|
Tempo estimado de leitura: 6 horas
12 |
Serena ficou olhando para Darien.
?Você? Darien levantou as sobrancelhas.
?Esperava outro?
?Louis disse que ia encontrar com um conhecido de meu tutor.
?Ah. Perguntava-me como se arrumou Sévres para persuadi-la.
-Entretanto, lamento não ter tido o prazer de conhecer seu tutor.
?Bem! ?O vulcão entrou em erupção; serena fez gesto a porta para partir a toda pressa... Mas Darien levantou uma mão lânguida e ela se precaveu que de havia caído na armadilha do duque: para voltar a porta tinha que passar por ele. E se tentasse...
Voltou-se para ele e, cruzando os braços sob o seio, olhou-o friamente.
?Não compreendo. ?Um eufemismo.
?Temo-me que devo me desculpar por isso, mignonne, embora minha intenção é que entre você e eu tudo fique claro. O duque a estudou por um momento; logo se inclinou para ela, subiu o braço com lentidão e soltou uma das mãos de serena de um puxão, arrastando a para poltrona. Ela enrugou a testa, mas consentiu em aproximar-se.
?Sente-se comigo.
Deus é obvio , mas quando se deu conta de que se referia que se sentasse em seu colo.
Darien suspirou.
?Mignonne, não seja afetada. Desejo falar com você, embora se me
levanto e me aproximo, não sempre poderei ver seu rosto; igual a meu lado. Em troca, se o fizer em meu colo, será mais fácil.
Havia suficiente irritação em sua voz para fazer desprezar a idéia de que se propunha violá-la... ao menos, não ainda. serena permitiu uma expressão de contrariedade e logo, contendo qualquer reação de estremecimento que lhe percorreu as costas, alisou-se as saias e se sentou. Debaixo das dobras da capa do Sebastián,suas coxas eram duras como a rocha, mas quentes.
Fechou as mãos ao redor da cintura de serena, movendo a de maneira que ficassem literalmente cara a cara. Logo atirou das cintas a máscara da condessa: os dois pequenos laços se desfizeram. Uma vez tirado, deixou-o no chão, ao lado da poltrona.
?Bom. Darien percebeu o conteúdo de sua própria voz e soube que ela também o tinha ouvido. Esperou que isso a fizesse recear. Passo a passo. Parecia a única maneira de realizar a tarefa com ela. Examinou os olhos de perito.
serena lhe devolveu o olhar com altivez.
«pensei em pedir sua mão» teria funcionado com a maioria das mulheres, mas com ela, o instinto lhe levava a ser mais cortante. «você será minha duquesa» soava mais contundente. Por desgraça,seus prejuízos contra os homens poderosos, não era provável que houvesse algum enfoque que conduzisse a um êxito rápido.
Não demoraria para fechar-se, e Darien se veria reduzido a defender sua causa em uma posição de debilidade.
Minar seus muros. ?escavar seus argumentos antes que tivesse oportunidade de expô-los? era sem dúvida o caminho da vitória. Uma vez que tivesse debilitado suas defesas, então poderia falar de matrimônio.
?Você havia dito que não gosta de ser marionete de um homem poderoso; e tudo o que me contou me levou a pensar que seu tutor é um deles... Estou certo?
?É obvio. Sei do que falo.
?E também estou certo ao afirmar que busca um marido submisso e afável porque um marido assim jamais poderá dominá-la?
serena entrecerrou os olhos.
?Nem me manipular nem me utilizar como uma marionete.
O duque inclinou a cabeça.
?E não lhe ocorreu, mignonne, que casar-se com um homem que sabe pouco de, seus próprios términos, os jogos que jogam os homens como eu, seguirá deixando sob a palmatória do autêntico homem que busca escapar?
serena o olhou.
?Uma vez que me tenha casado... ?vacilou. Darien duvidou, mas disse em voz baixa: ?Minha irmã está casada. Entretanto, digo por seu próprio bem que deve voltar para campo, ela me obedece. serena procurou em seus olhos.
?E seu marido...?
?Huntly é um homem de caráter bondoso, que jamais fingiu ser capaz de dirigir a rei. Entretanto, goza de uma sensatez extrema que lhe permite saber quando precisa ser controlada. Então nem a mim.
?O marido, que eu escolher, não irá a meu tutor.
?Mas se seu tutor intervém por conta própria... Então o que?
Deu-lhe tempo para refletir, para que se aventurasse sozinha por esse pensamento. Para que visse as possibilidades, para que chegasse à compreensão que ele desejava. Mesmo assim, comportou-se como o manipulador consumado que não fala com precipitação, que não pressiona em excesso.
Em especial, com ela.
Serena enrugou a testa; para ele, para aquele rosto imperturbável, aqueles traços austeros, iluminados, que não suavizados, pela luz do abajur. A contra gosto, intuindo já o que veria, deixou que se refletisse, quase como se estivesse estudando mentalmente um pouco situado a suas costas, algo que não alcançasse ver.
