A PROMESSA EM UM BEIJO

  • Finalizada
  • Kakyuu
  • Capitulos 17
  • Gêneros Drama

Tempo estimado de leitura: 6 horas

    12
    Capítulos:

    Capítulo 14

    a verdade

    Linguagem Imprópria, Sexo

    O profundo sono que envolvia serena com seu calidez. Acordou na escuridão. O silêncio indicou que faltava muito para o amanhecer. Deu-se conta de que não estava

    em Cameralle, de que selene não repousava no quarto conjugado.

    Advertiu que a calidez que a envolvia procedia de Darien, sumido a seu lado em um sono pesado.

    Ouviu outro rangido, mais próximo, e muito instável para ser natural. Darien tinha deslocado as cortinas da cama. Deslizando-se sob o pesado braço que lhe tinha posto em cima, procurou a separação das cortinas para, abrir com cuidado, olhar lá fora.

    Por um momento acreditou que Louis tinha entrado no quarto. A ponto de deixar-se levar pelo pânico quando sua vista se adaptou à escuridão e pôde ver o homem, com a mão no porte da porta aberta, observando o quarto. A fraca luz revelou a verdade.

    Phillipe, o irmão pequeno de Louis que tinha ido procurar por selene em Cameralle e a tinha levado para ken.

    O pânico foi a menor das emoções que a assaltaram. Phillipe entrou e fechou a porta com cuidado. Voltou a observar e seu olhar terminou posando-se na cortina da cama. Deu um passo naquela direção.

    serena tampou a boca com a mão, reprimindo um instintivo «Não!».

    Olhou para Darien, que seguia profundamente dormido, com a respiração

    compassada .

    Mas ela estava nua. Olhou com desespero e pegou o roupão

    em uma esquina da cama, lançada ali pela violência da paixão e coberta com as mantas. além das cortinas, ouviu aproximar Phillipe.

    Esticou-se e conseguiu pegar a beirada do do roupão e atirar nele. Rapidamente, rezando para que Darien não se despertasse, para que Phillipe advertisse que as argolas fariam ruído e não fechasse as cortinas.

    Com o roupão lhe cobrindo o corpo e rezando com mais ardor, moveu-se pela cama com sigilo. Ouviu a maldição sussurrada por Phillipe, que tinha visto mover as

    cortinas. Com o cuidado de que foi capaz, serena se deslizou fora da cama pela abertura das cortinas.

    Tão logo saiu e viu Phillipe. ?o semblante pálido, os olhos muito abertos, indicou-lhe com a mão que retrocedesse e lhe impôs silêncio levantando o dedo nos lábios. Com a outra mão fechou o roupão, para liberá-la das mantas. Por fim, descalça sobre o chão, conseguiu que o objeto caísse até lhe cobrir as panturrilhas e que as cortinas fechando atrás dela quase por completo.

    Helena se precaveu da abertura que ficava entre as cortinas, olhou para as argolas e perguntou se arriscar-se a fechá-la por completo. Darien não despertou... ainda. Mas o braço dela não chegava à barra para corrê-las com cautela.

    Virou-se para o Phillipe, sua preocupação mais urgente. O coração lhe palpitou quando começou a caminhar pelo chão sem fazer ruído, indicando a Phillipe que retrocedesse, que se dirigisse para a porta, ali onde as sombras eram mais densas. Era o ponto mais afastado da cama. serena voltou a dar uma rápida olhada para escuridão que era a abertura entre as cortinas. Tinha que verificar suas opções com cuidado, pelo

    bem de selene. Por um lado, fora, no corredor, estaria mais segura, mas

    quanto podia confiar em Phillipe, sabendo que era um dos bonecos dr ken?

    ?O que está fazendo aqui? ?Seu bufido logo se transformou em um sussurro, até-

    que o pânico, a acusação e a desconfiança soaram com claridade.

    Para sua surpresa, Phillipe se estremeceu.

    ?Não é o que você acha.

    Mesmo que o disse em um sussurro, serena enrugou a testa e lhe fez gestos de que baixasse a voz.

    ?Não sei o que pensar! Fala-me de selene.

    Phillipe empalideceu, serena ficou com o coração scelerado.

    ?Está... Bem. No momento.

    ?O que quer dizer? ?Agarrou-lhe o braço e o sacudiu?. ken mudou de idéia?

    Phillipe entrecerrou os olhos.

    ?Mudar? Não. Segue querendo... ?O desgosto e a dor de sua expressão eram muito familiares para serena.

    ?Mas não mudou de idéia sobre o Natal... Sobre a Véspera de natal para que leve a espada a ele?

    Phillipe piscou.

    ?Espada? É isso o que tem que conseguir?

    serena apertou os lábios.

    ?Sim! Mas, por piedade, me diga se tiver mudado seus planos. ?Voltou a sacudir seu braço?. É essa a razão de sua presença aqui?

    Phillipe se concentrou e por fim pareceu compreender a pergunta. Meneou a cabeça.

    ?Não... Não. Segue pensando no Natal, o vilão.

    serena o soltou e o estudou com atenção.

    ?Vilão? ?Quando ele afastou o olhar, apertando os lábios. serena disse?: É seu tio.

    ?Não é meu tio! ?Cuspiu as palavras, maceradas em uma mistura, de fúria e repulsão. Olhou-a e, até a fraca luz. serena distinguir a fúria que ardia em seus olhos negros.

