Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin-top:0cm; mso-para-margin-right:0cm; mso-para-margin-bottom:10.0pt; mso-para-margin-left:0cm; line-height:115%; mso-pagination:widow-orphan; font-size:11.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif"; mso-ascii-font-family:Calibri; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-hansi-font-family:Calibri; mso-hansi-theme-font:minor-latin; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-theme-font:minor-bidi; mso-fareast-language:EN-US;} Sentia a brisa balançar meus cabelos soltos e isso me fez sentir viva e livre. A sensação de liberdade que eu procurava parecia se com isso, mas ainda não era o que eu buscava e dentro de mim eu sabia.
Continuei correndo por entre as arvores ate que cai no chão, senti uma forte dor em minha perna esquerda e pude certificar-me de que me havia machucado, sangrava bastante então não pude ver quão grava era o ferimento e no escuro da madrugada se tornava ainda mais difícil tal proeza.
Comecei a ouvir barulhos no bosque, que não eram de animas e isso me deixou um pouco aflita. Tentei inutilmente ver a minha volta sem sucesso algum, estava muito escuro e eu mal conseguia ver a cor das minhas próprias roupas.
Senti atrás de mim uma respiração rouca, forte e ameaçadora, um hálito quente e frio que me deixou a flor da pele. Olhei para trás com medo, nervosa e agitada, pensei bem, por que estou com medo? E olhei logo, deparei-me com grandes olhos prateados e dentes bem afiados que poderiam em segundos dilacerar minha mandíbula e engoli seco. O medo e desespero tomaram conta de mim, mas não pode mexer estava paralisada. A forma como de um leão, grande demais para ser real, estava imaginando. Apancada deve ter sido mais forte do que me dei conta? Perguntei-me.
Ele rugiu em cima de mim e cada milímetro do meu corpo se contraiu de pavor, mas havia mais alguém ali, alguém que correu quando ouviu o rugido, alguém que eu não havia percebido. O leão imponente deu duas passadas em minha direção olhou-me como se me observasse, com um olhar quase humano. Ele bufou e respirou fundo o cheiro de sangue que vinha de mim e apenas saiu, correu em meio o bosque mais rápido do que meus olhos podiam acompanhar e logo desapareceu sem deixar qualquer rastro.
Tentei me levantar com muita dor na perna, e sofridamente fui caminhando a passos curtos o caminho de volta para casa. Remoendo tudo que achei ter visto, queria crer que era um sonho, aquele animal não poderia ser real, aqueles olhos tão humanos não poderiam realmente existir. Mas a dor inegável que sentia, era real o bastante para provar que tinha visto aquele ser.
Em menos da metade do caminho eu já não me aguentava mais, era como se meu corpo pesasse 500 toneladas e não 60 kg, eu me sentia prestes a desabar, e algo naquele lugar me inquietava, como se olhos me observassem de todos os cantos.
Eu vivi a vida toda naquele lugar, eu conhecia aquele bosque como a palma da minha mão e naquela noite eu me senti uma intrusa. Cambaleei ate uma arvore e me apoiei nela, respirei fundo.
? O que eu vim fazer aqui? ? disse alto. Sem esperar qualquer resposta do silencio, mais a resposta veio.
? Você veio se encontrar. ? disse uma voz masculina no meu das sombras. Meu coração deu um pulo.
? Quem esta ai? ? perguntei assustada.
? Ninguém que você conheça. Meu nome é Sekai e você, como se chama? ? perguntou educadamente, num tom brando.
? Meu nome é Ayra. ? disse.
? Você esta machucada? ? perguntou ele.
? Como sabes? ? indaguei.
? Sua voz denota dor. Esta ferida quer ajuda? ? ofereceu-se o rapaz.
? Eu bem que preciso, mas nem o conheço. Minha noite não tem sido fácil ate aqui e não acho que vá melhorar agora. ? respondi.
? Bonita pessimista e corajosa, ou será loucura? ? falava retoricamente. ? Não estou aqui para machuca-la, quero somente ajudar. Se você permitir é claro. ? disse dirigindo se a mim.
? Sai do escuro para que eu te veja. ? pedi. Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin-top:0cm; mso-para-margin-right:0cm; mso-para-margin-bottom:10.0pt; mso-para-margin-left:0cm; line-height:115%; mso-pagination:widow-orphan; font-size:11.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif"; mso-ascii-font-family:Calibri; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-hansi-font-family:Calibri; mso-hansi-theme-font:minor-latin; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-theme-font:minor-bidi; mso-fareast-language:EN-US;}
Ele se aproximou, dando um passo em direção à luz da noite. Seu cabelo esbranquiçado, os olhos prata, a boca rosada, o corpo desnudo ate a cintura enchendo meus olhos com sua presença fascinantemente atraente. A pele aveludada, pareci de gelo quando a luz do luar a iluminou e seus olhos claros pareciam quase transparentes. Vestia se humildemente apenas com uma calca jeans desbotada e um tênis, nada mais.
Olhou-me dos pês a cabeça e esticou os braços na minha direção, e por algum motivo como se me puxasse eu fui à direção dele.