O duque tinha razão. Os protestos de um marido débil não impediriam que ken seguisse utilizando-a. Não havia mais a ver com o que tinha feito
com Geoffre Daurent, seu tio e inicial tutor. Embora não fosse especialmente débil, Geoffre era mais que ken. Devido a controlar sua fortuna e matrimônio conferia um poder político considerável, ken havia «discutido» o assunto com Geoffre, um parente longínquo, havendo feito um acordo que acabou com ken como tutor legal.
Como pudesse utilizá-la ken uma vez que ela se casasse ignorava-o, mas era um intrigante versátil: em seu mundo, o poder emanava de muitas fontes, o controle dos assuntos. E o poder era a droga do ken.
?Tem razão. ?As palavras escaparam de seus lábios quase involuntariamente; enrugou a testa?. Necessitarei repensar meu futuro.
?Não há muitas opções que pensar, mignonne. De fato, como
membro da estirpe contra a qual você luta, posso lhe dizer que só há uma.
serena lhe sustentou o olhar com os olhos entrecerrados.
?Não farei... ?interrompeu-se, ao tempo que em sua mente surgia
a imagem de ken. Na verdade, havia muito pouco que pudesse fazer para
escapar de sua rede. Darien procurou em seus olhos e lhe sustentou o olhar.
?Quanto parecemos seu tutor e eu?
As palavras foram pronunciadas com suavidade, em tom reflexivo, convidando a realizar a comparação. serena se deu conta do estratagema, o suficiente para considerar um golpe valente e audaz. Depois de tudo, o duque não conhecia ken.
?De caráter, são muito parecidos. ?A honestidade a obrigou a adicionar?: Em alguns aspectos. Darien era imensamente amável. Certamente, muitos de seus atos, embora executados com sua típica arrogância e prepotência, nasciam de um desejo de ajudar completamente generoso, algo que a ela lhe desejava muito de um imenso atrativo. A amabilidade não era uma qualidade que distinguisse ken; bem cuidadoso, jamais tinha pensado em ninguém que não fosse ele mesmo.
Quando St. Ivés dispunha que sua irmã voltasse para campo pelo bem dela, ken fizesse o mesmo procurando só seu próprio interesse, com independência de que aquilo beneficiasse ou inclusive, de fato, fosse sua marionete.
Continuou estudando o semblante de Darien.
?Se pudesse escolher, a quem preferiria... a seu tutor ou a mim? -
serena soube que esta era a pergunta cuja resposta procurava duque com aquele encontro. Uma única e singela pergunta que, como ele havia visto com acerto, era o assunto central e crucial na hora de decidir seu futuro.
?Nenhum seria minha primeira escolha.
Os lábios de Darien se apertaram ligeiramente; inclinou a cabeça.
?O qual aceito. Entretanto, como terá dado conta, tal escolha não a liberará dos homens poderosos. Se não for seu tutor tão pouco eu, então será outro como nós. ?Duvidou, depois do qual elevou a mão e percorreu o rosto de serena com um ligeiro roçar dos dedos?. Mignonne, é você em extremo bela, extremamente rica e pertence a mais alta nobreza. É você um prêmio e uma mulher... Esta combinação determinará sempre seu destino.
?Essa combinação não é algo que eu possa mudar ?repôs com cansaço... Uma verdade que lhe desagradava, mas que tinha aceitado a tempo.
?Já. ? Darien lhe sustentou o olhar?. Tudo que pode fazer é escolher a melhor opção. Qual preferiria?
serena piscou, respirou e se permitiu imaginar, especular.
?Está dizendo que se te aceitar se converterá em meu defensor que me protegerá inclusive de meu tutor? Os olhos azuis de Darien fulgiram.
?Mignonne, se fosse minha, protegeria com minha vida.
Não era uma declaração vã, não vindo dele.
serena o estudou, consciente de que tudo o que havia dito era verdade. E perguntando-se, se na verdade não havia mais opções.
?Mignonne, a única liberdade que conhecerá, será sob o amparo de um homem poderoso. Uma vez mais tinha lido seu pensamento, os olhos, a alma.
?Como sei que não procurará me utilizar como tem feito ele... Que não jogará com meu futuro, com minha vida, como se fossem sua propriedade, para dispor dos mesmos quando lhe convier?
As palavras tinham fluido sem reflexão nem dúvida; a resposta do duque foi rápida.
?Posso prometer que não o farei... e prometo. Mas nunca poderá
saber com certeza absoluta; só pode confiar, e esperar que esteja satisfeita. A esse respeito, serve de pouco negar que, em certo nível ao menos, confia em mim. ?Sustentou-lhe o olhar?. Em caso contrário não estaria aqui agora.
Isso era verdade. Confiava nele, enquanto que em ken não confiava absolutamente. Sentada em seus joelhos, cara a cara, olhar com olhar, serena soube que estava sendo dirigida por um professor. Até nesse momento, cada minuto de sua relação tinha sido orquestrada e interpretada para memorar não exatamente sua confiança, a não ser seu convencimento na rede do duque.
