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? Obrigada. ? eu disse envergonhada. Sentia-me uma criança de colo. ? Você não tinha por que fazer tudo isso por mim.
? Não vejo problema algum nisso. ? respondeu sorrindo.
Chegamos a minha casa e ele me levou pelo jardim. Paramos na frente da varanda e vimos à janela do meu quarto no segundo andar e ele me colocou no chão. Pensei comigo mesma: ? Como vou fazer para subir?
Olhei para ele para me despedir, daquele momento em diante eu daria um jeitinho para me virar, apesar de não saber como.
? Bom, acho que você já pode ir agora, eu tenho que subir. ? disse-lhe apontando para meu quarto.
? E, eu posso perguntar como você pretende fazer isso? ? ele falou, eu esperava que ele não perguntasse. ? Quero dizer, a sua perna esta machucada, então como você pretende subir?
? Bem, vou dar um jeito. Não se preocupe. ? disse e me virei para a casa, e imediatamente me senti sendo colocado em seus ombros eu não gritei, mas fui pega se surpresa e literalmente fiquei sem chão naquele instante.
Em poucos segundos eu já me via em frente à janela do meu quarto e ele me colocando no telhado. Levantou a janela e me colocou delicadamente para dentro, eu me sentia com menos de 5 kg quando Sekai agilmente me segurava, eu quase não via os movimentos, ele parecia ser completamente irreal. Entrou comigo e me deixou nervosa ter ele em meu quarto.
? Agora que você esta segura e em seus aposentos eu já vou. Foi um prazer Ayra. ? disse ele, virando se para sair pela janela.
? Espera. ? me surpreendi com o som da minha própria voz. Ele parou onde estava me olhou por cima do ombro. ? Obrigada, parece pouco perto do que você fez por mim hoje, mas eu nunca conseguirei ser grata o bastante. Afinal, você não tinha por que me ajudar. ? aquelas palavras soaram mais pesadas do que eu gostaria, meu coração bateu mais forte, uma dor profunda encheu meu peito, aquele vazio de sempre que me incomodava às vezes. Senti que ia chorar e engolia as lagrimas.
? Você esta bem? ? ele perguntou voltando um pouco, eu torcia para que estivesse escuro o bastante para ele não me ver chorando.
Respirei fundo: ? Estou, é que... ? eu não ia conseguir dizer. ? Nunca alguém fez algo sim por mim. Sem interesse, sem pedir algo em troca. A sua atitude hoje... ? a voz falhou. ? Obrigada Sekai.
? De nada Ayra. ? ele respondeu quase um sussurro no meu ouvido, não havia me dado conta de quando ele havia se aproximado e me assustei, deu um passo para trás.
? Calma menina, parece uma gatinha assustada. ? ele sorriu baixinho. Aproximou-se de novo e deu um leve beijo em minha testa eu desmaie em seus braços.
Na manha seguinte acordei em meu quarto, deitada na cama, com outra roupa, com outro penteado, sentindo meu corpo leve, levantei com calma por causa da minha perna esquerda e pude notar que não havia marca ou cicatriz nela, apavorei-me.
Eu sonhei com tudo aquilo? Então não foi real... ? pensei. Aquele rosto, aquele rapaz, foi apenas a minha imaginação que traiu na noite passada? Um sonho será possível que tudo não passou de um sonho?
Entrei no chuveiro, fui tomar um banho, pensando ainda na noite passada, que sonho perturbador, eu realmente só podia ter imaginado, leões com quase 5 metros, um rapaz que parecia ter a forca de 100 homens, no que eu estava pensando para acreditar que era real. Ah! Sim. Eu lembrei a dor na minha perna que agora não tinha nem sinal de qualquer ferimento aparente.
Lembrando-me do rosto de Sekai eu vibrei, senti meu corpo quente e minha respiração mais alta do que de costume, minha pele formigava e passei as mãos pelo meu corpo levemente, um toque quase superficial e senti calafrios percorrendo a minha espinha ate a base da coluna, a agua descia pelo meu corpo, eu encostei minha cabeça na parede e enfiei os dedos no cabelo.
Sai do banho antes que fizesse uma loucura com meu próprio corpo, só a ideia de me masturbar me deixava em vergonhada de pensar em algo sim. Se fosse para sentir prazer eu queria um corpo que me proporcionasse essa sensação.
Naquela semana não ousei voltar ao bosque mesmo morrendo de vontade, a ideia de chegar lá e não ter a certeza de encontra-lo me aterrorizava, ou fosse à possibilidade de encontra-lo que me assustava. Independente, não me atrevi a andar nem nos arredores.
Numa tarde, já no por do sol, uma voz melodiosa me chamou claramente.
? Ei! Você ai, do cabelo lilás.
Eu virei imediatamente, para ver quem era e a quem pertencia àquela voz. Surpreendi-me ao ver uma garota de longos cabelos loiros, enrolados e lindos olhos cor de aqua que me penetravam como se vissem através de minha alma.
? Sim, é comigo? ? perguntei.
? Seu nome é Ayra? ? disse a garota.
? Sim, sou eu. Por quê? Já nos conhecemos? ? disse-lhe.
? Não, você não me conhece, mais conhece Sekai e ele me mandou busca-la. Não foi difícil encontrar você, as características exatas, ele é muito observador. ? disse, e palavras não podiam descrever o que senti ao ouvir aquele nome nos seus lábios pequenos. ? Cabelos cor de violeta, olhos como duas esmeraldas, lábios rosados como de um bebê, pele alva, alta, bonita, audaz ate no modo de falar. Mas incrivelmente frágil como uma flor feita de cristal. Foi o que ele me disse. ? concluiu ela com um tom que me pareceu enciumada.
? Sekai? ? eu perguntei.
? Sim, ele mesmo. Você precisa vir comigo, ele quer ver você ainda hoje. ? respondeu.
? Você brinca comigo, essa pessoa não existi, isso também deve ser um sonho. ? falei.
? Uma cética! ? exclamou. ? Uma da sua raça, como pode? Cética. ? disse em escarnio. ? Você vem comigo, se não te levarei a forca.
Pensei, ela brinca, como alguém com aquela estatura me forcaria a acompanha-la?