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_Não acredito!_disse Sakura colocando sua bolsa sobre a mesa_ o que está fazendo aqui?
_Será que ainda não percebeu?
_Allun & Jonsey...
_Uma pequena empresa que me recebeu de braços abertos.
_E se não fosse de braços abertos, você teria sido recebido de qualquer maneira.
_Não, teria encontrado uma outra firma. Precisava de uma fachada. Você não teria vendido se soubesse que era para mim.
_Em outras palavras, esse é mais um exercício de controle seu. Desculpe, Sasuke, não vai funcionar. Para mim, já chega.
Sasuke levantou o contrato em que Sakura assinou na véspera, na qual se comprometia a gerenciar a loja por seis meses.
_E o que me diz disso?
_Pode me processar._ Sakura o desafiou encarando-o.
_É o que farei, se me forçar a tanto, mas não creio que faça uma coisa dessas. É uma mulher de palavra, e esta galeria precisa de você. Ninguém mais pode cuidar da loja. Nós dois juntos faremos deste antiquário um empreendimento lucrativo, como deve ser.
Sakura riu
_E você quer que eu dirija a loja, justo eu, que não sei distinguir uma peça falsa da original? De jeito nenhum.
Sakura teve o prazer de vê Sasuke se reder.
_O que quer que eu diga que estava errado? Tudo bem, reconheço. O colar era falso. Meu pai vendeu o original há anos. Mamãe disse que você foi à única pessoa que notou a diferença.
O rosto de Sakura se iluminou.
_Como está Mikoto?
_Tenho ordens explicitas de envia-lhe notícias suas. Farei isso mais tarde. Por enquanto, precisamos ter uma conversa séria.
_Bem, não vou tentar defender minha contabilidade...
_Não, ela é indefensável.
_Já sabia de antemão, Sasuke. Por isso, acho que ficou louco.
_Nunca faço nada sem um bom motivo.
_Qual seria, neste caso, para explicar sua presença aqui?
_Isso cabe a mim dizer. Nós tínhamos combinado que o empréstimo seria pago em suaves prestações. Mas em vez disso, você decidiu se desfazer de tudo o que amava só para liquidar a dívida. Isso me deixar com certa responsabilidade.
_Você não...
_Será que pode ficar quieta e me deixar falar? Quando quiser ouvir o que tem a dizer, eu perguntarei. Sinto que tenho uma responsabilidade em relação à você, e vou arcar com ela. Quero te ensinar a ser uma mulher de negócios competente, e assim você terá condições de readquirir a galeria em breve. Será o único jeito de eu não sentir que a prejudiquei.
_Posso falar agora?
_Se for importante.
_Sei que está sendo muito atencioso comigo...
_A atenção é a chave de um bom negócio. Agora, sugiro que prepare um chá, para então começarmos a discutir a compra de estoque. Alguns web sites você que visita são bem interessantes.
_Você acessou minha conta na internet?!_ perguntou Sakura surpresa.
_Sou um hacher nas horas vagas_ Respondeu Sasuke tranquilamente.
_Entendo
_Diga, Sakura. Como compra seu estoque? Não é apenas pela internet, é?
_Quase nunca uso a internet. Prefiro viajar pelo país.
_Ótimo! Quando partimos?_Disse Sasuke com seu famoso sorriso.
Três dias depois, eles viajaram para uma casa de campo, ao sul de Londres. O proprietário, que enfrentava dificuldades financeiras, vendeu a casa o prefeito e agora queria ser desfazer de tudo o que tinha dentro da casa para levantar fundos. Assim, organizou um leilão, e Sasuke e Sakura arremataram algumas boas peças para a galeria.
Já anoitecia, quando eles voltaram.
_Precisamos comer alguma coisa, Sakura. Acho que não posso sugerir que me convide para jantar em sua casa. Poderia acabar me acusando de molestá-la sexualmente._Brincou Sasuke
_Vou arriscar. Depois de experimentar minha comida, perderá todo o apetite._Disse Sakura entrando na brincadeira.
_Mulher esperta!_Disse Sasuke, admirado_ então, me explique o caminho.
Sakura morava em um apartamento de um quarto, à uma hora de onde se encontravam, num bairro simples. Imaginava o que Sasuke acharia, já que estava acostumado ao luxo da mansão Uchiha.
