Narrado por Ino
Eu caminhava lentamente em direção aos campos de flores. Precisava encontrar algumas ervas medicinais para poder ajudar Sakura na criação de novos antídotos. É estranho ficar trabalhando com a testuda todos os dias e em nenhum momento discutirmos por alguma bobagem ou gritar feito crianças pelo amor do Sasuke. Na verdade em momento algum mencionamos o nome dele, quando estamos na ala hospitalar entramos em outro mundo e esquecemo-nos das pessoas de fora. Eu pessoalmente agradeço por não pensar mais tanto assim no Sasuke. No inicio quando ele foi embora senti que meu coração houvesse se quebrado em milhares de pedaços. Eu senti raiva de mim mesma por não ter estado naquela ponte e o ter impedido de ir com os servos do Orochimaru. Eu teria o segurado firmemente e não o soltaria por nada nesse mundo. Mas eu teria sido capaz de fazer isso? Antigamente eu pensava que sim, mas hoje em dia não.
Eu era uma menina apaixonada que não sabia fazer mais nada a não ser pensar em maneiras de conquistar a pessoa que eu tanto gostava, afastei a garota que tinha se tornado a minha melhor amiga, arrumei brigas sem motivo algum. E em tudo isso o que eu havia ganhando? Nada, nem um simples olhar ou sorriso dele. E depois de todos esses anos sem Sasuke por perto fui aprendendo a me conhecer melhor e aquela velha Ino inocente e medrosa não existe mais. Agora sou capaz de sai em uma missão sozinha sem a companhia do Shikamaru ou do Choji, aperfeiçoei minha técnica especial e tornei-me uma verdadeira Shinobi. As pessoas da Vila estão começando a ver que eu realmente mudei. Por onde eu passo elas me cumprimentam e agradecem pelos remédios criados. Algumas vezes vão a minha procura para ajuda-las com algum machucado, principalmente as crianças que se machucam brincando de ninjas e caiem, para os pais não brigarem eles vem a minha procura para dá um jeito nos hematomas.
Outra novidade é que estou também me aproximando mais do Naruto. Antes eu não gostava muito das idiotices dele, do ?jeito ninja? de ser dele, mas vendo tudo que ele fez para cumprir sua promessa a Sakura passei a respeitá-lo como amigo e principalmente como um Shinobi.E torço para que ele consiga conquistar o amor da Sakura. Ele merece!!!
- Onde estão aquelas ervas? ? perguntei para mim mesma em voz alta.
As ervas que eu estava procurando era de uma espécie rara que nascia nas folhas das árvores de Cerejeiras, eram bem pequenas mais seu poder de cura era incrível. Comecei a procurar em volta das árvores e nada de erva alguma. Será que a Sakura não se enganou de lugar? Não sei, vou procurar mais um pouco por aqui e depois vou para o outro campo. O bom de viver aqui na Vila é que possuíamos grandes variedades de campos de flores. Fiquei um bom tempo procurando por pelas tais ervas e nada. O sol está para nascer e daqui a pouco as flores vão desabrochar. Essa é a parte ruim das buscas de ervas, nunca conseguimos encontrar elas depois do nascer do sol, apenas no fim da madrugada. Deve ser algum tipo de magia ou sei lá... é o sol nascendo e elas sumindo.
- É testuda você se enganou dessa vez. ? exclamei com um suspiro cansado. ? Agora terei que dá a volta e ir para o outro lado da floresta.
- KATSU!
- Mas o que diabos foi isso? -Ouvi alguém gritando e logo em seguida o barulho de algo explodindo.
- Apreciem a verdadeira arte. ? a pessoa falava. ? KATSU!
Rapidamente escondi-me entre algumas flores para quem quer que fosse não conseguisse me ver, pelo seu chakra não era daqui da Vila. Em baixo de um monte de flores olhei para os lados procurando a pessoa e não encontrei ninguém. Mais eu podia jurar que ouvi um barulho e ainda estou sentindo um chakra por perto. Muito perto.
- Sabia que é feio se esconder dessa forma sem se apresentar? ? disse uma voz perto de mim. Sem querer acabei dando um grito de susto e sai rapidamente do meu não mais esconderijo. Fui para o lado já com algumas kunais em mãos.
- Quem é você? ? perguntei involuntariamente.
Um homem loiro pairava sobreo ar em cima de um estranho pássaro branco. Seu cabelo era comprido e por mais estranho usava uma franja de lado igual a minha. Seus olhos eram de um azul lindo e seu rosto era sem comentários. Perfeito! Para com isso Ino para de olhar como ele é alto e forte. Ele vestia uma roupa cinza de ninja. Não usava nenhuma badana para poder identificar de qual País ele seja.
- Porque o estresse loirinha? ? falou ele vindo para perto de mim com aquele pássaro esquisito.
- O que está fazendo aqui? ? perguntei me afastando cada vez mais dele. ? E porque estava explodindo as coisas?
- Estou entediado. ? disse ele olhando de cima a baixo. ? Precisava dá um tempo do lugar onde eu vivo.
- De qual aldeia você é? ? perguntei-o.
- Ninguém me deixar me divertir. ? sussurrou ele para si mesmo. ? Eu precisava dá um tempo de tudo. De qual aldeia é você? ? perguntou ele dessa vez alto me encarando.
- Se você não fala a sua eu também não falo a minha.
Como eu sai muito cedo para procurar as ervas nem coloquei minha badana. E será que esse cara não sabe que está no País do Fogo em Konoha?
- AI MEU DEUS O QUE DIABOS É ISSO NAS TUAS MÃOS? ? as palavras saíram da minha boca antes que eu pudesse impedir, mas era estranho parecia que ele tinha bocas na própria mão. E elas mastigavam alguma coisa. ECA!
- Isso é um Kinjutsu. ? simplesmente disse ele pulando de cima do pássaro. E com um selo de mão o pássaro diminui ficando do tamanho de uma pétala de flor.
- Interessante. ? falei. ? Nunca vi isso antes. ? admitir.
Quando dei por mim estava bastante próxima dele, nem me toquei que ele poderia ser um criminoso ou sei lá. Mas seu rosto não transparece isso.
- Posso tocar? ? perguntei mais uma vez sem pensar antes de falar.
- Pode. ? falou ele me estendendo uma das mãos. ? Ninguém nunca pediu isso, todos acham estranho.
- É estranho sim, mas diferente. ? comentei. ? Isso é bom ser diferente.
Com a ponta do dedo comecei a passar ao redor da boca. Cutuquei de leve os dentes e toquei na língua.
- UAU!!!!!! ? exclamei quando a boca se fechou ao redor do meu dedo e deu uma pequena mordida.
- Desculpa... ela tem vontade própria. ? sorriu o loiro.
Ele é realmente lindo.
- Tenho que ir agora. ? falei me sentindo um pouco triste.
Eu não queria ir... queria conhecer mais desse desconhecido.
- Também preciso ir ? falou ele. ? Antes disso posso saber o seu nome?
-Chamo-me Ino.
- Sou Deidara.
De repente a outra mão dele soltou uma gosma branca da boca e com um rápido selo a massa branca tornou-se uma linda flor.
- A arte deve ser apreciada por pessoas belas. ? falou Deidara entregando-me a flor.
Uma flor de argila.
- É linda. ? falei tocando as pétalas da flor.
- Espero vê-la novamente. ? disse-me ele subindo no pássaro que estava novamente grande.
Também espero pensei.