Just Pure Happiness and Romance - Story 01

Tempo estimado de leitura: 2 horas

    16
    Capítulos:

    Capítulo 6

    Trap

    Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Violência

    Mais uma vez o despertador fez o seu trabalho em acordar-me. Levantei mas senti a minha cabeça um pouco pesada e o rosto quente. Fui a passo devagar até á cozinha. Seiji encontrava-se já na mesa a comer estava vestido com uma camisola de manga comprida de cor escura, tinha calças de ganga de cor azul claro, e ténis de cor verde escuro.

    ? Bom dia Taro.

    A voz dele parecia mais alta que o habitual.

    ? Bom dia Seiji, mas será que podias falar um pouco mais baixo. ? Sentando-me á mesa com a mão na cabeça.

    Sentia-me muito mole, não me apetecia fazer nada.

    ? Taro estás bem? ? Aproximando-se de mim preocupado.

    ? Mais ou menos.

    Seiji põe a mão dele na minha testa.

    ? É pá!!! Parece que estás com febre, talvez por causa de ontem.

    ? O quê?! Estou com febre?! Não pode ser!!! Eu não posso estar. ? Não acreditando.

    ? Mas olha que estás, talvez seja melhor ficar aqui contigo--

    ? NÃO!!! ? Interrompendo-o num tom alto. ? Não quero que faltes ás aulas ou ao trabalho por minha causa, eu fico bem apenas tenho que tomar os comprimidos.

    ? Como querias teimoso. ? Suspirou com tom derrotista. - Mas promete-me que após tomares os medicamentos vais logo para cama.

    ? Sim claro, não te preocupes. ? Não dando muita importância ao que dizia.

    ? TARO!!! ? Poisando a sua mão na minha cabeça virando-a para ele. ? Estou a falar a serio. ? Num tom serio.

    ? Ok, ok, ok.

    ? Olha vou agora para a faculdade, e devo chegar tarde. ? Já com a porta da entrada aberta, vestido com um casaco quente de tons claros.

    Reparei que olhava-me com preocupação, talvez tivesse sido demasiado orgulhoso quando recusei a sua companhia, mas ao mesmo tempo não queria que falta-se.

    Telefonei para loja Isao-san, quem atendeu-me, disse-lhe que estava doente, este diz-me para não preocupar-me pois o principal era agora curar-me.

    Após desligar o telefone tomei os medicamentos, sentei-me no sofá haver TV enrolado em um cobertor, o silencio era-me estranho agora, não durou muito tempo para que os medicamentos começarem a fazer efeito, á medida que o tempo passava ficava mais sonolento até que fechei por completo os olhos. O som que TV fazia já não ouvia, apenas era um pequenino barulho de fundo.

    Não sei muito bem quanto tempo tinha passado desde de que adormecera, mas o toque do telefone fez-me acordar do meu sono.

    ? Alô? ? Com tom baixo.

    ? Taro sou eu o Seiji.

    Estranhei a voz dele parecia-me um pouco diferente, mas por causa de estar doente os meus ouvidos não conseguiam distinguir bem a voz.

    ? O que se passa?

    ? Queria pedir-te se podias passar pela faculdade?

    Mas porque que eu tenho que ir á faculdade se ele pode muito bem vir a casa, sem gastar muito tempo.

    ? Mas porque que não vens a casa? ? Já um pouco irritado.

    ? Não me dá tempo.

    ? Ok. ? Suspirando desapontado com a resposta dele. ? Diz-me o que tenho de levar e aonde encontramo-nos ?

    ? É o casaco de treino encontramo-nos no local dos balneários.

    ? Ok, até já.

    Mas que lata primeiro diz-me para ficar na cama e agora quer que vá apanhar frio, enfim. Fui bem agasalhado para rua, o frio estava mais cortante do que das outras vezes.

    A caminho da faculdade comecei a sentir a minha cabeça outra vez pesada, acho que tive uma recaída, não era de admirar. Mas mesmo assim continuei em frente.

    Os balneários estavam muito silenciosos, para o meu gosto. Á medida que o tempo ia passando, já não conseguia manter-me em pé, tive de me sentar num dos bancos do balneário, a minha cabeça pesava-me cada vez mais. Mas que raios está a fazer Seiji porque demora tanto... Cada vez mais irritado.