Sakura serviu patê com torradas, enquanto preparava um espaguete, deixando o molho a cargo de Sasuke.
Não conversavam sobre nada em particular. O dia foi agradável, e nenhum dos dois sabia como iria terminar a noite.
Não era justo, Sakura decidiu se forte, mas contava com a distância de Sasuke. Como se manteria forte com ele a seu lado, dia após dia, escutando sua voz?
Sakura o olhou. Sasuke a observava, sem dizer nada, fazendo-a se lembrar dos momentos de prazer que tinham desfrutado. Deveria haver um jeito de se defender daquilo tudo. Se ao menos ela soubesse como!
No final do jantar, Sasuke fez algo inesperado. Enquanto Sakura colocava os pratos na pia, ele veio por trás e pôs as mãos nos ombros dela. Sakura esperou, sem saber que atitude tomar.
Depois de ficar ali parado por um instante, ele deslizou o braço e a puxou para mais perto, recostando a cabeça em seu pescoço. Sakura sentiu os lábios dele roçando-lhe a pele, mas Sasuke não a beijava.
Não parecia ser um gesto romântico, nem apaixonado. Dava a impressão de estar cansado e deprimido. E assim Sakura se lembrou daquela manhã em que o encontrou dormindo no jardim e ele a abraçou, como se encontrasse nela um refúgio.
Devagar, tomou a mão dele, e os dois permaneceram assim por um longo momento. Então, Sasuke se afastou. Quando Sakura foi procurá-lo, o encontrou próximo a estante, observando os livros.
Em seguida, preparou um café, Sasuke fez algum comentário sobre como estava tarde, e foi embora.
Certa manhã, quando Sakura estava sozinha, ela resolveu preparar um chá. Com o barulho da porcelana, não notou a porta se abrir, nem viu quando uma jovem entrou na galeria.
A jovem estava impecavelmente vestida, era ruiva e atraente, aparentava ser da mesma idade que Sakura. Tinha no rosto um sorriso de quem está de bem com a vida.
_Você e a signorina Haruno?_ perguntou, possuía um forte sotaque italiano e falava devagar, como se precisasse pensar para conseguir se expressar no idioma de Sakura.
_Sim, sou Sakura Haruno. Poso ajudá-la?
_Não, não vim aqui para comprar nada, mas para conversar. Sobre Sasuke.
_Não compreendo.
_Meu nome é Karin, e vim aqui para lhe dizer que é muito importante que se case com Sasuke.
Sakura a encarou. Então aquela era a mulher que magoou Sasuke um dia. Mikoto lhe confidenciou o fato, muito de passagem, mas Sakura guardou aquele nome. E se perguntava o que Karin estaria fazendo ali? De qualquer modo, as únicas palavras que lhe ocorreram foram:
_Vamos tomar um chá.
Quando se sentaram, Sakura perguntou:
_Será que poderia repetir o que disse?
_Eu falei que precisa se casar com Sasuke. Acha que sou maluca, não é?
_Não, não acho que seja maluca, mas me pergunto por que o casamento de Sasuke é assim tão importante para você.
_Quer saber por que me preocupo com um homem de meu passado? Talvez porque me sinta um pouco culpada. Desde que nos separamos, tudo correu bem para mim, mas não para Sasuke. Meus amigos que o conhecem dizem que ele se trancou a sete chaves e passou a ser uma pessoa distante. Acho que sou a culpada disso.
_Você tinha todo o direito de mudar de idéia_ Sakura arriscou o palpite, visto que não sabia detalhes do relacionamento dos dois.
_Sim, mas eu deveria ter tido coragem de terminar nosso noivado com honestidade. Sasuke é uma pessoa muito sensível. Ele se preocupa demais com tudo, cada detalhe para ele é muito importante. Mas age como se fosse o oposto. Parece que é um homem duro, mas isso é apenas aparência. Não demonstra o que é, na realidade_ falou, e olhando para sakura percebendo que o que ela também sabia _Acho que você já sabe de tudo isso.
_Sim. Logo que cheguei à Itália, comecei a notar que Sasuke escondia sua sensibilidade até dele mesmo.