E, além disso, estava a consciência, da descarada conexão sexual que, do instante em que se conheceram fazia a anos, havia surgido entre ambos.
O duque não tinha procurado escondê-la, nem deslocado um véu sobre aquele aspecto de sua relação.
?Se consentir em... ?deteve-se, procurou nos olhos dele e logo levantou o queixo.
? aceitar seu amparo, o que me pediria em troca?
O olhar do duque não se afastou
?Você sabe o que te pediria... o que desejo.
?diga-me isso
Darien estudou seus olhos, sua boca e, então, murmurou:
?Acredito mignonne, que já falamos o bastante. É hora de que o demonstre.
Um calafrio percorreu sua coluna vertebral, mas quando Darien arqueou uma sobrancelha, ela fez com altivez. Tinha que saber se podia fazê-lo... Se entregar-se a ele e colocar-se sob seu amparo era uma opção válida. Se pudesse resistir o fogo de seu tato, se podia chegar a ser dele e continuar sendo ela mesma.
serena se limitou a esperar, tranqüila em sua espera. Darien leu a determinação em seus olhos e baixou o olhar, deslizando por seus ombros nus, baixando-a sem rumo fixo. Voltou a olhá-la nos olhos. Ela sentiu uma sensação física, o roçar de um fugaz toque. Logo o duque se cravou o broche de ouro no ombro de serena. Com sua frouxidão habitual, levantou a mão; estendendo um dedo, empurrou com suavidade o broche até que, junto com a seda que sujeitava, escorregou sobre o arco do ombro. O dedo seguiu a curva superior do braço, arrastando para baixo a suave seda. Só uns centímetros.
Srena ficou sem respiração, paralisada quando Darien se inclinou lentamente e aplicou os lábios a seu ombro como se fosse um ferro em brasa. No mesmo lugar que tinha destampado; o único ombro de serena que tinha sido oculto, o único onde ela se sentia vulnerável, e que agora tinha sido descoberto. Despido. Para ele. Por ele.
Fechou os olhos e se concentrou apanhada pelo movimento dos lábios de Darien sobre sua pele, seduzida pelo risco quente de sua língua.
Abriu os olhos e, fascinada, observou como ele apertava de novo os lábios contra a sensibilizada zona; sentiu em sua coluna uma sacudida, notou a mão do duque aproximar-se de sua cintura, apertando os dedos ao encontrá-la.
Movida por uma força interior que não identificou, levantou a mão na nuca de Darien, deslizando e estendendo os dedos entre o cabelo sedoso. Os lábios do duque se afirmaram sobre sua pele. serena virou a cabeça quando ele levantava a sua. As duas bocas se encontraram.
Aquela força de equilíbrio, que já tinha experimentado antes, seguia funcionando entre ambos. Quando se beijavam. ?tomando, dando, detendo para saborear, atrair, satisfazer. ?serena sentiu como uma cabeça de um cavaleiro, em uma balança que impedia Darien, ou a ela, tomar muito sem dar, conquistar sem uma prévia rendição.
Aquela balança equilibrava uma e outra vez.
Darien lhe apanhava a boca em um arrebatamento acalorado, explosivo, uma violação primitiva que a propunha. Continuando, disposta, ela apresentava com audácia suas próprias exigências, e era ele quem cedia, abrindo suas portas a conquista; estremecendo-se quando serena aprofundava, quando se retirava.
A onda produzia um movimento de vazante; ardente constante, entre eles.
Interromperam-se um instante para tomar fôlego. serena levantou as pálpebras, mantendo o olhar naqueles olhos azuis, a só uns centímetros de distância. Uma mão firme lhe emoldurou a boca; a outra se fechou sobre sua cintura, o ardor dos dedos atravessando a capa de seda.
A mão de serena se agarrou contra a cabeça de Darien, conservado para si; com o outro braço o rodeou e estendeu a mão sobre suas costas.
serena deixou cair às pálpebras; voltaram para beijarem-se, mais.
A dez metros de distância, ao outro lado da pequena porta, Louis enrugou a testa. Afastou a orelha da fresta da porta e ficou olhando os painéis.
Logo podia ver algo mais que um estreito segmento de biblioteca, não se atrevia a abrir mais. assim, preparou-se para escutar. Tinha ouvido o que falavam serena e Sr. Ivés, mas muitas palavras escaparam. Entretanto, o que ouviu era suficiente para saber que os assuntos avançavam na direção dito por ken.
Mas ainda ficava por ouvir a questão do convite de St. Ivés, tão crucial para o êxito de seus planos. E nesse momento tinham deixado de falar.
Podia ter sido qualquer outra mulher e não serena, saberia o que pensar, mas depois de anos de ser sua sombra... Era tão fria, tão distante. E sabia, ela nunca teria permitido que a atacasse nenhum homem.
Mas, se não se tratava disso, o que estava acontecendo na quase silenciosa biblioteca?