    Ouvi passos de alguém aproximar-se. Já era sem tempo.

    ? Porque demoras-te tanto Seij.... ? Levantando-me. ? JIRO?! ? Surpreendido.

    O que está a passar-se aqui? O que faz Jiro aqui?

    ? O que fazes aqui?

    Em de seguida entre mais dois rapazes no balneário.

    ? Agarrem-no. ? Num tom serio com os braços cruzados.

    Os dois rapazes encostam-me com violência aos cacifos agarrando-me os dois braços, por estar débil o meu corpo ressentiu-se mais.

    ? Caíste que nem um patinho. ? Rindo-se.

    Abaixei o meu rosto ficando a olhar o chão.

    ? Ei!!! ? Agarrando-me o queixo fazendo-me olhar para ele. ? Estou a falar contigo.

    Lancei-lhe um olhar irritado.

    ? Afinal o que queres de mim? ? Num tom serio.

    ? Achas mesmo que ia deixar-te sair ileso. ? Olhando-me com os olhos semicerrados. ? Espero que estejas preparado.

    A minha visão começava a ficar desfocada.

    ? Se queres tanto assim acabar comigo força. - Um pouco ofegante.

    Apenas queria que isto acaba-se rápido. As minhas pernas já começavam aceder. Reparei que Jiro olhava-me intrigado. Ficava mais ofegante.

    ? Soltem-no. ? Soltando-me o queixo.

    Os dois rapazes obedeceram, nesse instante as minhas pernas acabaram por cederam completamente, fazendo-me tombar para frente, apenas fechei os olhos á espera de encontra-se o duro e frio chão do balneário, mas em vez disso encontrei algo quente e não tão duro como o chão.

    Abri meus olhos vi o rosto de Jiro, bem como os braços deles a envolverem-me. Ao aperceber disso soltei-me logo, agarrando-me aos cacifos.

    ? O que pensas que está a fazer? ? Irritado.

    ? Estás doente. ? Num tom firme, pondo a mão no meu rosto.

    ? É verdade e tu és o culpado disto todo. ? Ofegante.

    Porra não consigo estar de pé. Tenho que voltar o quanto antes a casa. Comecei andar agarrando-me a todo que me parecia para não voltar a tombar.

    ? Não podes ir assim para casa. ? Diz Jiro agarrando-me o braço.

    ? Eu não preciso da tua ajuda, eu posso muito bem ir sozinho. ? Soltando-me com alguma brusquidão.

    ? Não me deixas alternativa, Taro. ? Aproximando-se de mim.

    A ultima coisa que vi antes de ficar inconsciente foi a punho de Jiro no meu estômago.

    Quando voltei acordar estava deitado em uma das camas da enfermaria da faculdade.

    ? Taro!!!

    Esta voz.

    ? Seiji?! ? Com tom baixo. ? O que fazes aqui? ? Olhando-o meio ensonado.

    ? O que faço aqui?! Não é obvio.

    ? Espera!? Faltas-te ao trabalho? ? Preocupado.

    ? Não e sim, telefonaram-me a dizer que encontravas-te na enfermaria e se podia vir buscar-te. ? Sentado na cadeira ao lado.

    ? Desculpa-me Seiji. ? Tapando o meu rosto de vergonha. ? Afinal parece que fizeste sempre faltar ao trabalho.

    Seiji pega-me na mão destapado-me o rosto.

    ? Não peças desculpa, para dizer a verdade não conseguia-me concentra-me no trabalho até preferi assim. ? Sorrindo-se.

    A forma gentil de pegar e o calor a da mão dele eram reconfortante.

    De repente a doutora da enfermaria entra e vê-nos de mão dada, ela sorriu-se, retirei logo a minha mão da dele um pouco embaraçado.

    ? Parece que estás recuperas-te bem, Taro-kun.

    ? Sensei já podemos ir para casa? ? Pergunta Seiji.

    ? Sim claro, as melhoras Taro-kun. ? Indo-se embora.

    Vesti o meu casaco grosso que tinha trazido calcei-me, perguntei-lhe aonde estava o casaco que tinha trazido, este respondeu-me que pôs no cacifo.