    ?.É um monstro... um tirano sem sentimentos capaz de apoderar-se de uma menina e ?gesticulou com violência? usá-la para obrigar você a roubar para ele.

    ?Nisso estamos de acordo. ?murmurou serena?. Mas o que te trouxe aqui?

    ?vim te ajudar. ?Phillipe lhe sustentou o olhar através das sombras. O desespero em sua voz?. Quero salvar selene. Quando me enviou a procurá-la, eu não sabia para que a queria. Pensei que só se preocupava com sua segurança em Cameralle, só com poucos serventes. ?Sorriu amargamente?. Pior para mim. Mas me têm aberto os olhos vi como é na realidade quando me inteirei de seus planos.

    Phillipe lhe agarrou a mão, segurando em gesto de súplica entre as suas.

    ?Você é a única esperança de selene. Se houvesse outra forma... ?voltou a gesticular, procurando as palavras? de liberá-la de seu domínio, algo que pudesse fazer para pô-la a salvo, faria. Mas não há nada. A lei é a lei; ela está em seu poder. E neste momento corre um grave perigo.

    O terror voltou a apoderar-se de serena; apertou sua mão.

    ?Sabe ela?

    Phillipe negou com a cabeça.

    ?Não. Não acredito que nem sequer imagine. É uma alma tão doce, tão pura e imaculada.

    Se serena não tivesse se precavido das emoções que moviam Phillipe, sua expressão quando lhe falou de selene o teria confirmado sua dúvida. Uma coisa que ken, em sua inteligência friamente calculada, não tinha previsto nem podia controlar. A ironia não escapou a serena.

    ?assim, as coisas seguem como até agora. Devo conseguir essa espada e levar-lhe na Véspera de natal.

    ?Eu só sabia que tinha encomendado uma missão a você... ?Phillipe enrugou a testa?. ken pensava que as possibilidades de que você tivesse êxito eram bem escassas. serena lhe devolveu um olhar carrancudo.

    ?Não acredito que seja algo impossível. ?Não podia acreditar, não devia

    acreditar.

    ?Então, por que não lhe levou essa coisa, essa espada? Essa é a razão de que tenha vindo. Pensei que talvez houvesse algum problema.

    ?A esse respeito... ?serena fez uma careta. Havia um problema, em qualquer caso, faria; tinha que fazer. Por selene?. ken afirma que a espada está aqui, em alguma parte desta grande casa, e acredito que não se equivoca. Mas nem Louis nem Villard a encontraram; procuramos em todos os lugares lógicos, exceto em um. Deve estar ali. Esta noite me dirigia para lá, a procurá-la, mas...

    Phillipe agarrou sua mão.

    ?Venha... Vamos lá agora. Podemos procurar enquanto estão dormindo, encontrá-la, pegá-la e fugir antes de que desperte alguém. Tenho um cavalo...

    ?Não. ?serena tentou liberar a mão com um puxão, mas Phillipe a agarrou?. Necessitamos mais vantagem que essa, ou o senhor duque nos dará alcance e selene não se salvará.

    Confundido, Phillipe a olhou fixamente no rosto.

    ?Está atemorizada pelo duque. ?disse?. Não teria esperado de você. ?Endireitando-se, com a recriminação refletida no rosto, olhou-a com altivez.

    ? Mas isso não é problema. Agora estou aqui, pode me dizer aonde está a espada. Pegarei ela, retornarei e libertarei selene.

    Só sua ingênua sinceridade lhe salvou do gênio de serena.

    ?Não! Não entende. ?mordeu a língua refreando o impulso de lhe dizer que ainda era um menino, um moço inocente que intentava misturar-se nos jogos dos homens poderosos?. Não acha que Louis já teria pego a espada teria partido faz tempo para ganhar pontos diante de seu tio se fosse tão singelo? ken ordenou que

    tenho que ser eu que tenho que pegar. Eu e ninguém mais que eu.

    ?por quê? Se quiser a espada, o que importa o mensageiro?

    serena suspirou.

    ?Deve ter suas razões. Algumas posso vislumbrar, outras só desconfio. ?A idéia de prejudicar e ferir Darien era, com quase absoluta certeza, prioritária na lista de ken, afligia seu coração.

    Phillipe percebeu a profunda relutância de serena. Voltou a lhe agarrar a mão.

    ?Mas conseguirá logo essa espada, verdade? ?Olhou-a fixamente, mudou o semblante com uma fervente súplica; logo se relaxou e sorriu, um gesto dilacerador por sua simplicidade?. Claro que sim, é obvio que o fará.

    Você é boa e leal, valente e generosa... Não permitirá que sua irmã sofra nas garras de meu tio. ?Apertou-lhe a mão e a soltou, sorrindo

    com mais confiança?. Assim pegará a adaga a próxima noite... Fará, verdade?

    serena se deu conta da confiança serena com que Phillipe a olhava e se sentiu vagamente agradecida de que selene tivesse encontrado um cavalheiro tão leal

    Phillipe esperava com paciência sua resposta; serena sabia qual devia ser.

    Embora ainda duvidasse. Tentou não lembrar-se da calidez, da glória alcançada... do poderoso amor das horas recém passadas. Esforçou-se por se separar da mente essa beleza. Não conseguiu.