Que ele pudesse imaginar... Possivelmente alguma sorte de pulso para saber
quem era mais altivo. No fundo esses ingleses eram imprevisíveis. Em algumas coisas muito mais liberais que os franceses e, entretanto, tão perturbado em outras... E não parecia haver uma diferença lógica sobre assuntos que mereciam um tratamento ou outro. Eram pessoas confusas, mas serena era ainda menos confiável, ao menos quanto ao seu temperamento. Chegou-lhe um murmúrio surdo; sem perda de tempo, aplicou de novo a orelha na fresta e esperou que voltassem a reatar a conversa.
serena teve a certeza de achar-se sobre o fogo, que as chamas lhe lambiam a pele. Com a cabeça para trás e os dedos afundados nos ombros de Darien, soltou um grito afogado ao sentir os lábios do duque deslizar-se do queixo até o pescoço.
Voltou a ofegar quando a boca do duque infundiu calor a suas veias, deslizando-se para baixo. Encontrou o pulso de serena na base do pescoço, e ali também a beijou. Logo passou a língua, lambeu: um estremecimento furioso assaltou a pele de serena.
Um ruído surdo de satisfação retumbou em Darien. Havia movido as mãos até a cintura de serena e a tinha apertado, lhe fazendo sentir sua força; logo, deslizou-as para cima, roçando-a, para acabar sobre seus seios.
Seu corpo se arqueou ansiosa daquele tato, desejando que aumentasse.
Cega, apanhou os lábios de Darien quando este levantava a cabeça. O duque saboreou sua satisfação, seu triunfo quando, deslocando-se sobre a seda, em cima e ao redor dos mamilos, seus polegares os endureceram ao convertê-los em escuros botões. Incitou, apertou, sovou; serena se retorceu, ofegando.... e o beijou com desespero.
?Chsss... ? Darien se retirou e olhou para baixo.
serena também o fez e o tremor de uma sensação visceral a sacudiu quando viu como os longos dedos de Darien a acariciavam uma e outra vez.
Sentiu seu olhar no rosto e como subia as mãos. Os dedos de Darien chegaram ao pescoço e logo se deixaram cair, escorregando lentamente. serena sentiu um sufoco. Uma parte pequena de seu cérebro gritou um protesto, mas ela não fez conta... Não queria detê-lo. Havia-lhe dito que lhe ensinaria. E ela queria ver, conhecer, senti-lo tudo... tudo o que lhe demonstraria.
Precisava saber ter a certeza absoluta do difícil e perigoso que seria, antes de consentir ser dele. Uma vez que fosse..
Os seios de serena se incharam e sentia o vestido ajustado. Ajudou-o a afrouxar a seda, levantando o braço livre do ombro do vestido, expelindo o ar quando Darien separou o tecido dos seios e a baixou, pouco a pouco, até liberá-los de tudo. Aquela liberdade foi um alívio para a serena, que respirou fundo quando Darien soltou o vestido, ao redor de sua cintura. Ele voltou a lhe acariciar o rosto no momento em que agarrou o laço que assegurava a cinta de sua blusa. Um puxão e se desfez.
O duque vacilou ao soltar a fita pendente. serena levantou o olhar e leu na dele, azul ardendo sob as pálpebras cansadas. Leu a provocação escrito em seus olhos, respirou com dificuldade e baixou a vista. Abriu com cuidado o decote da blusa e a baixou. Logo levantou a vista, mas Darien já tinha baixado o seu com gesto de concentração para lhe passar os dedos por seu seio.
Por cima, ao redor, no meio, mas em nenhum momento tocando os mamilos eretos. Até que ela se encontrou ofegando, tão quente que ardia.
?Me toque. ?Fechou sua mão sobre o dorso de Darien, apertando contra sua carne acalorada. Ele acessou, enchendo-as mãos, lhe acariciando os mamilos, com suavidade a princípio e logo com mais força, até que serena soltou um grito afogado.
Então a beijou intensamente, mais que antes. Como se a devorasse, como se os primeiros beijos não tivessem sido mais que um mero prelúdio a esta intimidade mais funda, mais rica.
Quando se afastou, serena dava voltas a cabeça. Alargou a mão para atraí-lo e Darien se equilibrou, cavando as mãos e fechando os lábios sobre o mamilo.
O grito afogado de serena ressonou, e se quebrou.
A coluna vertebral rígida, a cabeça para trás, lutando por respirar, por agarrar-se ao torvelinho de seus sentidos... a seu sentido comum, fazia tanto momento perdido.
Darien se desfrutou; a mão de serena se apertava contra sua nuca, insistindo para continuar; urgindo, quando a sensação naquele seio se fez muito insuportável, a concentrar sua atenção no outro. Então Darien sugou o mamilo, e serena acreditou se perder por um segundo quando a sensação foi tão entristecedora que a
arrastou ao interior de um vazio negro. Mas o duque voltou a atraí-la, ao mundo dos vivos, do sensível, onde, deliciosa e cativante, sensibilidade.
