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Kagura e Tsukuyo voltaram apressadamente ao local de onde iniciara a perseguição. Gintoki e Shinpachi já não estavam mais lá. O local havia sido isolado com fitas amarelas e ainda tinha uma grande mancha de sangue.
As duas já estavam encharcadas da chuva que caía sem parar desde aquela hora.
Alguém se aproximou delas com um guarda-chuva.
- Vocês duas ? disse. ? Venham comigo. Não é bom ficar tanto tempo na chuva.
Kagura olhou para trás. Era Otose, que esboçou um sorriso complacente frente à expressão preocupada da garota.
- Gintoki ficará bem. Venham tomar algo quente e descansar.
*
Anoiteceu. Lá fora, a chuva continuava caindo. Shinpachi estava começando a cochilar, de forma que sua cabeça pendia para frente. Estava cansado. Ainda estava chocado. Não que nunca tivesse visto Gintoki se ferir, mas nunca daquela forma.
Naquele momento, não sabia o que fazer. Apenas gritou desesperado por ajuda, que em alguns minutos acabara chegando. Tudo o que menos queria era perder um amigo. Afinal, ele, Gintoki e Kagura eram amigos. Na verdade, eram praticamente uma família.
Algumas coisas martelavam em sua cabeça. Ainda não sabia se Kagura havia alcançado a misteriosa mulher. E ainda não entendia a razão de ela ter tentado matar o Yorozuya.
Começou a sentir frio e se encolheu na sala de espera do hospital. Mas logo sentiu algo quente ser colocado sobre ele.
- Mana...?
- Shin-chan, eu fico aqui a partir de agora, junto com a Kyuu-chan. ? Tae disse. ? Você precisa dormir, assim como a Kagura.
Tsukuyo estava ali para acompanhá-lo de volta à Yorozuya. Shinpachi não mostrou objeção alguma e a seguiu.
*
- Está havendo uma onda de assassinatos em Edo, mas a maior incidência é no Distrito Kabuki.
- Disso todo mundo sabe, Kondo-san. Até o Yorozuya quase bateu com as botas.
- Disso eu sei, Toushi. E precisamos investigar quem está por trás dessa onda de homicídios.
- Podemos botar o Hijikata-san como isca dos assassinos.
- Não diga asneiras, Sougo. ? o vice-comandante do Shinsengumi disse.
- Vamos ter que interrogar todos os envolvidos com a última tentativa. Daí pode sair alguma pista. ? Kondo, o comandante, disse.
- A partir de alguma provável pista, o Yamazaki poderia descobrir o autor e seguir seus passos até que se cometa um erro.
- Sim, Toushi. E, de toda forma, quem pode nos fornecer as pistas é a própria vítima. Eu me encarrego das testemunhas.
- Pretexto para ver a irmã de uma das testemunhas? ? Hijikata perguntou. ? Eu vou interrogar a vítima. Sougo, fique de sobreaviso.
*
Emergia das profundezas escuras de um sono forçado. Tudo havia sido tão rápido... Lembrava-se de ter trombado com alguém. Uma mulher, mais especificamente. Agora se lembrava da trombada, da mulher e depois... Depois, veio a dor. Algo cortante havia penetrado ali no lado esquerdo de seu abdome e mais um pouco poderia tê-lo estripado.
Antes de perder a consciência, devido à perda excessiva de sangue, só sentia a dor e ouvia os berros de Shinpachi pedindo por socorro.
Depois daquilo, a escuridão completa. Só agora acordava da anestesia.
Ainda meio grogue, apalpou o local do ferimento, mas logo se arrependeu. Apesar de estar devidamente protegido, ainda doía muito. Qualquer movimento mais brusco poderia causar-lhe uma grande dor.
Hah, quando pensava que trombar com uma mulher poderia ser o começo de algo interessante... Havia dado de cara com uma assassina.
Gintoki tinha a ligeira impressão de reconhecer aquele rosto... Não, não era impressão... Ele realmente reconhecia aquele rosto.
- Adoro esse seu cabelo prateado. Sabe que ele te faz único, Gintoki?
