirem de surpresas indesejáveis. O local ? um grande saguão ? estava completamente vazio. Diante disso, Hijikata fez-se ouvir em alto e bom som:

    - Yamada Naru, sabemos que você está aqui! Saia de onde está escondida e se entregue!

    - Oh, sim... ? Gintoki ironizou, ofegante e com a mão sobre o ferimento cuja dor agora não conseguia ignorar. ? Como se aquela mulherzinha cara-de-pau fosse dar as caras tão facilmente...!

    - Fecha essa matraca, idiota.

    - A boca é minha, imbecil.

    - Cala essa boca!

    - ?Cala a boca? já morreu, quem manda na minha boca sou eu!

    - Vocês dois parecem crianças... ? Tsukuyo suspirou aborrecida.

    Gintoki e Hijikata ouviram o som de duas kunais e ficaram quietos. Não queriam ter as testas perfuradas novamente.

    - Takasugi, pare de se esconder! ? Katsura vociferou. ? Apareça!

    *

    Yamazaki suou frio diante da bomba. Qual fio teria que cortar pra que o Shinsengumi não fosse pro espaço? Azul-claro, azul-escuro, azul-celeste, azul-petróleo, vermelho-fogo, vermelho-sangue, vermelho-carmim, ou vermelho-escuro? ?Oh, dúvida cruel!?, pensava, segurando o alicate com a mão trêmula.

    Ninguém ali sequer se atrevia a dar um mísero palpite ao pobre rapaz. Nem mesmo seu superior.

    Apelou para uma ?técnica quase infalível?, geralmente empregada para horas como aquela... E com margem de segurança de 70%. A técnica do ?Uni-Duni-Tê?. Tapou os olhos com a mão esquerda e apontou com a mão direita para os fios enquanto cantava:

    - Uni-Duni-Tê, Salamê-minguê, o sorvete colorido foi pra você! Minha mãe mandou eu escolher este daqui, mas como eu sou muito teimoso eu escolho este daqui!

    Yamazaki destapou os olhos, para ver onde apontara. Havia apontado para um fio azul-piscina, em meio a expressões aterrorizadas e sem cor dos rostos de quem estava perto dele. Elizabeth conseguira, com muito custo, mostrar uma placa com um ?WTF??!?.

    Ninguém ali tinha reação suficiente pra impedir que Yamazaki cortasse aquele fio com uma técnica tão absurda. Tanto que ele o cortou.

    - E não é que deu certo? ? Shinpachi conseguiu falar.

    - O cronômetro parou! ? Kagura disse.

    - Bom trabalho, Yamazaki! ? Kondo elogiou.

    ?Por essa eu não esperava!?, Elizabeth se manifestou com uma nova placa.

    Mas foi só comemorar que a coisa desandou... O cronômetro da bomba acelerou e só foi parar de acelerar quando marcava dez segundos para a explosão.

    Nove.

    Oito.

    Sete.

    - Essa não! ? Kondo exclamou.

    - Estamos fritos!! ? Yamazaki levou as mãos à cabeça.

    - Eu não posso morrer ainda! ? Shinpachi estava desesperado. ? Sou só um adolescente virgem!!

    Seis.

    Cinco.

    ?Cinco segundos pra explosão! Foi bom conhecer vocês!?, Elizabeth sacou outra placa em meio ao desespero geral.


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