Ela queria ver se Darien tinha aberto os olhos. Estava agradecida, completamente predisposta a deixá-lo beijar, acariciar, lamber e mamar para sua mútua satisfação. Poderia ser inexperiente, mas nenhum homem tirava sarro. Darien estava exigindo, mandando, mas também era generoso, mais que disposto ?de fato insistente? a compartilhar. Não a deixou atrás, afligida e sacudida pelas sensações. Mostrava-se paciente, alentador, disposto a lhe dar a oportunidade de apoiar as mãos em seu peito, estender os dedos em seus firmes músculos para logo rastreá-los. Darien amortecia o tato e havia pouca pele nua que serena pudesse acariciar. O que a contrariava sobremaneira. Antes que insistisse em alguma outra exigência, Darien a beijou com
ímpeto e logo a moveu, subindo um joelho sobre suas coxas. Tinha as mãos sobre seus seios e, antes que ela pudesse pensar, beijou-a de novo na boca.
Então serena já não pôde pensar absolutamente.
Até nesse momento, os beijos tinham sido quentes, agora ficaram incendiários.
Ardiam, de desejo, de paixão, com todas as emoções nunca antes sentidas por ela, aquelas que Jamais tinha tido ocasião de sentir, de experimentar, de perder-se nelas. Darien as deu, espremendo sobre ela, e serena as bebeu, desfrutando-se.
No instante em que ouviu o suave murmúrio de Darien, ao sentir sua
mão deslizar-se do seio até o ventre nu e depois de afastar as dobras de seda e perceber como aprofundavam seus dedos, se perguntou por que.
Por que não fez nada a não ser agarrar-se, os olhos fechados, enquanto se deleitava no tato de Darien quando os dedos dele lhe acariciaram os cachos e logo, apertando mais, tocaram-na. Ao lhe separar as pernas, ao acariciá-la, mimá-la, explorá-la com delicadeza. serena deixou de respirar, como tinha deixado de pensar. Entretanto, mesmo assim se sentia segura. Soube quando, estremecida e tremula, lhe deixou introduzir um dedo em seu corpo e sentiu que ele também continha a respiração.
Nessa arena eram os desejos de serena os quais prevaleciam e Darien que os conduzia. Ele era dominante; ela, total, mas não era tão singelo. A rendição de serena só podia ser comprada com a devoção do duque.
Uma troca justa.
Voltou a tremer quando ele a acariciou, tocando a de maneira tão íntima que a mente de serena não pôde adivinhar o que seguiria. Engoliu a saliva,virou a cabeça e se encontrou com os lábios de Darien. Percebeu sua necessidade. A força ?primitiva e apaixonada? fluía entre eles sem rodeios. Ela sentiu que se formava redemoinhos ao redor de ambos; podia invocá-la com
tanta facilidade como ele. Era aquela que mantinha o equilíbrio.
Beijou-o com avidez, alimentou sua necessidade, sua força. Sentiu-a crescer.
Quem conteria, dominaria? Ele? Ela? Nenhum.
Era intangível, forjada entre os dois, gasta a este mundo e logo liberada.
serena sentiu crescer, elevar-se dentro dela quando Darien a acariciou ritmicamente, a língua imitando o jogo dos dedos. Um grito se elevou em sua garganta...
Darien a afastou e bebeu seu grito quando serena se interrompeu, tremula. A força invocada surgiu então dela, através de suas veias, ao longo de seus nervos. Deslumbrou seus sentidos e logo a envolveu em um resplendor, em calor, em um prazer delicioso.
Louis permanecia imóvel junto à pequena porta, a mão sobre a boca, com olhar horrorizado. Não podia dar crédito a seus ouvidos...
Se St. Ivés conseguia tudo o que desejava essa noite, incomodaria-se em convidar serena a sua casa de campo? Atreveria ele, a correr o risco? Como o explicaria?
Engoliu um uivo de puro pânico, deu a volta e saiu ao corredor bruscamente.
E se chocou com dois casais: Para surpresa; os quatro piscaram desconcertados e caíram na gargalhada.
Louis respirou, fechou a porta atrás dele, estirou-se o colete e fez um gesto com a mão para a porta que havia mais adiante na galeria.
?À biblioteca acessa por ali.
A mulher voltou a soltar uma risada tola; olhou para Louis com malícia. Os dois homens agradeceram com um sorriso, ?de homem para homem e conduziram seus casais para diante. Louis os olhou afastar-se, observou abrir a porta e os viu desa parecer com todos os outros no interior. Logo que podia pensar.
Respirou fundo uma vez e logo outra.
De repente ocorreu que, desta maneira, as coisas poderiam ser ainda melhor. Se St. Ivés se visse impedido e com toda segurança assim ria? então se mostraria mais resolvido ?insistiria mais para que serena fosse a sua casa de campo.
Mas por que, de repente, e depois de tantos anos de frigidez glacial,
serena se tinha derretido? Não tinha ouvido nem o mais ligeiro grito de indignação, já não digamos de protesto. Ela tinha gostado que St. Ivés tomasse liberdades.
