O começo

HidanSaku

Haruno Sakura, é o tipo de garota doce, meiga e educada que você jamais esperaria encontrar -viva- ao lado de um assassino sádico, arrogante e mal educado. Mas ela já havia se acostumado com as bizarrices e assassinatos dele, afinal de contas só ela o entende. E ele não conseguiria viver longe da doçura que sempre acompanhava o olhar de sua - somente sua e eternamente - pirralha. Os dois eram uma combinação estranha, doce e azedo, anjo e demônio

A primeira vez que viu alguém sendo morto por ele foi quando tinha doze anos e estava voltando a noite para casa. Um homem fedendo a álcool a interceptou e a prendeu contra a parede.

-Ora... Ora.. o que temos aqui - olhando descaradamente para o corpo quase desenvolvido da rosada que tinha se paralisado de medo - Óh não fica assim não, prometo que vou de foder gostoso hun?

-M-me sol-l-ta p-por fa-avor - percebeu que não tinha chances de escapar do homem gigante á sua frente, ele segurava seus pulsos com uma mão só de um jeito esmagador. enquanto a outra mão áspera fazia um caminho por entre debaixo se sua blusa solta e por entre suas coxas fartas chegando a sua intimidade e a acariciando.

-Ah! Sabe, não posso hm... Você tava dando sopa e eu já to excitado gracinha. Olha só. - Parando de acariciá-la ele levou a mão a calça escura onde se podia ver um volume grande no meio de suas pernas. Com pressa abaixou a calça e a cueca ao mesmo tempo revelando um membro colossal.

Ela começou a se debater desesperadamente, e ele irritado a jogou no chão fétido do beco. Levou a mão ao sapato de onde tirou uma faca cuja a bainha estava escondida pela calça.

-Se você tentar fugir eu te estraçalho entendeu garota? - um brilho sádico passou pelos olhos castanhos do homem, e ela percebeu que ele faria isso mesmo, sem hesitar. Chorando ela se encolheu - Hm.. Vou tirar logo esse seu shortinho ele já tá me incomodando. -Com a faca ele cortou o short e arrancou a calcinha de uma vez só. - Óh que bucetinha linda... -praticamente gemeu- mas vamos parar de enrrolação! -Ela gritou por socorro o mais forte que pode e o que ganhou foi um forte soco na cara.

A Haruno estava aterrorizada, palavras não eram o suficiente para mostrar o horror que estava passando. Quando ele a segurou firme ao chão de um jeito que ela não conseguia se debater. A Haruno, em meio as lágrimas, fechou os olhos com força esperando a dor que sentiria pela violação em seu centro.

Um gemido de dor... Que não saiu de seus lábios brancos de medo.

Abriu os olhos marejados vendo o seu quase estuprador de joelhos, e de seu pescoço, sangue escorria.

-FILHO DA PUTA, DESGRAÇADO! - O homen partiu para cima de seu suposto herói de cabelos platinados com a faca em mãos, mirando no coração, o outro apenas desviou minimamente no ultimo instante, enquanto a sua adaga que estava na mão direita era cravada no crânio do loiro, que caiu de cara no chão. Os olhos castanhos já não tinham mais aquele brilho cretino. Estava morto. Constatou a rosada quando o seu salvador retirou a adaga de uns 15 sentimetros, que estava banhada de sangue. Liquido que a hipnotizou.

O homem de olhos violetas se virou e olhou diretamente para ela, não para seu corpo parcialmente despido, mas em seus olhos. Os verdes, brilhantes pelas lágrimas contidas. Os violetas, arrogantes.

-Vista isso! -Ordenou tirando a jaqueta -revelando seus braços músculosos -de couro preta e jogando sem delicadeza nenhuma em cima dela. Vendo que ela não se movia se pronunciou novamente - Vamos pirralha! Não tenho tempo pra ficar esperando você dar uma de "bebê", Levanta e veste essa porra!

Apesar de estar assustada com o modo agressivo dele, fez o que lhe fora pedido. Levantou-se desajeitadamente e um tanto envergonhada, com uma mão tampou a intimidade e com a outra colocou a jaqueta que lhe coube como um vestido.