- Parece que sou o único que não gosta dele.
A jovem parou de acariciar os cabelos e o encarou:
- Gintoki... Você vai mesmo lutar nessa guerra contra os Amantos?
- Vou sim, Naru... Sou um samurai, esqueceu?
- Não, eu não esqueci. Mas eu preferia que você ficasse e se casasse comigo.
- Tch. Eu tenho contas a acertar com aqueles Amantos malditos! Você sabe muito bem que não me apego a ninguém.
Depois dessa conversa, Gintoki, já todo vestido de branco e preparado para a batalha que se aproximava, aproximou-se do limiar da porta. Era hora do Shiroyasha entrar em ação. Ele saiu e deu uma última olhada para trás. Seus olhos castanho-avermelhados encontraram os olhos negros dela.
A jovem de pele clara e cabelos negros aproximou-se dele e roubou-lhe um beijo. O samurai não teve outra alternativa a não ser corresponder. Depois, separaram-se e ele seguiu para encontrar-se com os companheiros do Joui.
Todos se reuniram, logo seria o embate contra os invasores alienígenas. Seriam espadas contra alta tecnologia. Gintoki encontrou Sakamoto e Katsura, mas... Onde estaria Takasugi, para dar as instruções aos seus companheiros do Kiheitai?
Resolveu procurar pelo outro companheiro de batalha, deixando para trás Katsura e Sakamoto. Depois de alguma procura, ele o encontrou em um local mais afastado. E estava acompanhado.
Por uma mulher.
Que Gintoki já conhecia.
Yamada Naru.
Aos amassos com Takasugi.
- Oi, oi... ? o albino disse com sarcasmo. ? Bastou eu dar as costas e você já está em outra?
- Gintoki ? Naru tentou se justificar. ? Não é o que parece...
- Fica com ele. ? deu as costas ao ?casal? ali. ? Talvez ele faça você deixar de ser uma vadia.
Saiu impassível dali e voltou a se juntar aos demais antes da batalha. Talvez fosse melhor assim, sem ficar preso a ninguém, muito menos uma suposta mau-caráter.
Era melhor ficar do jeito que estava mesmo.
Instintivamente, o Yorozuya balançou a cabeça, como se quisesse tirar aquelas memórias da sua cabeça da mesma forma que um cachorro fazia pra se livrar da água em seus pelos.
Aquilo provavelmente era uma crise de abstinência de seus açúcares diários. Uma crise que fazia com que coisas melosas povoassem a sua mente. Se tivesse ao menos uma Jump para se distrair...
Teria sido mesmo aquela Naru que tentara matá-lo?
Não duvidava.
Mas ela não tentaria matá-lo por conta própria. Provavelmente, alguém estava por trás disso.
Ouviu alguém chegar.
- Gin-chan!
- Gin-san!
Eram Kagura e Shinpachi. Gintoki sorriu preguiçosamente ao ver seus fiéis companheiros da Yorozuya ali. Não eram apenas eles. Otose os acompanhava.
- Eu sabia que você era duro na queda. ? a senhora disse ao seu inquilino.
- Você ainda não viu nada, velha... AI, KAGURA!! PEGA LEVE NESSE SEU ABRAÇO OU OS MEUS PONTOS VÃO ESTOURAR!
Kagura nem ligava muito pra isso, tanto ela como Shinpachi só queriam rever o amigo ferido. Mas o garoto de óculos deu atenção às reclamações e se afastou.
- Gin-san, você se sente melhor? ? ele perguntou.
- É... Mais ou menos. Ficaria melhor se eu comesse algo doce, estou sentindo que minha glicose não está nada normal.
- Típico de um viciado em açúcar como você, Yorozuya. ? Hijikata acabava de chegar.
- Hijikata-san? ? Shinpachi estranhou a presença do vice-comandante do Shinsengumi ali.
- Yorozuya ? o moreno disse sem rodeios. ? Quero que me descreva a pessoa que tentou te matar. E quero que me diga se você a conhece e suspeita de alguma razão para tentar acabar com a sua raça.