    Caminhava-mos pelas ruas calmamente sem qualquer pressa, foi a primeira vez que reparei mais pormenorizadamente as várias lojas locais.

    ? Taro, aqui uma coisa que está intrigar-me... ?Voltando-se para mim parando. ? Como foste parar á faculdade?

    ? Isso é fácil de responder, recebi um telefonema teu. ? Explicando-lhe.

    ? Um telefonema meu?! ? Surpreendido. ? Deves estar a fazer confusão, eu nunca faço chamadas para rede fixa.

    ? Mas eu tenho a certeza que era a tua voz.......ou parecida.

    Lembrei-me de que Jiro apetecera nos balneários, nem atrevi-me a pronunciar o que acontecera nos balneários a Seiji, não queria que tivesse problemas com Jiro.

    ? Diz-me tens telemóvel? ? Olhando para a montra de uma loja.

    ? Não tenho o dinheiro para isso. ? Sincero.

    É a pura das verdades, até tenho vergonha de dizer que não tenho um, nós tempos de agora. Seiji pensava.

    ? Anda comigo. ? Entrando na loja.

    Quando reparei bem na loja á nossa frente era nada mais nada menos do que uma loja de telemóveis. Não me digas que ele...

    ? Escolhe um. ? Apontando para o expositor.

    Isto deve ser alguma brincadeira de certeza absoluta.

    ? Não achas melhor irmos para casa? ? Mudando de assunto.

    ? Taro, estou a falar a serio. ? Olhando-me nos olhos.

    ? Mas Seiji um telemóvel é muito dispendioso e... ? Dando um desculpa qualquer pois não queria que gasta-se dinheiro, alias isso era um problema meu.

    ? Taro imagina que por qualquer motivo acontece-te algo mais grave que isto hoje. ? Num tom serio. ? Eu sou o único que te posso socorrer, não?

    Lá nisso Seiji tinha razão, não tinha pensado nisso.

    ? Vamos fazer assim eu compro-te o telemóvel á tua escolha e depois dás-me o dinheiro quando poderes, o que te parece?

    A proposta dele pareceu-me bem.

    ? Ok pode ser. ? Voltando-me para o expositor.

    Seiji sorrisse. O modelo que escolhi foi um samsung mavel de cor preta, é claro que escolhi um que pudesse financeiramente pagar a Seiji.

    Saímos da loja, Seiji é quem levava a compra. Pensando bem este é o meu primeiro presente que alguém me oferece sem ser a minha mãe.

    ? Obrigada Seiji.

    Apesar de ao principio não ter gostado muito a ideia de ter outra presença em casa, agora começo a gostar da sua companhia, não por ter comprado o telemóvel, mas é pelas vezes que ele preocupou-se comigo.

    Chegamos a casa e sentei-me no sofá enrolando-me nos cobertores.

    ? Mas que dia. ? Seiji encostando-se para trás no sofá descansado um pouco.

    Ele abriu a caixa do telemóvel, introduziu o cartão, e ligou-o. Eu apenas observava-o.

    ? Pronto, já tens aqui o meu numero telefone. ? Amostrando-me. ? Se precisares de mim não hesitares em ligar-me.

    ? Ok. ? Dando-me o objecto.

    ? Olha eu fazer o jantar, e tu ficas no quente dos cobertores a ver TV. ? Dirigindo-se, para a cozinha.

    Encostei ao sofá, fechando os olhos por alguns minutos, mas o medicamento que tomara na enfermaria começaram a fazer efeito. O som da comida a fazer bem como o som da Tv, agora estavam bastante mais inaudíveis.

    Uma dás vezes senti algo a acariciar-me o cabelo o que me fez acordar.

    ? Desculpa-me Taro, não queria acordar-te. ? Num tom baixo.

    ? Hum...

    ? Vá anda eu levo-te para quarto. ? Pegando-me ao colo com cuidado.

    Estava demasiado mole e ensonado para reclamar. A caminho do quarto acabei por adormecer nos braços dele. Senti algo fofo por baixo de mim, antes de entrar no sono profundo, bem como algo quente e suave na minha testa.


    Somente usuários cadastrados podem comentar! Clique aqui para cadastrar-se agora mesmo!