    Tentou afastar Darien de seus pensamentos, de seu coração, e soube que jamais conseguiria. Sentiu que o coração lhe estava partindo lentamemente em dois.

    Ao sentir que as lágrimas lhe alagavam os olhos, ergueu as costas, os lábios e começou a assentir com a cabeça. Um suspiro profundo atravessou o quarto.

    ?Mignonne, deveria ter falado comigo.

    serena soltou um grito afogado, levou-se a mão à boca e ficou olhando para a cama. Uma mão branca, de dedos largos, abriu a cortina com um chiado que ressonou em todo o quarto.

    Darien estava estendido na cama, apoiado em um cotovelo. Uma manta cobria até a cintura, deixando à vista a musculatura do peito. O olhar do duque se deteve em serena um instante e logo se moveu até Phillipe.

    ?É parente do conde de Vichesse? ?O tom era tranqüilo; porém baixo, bramava uma sutil ameaça.

    Phillipe enoliu saliva. Com a cabeça alta, deu um passo adiante e fez uma rígida reverência.

    ?É meu tio. Louis (a quem acredito residindo aqui) é meu irmão, para minha vergonha. Eu sou Phillipe de Sévres.

    serena escutou as palavras, mas não olhou para Phillipe; não estava segura de poder lhe olhar aos olhos. O que devia estar pensando, ao encontrar Darien, claramente nu, em sua cama?

    Mas essa era a menor de suas preocupações. Seu olhar estava fixo em Darien mal podia pensar. O suspiro do duque, suas palavras... o que significavam? Tinha descoberto. Estava claro que tinha ouvido tudo.

    Tinham falado em francês, mas ele o dominava com soltura. Agora o sabia de tudo e pensaria o pior dela. Entretanto, ainda a tinha chamado de mignonne.

    Os olhos do duque voltaram para ela. Passaram uns segundos. serena sentiu seu olhar, notou que estava esperando, mas não foi capaz de adivinhar o que. Pareceu-lhe que Darien estava desejando que ela entendesse, que lesse seu pensamento... como se pudesse! Como serena se limitou a seguir ali, literalmente sem fala, cravada no lugar, o duque voltou a suspirar, afastou as mantas e rodou para levantar- se da cama. Rodeou-a e se dirigiu para serena.

    Ela sentiu que seus olhos se arregalaram e que seguiam abrindo-se. Abriu a boca para protestar, mas não encontrou as palavras. Estava nu! E...

    Não tinha vergonha esse homem?

    Evidentemente não. Caminhou para eles como se tivesse vestido com púrpura e ouro, como se fosse o imperador que uma vez quis ser.

    Ignorou Phillipe por completo.

    Quando esteve suficientemente perto para olhá-la nos olhos. serena abriu a boca para explicar-se, para dizer algo... Não lhe saiu nada.

    Levantou as mãos para proteger-se, mas as deixou cair fracamente.

    Darien se deteve diante dela. Como sempre, seu rosto permanecia inescrutável e seus olhos estavam muito escurecidos para que serena pudesse lê-los.

    Derrotada, com o coração na garganta, afastou-se. Jamais poderia explicasse.

    Ele levantou uma mão e virou seu rosto para ele, examinando-a, buscando fugazmente em seus olhos. Então, inclinou a cabeça e lhe roçou os lábios com a boca, conseguindo com que os lábios lhe respondessem com a mais doce das carícias. Entreteve-se para tranqüilizá-la.

    Logo se apartou e a observou. ?Volte para a cama, mignonne, antes que se esfrie. ?lhe disse. Ela ficou olhando-o fixamente.

    O duque olhou para a penteadeira, às duas cartas colocadas entre o espelho e o porta-jóias. Voltou a olhar para Helena e arqueou uma sobrancelha.

    ?Dá-me sua permissão? ?pediu.

    Ela duvidou, estudando seu rosto, mas logo inclinou a cabeça. Como soube? No que estava pensando?

    Darien se dirigiu a penteadeira.

    A mente de serena era um torvelinho e a cabeça lhe dava voltas. Havia momento que tinha deixado de respirar..

    Sem olhar para Phillipe, voltou a cruzar o quarto. Amarrando a bata, subiu na cama, ainda quente pelo calor de Darien.

    Um calafrio repentino a sacudiu; prescindindo de qualquer fingimento, se cobriu com as mantas. Sentiu um pouco do gelo que tinha impedido que se derretesse.

    Observou Darien pegar as cartas.

    ?Faria melhor em sentar-se. De Sévres. ?Sem olhá-lo, fez-lhe um gesto com a primeira carta que abriu. ?. Esclarecer este assunto vai levar tempo.

    O duque advertiu a vacilação de Phillipe, o rápido olhar que lançou a serena, mas a final foi até a cadeira e se deixou cair. Uma olhada no rosto de Phillipe quando este virou a olhar Helena, confirmou que o menino estava absolutamente confuso. Não sabia o que pensar, muito menos o que fazer. Seus traços, parecia com seu irmão mais velho.

    ?Cabelo negro, bastante atrativo, uma versão dois anos mais jovem?, até-

    que havia algo muito mais sincero, honesto e franco em Phillipe.

    depois de ouvir sua história, Darien não viu motivo para não confiar nele. Ao decidir-se a abortar os planos de ken, Phillipe tinha mostrado suas cartas com uma enternecedora, embora impulsiva, ingenuidade.

