Capítulo 2
Dia chuvoso
O dia começou com o velho dilema: Eu vou pra escola ou continuo dormindo?
- Quêêêê! Você vai perder a hora, Mii! - aos berros diz a onee-chan
- Calma, eu já to levantando.
(Um dia ou ela me mata de susto ou eu acabo internando ela por loucura aguda.)
- Mii, ontem você me pareceu que não tinha dormido bem. O que houve? - onee-chan preocupada.
- Eu tive um sonho, ou talvez um pesadelo.
Continuo a sair, e vejo Haruno e Tomoyo em frente a minha casa. Realmente a Tomoyo devia ter carregado Haruno... Hehehe! pois ela não é de acordar muito cedo.
- Ohayooo, Mii ! Vamos logo, estamos atrasadas. - Haruno.
- Olá meninas, vamos sim.
A caminho da escola, pergunto novamente se elas viram quem me tirou da água. Sem muitos resultados, chegamos à escola.
Foi um dia normal, a Haruno batendo em Ishiro, a Tomoyo esquecendo a saia e eu no mundo da lua.
- Olá Mysuki, Tomoyo e Haruno! Vocês vão ao festival de teatro hoje? - pergunta a professora Kimira
- Vamos sim, já estavamos indo - diz Tomoyo com aquele sorriso contagiante.
Eu nunca tinha percebido o quanto a Tomoyo era bonita e popular entre os meninos e meninas, ela é tão meiga e educada. Não sei por que ela anda com a gente. Hehehe! Vamos e convenhamos, eu e a Haruno não somos muito populares entre os alunos.
Chegando ao teatro principal, um salão de porte médio, porém muito bem decorado pelas SUGRES (supervisoras do grêmio estudantil).
No meio do salão entre as cadeiras da frente está Ritsu e a conselheira mestre Hinata. Hinata era aluna do terceiro ano, foi eleita pelo conselho da escola e com certeza era uma das mais belas do grêmio.
Então começa a peça. No fim até que foi bem legal, tirando o fato da Haruno ter comido todo o meu lanche e o Ishiro sentado do meu lado babando pela Tomoyo.
- Mii, eu terei que ir à biblioteca, amanhã a gente se vê, ok! - Haruno.
- Tudo bem, eu vou até o mercado com a onee-chan. Vejo vocês amanhã.
Acabei esquecendo minha carteira em casa, então sem o que fazer, resolvo ir ao parque da fonte.
(Tinha me esquecido de como aqui é bonito, ainda mais no verão.)
As horas passam e quando me dou conta, começa a chover. Em pouco tempo, a chuva se torna um temporal. Coloco minha capa e saio correndo. Ventava tanto, mal conseguia ver.
- Ahhhiiii!
Sem perceber, tropeço em alguém. Como eu sou desastrada.
- Gomenasai, gomenasai , imploro.
- Você se machucou? Você está bem?
Aquela voz, aquele perfume. Olho para cima e vejo aquele olhos que nunca mais esquecerei. Era como se estivesse vendo um anjo. Linda, sua pela branca, seus cabelos negros e sua voz que fez minha respiraçao parar.
- Me-me desculpe. - Minha voz não saía.
Então como um vento ela me envolve em seus braços e me levanta do chão. Meu coração já não mais pertencia a mim, minha alma já não mais segurava ao meu corpo. E por fim, como um relance, suas mãos enxugam meu rosto e aquele sorriso me paraliza.
- Você está bem? Está machucada? Eu posso te levar à enfermaria.
Eu não conseguia me mover.
- Desculpe, você deve estar assustada. Eu me chamo Rey Mokoto.
- Hi. Mysuki Takashi. - Ainda tremendo...
- Muito prazer, Misuki. Apesar de que já te conheço.
(Era ela a minha miragem. Ela é real)
- Cuidado com a chuva, pois já vi que gosta de água - Diz ela sorrindo.
Embaixo daquele temporal, ela joga seu guarda chuva, vira-se e sai correndo.
- Te vejo amanhã, Mysuki Takashi. - Rey.