_O que é péssimo. Também me sinto culpada por isso. Houve uma época em que ele se exibia me oprimia, e eu comecei a me sentir sufocada. Sasuke era ciumento demais. Entediei-me e meu amor acabou. Apaixonei-me por outro, mas não contei para Sasuke. Temi pela possível reação dele e, além disso, esse homem era casado. A mulher dele era rica, ele não queria abandoná-la..._ Karin deu de ombros e Sakura manteve em um silencio diplomático. Estava preste a descobrir a chave do segredo de Sasuke e não arriscava perder essa oportunidade emitindo sua opinião aquela mulher egocêntrica.
_Foi quando descobrir que estava grávida_ continuou Karin_ Sasuke viu que eu estava com enjôo e desconfiou. Achava que o bebe era dele...
_Poderia ser?
_Esta me perguntando se eu dormia com os dois? Sim. Entretanto, era provável que fosse filho de Suigetsu. Mas Sasuke não sabia nada sobre meu amante, por isso concluiu que fosse ele o pai da criança, e logo começou a fazer os planos do casamento. Pedi para que esperasse, mas você sabe como Sasuke é.
Sakura balançou a cabeça afirmando.
_Ele estava eufórico. Tentei conta-lhe tudo, mas confesso que tive medo. Às vezes, Sasuke se torna um homem assustador. É impossível demais, e todo o amor dele de repente pode se transformar em ódio. Por isso, procura esconder o que sente. Se as pessoas soubessem como ele é, achariam que é fraco e usariam isso contra ele.
_O que aconteceu em seguida, Karin?_ Sakura perguntou logo, porque sabia que estava perto de saber toda a verdade.
_Um dia, Sasuke voltou mais cedo de uma viagem de negocio e foi ao meu apartamento sem avisar. Ele tinha a chave, e entrou. Suigetsu estava comigo. Estávamos fazendo amor.
Sakura se encolheu e fechou os olhos.
_É claro que o assunto viria à tona, ele ia querer saber sobre o bebê.
_O que foi que Sasuke disse?
_Nada. Nem uma palavra. Ficou ali parado, como se estivesse morrido. Em seguida, partiu. Foi a ultima vez que o vi. Mandou-me uma carta, dizendo que disse a todos que o casamento foi cancelado de comum acordo. Claro que concordei. Aquela altura, a mulher de Suigetsu tinha descoberto sobre nós, e ele, que é inglês, fugiu da Inglaterra, temendo os irmãos dela, que são do exercito. Nosso filho nasceu aqui. Suigetsu é mesmo o pai. Fizemos o teste de paternidade para termos certeza, mas ninguém em Roma soube a data exata do nascimento. Assim, não poderiam fazer as contas e descobrir que eu tinha traído Sasuke durante nosso noivado. Em Roma ainda acreditam que nossa decisão foi tomada de comum acordo, eu fiquei feliz, por causa de Sasuke. Se descobrissem a verdade, acho que ele morreria. Todos iriam comentar...
Sakura sentiu um nó na garganta.
_Houve rumores, sem dúvida. Os amigos o avisaram, mas Sasuke se recusava a ouvir os boatos sobre mim. É um homem fiel, esse é o jeito dele de amar.
_Acho que não. Sasuke mudou muito. Ele perdeu a capacidade para o amor_ disse Sakura.
_Não_ Karin afirmou, categórica_ nenhum homem que tem a capacidade que ele tem de amar pode perdê-la. Ela esta lá, em algum lugar. Eu sabia que um dia Sasuke iria se apaixonar de novo. Fico feliz que tenha sido por você. Acho que vai fazer bem a ele.
_Esta enganada, Karin, Sasuke não está apaixonado por mim.
_É claro que está! Por que acha que ele está aqui há semanas, quando deveria estar em Roma, lutando pela sociedade que tanto deseja?
_Mas ele não conseguiu a sociedade antes de vir para cá_ protestou Sakura.
Karin arqueou uma sobrancelha, como se quisesse sinalizar algo.
_Não conseguiu?_ Sakura tornou a falar.
_Segundo meu primo, que trabalha no mesmo banco, não. Outra pessoa obteve a sociedade, e o resultado já foi anunciado.
Sakura, que até aquele momento caminhava de um lado para ouro, sentou-se de repente.
_Por que você veio aqui, Karin?