    A carta que Darien sustentava estava escrita com uma delicada letra infantil. Deixou-a na mesa, acendeu o abajur e agarrou a segunda carta.

    Reconheceu o risco severo de ken mesmo que tinham acontecido a muitos anos desde que o viu pela última vez, com ocasião da última oferta

    pela espada cerimoniosa. Se mal recordava, aquela tinha sido a décima de tais ofertas, cada uma superando a anterior. Todas lhe tinham feito sorrir. E se tinha deleitado as recusa com extrema cortesia.

    Assim, ken tinha urdido outro plano para lhe fazer pagar por sua altivez. Na realidade deveria haver imaginado. Não tinha esperado que fosse dessa maneira, embora possivelmente deveria havê-lo previsto. ken tinha um sutil sentido de ironia, como ele.

    Agarrou a outra carta de ken.

    ?Você recebeu estas cartas depois de chegar aqui. ?Não era uma pergunta?. De mãos de quem?

    serena duvidou antes de responder.

    ?De Louis.

    Seu desconcerto fez sorrir Darien, mas não podia ver. serena seguia sem entender.

    Não importava; a final o compreenderia.

    Leu a carta de selene, palavra por palavra. Era importante que reunisse cada parte de informação; algo poderia ser importante.

    Depois de terminar de lê-la, voltou para a outra carta. A ameaça de ken.

    Inclusive conhecendo o conteúdo, até tendo deduzido da carta. Dita por selene a natureza da ameaça, as mãos lhe tremiam. Teve que desviar o olhar e fixá-la na chama do abajur para poder controlar a cólera. ken não estava ali para que pudesse lhe despedaçar com suas mãos. Isso faria depois.

    Quando recuperou o controle para dirigir sua reação pelo mal que tinha feito passar Helena ?tudo por uma ridícula espada!

    ?Dobrou a carta e a deixou na penteadeira.

    Dedicou um instante a ordenar mentalmente os fatos e pensar nas razões que havia por trás das reações de serena, para extrair consolo e tranqüilidade do fato de que lhe tivesse dado idéia ao assunto, de que propôs no momento da traição, agarrando-se a ele todo o possível. Mesmo que se tratasse de sua irmã, a pessoa a que mais queria, cuja segurança se pôs de maneira tão deliberada no outro prato da balança.

    serena tinha cuidado de selene durante muitos anos e portanto a reação diante de qualquer ameaça contra sua irmã era algo instintivo,

    profundamente enraizado. ken como sempre, tinha escolhido bem.

    Para sua desgraça, um poder maior se somou à partida.

    Com rapidez, com a facilidade congênita que possuía, até a excelência pelo mundo em que tinha jogado durante tantos anos, juntou as linhas básicas de um plano. Tomou nota dos fatos importantes e os elementos essenciais.

    Deu a volta e se aproximou da cama. Recolheu seu roupão do chão e a pôs com um ligeiro movimento de ombros.

    Seu olhar se cruzou com o de serena, que perguntou:

    ?Dará-me a espada?

    Darien vacilou. Se lhe disser que selene estava segura, que a ameaça

    de ken era executada com a única finalidade de obrigá-la a fazer o que a ele lhe desejasse muito, acreditaria em serena ou Phillipe? Levava cinco anos sem ver ken, mas duvidava que os homens mudassem... a menos nesse aspecto. Ele e ken sempre tinham compartilhado os mesmos gostos, o qual fosse, em grande medida, a causa de sua rivalidade.

    Era também a razão de que ken tivesse enviado a serena; sabia sustentar sua armadilha. Por desgraça, neste caso a presa ia caçar o caçador. Darien não sentiu nenhuma tristeza.

    Entretanto, além do fato de voltar a triunfar sobre seu velho adversário, havia um tema muito mais importante a considerar. A menos que serena acreditasse que ele pudesse derrotar ken, nunca se sentiria totalmente segura, completa e absolutamente livre.

    Inclusive no futuro poderia seguir sendo uma presa para ken; e isso Darien não consentiria, não poderia permitir.

    ?Não. ?atou-se o cinturão do roupão com força?. Não lhe darei a espada. Não é assim que jogará a partida. ?serena baixou a cabeça e sua esperança se apagou.

    ?.Iremos a Lhe Rói e resgataremos selene.

    A repentina mudança na expressão de serena, a esperança que inundou seu rosto, fez-lhe sorrir.

    ?Verdade??-inclinou-se a diante, lhe observando os olhos com ansiedade.

    ?Fala sério? ?Phillipe tinha começado a levantar-se e agora o olhava com uma repentina ansiedade que Darien não gostou de ver. Teria-lhe ocorrido o mesmo de ter estado serena em Le Rói?

    ?É obvio. ?Voltando-se para a serena, acrescentou?: Se lhe desse a espada e você a entregasse a ken, o que ganharia?

    serena enrugou o sobrecenho.

    ?Selene.

    O duque se sentou na cama, apoiando-se contra o poste da esquina. Observou-a.

    ?Mas seguiria estando sob a palmatória de ken... as duas. ?Olhou para Phillipe.

    ?Todos. Continuariam sendo suas marionetes, dançando ao som que ele quisesse.

