Uma Missão Inusitada

  • Elayny
  • Capitulos 8
  • Gêneros Ação

Tempo estimado de leitura: 1 hora

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    Capítulos:

    Capítulo 5

    Impulsos

    Shikamaru acordou antes de Kim. Arrumou-se rapidamente e a acordou, mesmo com pena, já que ela parecia um anjo dormindo:

    - Kim? Kim? ? Ele mexia gentilmente nos ombros da companheira. ? Tá na hora de levantar...

    - Ah, mas eu quero dormir... ? Disse sem abrir os olhos. ? Tô com sono...

    Shikamaru teria caído na gargalhada se pudesse. A menina conservava algumas características infantis e falou como uma criança mimada. Era realmente bonitinho.

    - Oh, minha amiginha manhosa não quer levantar... ? Shikamaru apertou a bochecha da menina carinhosamente, como se faz com uma criança pequena e gordinha. Isso fez com que Kim levantasse num pulo e corresse para o banheiro para se arrumar. Ele não entendeu muito bem a urgência dela em chegar até o outro cômodo. Sentou e esperou.

    ?Será que ela tá passando mal??, era o que Shikamaru se perguntava.

    Kim não queria ser vista descabelada e remelenta, por isso correu para o banheiro. Isso foi uma das poucas coisas que a ruivinha teve tempo de aprender com ela. Escovou os dentes, penteou os cabelos e trocou-se. Dez minutos depois saía, deslumbrante.Usava um vestido branco e florido e um casaquinho na mesma cor. Parecia a personificação da pureza aos olhos de Shikamaru. Ela falou:

    - E aí? Como estou? ? Perguntou dando uma voltinha.

    - É, tá bom... ? Shikamaru parecia estar em ?modo automático? e respondeu só o que ela queria ouvir.

    Kim ficou desapontada. Era insegura porque não costumava se arrumar, principalmente ao gosto de homens mais velhos. Agora era obrigada a fazê-lo pela Vila, se esforçava ao máximo e era tratada daquela forma? Não era justo!

    - E então? Vamos, Shikamaru? ? A menina parecia murcha.

    - Hai... ? Shikamaru estava compenetrado estudando os desenhos. Deixou-os em cima da mesa e saíram para tomar café.

    Chegaram até o refeitório. Enquanto esperavam os pedidos, Kim desenhou com cuidado o local. Assim que terminou entregou a Shikamaru, olhando-o de forma estranha. Não havia nada pior do que orgulho ferido e era assim que ela se sentina. Na mesa ao lado havia um menino bonito, que devia ter sua idade ou mais. Passaram o tempo todo trocando olhares e sorrisos, coisa que Shikamaru notou.

    ?Crianças. Ficar paquerando a essa hora da manhã? Meu Deus, isso que é seca!?

    Apesar de sua reação inicial aquilo incomodava, e muito, o rapaz. Não sabia se era porque todos (que acreditavam na mentira dos dois) fariam piadas com ele ou se tinha entrado demais no papel e sentia ciúme da sua namorada de mentira. O certo é que acabou rapidamente de comer e ficou de cara feia, olhando para a menina. Ela se fez desentendida até que saíram. Virou-se pra ele e perguntou:

    - Os desenhos ficaram bons? ? Disse fingindo que nada acontecia.

    - Sim, ficaram. E a paquera? Estava? ? Ele olhou de rado de olho pra ela.

    - Que? Do que você tá falando, Shikamaru? ? ela parecia surpresa e irritada.

    - Acha que eu sou idiota? Eu vi como você e aquele borra-botas da outra mesa se olhavam! ? Mal acreditou no que havia dito. Estaria ele levando a história de namoro a sério demais?

    - Quer saber? Sim, eu estava olhando pra ele! E sim, você é um idiota, sabia? ? A menina parecia tomada por uma raiva sem razão.

    - Ei! Pera aí! O que eu fiz pra você reagir assim? Isso foi uma tentativa de troco, né? ? Ele deu um passo atrás, percebera que a menina estava realmente chateada com ele por alguma razão.