Perguntando-se de que maneira este acontecimento tão inesperado como indesejado afetaria a seus planos, Louis se dirigiu ao salão de baile.
?OH, olhem! Que salão maior. E um escritório! Aproxime, querido.
Darien se ergueu com um pulo. Tirado de repente de um estado de intenso desejo e contendo a luxúria que alagava seus sentidos, tentou liberar sua inteligência daquelas estupefação. Percebeu o alarme que percorreu a serena quando esta se deixou cair repentinamente sobre seu peito, até esse momento ofegante.
Darien ainda tinha a mão entre suas coxas. Antes que pudesse retirá-la e segurar serena, desta fez exatamente o que não devia: apareceu com a cabeça, olhou por cima do respaldo da poltrona e soltou um grito, depois do qual se escondeu.
Muito tarde.
?OH! ?exclamou a mulher que tinha entrado.
Darien pôde imaginar a tampando boca com a mão, os olhos arregalados.
Depois de agarrar serena, ainda nua até a cintura, fez a única coisa que podia: incorporou-se, deixando-a atrás de suas longas costas e, olhou aos recém chegados.
Os quatro completo. Quando viu seus rostos, já sem máscaras, e viu seus olhos, amaldiçoou-se mentalmente. Estava com o rosto descoberto... e serena também.
?St. Ivés... ?O primeiro em recuperar-se foi ; a impressão mantinha em silencio os outros?. Nós... Isto... ?De repente pareceram dar-se conta de toda a magnitude da situação?. Já íamos...
?Tentou levar a mulher para a porta, mas a mulher não se moveu,
com os olhos arregalados fixados com incredulidade em Darien.
?St. Ivés ?disse a mulher. Seu olhar atrás dele?. E a senhorita condessa...
A senhorita condessa resmungava nesses instantes maldições em francês
que Darien jamais tivesse imaginado que soubesse. Por sorte, só ele podia ouvi-la. Alargando a mão às cegas, encontrou o braço de serena e deslizou os dedos para baixo para fechá-los ao redor de seu punho, para segurá-la onde não pudesse ser vista.
Fez um gesto lânguido com a outra mão.
?A senhorita condessa acaba de me fazer a honra de consentir em ser minha duquesa. ?Sob seus dedos, o pulso de serena pulsou e se acelerou com fúria?. Estávamos celebrando.
- Você vai se casar? ?A leiteira do Dresde, até então emudecida, recuperou a voz. A avidez de sua expressão traiu que tinha chegado a uma excelente compreensão das implicações sociais. Bateu Palmas de alegria?. OH, que maravilha! E somos os primeiros em inteirarmos!
?Felicidades. ?murmurou o pastor tirolês, um dos jovens que, em um momento dado, tinha formado parte dos cortejo de serena. Agarrou a leiteira pelo braço?. Vamos, Vicky.
Com os olhos ainda arregalados, a leiteira se deu a volta com presteza.
?Sim, claro. Nós temos pressa...
Os quatro saíram mais às pressas do que tinham entrado. Seus cochichos flutuaram no ar até depois de que a porta se houvesse fechado atrás deles.
Quando Darien lhe soltou a mão e se voltou para ela, serena o golpeou no braço.
?O que vamos fazer agora? ?Começou a falar em francês enquanto subia o vestido e se ajustava os ombros. Sacudindo as saias, baixou o olhar?: Santo Deus!
A blusa tinha enredado nos sapatos de salto alto. Helena lançou um juramento mais, inclinou-se e, deu um tapa, subiu o objeto revelador, espremendo a seda na mão. Então se deu conta que não tinha onde escondê-la.
?dê-me isso Darien estendeu a mão.
serena a entregou com outro tapa. Ele sacudiu o objeto, e meteu no bolso dos bombachos e ao mesmo tempo aproveitou para recompor algumas outras coisas. Ao olhar para serena, deu-se conta de que seus mamilos, agora sem a cobertura da blusa, permaneciam orgulhosamente eretos sob seu sedoso vestido de tuboHelena já parecia bastante consternada.
?Minhas desculpas, mignonne. Não é assim como tinha planejado lhe pedir que
fosse minha esposa.
serena se ergueu e piscou para o duque com expressão ausente.
?O que?
?Embora pareça mentira, tinha-me imaginado lhe fazendo um razoável pedido de mão. ?Com evidente assombro, serena ficou olhando Darien e enrugou a testa.
? É o costume, já sabe.
?Não! Quero dizer... ?serena se aplaudiu a frente em um vão intento de deter o torvelinho de pensamentos?. Não estávamos falando de matrimônio! Falávamos de que eu aceitasse seu amparo.
Foi o piscar de Darien, antes que as feições lhe endurecessem.
?E exatamente que classe de amparo imaginou que eu podia proporcionar a uma nobre solteira? serena sabia a resposta.