    Phillipe enrugou a testa, sentou-se e assentiu com a cabeça.

    ?O que diz é verdade; entretanto... ?levantou o olhar?, qual é a alternativa? Você não conhece ken.

    Darien deu seu sorriso de predador.

    ?Conheço-o muito bem. De fato, conheço-o bastante melhor que vocês dois. Sei como pensa, como reagirá. ?Olhou para serena.

    ?Como expressou você com tanta elegância, mignonne, conheço bem os jogos dos homens poderosos.

    serena o estudou inclinando a cabeça. Esperou.

    Darien sorriu de novo, esta vez com indulgência.

    ?Procedamos. Estão a ponto de ser instruídos por um homem poderoso. ?Olhou Phillipe para confirmar que estava atento. ? Primeira norma: quem toma a iniciativa tem vantagem. Estamos a ponto de obtê-la. ken acredita que serena irá na Véspera de natal com a espada. Não a esperará antes dessa data. ?Olhou para serena.

    ? Com independência dos sentimentos que você possa ou não me dispensar, ele esperará que lhe desafie tanto como para atrasar-se até o último dia. Como Louis

    está com você, ken terá a certeza de que nada inesperado ocorrerá sem que seja informado disso com tempo para adotar as medidas necessárias.

    Darien olhou para Phillipe, perguntando se devia lhe dizer que tinha sido

    manipulado por um professor, que sua presença ali era simplesmente outro dos pequenos truques de ken. Decidiu que não. Voltou a olhar serena.

    ?assim, neste momento o senhor conde se sente bastante satisfeito,

    imaginando que seus planos se desenvolveria tal como estava previsto e que

    tudo sairá como desejava.

    serena o estava olhando. O duque sorriu.

    ?Em troca... Vejamos. Hoje é dezessete. Podemos estar na França

    amanhã pela manhã se os ventos nos forem favoráveis. Rói-lhe está a menos de um dia de viagem rápida da costa, desde Saint-Mau. Chegaremos à fortaleza de ken muito antes do que nos espera. Quem sabe? Poderia ser que nem sequer estivesse.

    ?E então o que? ?perguntou serena.

    ?Então procuraremos meios de tirar selene dali; suponho que não esperará que lhe dê um plano detalhado antes. E logo retornaremos a maior velocidade a que havíamos empregado em chegar.

    ?De verdade acredita que é possível?

    Ele a olhou nos olhos, sabendo que não se estava referindo só à selene. Inclinando-se para ela, agarrou-lhe as mãos e as apertou com delicadeza.

    ?Acredite, mignonne.

    Ele a liberaria das ataduras de ken, e a sua irmã, e também Phillipe. Podia entender que depois de tantos anos lhe fosse muito difícil de imaginar.

    serena se recostou ligeiramente, mas deixou suas mãos entre as de Darien.

    Os sinos dos relógios da casa os distraíram. Três badaladas,

    as três da madrugada. Darien se incorporou.

    ?Bem, há muito que fazer se queremos estar na França amanhã pela manhã.

    serena e Phillipe o olharam. Com rapidez e concisão, Sebastián esboçou os pontos concretos que precisavam saber. Seu tom era paciente, abertamente paternal, mas por uma vez serena não se ofendeu. junto com Phillipe, assimilou cada palavra do duque, seguiu os roteiros de seu raciocínio, contemplou a vitória por ele descrita.

    ?Deste modo, sem que Louis saiba, Phillipe e eu nos partiremos rumo a Newhaven...

    serena se ergueu com um pulo.

    ?Eu também vou!

    Darien lhe sustentou o indignado olhar.

    ?Mignonne, será melhor que permaneça aqui. a salvo.

    ?Não! selene é minha responsabilidade... e você não conhece Lhe Rói como eu.

    ?Entretanto, Phillipe sim... ? Darien olhou ao jovem para descobrir que negava com a cabeça.

    ?Não. Não conheço bem a fortaleza. Louis fui a anos ali, mas eu me uni ao serviço de meu tio recentemente.

    Darien fez uma careta.

    ?E há outro problema. ?acrescentou Phillipe com acanhamento. ? selene. Não

    sabe que nós sabemos . Não acredito que se me apresentasse diante dela em

    plena noite, ou em qualquer outro momento, viesse comigo. Mas serena... Sempre fará o que diga.

    serena confirmou seu raciocínio.

    ?Certíssimo. Diz a verdade. selene é doce, mas não idiota; não abandonará a segurança de Lhe Rói a não ser por uma boa razão. E não sabe nada dos planos de ken.

    A expressão de Darien se endureceu, e ela leu sua oposição com toda claridade. aproximou-se e tomou sua mão.

    ?É provável que deseje partir sem nenhum alvoroço, em silêncio e sem

    muita bagagem,?

    Os lábios de Darien se torceram em uma careta. Devolveu-lhe o aperto de mãos.

    ?Joga duro, mignonne. ?Suspirou. ?Muito bem. Virá também.

    Terei que pensar a maneira de nos assegurar de que Louis se atrase.

    Darien acrescentou aquele ponto em sua lista mental. Quando havia pensado em que serena fora testemunha da derrota de ken, tinha feito de maneira figurada. Seu instinto lhe indicava que ela devia ficar atrás, a salvo, mas possivelmente seria melhor que os acompanhasse. Desta maneira, compartiria a derrota de ken, e para alguém de seu temperamento, aquilo poderia ser importante.