    - Você acha que é fácil pra mim? ? Ela perguntou, já com os olhos marejados.

    - Não, eu não acho nada! Só quero saber porque você está me tratando assim.... ? Ele parecia confuso.

    - Shikamaru, vocês três já são maiores de idade, adultos... Por causa dessa maldita missão eu tenho que parecer tão madura quanto vocês em tudo: comportamento, papo, aparência... ? Travou um pouco, mas voltou a falar ? Estou me esforçando ao máximo para corresponder, mas nunca tive ninguém pra me ensinar como uma mulher deveria se portar ou se vestir...

    - Nunca? ? Agora tudo fez sentido para Shikamaru. Havia sido a forma desinteressada de falar que lhe era peculiar a despertar aquela reação tempestuosa. Parecia que sem querer havia tocado a ferida mais profunda da menina.

    - É! Nunca! Eu não tive uma mãe que me ensinasse, ao contrário da maioria das crianças... Minha mãe morreu quando eu tinha seis anos.

    - Kim, me desculpa... A gente ainda não se conhece muito bem e... Bom... O meu jeito de falar não quer dizer que eu esteja menosprezando você. Não sou muito de me ligar em elogiar ou coisas assim...

    - É? Mas pra Hinata-chan você volta e meia solta um elogio...

    - Por que ELA precisa disso. ? Falou destacando a palavra ?ela? ? Se soubesse os problemas que essa menina tem e as responsabilidades que a aguardam você entenderia...

    - Ah, e você acha que eu não preciso? ? Ela franzia a testa tentando segurar as lágriamas.

    - Acho... Você sempre pareceu tão confiante! Sempre admirei isso em você, aliás. Quando a Godaime disse que uma das integrantes do nosso time teria dezesseis anos eu achei que era uma menininha bobinha e franzina, que não falaria coisa com coisa. Mas você... ? Olhou-a de cima a baixo ? Você é inteligente, sagaz... E muito bonita, nem aparenta a idade que tem. Nunca esperaria ouvir uma coisa dessa de você, me desculpe!

    - Kim, vo.... ? Foi imediatamente calado. Num rompante Kim deu-lhe um beijo apaixonado. Parecia querer se fundir com ele. Shikamaru em um primeiro momento se assustou, tentando impedir aquele gesto que faria os dois se arrependerem depois. Até mesmo ele tinha a razão vencida pelos instintos de vez em quando e correspondeu ao beijo necessitado da amiga. Amiga? Companheira de missão? O que ela era para ele, era o que se questionava.

    Depois de dois minutos naquela experiência intensa, separaram-se. A menina olhou-o nos olhos com um sorriso terno, fez um afago em seu rosto e saiu correndo sem destino. Quando percebeu o que aconteceu, Shikamaru tentou correr até ela e chamá-la, mas as muitas árvores atrapalhavam a visão e logo ele foi despistado. Tentou gritá-la:

    - KIM! KIM! KIIIIM! ? Gritava em vão.

    - Ei! Cala a boca, isso não é hora de gritar! ? Um vigia o advertiu ameaçadoramente.

    - Vai à merda, baka! ? Shikamaru havia perdido a cabeça. E isso o incomodava tanto que o deixava ainda mais transtornado. Procurou durante meia hora sem sucesso. E resolveu recorrer aos amigos. Encaminhou-se até o chalé de Naruto e Hinata.

    ***

    Hinata lentamente abriu os olhos e viu que já era manhã. Podia ouvir o cantar dos pássaros lá fora e, olhando o relógio que ficava na parede em frente à cama, viu que eram seis da manhã. Só aí reparou que havia adormecido nos braços de Naruto, que ainda estava dormindo. No início enrubesceu, mas depois ficou feliz e continuou abraçada a Naruto. Observou aqueles cabelos loiros e, principalmente seu corpo bem formado. Seus lábios eram bonitos, constatou Hinata. Começou a sentir uma crescente vontade de roubar um beijo deles, mas sabia o que isso ocasionaria: Naruto nunca mais iria querer nada com ela!