_Para aliviar minha consciência e tentar reparar o mal que causei a Sasuke. Não desista dele, Sakura. Ele não suportaria ser rejeitado uma segunda vez
Dois dias se passaram, sem nenhum sinal de Sasuke. Durante esse período, Sakura oscilou entre, a tristeza, o desespero e a alegria.
Depois da conversa que teve com Karin, precisava ver Sasuke o quanto antes, para olhá-lo no findo dos olhos e descobrir se ele a amava.
Por fim, escutou o som dos passos que reconheceu sendo dele. virou-se para olhá-lo, com um sorriso nos lábios, que logo desapareceu, pois o Sasuke que via era ele em sua pior versão: formal, vestindo seu casaco, pronto para partir. Parecia ter passado a noite em claro.
_Vai viaja?
_Estou voltando para Roma.
_Por alguns dias?
_Para sempre. Não pretendo retornar a Inglaterra.
As palavras soaram como uma pancada no coração de Sakura.
_Entendo_ foi só o que ela pode falar.
_Mas, antes, eu gostaria de lhe dar isso_ Sasuke tirou um envelope da pasta e entregou a Sakura.
Ela abriu trêmula, e começou a ler, mas as letras se embaralhavam diante de seus olhos. Sakura só conseguia pensar em uma coisa: Sasuke estava indo embora, e dentro de alguns momentos sua vida perderia todo o sentido. Deveria haver algum jeito de evitar que Sasuke se fosse, mas Sakura estava paralisada. Mas os batimentos forte de seu coração parecia preencher o mundo todo.
_Leia_ disse Sasuke, em voz baixa.
Sakura se esforçou para se concentrar no texto, e dessa vez conseguiu ver o que estava escrito. Era o total da dívida, com um recibo.
_Este papel diz que sou proprietária da loja. Mas como é possível?
Nos olhos de Sasuke havia uma intolerável expressão de melancolia.
_Digamos que você saldou a dívida, não em dinheiro, mas de uma outra forma. Você me deu muita coisa, muito mais do que imagina, e muito mais do que mereço.
Ele olhou ao redor e continuou:
_Bem, quando vim aqui pela primeira vez, pensei que poderia arranjar tudo do meu jeito, mas graça a você aquele homem não existe mais. Isso é pouco do que me deu, Sakura_ apontou para o documento_ gostaria de lhe dar esse presente em circunstâncias mais alegres, mas já que isso não e possível, peço que o aceite do mesmo jeito.
_Mas..._ Sakura tentava achar as palavras certas _ ... não pode simplesmente devolver a loja para mim. Logo ela estará uma bagunça de novo.
_Não depois de tudo o que lhe ensinei_ esboçou um sorriso fraco e tirou uma mecha rosa de cabelos que caiu na testa de Sakura.
_Não fui uma boa aluna.
_Foi à melhor que eu poderia ter, porque ensinou muito ao professor. Jamais me esquecerei das lições que aprendi com você.
_Não posso lhe dizer o mesmo. Esquecerei tudo e irei à falência. E, além disso, o que aconteceu com o empresário de olhar cortante que um dia conheci? Não pode me dar todo esse dinheiro. Pense no imposto que terá de pagar.
_Imposto?
_Nunca se esqueça dos impostos, lembra? Lição número... Cinco, eu acho.
Sasuke não respondeu. Sabia que Sakura agora podia caminhar sobre as próprias pernas. Por isso, tinha de se esforça para acompanhar o raciocínio dela.
_O que quer dizer, Sakura?
_Você falou em ??circunstância mais alegres??. Não sei por que tem tanta certeza de que elas não poderão acontecer. Talvez tenha tirado conclusões precipitadas a esse respeito. Acho que seria mais vantajoso pra você se declarasse a quantia como presente de casamento.
Sasuke a olhou por um longo momento, antes de dizer, bem devagar:
_Mas a mulher que eu amo não quer se casar comigo. Ela me disse isso, e chequei a conclusão de que tinha razão. Não tenho sequer o direito de tentar convencê-la.
Sakura mal conseguia respirar.
_E se ele mudasse de idéia, só para evitar uma cobrança de imposto?
Sasuke moveu a cabeça de um lado para o outro negativamente.
_De nada adiantaria. Alias, não seria um bom motivo_ Disse.