    Os relógios deram a hora. Levantou-se.

    ?Há muito que fazer e pouco tempo para isso. ?Cruzando o quarto, puxou o cordão da campainha. Olhou para Phillipe. ? Farei com que disponham um quarto para você; peça quanto necessite. ?Olhou para serena?. Ambos me fariam um favor se permanecessem em seus quartos até que envie por vocês. Vistam-se de viagem. Sairemos as nove em ponto. Só poderá levar uma pequena bolsa, nada mais.

    serena assentiu com a cabeça. Bateram na porta. Darien a abriu só um pouco, bloqueando a soleira com o corpo, para ordenar a um sonolento criado que fora

    procurar Webster.

    Fechou a porta e se virou para Phillipe.

    ?Meu mordomo, Webster, é de absoluta confiança. Conduzirá a um quarto e lhe atenderá ele mesmo. Quantos menos saibamos de sua presença aqui, menos probabilidades tem que Louis e seu servente se inteirem.

    Phillipe assentiu com a cabeça.

    Darien passeou diante da lareira até que chegou Webster, que se ocupou de Phillipe com sua habitual imperturbabilidade, conduzind-o fora do quarto.

    Quando se fechou a porta, serena observou como Darien se dava volta e se aproximava da cama com lentidão. Estava absolutamente confusa; não podia centrar seus pensamentos em nada. Prevaleciam as emoções: um alívio imenso, confusão, incerteza. Culpa. Excitação. Incredulidade.

    Darien estava maquinando com o olhar abstraído. De repente olhou para serena.

    ?Essa declaração que obteve de seu querido tutor, mignonne. Posso vê-la?

    serena piscou surpreendida pelo giro. Assinalou seu baú, que repousava vazio em uma esquina.

    ?Está debaixo do forro, no lado esquerdo da tampa.

    O duque abriu o baú e apalpou o forro. serena ouviu o rasgão quando ele rompeu o tecido e o rangido ao extrair o pergaminho. Incorporando-se,

    Darien voltou para penteadeira, desdobrou o documento, alisou-o e leu à luz do abajur.

    Ao contemplar seu rosto no espelho. serena viu que os lábios do duque se torciam em uma rápida careta. Logo sorriu e meneou a cabeça.

    ?O que é isto? ?Lançou-lhe um olhar e agitou o pergaminho?. Associação de Futebol-bem nunca deixará de me surpreender. Diz que quando você lhe pediu isto,

    ele se sentou sem mais e o redigiu, não?

    serena assentiu com a cabeça.

    ?Sim. Considerou um momento... ?Enrugou o sobrecenho? Por que?

    ?Porque, mignonne, ao escrever isto e entregar-lhe estava arriscando pouco. ?Voltou a examinar o documento e logo a olhou?. Você não me disse que tinha utilizado as palavras «mais extensas que as suas».

    ?E?

    ?Suas propriedades estão em La Camargue, uma terra plaina e extensa. 0Que extensão têm suas terras?

    serena disse e o duque sorriu.

    ?Bon. Somos livres, então.

    ?por quê?

    ?Porque as meu são «mais extensos que as suas».

    serena sacudiu a cabeça.

    ?Sigo sem compreender.

    Darien deixou o documento e agarrou o abajur para baixar a chama.

    ?Pense que a Inglaterra é um país muito menor que a França.

    ? Darien voltou para a cama.

    ?Quer dizer que não há muitos cavalheiros ingleses cujas propriedades sejam maiores que as minhas?

    ?Além de mim ( ken sabia que eu tinha declarado que não me casaria), as únicas possibilidades que me ocorrem seriam os duques reais, nenhum dos quais mereceriam sua aprovação; e outros dois, os quais já estavam casados ou bastante velhos para ser seu pai.

    ?ken sabia disto?

    ?Com absoluta segurança. É o tipo de informação que se sabe muito bem.

    ?E você?

    Negou com a cabeça, respondendo de maneira intuitiva a pergunta que realmente queria lhe fazer serena.

    ?Não, mignonne... Renunciei faz anos aos jogos que se permite a Associação de Futebol-bem. ?parou ao lado da cama, estudando a expressão de serena.

    ?Ainda conheço as regras e posso me enfrentar ao melhor, mas... ?Deu-se de ombros. ? A verdade, esse tipo de atividade se faz pesado.

    Encontrei melhores coisas que fazer com meu tempo.

    Seduzir mulheres; ajudar mulheres. Deixou-se cair sobre os travesseiros quando Darien afastou as mantas e se deslizou para seu lado.

    serena permaneceu imóvel, perguntando-se...

    Darien a colocou brandamente médio debaixo dele. serena suspirou, ao sentir os dedos do duque procurar a abertura de seu roupão e abrir-lhe e baixou seu corpo até o seu, pele contra pele.

    A rajada de calor a abalou. Aturdida, apenas se encontrou ar suficiente para dizer:

    ?Assim que o documento... Está dizendo que não vale nada?

    Ele a olhou no rosto e lhe acariciou o corpo.

    ?Absolutamente. Para nós é um prêmio. ? Darien estudou seus olhos e sorriu; inclinou a cabeça e com os lábios lhe tocou a testa enrugada.