Analisando melhor o homem a sua frente, ou melhor, garoto porque percebeu que ele não devia ser muito mais velho que ela, no máximo 16 anos, mas ele é alto, devia ter uns 1,85 de altura, o cenho franzido provavelmente de impaciência, foi trocado por um sorriso um tanto malicioso ao notar que ela o olhava intensamente, e depois por um debochado ao ver que ela corara.

-Você vai ficar numa boa pirralha? - ao longe uma sirene policial foi ouvida, ele tinha que sair dali ou se não o pegariam com a 'boca na botija' ou com as mãos cheias de sangue. "Na verdade tanto faz, é tudo uma grande merda do mesmo jeito" pensou revirando os olhos.

-Meu nome não é pirralha, e Sakura - falou indignando-se, mas ao ver o semblante impassível dele , completou - Vou. "Apesar de tudo que aconteceu..."

-Tá' bem então Sa-ku-ra -pirralha-chan -soletrou seu nome com escárnio o enfatizando. Caminhou ás pressa para fora do beco dando um chute no corpo -quase esquecido- do sujeito que matara.

-ESPERA!! - Do nada se viu gritando, se arrependeu quando ele parou e ficou de costas para ela - er... Pelo menos pode me dizer seu nome?

-hunf... -riu debochado. Virou apenas a cabeça na direção dela - é Hidan.

O platinado sumiu na escuridão. E ela ficou ali, parada até a viatura policial chegar e a questionar o ocorrido. Levaram-na a delegacia onde registraram tudo o que ela falou. É claro, omitindo o fato de ter visto quem lhe salvara.

Sua mãe muito preocupada logo á buscou para levar para o aconchego de seu lar conduzindo sua filha até o carro. Claro que depois de muita histeria. Dentro do veículo, quase adormecida, sentiu o perfume amadeirado que vinha da jaqueta -que supostamente era dela, pelo menos era isso que as autoridades achavam - e tudo o que pode pensar antes de se entregar a exaustão foi.

"Hidan...

... Obrigada e

...Adeus"

...:::~*~:::...

Dentro de um galpão decadente, cheio de poeira e infiltrações, o jovem de orbes violetas também pensava nela... Era um tanto exótica, a garota que ele salvou. Cabelos rosa, olhos verdes e... Definitivamente ela não era nada parecida com as garotas que ele conhecera na noite, tinha algo nela que o intrigara, e não tinha nada a ver com beleza, tinha a ver com o que vira nos seus olhos algo... Diferente.

?Sakura...?

-Ainda nos veremos ? suas palavras escoaram no local praticamente vazio.

Um barulho alto chegou aos seus ouvidos. Alguém pôs abaixo a porta. Pegou a adaga e a sua arma se preparando para usá-las.

?Mais um pra matar, mas que porra! Será que não podem me deixar em paz na minha casa?? Revirou os olhos ao constatar que os dois invasores usavam uma capa bordô com símbolos estranhos.

-Hidan-kun... É assim que recebe seus velhos amigos? ? Disse apontando para as armas. Kami! A voz melosa daquele homem o enojava.

-?Amigos? o caralho. Vaza fora daqui filho da puta. Minhas mãos tão coçando de tanta vontade de arrancar essa sua cabeça de bixa fora!! ? raiva. Era isso que sentia. Como haviam encontrado ele?

-Hum... Você não tem medo do perigo não é Hidan? ? o outro homem se pronunciou dando alguns passos a frente tirando da sua capa sua própria arma e apontando para o platinado.

-Como se eu tivesse medo de vocês, porque vocês não me esquecem e vão se fuder um? Eu agradeceria muito ? Sarcasmo. Tão bom...

A risadinha baixa do primeiro encapuzado foi alta o suficiente para Hidan ouvir e se irritar.

-Você virá conosco, não tem escolha ou vem ou meu colega aqui te mata ? o sorriso adiantado de vitória não pode ser visto, já que o capuz escondia quase inteiramente sua face.

-Prefiro morrer ? anunciou com asco. O desgosto estampado na cara.

-Muito bem... É uma pena ? Deu as costas, seguindo até a porta ? mate-o ? a ordem foi simples e direta.

-Como se conseguisse... ? sussurrou para si mesmo.

Lá fora um clarão vindo dos céus anunciando a tempestade, acompanhada de um tiro.