_Eu estava brincando.
_Mas existem certas coisas com as quais não se brinca. São importantes demais.
_Negócios?
_Amor. Eu te amo, Sakura e, se você sente o mesmo por mim, por favor, me fale agora...
_Falarei milhões de vezes, se for preciso_ ao terminar de fala Sakura tocou o rosto de Sasuke, que no mesmo segundo a beijou.
_Diga que me ama, Sakura. Preciso ouvi-la dizer isso.
_Eu te amo de corpo e alma, meu querido. E sempre te amarei.
E, antes de terminar a frase, Sakura já estava nos braços de Sasuke, envolvida pelo abraço mais carinhoso que Sasuke já deu.
_Pensei que eu a tinha perdido_ Murmurou Sasuke_ durante todo o tempo em que esteve em Roma, eu vi que a perdia dia-a-dia, mas era incapaz de me declarar. Milhares de vezes ensaiei o que diria, sem, no entanto ter coragem necessária. Sou um covarde, como você bem deve saber.
_Sasuke, por favor...
_Não, não me interrompa. Quero apenas os fatos entre nós. Uma vez já...
_Eu sei _ Sakura o fez calar-se, com delicadeza_ Karin esteve aqui.
_Ela veio a esta loja? Quando?!
_Faz alguns dias. E me contou sobre a sociedade que você perdeu. Você tinha me dito que estava garantida.
_Precisei mentir, Sakura. Se eu lhe falasse que estava desistindo de tudo para vir até Londres, você poderia me acusar de chantagem emocional.
_Mas a sociedade era a coisa mais importante de sua vida!
_Não. Você é a coisa mais importante de minha vida. Haverá outras sociedades, mas eu não teria outra chance com você. Se perdesse seu amor, não teria outra chance, e não suportaria isso. O que mais Karin contou?
_Tudo. Você se importa?
_Não. Agora você já sabe. Estou feliz. Com relação a isso, também fui covarde. Não queria dar a ninguém mais a oportunidade de se aproximar de mim. Tentava me convencer de que isso era uma força, mas sabia que se tratava de uma fraqueza. Entretanto, você mudou tudo. Ficava tão contente sempre que estava a seu lado... Tentei negar minha felicidade, mas ela era maior do que eu. Queria contar-lhe tudo, mas não conseguia. Procurei me comunicar com você sem palavras, mas sempre tinha a impressão de que não funcionava. E naquela noite em que ficamos juntos foi tão maravilhoso que tive certeza de que estava perdido, e eu jurava que não me perderia de novo. Era tão arrogante que me envergonho de mim mesmo. Em Veneza, quando caminhávamos, cada palavra sua parecia ser um aviso. Você planejava ir embora, então tentei forçá-la a se casar comigo. Ai, perdi você de vez. Não sabia o que fazer para trazê-la de volta, tinha perdido as esperanças. Por isso, decidi deixá-la livre. Seria a única maneira de provar meu amor, um amor que pensei que você não queria.
_Sempre vou querer seu amor, Sasuke. Nunca me deixe_ Disse Sakura emocionada.
_Não sabe o que está fazendo, minha adorada. Vai se arrepender...
_Jamais!
_Não consigo fazer as coisas pela metade, Sakura. Sempre serei possessivo. Quero você toda para mim.
_Toda!_ Sussurrou, Sakura radiante.
_Você brigará comigo... Prometa que fará isso. Caso contrário, poderia começar a me odiar, e eu não suportaria algo assim.
_Brigarei com você, prometo!
_E eu vou aprender muita coisa com você. Já me ensinou tanto... Continue a fazer. Seja minha mentora, mantenha-me seguro_ E ao acabou a frase, Sasuke beijou-a na palma da mão.
_Seguro, dentro do meu coração, meu amor... Para todo o sempre.
~~~~FIM~~~~
''Não esqueço como tudo começou... bastou um olhar para confirmar o que lá no fundo estava guardado.
Eu podia continuar esse jogo de esconde-esconde, fingindo nada sentir, escondendo o suor das mãos, o coração acelerar, o tremor dos lábios, quando minha ansiedade era confessar o quanto você é especial.
confessar o quanto meu coração vibrar de amor, que começou quando olhei pela primeira vez pra você!''