    ?Tá bom, já deu... Vou tomar um banho e pedir café no quarto para nós dois... Isso deve ajudar a acalmar as coisas.?, pensava. Pegou o telefone e solicitou ao serviço de quarto o café. Ela sabia que o serviço só estava disponível daqui a meia hora, então teria pelo menos quarenta minutos para banhar-se. Pegou uma toalha e entrou no banheiro.

    ?Ai, o que é isso! Naruto-kun só me vê como amiga, tentou me consolar e eu fico aqui imaginando coisas mirabolantes com ele??, pensou em tom de reprovação.

    Na hora de se despir as roupas pareciam arranhar sua pele. Estava sensível como nunca estivera antes e achava tudo muito estranho. Finalmente entrou no chuveiro, deixando inicialmente a água morna molhar seus cabelos e escorrer por todo o seu corpo curvilíneo. A temperatura da água pareceu piorar a sua situação. O calor que estava sentindo vinha de dentro. Irradiava por suas coxas, barriga, glúteos e costas. ?Será que eu estou sobre o efeito de alguma droga ou algo assim? Será que estou delirando??, Hinata do alto de toda sua inocência não entendia o que sentia.

    Pegou uma esponja e molhou com sabão líquido. Começou a passar vagarosamente pelo seu corpo: passou pelo pescoço, percorreu os dois braços, atravessou os ombros e o colo, até que chegou aos seios. O torpor era insuportável, precisava saciar aquele desejo febril que tomara conta do seu eu. Deixou a esponja cair e começou a acariciar primeiramente seus fartos seios, com a ajuda do sabão líquido.

    Ah... ? Soltou uma exclamação de prazer e fechou os olhos. Só via uma coisa: os lábios de Naruto implorando por seus beijos. Ainda sentia o calor de seus braços a envolvendo e o seu cheiro dominava o ar a sua volta. Chegou aos seus mamilos, acariciando-os com as pontas dos dedos. Em resposta, eles logo enrijeceram. Estava ficando louca, deduziu. Louca de paixão.

    Sua mão escorregou por sua barriga rapidamente. Ela ensaboava-se com calma e fervor, tocando cada poro, cada parte de sua pele alva.

    - Ah! Ah! Naruto-kun... ? Gemia mais alto agora, por sorte sendo abafada pelo barulhento chuveiro. As carícias que proporcionava a si mesma eram fenomenais, quase hipnóticas. Continuou explorando aquela região até que suas mãos, que a essa altura pareciam ter vontade própria, começaram a tocar suas costas.

    Ai! Ai! Ah, Naruto-kun! Naruto-kun! ? O prazer era mesmo inebriante. Suas mãos desceram até o bumbum, aonde apertou a carne com as unhas. Finalmente chegou as coxas e a percepção chegou a novos patamares. Suas pernas estavam bem juntas, deixando apenas espaço para que suas mãos roçassem loucamente por cada centímetro da região. Não estava mais agüentando havia algo que ela precisava muito fazer. E sem esperar muito mais, concretizou aquele desejo.

    - Ah! Ah! Ah! ? Agora a menina gemia ainda mais alto, expressando todo o tesão que sentia. Suas mãos tocaram, lascivas, seu sexo. Suas pernas estremeceram após o contato eletrizante. Permaneceu alí, acariciando a zona que mais lhe proporcionava prazer.

    Por fim inclinou-se para frente, fazendo com que seus seios tocassem o azulejo frio. Sua respiração falhava em meio aos cada vez mais constantes e estridentes gemidos de prazer. Sentiu quase que involuntariamente um de seus dedos adentrar sua intimidade. Aquele jogo frenético estava-a levando a loucura. O vai e vem de sua mão era cada vez mais rápido, intenso, até que o segundo e último dedo ocupou seu espaço.

    - Aaaaaah! ? Hinata chegou ao orgasmo. O primeiro de sua vida e, enquanto se recompunha daquela experiência, desejou que muitos outros viessem.