?Você, nós, estávamos falando de me casar com um cavalheiro submisso e então...
?Não. Não era isso. Eu estava falando de me casar com você.
serena entrecerrou os olhos.
?Não até que esses imbecis entraram... Já lhe havia dito anteriormente que tenho mais de oito anos.
?Sete. ?Comentou!
Darien meneou a cabeça.
?Não importa. Mas, ao contrário de suas insensatas idéias, sempre estive falando de me casar com você.
?Está-me tirando o sarro, excelência. ? olhando com altivez, dispôs-se a passar por seu lado majestosamente. Darien lhe agarrou o braço e a fez voltar.
?Não. Vamos resolver isto aqui e agora.
A expressão de seu rosto e de seus olhos ?a tensão que emanava? a aconselharam que não tentasse lhe contradizer.
?Já tinha decidido que teria que me casar antes de voltar para encontrar você, sendo que faz anos que deixei claro que não faria... Tenho três irmãos que estavam bastante dispostos a ocupar-se da sucessão e, no meu entender, eu não possuía o temperamento mais apropriado para o matrimônio.
Entretanto... ?Duvidou um instante e disse?: conheceu a minha cunhada, verdade?
Helena assentiu com a cabeça.
?Lady michiro.
?Sim. Se lhe disser que conhecê-la melhor não melhorará a opinião
que tem dela, entenderá que imaginá-la como a próxima duquesa de St. Ivés tenha sido um grave motivo de naufragio para muitos membros da família,
Serena enrugou a testa.
?Não entendo. O matrimônio com seu irmão não foi... ?fez um gesto? estudado e aprovado?
?Não, não foi. Arthur, que é o segundo na linha sucessória, é o mais dócil dos quatro. michiro o levou ao matrimônio com o mais velho dos truques conhecidos.
?Dizendo que estava grávida?
Darien assentiu com a cabeça.
?A final resultou que não estava, mas quando Arthur se deu conta, já se tinha anunciado as bodas. ?Suspirou. ?O fato, feito está.
?Voltou a centrar-se em serena. ? O qual me leva ao que quero dizer.
Você sabe o que supõe ser possuidor de um título, as responsabilidades (deseje-as um ou não) que recaem sobre os ombros do afortunado. Esperei ver como evoluía michiro, se era capaz de fazer-se mais... Cortês, mais tolerante. Mas não. E agora tem um filho que, em última instância, herdou o título a quem está decidida a dominar... e a quem, à,
dominará. ?Meneou a cabeça?. Em consciência, não posso permitir tal coisa. E por isso decidi que devia me casar e gerar um filho. Seu olhar se posou em serena.
?Jamais a esqueci. No instante em que fixei meus olhos em você, reconheci-a. Tinha estado procurando uma esposa adequada e não tinha encontrado nenhuma... Então, de repente, apareceu ali.
Serena o olhou com os olhos entrecerrados.
?Parece muito seguro de que seja a adequada.
Darien esboçou um sorriso sincero e, tratando-se dele, estranhamente você doce.
?Nunca me aborrecerei mortalmente com você. Tem um caráter tão mau como o meu e, para meu chateio, não a intimido no mínimo. Helena reprimiu um sorriso e arqueou uma sobrancelha.
?Não sinto nenhum temor por você. Entretanto, não sou tão tola para subestimá-lo. É muito aficionado a retorcer a verdade para que lhe vem em vontade. Não esteve pensando em casar-se.
?me perdoe mignonne... Asseguro-lhe que, em relação a você, não tinha pensado em outra coisa. Se não deixei claras minhas intenções foi por uma razão.
?Qual?
?Que a mais leve suspeita sobre minha mudança de idéia haveria provocado um revôo... Qualquer indício de que tinha escolhido a você como minha duquesa haveria emocionado à alta sociedade. Qualquer simples dama com uma filha casamenteira teria tentado me fazer mudar de opinião. Não vi nenhuma razão para despertar semelhantes expectativas. Assim decidi esperar o momento oportuno. Amanhã abandonarei Londres e você também fará. Não expor a observação e olhar da sociedade.
?Como sabe que abandonarei Londres?
?Porque mandei um convite, a você e aos Thierry, para visitar Somersham Agrada... Desde aí meu interesse na volta de Thierry.
?Levantou a mão e lhe acariciou a bochecha, ?Pensei que ali pudesse persuadi-la de se casar comigo seria sua escolha mais inteligente.
serena arqueou uma sobrancelha.
?Me persuadir? ?Virou com altivez e assinalou a porta pela qual se foram os dois casais. ? Se já anunciou que vamos casar! ?Tal lembrança inflamou sua lembrança, e se voltou com um cintilação no olhar?. E agora vai se comportar como se a questão estivesse assinada e selada. ?cruzou os braços e o olhou com hostilidade.
? Mas não é assim!
Com expressão impassível, Darien a estudou. Logo, com um tom equilibrado, baixo e resistente, disse:
?Tenho que entender mignonne, que estava a ponto de me aceitar como amante, mas que agora recusa converter-se em minha duquesa?
serena o olhou nos olhos e assentiu com a cabeça.