    ?Seu documento é um ás, mignonne, e vamos utilizá-lo para matar os triunfos de ken da maneira mais satisfatória possível.

    Que ainda tivesse intenção de casar-se com ela, até depois de interar se de todo seu engano, parecia-lhe impossível. Mas o duque tinha sido muito claro. Em serena, a culpa seguia pesando em seu coração.

    As mãos de Darien se moviam sem rumo, seduzindo os sentidos de serena, lhe roubando a consciência. Seria tão fácil sucumbir a seu feitiço, entregar-se a ele e deixar correr o problema. Mas não podia.

    serena lhe agarrou o rosto entre ambas as mãos e a manteve assim, incluso na escuridão, para distinguir cada matiz.

    ?Ajudará-me de verdade... Realmente me ajudará a resgatar selene? Não era uma pergunta; não duvidava de que fosse fazer? Por que?

    Darien lhe sustentou o olhar.

    ?Mignonne, já te disse que você é minha. Minha.

    ?Ao repetir, abriu-lhe brandamente as coxas e se colocou no meio. ? Em todo mundo não há nenhuma mulher a quem eu esteja mais disposto a cuidar e proteger que você.

    serena não alcançou a distinguir no azul de seus olhos o fogo e o sentimento que o sustentava.

    ?Mas eu... Pus os interesses de outra pessoa em primeiro lugar.

    O olhar de Darien não titubeou.

    ?Se tivesse atuado como fez por ken, ou por outro homem, sim,

    haveria-me sentido traído. Mas fez por sua irmã... Por amor, por responsabilidade. Por carinho. De todos os homens do mundo, não supôs que eu te entenderia?

    Olhou nos olhos e viu. Ao menos, permitiu-se acreditar.

    ?Deveria ter confiado em você... Contar-lhe tudo.

    ?Mas temia por sua irmã.

    Inclinou a cabeça e a beijou, larga e profundamente. Deixando claro que o assunto estava resolvido.

    Alguns minutos mais tarde quando serena, tomando ar suficiente, murmurou:

    ?Perdoa-me?

    Em cima dela, Darien lhe acariciou o rosto com a mão.

    ?Mignonne, não há nada que perdoar.

    Nesse momento. serena soube não só que a amava, mas também o porquê. Atraiu sua cabeça com a mão e o beijou com delicadeza, mantendo o fogo que já estava crepitando entre eles.

    ?Serei sua. ?sussurrou contra seus lábios.

    ? Sempre. Não importava o que estivesse por acontecer.

    ?Bom.

    Darien assumiu o controle do beijo, ao tempo que lhe segurava e a penetrava. bebeu-se do grito afogado de serena quando, seu aço quente a encheu por dentro. Até o fundo. Logo se afastou e começou a dança.

    Quando se separaram, fortalecidos por um esplendor debilitado, recordou o que havia dito Sebastián fazia tempo. Estavam feitos para isso. Um para o outro; ele para ela, ela para ele.

    As duas caras da mesma moeda; unidos por uma força que nem sequer um homem poderoso poderia romper.

    Darien se deslizou fora da cama duas horas mais tarde. Vestiu o roupão e foi até a penteadeira, onde agarrou a declaração de ken para relê-la. Olhou para serena; seguia profundamente dormindo. Depois de um instante de dúvida, dobrou o documento e abandonou o quarto em silêncio.

    Quando chegou a seus aposentos, mandou chamar Webster, dando instruções enquanto se banhava, barbeava e vestia. Deixando a sua governanta, Gros, com o encargo de encher uma pequena bolsa com tudo o que necessitaria durante a viagem se dirigiu ao estudo. Uma vez ali, dedicou-se a colocar os alicerces de seu plano.

    A primeira carta que escreveu era uma petição pessoal ao bispo de Lincoln, um velho amigo de seu pai. Uma vez que houvesse retornado da França com o selene, não havia razão para atrasar mais as bodas. Terminou a carta,dobrou-a e a pôs a um lado, junto com a declaração de ken. serena tinha conseguido aquele prêmio; ele estava disposto a utilizá-lo.

    Fez soar a campainha para que chamasse um criado e o enviou para chamar Webster. Imperturbável como sempre, Webster fez entrar na biblioteca. Sentaram-se.

    Com claridade e rapidez, Darien os pôs à par da situação. Logo falaram e fizeram sugestões e, por fim, decidiram diversas estratagemas para atrasar Louis e Villard.

    ?Dou por sentado que o mordomo é uma boneco do conde. Tome cuidado de que, enquanto vigiam ao peixe maior, não lhes escape o pequeno.

    ?É obvio que não, excelência. Pode confiar em nós.

    ?Bem. Insisto em que atrasem Do Sévres e seu criado. O que desejo é que lhes desconcertem sobre a localização da condessa e de mim. Se derem conta de que foram deliberadamente atrasados, adivinharão aonde fomos e nos seguirão a toda pressa.

    ?Fez uma pausa antes de acrescentar?: quanto mais tempo durar, mais seguros estarão eu, sua futura ama, sua irmã e o cavalheiro que nos trouxe notícias a noite passada.

    Foi recompensado pela visão de um ligeira curva nos lábios de Webster e um brilho de triunfo em seus olhos cinzas. O mordomo levava anos.?desde que Arthur se casou.

