A Torre das Trevas

Quando acordei pela manhã, fiquei pensando em Rin, na bela princesa. A mentalizei sentada em seu trono, logo em seguida, a nossa imagem como criança, ela sentada em nosso balanço, eu acariciando seus cabelos. Então deparei-me com Solian, que me levou até sua carruagem. Lembro-me de ver Rin chorando em quanto entrava no castelo. Solian me levou para o castelo do reino negro, e lá me trancou na torre das trevas, o reino Negro fez aliança com o reino amarelo-queimado, e durante a guerra entre a luz e a escuridão, permaneci em minha torre, acho que no oitavo ano eu fugi. Menti para os soldados do país amarelo, para assim me deixarem ser cavaleiro sem revelar nada para minha querida irmã.

- Ei, Danniel, hora do café. - uma das servas bateu em minha porta, tirando-me de meu profundo pensamento.

- Já estou indo. - levantei-me e vesti as melhores roupas que eu tinha. Fui para a sala de jantar. A rainha estava sentada á ponta da mesa, á sua direita, a princesa, em frente á princesa, seu ministro. Os cumprimentei e sentei-me ao lado do ministro, onde o cavaleiro real deve se sentar. Mergulhei outra vez meus pensamentos. Mas antes que pudesse refletir mais, uma menina parou na porta e disse:

- Danniel, tem um homem querendo falar com você. - levantei-me e a rainha chamou atenção da garota:

- Que modos são estes Anelise? Porte-se como uma dama. - andei em direção á porta e vi um homem de cabelos grisalhos, ele tinha vestimentas negras, então deduzi que fosse do reino negro. Ele me chamou, e eu o segui. Fomos para o lado de fora do castelo. Ele agarrou meu cabelo e disse de maneira rude:

- O príncipe quer o trono de volta quer? É um traidor mesmo. Um mentiroso como sua mãe e irmã. Haha! Como se chama agora? Julian? Carlos? - o homem pôs-se a rir outra vez, mas desta ele me jogou no chão. - Você não passa de lixo. Não ajudaste NADA no castelo negro. Só reclamou. Então tome jeito, ou Solian, virá te buscar, ela precisa de um ajudante novo, e você sabe como eles são, né? - o homem sorriu de maneira má e jogou lama em mim. Me levantei e fui em direção ao estabulo, onde estava Josephine, meu cavalo. Montei-o e segui o homem até o reino Negro. Lá ele parou em frente aos portões, lentamente moveu sua mão esquerda, e o grande portão de ferro abriu-se. Ouvi os sinos das igrejas e voltei para o reino amarelo. Assim que entrei no castelo, vi a princesa sentada a beira do trono, com algumas folhas de papel, uma pena e um pote de tinta ao seu lado. Ela desenhava paisagens e crianças correndo. Eu parei ao seu lado e fiquei observando o que ela fazia. Lentamente minha princesa virou o rosto e disse de forma gentil:

- Oi Danniel! Como foi o primeiro pedaço de dia no castelo. - sorri.

- Muito bom, princesa. Obrigado por perguntar. Todos são muito gentis. - ela voltou os olhos para as folhas em seu colo e perguntou:

- Quem era aquele homem desprezível que esteve aqui hoje, mais cedo?

- Ele é só... Um antigo amigo... - sorri e ela continuou seus desenhos. Depois de alguns minutos um barulho de porta percorre o salão.

- SOLIAN?! - eu gritei.