    Naruto se revirava na cama, enquanto a menina terminava de se vestir. Estava confusa e amedrontada. Do jeito que seus impulsos tinham feito com que ela agisse tinha medo de mais cedo ou mais tarde cometer algum grande erro. Quando terminou de se vestir, colocando a mesma roupa com a qual havia dormido, ouviu a campanhia tocar. Falou encaminhando-se para a porta:

    - Mate! Já vai! ? Abriu a porta e viu um senhor simpático com a bandeja na mão. Desculpou-se com um sorriso cordial ? Desculpe a demorar!

    - Não há de quê, senhorita. Tome! ? Entregou a bandeja para Hinata. O cheiro do Ramen e da sala de frutas era delicioso.

    Hinata segurou a bandeja e fez uma reverência ao homem com a cabeça:

    - Arigato gosaimasu!

    - De nada, e bom apetite! ? O homem saiu andando rapidamente. Hinata pegou a bandeja com cuidado e colocou na mesa. Parou do lado dele e sussurrou em seu ouvido:

    - Naruto-kun, acorda... Naruto-kun? ? O menino acordou com um sorriso no rosto, já eram sete horas da manhã e havia tido uma bela noite de sono.

    - Ohayo, Hinata-chan! ? Disse sorrindo e animado.

    - Ohayo, Naruto-kun! ? Hinata, antes de levantar e sentar no seu lugar, de um beijinho na bochecha do amigo ? E obrigada por ontem.

    O beijo fora de uma inocência e ternura inigualáveis. Era simplesmente o reconhecimento da ajuda que ele havia dado para ela, mas ainda sim ele ficou envergonhado. Ela estava de costas para ele, terminando de pentear o cabelo, graciosa. O shortinho mínimo e a blusa deixavam à vista todo o esplendor de suas formas fartas e perfeitas. Certamente não havia homem nenhum que não desejasse uma companheira assim.

    Ela caminhou em direção a mesa, retirou seu pote de salada de frutas e perguntou para Naruto:

    - Com fome,.Naruto-kun?

    - Claro! Que cherinho bom! ? O radar de ramen de Naruto estava ativado.

    - Hihihi! ? Hinata deu uma risada e caminhou até ele com a bandeja. Inclinou-se, para colocar a bandeja no colo de Naruto, por acidente parando com o seu decote na altura dos olhos do rapaz.

    - Hi-Hinata-chan... ? Ele corou violentamente e até sentiu-se um ero. Não conseguia tirar os olhos daqueles seios tão grandes e perfeitos. Disfarçou quando a menina disfarçou e sem entender muito bem o motivo de sua vermelhidão perguntou:

    - O que foi, Naruto-kun? ? Hinata sentou-se ao lado dele na cama, com o pote de salada de frutas.

    - Nada... Hehehe! É que as únicas vezes que eu recebi café na cama foram no hospital! Não é engraçado? ? Ria nervoso e procurou concentrar-se na tigela de ramen e não no corpo maravilhoso da amiga.

    ?Ela é só sua amiga e não é pra você, um baka pervertido! Trate de pelo menos disfarçar, retardado!?, repetia mentalmente.

    Quando iam começar a comer, ouviram batidas na porta:

    - Toc! Toc! Toc! ? Quem quer que você aquela hora parecia com pressa.

    - QUEM É? ? Naruto gritou, mas depois sentiu vergonha pela falta de modos na frente da menina.

    - Sou eu, Naruto! Abre essa porta, rápido... ? Naruto finalmente reconheceu a voz de Shikamaru, que parecia desolado. Correu até a porta e a abriu. Quando viu o semblante do amigo confirmou suas suspeitas. Falou com pressa:

    - Entra, cara! E me conta, o que aconteceu para você ficar assim? ? Hinata se perguntava a mesma coisa e chegou para perto dos dois, demonstando preocupação.

    - Ah, é uma longa história... ? Shikamaru sentou-se no chão de frente para a cama e começou a falar.


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