    ? lhe recordando silenciosamente que cumprira com seu dever e os salvasse a todos.

    Webster fez uma profunda reverência.

    ?Poderemos lhe expressar nossas felicitações, excelência?

    ?Podem. ?E acrescentou?: Mas só a mim.

    Encantados, assim o fizeram todos e logo partiram. Darien consultou sua lista mental nas tarefas.

    Depois de limpar o escritório de assuntos urgentes, falou brevemente com

    seu ajudante e lhe ordenou que levasse os Thierry a sua presença.

    Compareceram confusos e um pouco esperançosos. Enquanto se sentavam

    nas cadeiras situadas diante da mesa, Darien os estudou. Logo lhes contou o imprescindível para que soubessem ?o suficiente para que compreendessem a situação? que tinham sido cúmplices involuntários de uma conspiração para lhe roubar. Ficaram tão aterrados como tinha previsto e teve que interromper seus horrorizados protestos para lhes assegurar que ele sabia que eles eram inocentes.

    Então lhes deu a escolha: Inglaterra ou França.

    Inglaterra, com seu apoio; França como cúmplices do iminente fracasso de ken.

    Dado que já eram autênticos refugiados políticos antes que os recrutasse ken, não lhes custou nada para optar pela Inglaterra.

    Darien lhes sugeriu que permanecessem em Somersham até que ele e

    serena retornassem, e então poderiam fazer planos para o futuro de ambos. Embora ignorante dos planos de Darien, falou muito em favor de taiki Thierry seu oferecimento de que eles poderiam ajudar a atrasar Louis.

    Darien lhe estendeu a mão e os enviou para falar com o Webster.

    A última pessoa com quem tinha que falar entrou voando na bivlioteca cinco minutos mais tarde.

    ?Desejava falar comigo, querido moço?

    Darien levantou sorridente e, com um gesto com a mão, indicou a poltronas que havia diante da lareira. Ela se sentou e ele permaneceu de pé junto à lareira, um braço apoiado no suporte. Contou-lhe muito mais do que tinha revelado aos Thierry.

    ?Bom! Faz tempo que sabia tudo, é obvio. ?Com os olhos resplandecentes e um sorriso lhe iluminando o rosto. Clara se levantou e o beijou na bochecha. ? É perfeito... bastante perfeito. Me alegro muito. E posso afirmar sem temor algum que a família estará encantada. Verdadeiramente encantada.

    ?É obvio, mas entende que quando retornarmos só desejo ver por aqui às pessoas que habitualmente nos visitavam no Natal e a aqueles que relacionarão em minha carta.

    ?Ah, claro, claro. Só um pouco de pessoas. Podemos convidar o resto mais tarde, quando melhorar o tempo. ?Clara lhe deu um tapinha no braço ?. Agora, o melhor é que lhes ponham em caminho se querem chegar a Newhaven esta noite. Estarei aqui quando voltarem, e também rey e os outros. Encarregaremo-nos de tudo.

    Com outro tapinha e lhe advertindo que tomassem cuidado, Clara saiu

    radiante.

    Darien fez soar a campainha para que acudisse Webster.

    ?Onde está Louis de Sévres? ?perguntou quando chegou o merecido personagem.

    ?No salão do café da manhã, excelência.

    ?E seu criado?

    ?No salão do serviço.

    ?Muito bem; traga a senhorita condessa aqui e faz com que um criado leve a bagagem para a carruagem. Envia outro para que conduza o senhor Phillipe aos estábulos pela porta lateral.

    ?Imediatamente, excelência.

    Darien estava sentado quando Webster fez passar serena; depois, o mordomo se retirou e fechou a porta.

    ?Mignonne. ?levantou-se e rodeou a mesa.

    Vestida com um traje de viagem e com uma pesada capa no braço. serena se aproximou dele com o olhar vigilante.

    ?É hora de partir?

    Sebastián sorriu e lhe agarrou a mão.

    ?Quase. Peguei a declaração... Não quis despertá-la.

    ?Supus que tivesse feito. ?Com a cabeça inclinada,ansiosa para ele e esperou.

    ?Neste país, para que nos possamos casar, a maneira mais rápida é

    conseguir uma licença especial, uma dispensa. Tenho escrito a um bispo bem

    disposto, mas, em apoio a minha petição, dado que é você francesa e tem um tutor, precisarei incluir a declaração de ken. ?Fez uma pausa e acrescentou?: Posso fazer assim?

    serena sorriu com lentidão.

    ?Sim. Sim. É obvio.

    O duque sorriu.

    ?Bom. ?Soltou-lhe as mãos e esticou o braço para agarrar a vela e o selo de lacre.

    Enquanto ela observava, Darien por o selo na carta.

    ?Feito. ?Deixou a carta em cima de sua missiva rey e de outra carta

    dirigida a Corte real.

    ?Webster a enviará com um cavaleiro.

    Darien observou a segunda carta, perguntando se devia mencioná-la. virou-se e se encontrou com o olhar de serena: nítida e limpa, embora ainda conservava uma persistente preocupação.

    ?Venha.?Agarrou-lhe a mão?. Ponhamo-nos a caminho


    Somente usuários cadastrados podem comentar! Clique aqui para cadastrar-se agora mesmo!