Efeito esperado

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Efeito esperado

- Você? ? Gintoki perguntou sem se alterar, pois dar de cara com sua perseguidora em sua própria casa já era rotina.

Sa-chan se levantou sem responder e ajeitou os óculos. Por sorte, eles não saíram do rosto durante a queda. Estava com muita sorte, diga-se de passagem. Colocou os olhos sobre o Yorozuya, que tomava a dose de saquê, bruscamente interrompida pela aparição triunfante da kunoichi.

Para ela conseguir o que tanto queria, bastava aquele pozinho diluído em uma garrafa de saquê. Duas a três doses da bebida com esse pó rosado eram o bastante para que se manifestasse o efeito desejado pela ninja de óculos. Até então, a ?stalker-ninja-profissional? o vira tomar a primeira dose. Ou seja, faltava apenas uma ou duas pra que ocorresse o que fora planejado.

Estranhamente, Gintoki não a enxotou dali, como habitualmente fazia. Pelo contrário, tomou sua segunda dose de saquê e a encarou com sua típica expressão de preguiça. Estaria ele estudando uma maneira de enxotá-la de modo mais eficiente?

Ele, por seu turno, se sentia estranho. Começava a sentir calor. Não se lembrava de ter ouvido na previsão do tempo sobre a noite ser quente. Mas sentia que estava quente. Começou a suar e secou com a manga do quimono o suor que começava a escorrer pelo rosto.

?Que calor...!?, pensou. ?Será que tô começando a ficar com febre? Pode ser que mais uma dose resolva.?

Sem se importar com a ?intrusa?, Gintoki colocou a terceira dose no copinho e bebeu, encarando Sa-chan. Logo depois, levantou-se e foi em sua direção. Ela já se preparava para possivelmente ser enxotada, porém percebeu que os olhos castanho-avermelhados do Yorozuya a olhavam de forma diferente.

Seria o efeito do que colocara no saquê? Ainda não sabia ao certo.

Ele se aproximou dela, que logo recuou, por puro instinto. Seu rosto estava corado, provavelmente pelo efeito do álcool. Porém, ele não se embebedava tão facilmente. Mais alguns passos, e ele a colocou literalmente contra a parede.

Aquele estranho calor começou a tomar conta de todo seu corpo, e seus pensamentos estavam se desordenando. Havia algo ali que estava completamente errado, porém ele não conseguia saber ao certo o que estava acontecendo. Sua respiração estava ofegante, não de cansaço, mas de vontade de algo. Seu rosto estava mais corado, além de ligeiramente suado. Algo ali estava realmente estranho com ele. Tão estranho que via Sa-chan de forma diferente e sentia-se incapaz de lançá-la janela afora.

Seus hormônios começavam a ficar à flor da pele, a fervilhar em seu corpo todo. Seus pensamentos se embaralharam ainda mais, começando a ser dominados por seus instintos mais primitivos. A razão começava a ser suplantada por seus impulsos.

Os olhos de Sa-chan encaravam os olhos castanho-avermelhados de Gintoki, que puxava a gola da camisa por conta do calor. Mas que raio de calor era aquele que sentia...?

Ver o Yorozuya naquele estado a deixava nas nuvens. Seu plano dera certo! Seu alvo estava em suas mãos, era hora de aproveitar a chance!

Agarrou-o pela gola alta da camisa, puxando-o para si. Seu olhar, por trás daquele par de óculos, refletia puro desejo. Puro desejo de estar com aquele albino.

Começou com um beijo, que logo se aprofundou quando Gintoki deixou-se dominar por completo por seus instintos. Sua língua se introduzia sem pedir licença por entre os lábios da kunoichi, que saboreava cada instante daquilo.

Ele a pressionou contra a parede e retomou de onde pararam para respirar. Enquanto um devorava os lábios do outro, Sa-chan não perdeu a chance de dar uma generosa apalpada nas nádegas do ex-samurai. Ele não se importou com isso, simplesmente queria mais. Muito mais. Sem condições de raciocinar direito, simplesmente queria ir logo ao que lhe interessava.

Seus instintos masculinos apenas queriam o prazer e ali contra a parede estava alguém que poderia lhe proporcioná-lo.

- G-Gin-san...? O que você vai fazer?

- Vamos a um lugar melhor, na sala sempre tem um intrometido pra invadir.

Gintoki pegou Sa-chan em seus braços e, aos beijos carregados de luxúria, chegaram ao quarto do Yorozuya. Ambos estavam agora no futon, e se encaravam ofegantes. A ninja também estava igualmente ansiosa para ir ao que interessava.

Com ar provocante, começou a se despir diante dos olhos de Gintoki, que começava a gostar do que via... E, a cada movimento sensual da kunoichi, começava a ficar excitado. E com muito, muito calor.

Ao final, Sa-chan estava completamente despida, para loucura total dos hormônios do Yorozuya. Este não perdeu tempo e começou a fazer o mesmo. Mas Sa-chan o deteve:

- Nada disso, Gin-san... Você tá muito apressadinho...

O dopado Yorozuya não questionou. Deixou que a ninja fizesse tudo. Delicadamente, ela tirou o cinto e a faixa que prendiam à cintura o quimono branco vestido pela metade pela inércia, a vestimenta caiu. Em seguida, ela abriu sua camisa preta e começou a acariciar seu peitoral.

Ele, por baixo dela, deu um sorriso bem malandro, indicando assim que estava gostando da ?brincadeira?. Antes que ela partisse à retirada das calças, puxou-a para dar mais um beijo quente e cheio de luxúria, e não perdendo a chance de acariciar um dos seios dela, arrancando o primeiro gemido de prazer.

E mais uma vez os lábios de ambos se encontraram em mais um beijo ardente e urgente, indicando que aquilo era só o começo. E, como planejado, Gintoki estava dopado a ponto de satisfazer os seus pervertidos desejos.

E tinha que aproveitar antes que o albino voltasse ao normal quando o efeito da bebida passasse.