?Realmente! Não há motivo para adotar esse tom comigo. Uma coisa
é ser sua esposa e outra muito diferente sua amante. Conheço as leis. Uma
esposa não tem voz nem voto em coisas...
?A menos que seu marido esteja disposto a consentir-lhe serena, carrancuda, estudou aquele azul carente de malícia.
?Está dizendo que me consentiria isso?
Darien a olhou longamente até que disse:
?Mignonne, consentirei tudo, com duas condições. Uma: que jamais permitirei que se exponha a nenhum tipo de perigo; dois: nunca a consentirei que mostre o menor interesse por outro homem que não eu seja eu.
serena levantou as sobrancelhas.
?Nem sequer por seus filhos?
?Com só exceção de nossos filhos.
Mesmo que percebeu a firmeza do chão sob seus pés, pareceu que cambaleava. A oferta do duque era mais que tentadora, entretanto...
confiar nele até nesse ponto... Especialmente nele, que a entendia tão bem, que podia sortear seu gênio, lhe inflamar os sentidos, que já exercia tanto poder sobre ela...
Como sempre, ele parecia saber o que ela estava pensando; dava a sensação de rastrear os pensamentos com apenas um olhar nos olhos. A enseada do duque era penetrante, perspicaz. Antes que serena pudesse dar se conta de suas intenções, Darien inclinou a cabeça e lhe tocou os lábios com os seus.
A boca de serena se abrandou,aderente. Reagiu e o beijou, ofereceu os lábios e tomou os dele, antes sequer de haver pensado. Darien se afastou. Olharam-se nos olhos, sustentando seu olhar.
?Estávamos predestinados um ao outro, mignonne... Não tem essa sensação? Você será minha salvação e eu serei a sua. Um ruído procedente da galeria, além da porta fechada, fez com que dessem a volta. Darien jurou em voz baixa.
?Está acabando o tempo por esta noite. Venha. ?Segurando pelo cotovelo, conduziu-a para a porta que comunicava com o quarto.
?Quero ir. ?Helena olhou seu rosto severo quando Darien abriu a porta e fez passar. Esperou que ele fizesse outro tanto e disse?: Não consenti em me casar com você. Darien lhe sustentou o olhar, estudou seus olhos e assentiu com a cabeça.
?Não consentiu... Ainda.
serena grunhiu quando urgiu a continuar.
?É muito inteligente para atirar pedras sobre seu próprio não importa o muito que vá a seu caráter. Odiava que Darien pudesse ler nela tão bem.
?Bem, então visitarei sua casa e considerarei sua proposta.
O duque ignorou seu tom mordaz e altivo.
Abriu outra porta, que conduzia a um corredor secundário e assim evitou a galeria.
?Acompanharei você escada abaixo, a entrada principal e mandarei aos Thierry.
?A olhou de esguelha?. Temo-me que terá que aguardar, mignonne. Ninguém acreditará que não me aceitou. serena lhe lançou outro olhar carrancudo, mas Darien tinha razão... Uma vez mais. Ninguém acreditaria. Nem sequer se expor a dúvida.
Os Thierry, avisados por um criado, reuniram-se com eles no boato principal. Um simples olhar a seus rostos foi suficiente para confirmar que as notícias estavam no ar e que já as tinham ouvido.
?Que novas tão maravilhosas! ?Com os olhos muito abertos, satsuna a abraçou de alegria?. É um golpe de mestre! ?sussurrou e se retirou para deixar Thierry.
Também estava visivelmente emocionado. Depois de felicitá-la, estendeu a mão para Darien. Este, com um sorriso no rosto, era a imagem mesma do orgulhoso futuro noivo. Quando o olhar azul de Darien se posou em serena apertou os lábios com força, fazendo chiar os dentes.
?Tenho lido sua carta justo esta noite ?explicou Thierry. ?encontrava-me fora da cidade. Vim aqui imediatamente para dizer a madame e mademoiselle.
Darien assentiu com a cabeça, ao tempo que fazia um gesto com a mão recusando a desculpa.
?Parece que nosso segredo é público. ?Fez um ligeiro encolhimento de ombros.
?Não importa. Abandonarei Londres amanhã cedo. Se lhes parecer bem, enviarei minha carruagem a Green Street com instruções de sair às onze. Permitirá viajar
com comodidade até Cambridgeshire. Chegarão a tarde.
?Fez uma reverência?. Estarei ali para recebê-los.
?É muito amável. ?satsuna mostrou seu entusiasmo. Esteendeu-lhe a mão.
? Estaremos encantados em visitar uma casa tão magnífica. Ouvi dizer que é esplêndida. Darien inclinou a cabeça e se virou para serena.
? mignonne, também estará encantada? ?murmurou do maneira deliberadamente sugiram ao roçar os dedos com os lábios.
Serena arqueou as sobrancelhas.
?Já nos veremos, excelência.