Fantasmas do passado são aterrorizantes

  • Finalizada
  • Vanessabr
  • Capitulos 13
  • Gêneros Ação

Tempo estimado de leitura: 1 hora

    12
    Capítulos:

    Capítulo 4

    Reencontro com o carrasco

    Violência

    Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin-top:0cm; mso-para-margin-right:0cm; mso-para-margin-bottom:10.0pt; mso-para-margin-left:0cm; line-height:115%; mso-pagination:widow-orphan; font-size:11.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif"; mso-ascii-font-family:Calibri; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-theme-font:minor-fareast; mso-hansi-font-family:Calibri; mso-hansi-theme-font:minor-latin;} Reencontro com o carrasco

    - Yamazaki, venha ao bar logo abaixo de onde mora aquele Yorozuya encrenqueiro. Conseguiu alguma informação a mais?

    - Sim, senhor, vice-comandante! Consegui algumas informações novas e bastante interessantes.

    - Ótimo. ? a voz de Hijikata respondeu pelo rádio. ? Venha ao bar, preciso dessas informações o mais rápido possível.

    - Entendido.

    Yamazaki saiu de fininho do local onde estava. O resultado de sua investigação fora bastante proveitoso. Não sabia a razão de seu superior chamá-lo assim, mas iria lá.

    Sem fazer barulho algum, o espião do Shinsengumi colocou-se rumo ao local ordenado.

    *

    - Não sabia que o Shinsengumi tinha um serviço de táxi. ? Gintoki disse, enquanto cutucava o nariz.

    - Kondo-san pediu pra que desse uma carona, já que eu estava de ronda por aqui. ? Okita disse.

    - Cadê seu superior viciado em maionese?

    - Eu ouvi isso, Yorozuya. ? Hijikata disse através do rádio que Okita segurava. ? Estou aqui no bar da velha com o Katsura algemado.

    - Quer dizer que você prendeu o Zura?

    - NÃO É ZURA, É KATSURA! ? foi o berro que se ouviu ao invés da resposta do vice-comandante.

    - Acho que isso responde à sua pergunta, Gin-san. ? Shinpachi disse.

    - Pra que mesmo você veio aqui? ? Gintoki perguntou a Okita.

    - Como você sobreviveu ao último ataque daquela mulher, Kondo-san e Hijikata-san preferiram que você fosse escoltado pra não sofrer outro ataque. Segundo o que Yamazaki descobriu, mesmo quem sobrevivia acabava morrendo em um segundo ataque, como tentativa de ?queima de arquivo?.

    O rosto de Gintoki logo se fechou. Estava ligeiramente desconfiado de quem estaria por trás disso. Só não tinha certeza se a sua teoria poderia estar certa ou não.

    *

    Todos estavam reunidos na Yorozuya, a fim de saber onde estavam se metendo ao presenciarem direta ou indiretamente a tentativa de assassinato de Gintoki. Aliás, o próprio estava ali na poltrona, atrás de sua escrivaninha, degustando seu precioso parfait de chocolate, apenas presenciando as discussões e deduções.

    E Katsura seguia algemado a Hijikata.

    - Vamos, desembucha. ? falou o último. ? Fala logo o que sabe.

    - Tudo bem. ? Katsura respondeu. ? Aquela mulher está trabalhando para dois grupos... Um deles é o Harusame. Se há algo relacionado a drogas, esse pessoal está envolvido no meio.

    - Confirma isso, Yamazaki? Bate com o que você conseguiu?

    - Sim, vice-comandante. ? o espião conferiu o que tinha à mão.

    - De onde você conseguiu essas informações? ? Hijikata perguntou a Katsura.

    - Tenho informantes por aí, mas isso não vem ao caso.

    - Continue.

    - O outro grupo é o Kiheitai, a facção mais radical e dissidente do Joui. Nem eu concordo com o que essa facção pratica.

    - Isso confere, Yamazaki?

    - Sim, Hijikata-san. O Katsura está certo. O Kiheitai e o Harusame são aliados.

    - Então minha teoria estava certa. ? Gintoki se fez ouvir pela primeira vez desde que chegara. ? Aquela mulher ainda está caindo de amores pelo Takasugi, e ele a usa pra matar quem deve drogas para o Harusame. No mínimo, é alguma troca de favores entre um e outro.

    - De onde tirou essa conclusão? ? Hijikata o questionou.

    - Conheço o Takasugi há anos, assim como o Zura.

    - Não é Zura, é Katsura. ? o líder do Joui assinalou. ? Concordo plenamente com o Gintoki. A Yamada é apenas o ?peixe pequeno? do Harusame.

    - E aposto que ela veio matar o Gin-san pra ele não atrapalhar os planos do Takasugi. ? Shinpachi disse.

    - O Kiheitai é muito pior que o Joui. Pode acreditar, eles são muito mais perigosos!

