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?Vamos jogar??
?Estou ferrado!?
Essa foi a primeira frase que veio à mente de Gintoki quando deu de cara com Tsukuyo ali. A loira estava belamente trajada com um quimono azul. Seus cabelos loiros estavam impecáveis e presos por um lindo adereço floral. A bela imagem de Tsukuyo só tinha duas coisas que a comprometiam: a grande garrafa de vinho Dom Pérignon em uma das mãos e o rosto já enrubescido pelo álcool.
Bateu aquele mau pressentimento no albino. Aquilo corria um sério risco de não acabar nada bem... Principalmente para ele. Altíssimas probabilidades de dar encrenca.
Tsukuyo deu mais um soluço e disse:
- Por essa eu não esperava... Você, de novo? Só pode ser coincidência...
- Eu. Odeio. Coincidências. ? ele resmungou entre dentes.
- Anda logo! O que está esperando! Senta aí pra beber!
Gintoki logo caiu na real... Ali quem estava diante dele era mesmo a Tsukuyo, que, com uma gota só de álcool, era ainda mais fatal do que sóbria. A loira simplesmente lhe metia medo em tal estado.
Já pensava em dar as costas e sair de fininho, quando foi violentamente puxado pelo quimono:
- Senta aí! Você veio pra beber, então vamos beber!
Contrariar era pior. Apanharia mais rápido, com certeza, se fizesse isso. Já que estava ali... Ficaria por lá mesmo, em nome de sua integridade física.
- Aposto que você fica bêbado rapidinho... ? Tsukuyo disse em tom de desafio, enquanto colocava uma dose de saquê para Gintoki e outra para ela.
- Duvido. ? ele disse confiante. ? Como eu tenho muito açúcar no meu corpo, o álcool não me afeta tão rápido. Você vai ficar mais bêbada do que eu e bem rápido!
- Oh, é mesmo? ? ela virou o saquê numa golada só. ? Eu posso ser mais forte que você!
- Homens são mais resistentes ao álcool. ? Gintoki respondeu, tomando a sua golada e colocando mais.
E assim foram tomando várias e várias doses seguidas de saquê, e depois partiram para o vinho Don Pérignon. E da mesma forma esvaziaram a garrafa.
Quem vencera? Gintoki estava apenas ruborizado devido ao álcool, ao passo que Tsukuyo estava meio cambaleante. A passos trôpegos, a loira foi atrás do biombo ? com um desenho de um gracioso pavão ? e voltou com um maço de cartas de baralho na mão.
- Vamos jogar? ? ela perguntou com a voz já pastosa pelo efeito da bebida.
Gintoki nada disse. Tsukuyo tratou de agarrar-lhe a gola da camisa preta.
- Vamos jogar ou não vamos, hein? Estou aqui pra te entreter!
Com um riso pra lá de forçado, o homem respondeu:
- Vamos, vamos... Qual vai ser o jogo?
?Pelo menos, não vai ser ?pedra-papel-tesoura? como da outra vez...?, pensou.
- O que acha de um ?strip-pôquer?? ? ela perguntou.
?PIOROU! ELA QUER UM ?STRIP-PÔQUER?!!?, Gintoki gritou em pensamento. Não estava preocupado com o ?strip-pôquer? em si, mas com o altíssimo risco de tomar uns bons sopapos durante o jogo.
- Se eu bater, você tira uma peça da sua roupa. ? ela disse, com os olhos irradiando luxúria. ? E se você bater na rodada, eu tiro uma peça da minha roupa. Aceita... O desafio?
Como não iria aceitar? Não só aceitaria por conta do risco de apanhar, independentemente de jogar ou não, como aceitaria porque estava especialmente interessado em ganhar...
- Passa as cartas. ? mandou, enquanto bebia mais uma dose de saquê de mais uma garrafa recém-aberta.
Assim, iniciou-se o jogo, e minutos depois...
-Bati! ? Tsukuyo anunciou. ? Hora de tirar a primeira peça...
Gintoki tirou o quimono branco, inconformado por ter perdido por tão pouco.
- Isso foi só sorte sua! ? disse. ? Vou ganhar a próxima rodada!
E, duas rodadas depois, ele apenas estava vestido com sua cueca samba-canção estampada com morangos. ?Mulherzinha sacana!?, praguejou em pensamento.
Com o rosto tenso, olhou para as cartas que segurava. Apesar de ambos estarem bêbados, sabiam muito bem como estavam jogando. E, até então, o Yorozuya estava em clara desvantagem. Ele, só de cueca samba-canção, e ela, com o traje quase intacto, só havia tirado o primeiro quimono.
Ao pegar mais uma carta da mesa, sorriu.
- Bati! ? ele disse.
Tsukuyo tirou o outro quimono, ficando só de lingerie. O samurai apenas fez sua típica expressão de cara-de-pau. Já que estava nesse jogo... Pediu mentalmente por uma virada, por motivos descaradamente óbvios e masculinos.
Mais uma rodada e logo foi ouvido.
- Parece que a dama da sorte resolveu me ajudar! Bati de novo!
- Droga! ? a loira disse.
- Não adianta reclamar! Foi você que deu a ideia, então aguenta!
Tsukuyo só tirou o sutiã, por estar sob efeito de mais álcool do que o costume ? ou seja, quase nada. O efeito em Gintoki foi imediato: um forte sangramento nasal, além de um certo local de seu corpo começar a latejar. Pra disfarçar e fazer pose de durão, botou a mão direita à frente do rosto, de tal forma que o sangramento não fosse notado de imediato. Mas não adiantou.
- Já começou a empolgar? ? ela disse com a voz arrastada e tomando mais uma dose de saquê, para juntar-se às inúmeras que já tomara. ? Já vi que você me acha gostosa.
Demorou algum tempo para que Gintoki conseguisse estancar o sangramento nasal com a mão. Agora sabia onde havia pegado várias vezes acidentalmente, antes de apanhar. Agora, sim, sabia em que dera os ?puff-puffs? acidentais.
- Ótimo, estamos empatados! ? ele disse, suando muito e com os hormônios fervilhando em seu corpo. ? Quem perder, fica completamente nu!
- Você vai ficar assim!
- Com a dama da sorte ao meu lado, você ficará sem nada!
Mais uma rodada e...
- Bati!
As cartas depositadas sobre a mesa diziam claramente que a mão de um deles havia desempatado e vencido o jogo.