    - Você me convenceu, Katsura. ? Hijikata disse. ? Você vai ficar livre, mas não pense que será por muito tempo.

    O vice-comandante pegou a chave e abriu as algemas, libertando, enfim, Katsura. Mas disse a Gintoki:

    - Ela vai voltar pra tentar te matar de novo, Yorozuya. Quando ela souber que você sobreviveu, vai voltar pra queimar mais um arquivo. Mesmo você estando em alerta, é arriscado encará-la sozinho.

    - Está se preocupando à toa, Hijikata-kun. Eu não fico sozinho em casa.

    - Faça como quiser. Em todo caso, o alerta foi dado.

    *

    Alta madrugada, quase hora do amanhecer. Um barulho estranho acabava de ser ouvido na sala da Yorozuya. Gintoki acordou, alcançando a espada de madeira da qual não se separara nem para dormir.

    O armário ao lado se abriu. Era Kagura.

    - Gin-chan... O que aconteceu? ? perguntou.

    - É isso que vou olhar, Kagura. E provavelmente o Shinpachi também deve ter ouvido.

    Os dois seguiram para a sala, onde em meio à penumbra encontrou o garoto já em pé.

    - Vocês também ouviram, não é?

    Os outros dois assentiram. Dirigiram-se juntos para a porta corrediça, que se abriu de um golpe só, surpreendendo o trio. Três vultos os atacaram, fazendo com que recuassem para dentro da sala. Gintoki apalpou a parede e encontrou o interruptor para acender a luz.

    Assim que a acendeu, os três vultos foram revelados.

    - Quer dizer que você descobriu que o serviço estava incompleto, não é, Naru? ? Gintoki ironizou.

    - Com o passar do tempo, você parece mais esperto, Gintoki. ? a mulher respondeu. ? Mas será que realmente deixou de ser um samurai estúpido?

    - Oficialmente, não sou um samurai, mas com certeza meu espírito diz o contrário! ? ele posicionou-se, a fim de colocar a sua espada de madeira como defesa. ? Se continuo estúpido ou não, tire as suas conclusões!

    - Gin-san, é muito arriscado! ? Shinpachi o advertiu.

    Naru e Gintoki se lançaram um contra o outro, a fim de atacar. Porém, em fração de segundos, ambos desceram do salto que deram, em pontos opostos. O albino logo se apoiou em um dos joelhos e levou a mão ao local do ferimento da véspera, deixando escapar um gemido de dor e sendo obrigado a largar a espada de madeira.

    Naru enxergou ali uma oportunidade perfeita de liquidar o Yorozuya pelas costas. Porém, uma espada de madeira deteve a katana.

    - Kagura-chan!! ? Shinpachi vociferou. ? Cuida dos outros dois, eu protejo o Gin-san!

    - Shinpachi...! ? Gintoki disse, tentando aguentar a dor do ferimento atingido pelo cabo da katana naquele momento do salto. ? Ela é mais perigosa do que você pensa!

    - Eu não vou sair daqui enquanto não botar ela pra correr! Não vou obedecer!

    Shinpachi partiu ao ataque com a espada que Gintoki largara no chão. Porém, seu golpe foi prontamente detido pela katana de Naru.

    - Você tem muita coragem, moleque... ? ela disse. ? Mas não tem habilidade nenhuma!

    Com um único movimento de seu braço direito, Naru fez com que a katana mandasse longe a espada de madeira e fizesse um corte no peito do garoto, que caiu ferido.

    - SHINPACHI!!! ? Gintoki berrou ao vê-lo fora de combate.

    Nisso, a mulher saiu correndo rapidamente, enquanto Kagura derrotava os outros dois que a acompanhavam usando seu guarda-chuva.

    - Kagura, cuida do Shinpachi! ? Gintoki disse e saiu correndo com a espada de madeira novamente em punho.

    O albino desceu as escadas correndo a toda velocidade. E praguejando muito. Na rua, correu por mais alguns metros e estava prestes a alcançá-la.

    - Eu vou pegar você, sua desgraçada! Vai pagar pelo o que fez ao Shinpachi!

    Acelerou ainda mais o passo para alcançá-la, porém não conseguiu. Em meio à corrida, sentiu uma forte dor no local do ferimento, onde recebera a pancada. Cansado e pálido pela forte dor, deteve-se e levou a mão ao lugar ferido. Nisso, sentiu algo úmido e pegajoso.

    Olhou para a palma da mão, com manchas em vermelho-escuro. Era sangue, que já atravessava seu pijama azul, cujo tecido começava a grudar no ferimento.

    - Vai, maldita! Sei que você vai voltar quantas vezes forem necessárias para acabar comigo!


    Somente usuários cadastrados podem comentar! Clique aqui para cadastrar-se agora mesmo!