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lá estava eu, de novo, naquela sala, isolado de tudo e de todos. não era sempre, mas muito raramente, entrava alguem lá, além de mim e mello, mais o matt, se não contar com quem entrava para limpar aquela sala. nunca gostei muito do mello e do matt desses dois, mas nó acabávamos conversando porque só eramos nós naquela sala. nela, havia um armário, mais parecia um closed, mas lá estava ele. de vez em quando eu ficava lá, para ficar mais sozinho do que eu ficava perto da janela. mas aquele dia foi diferente...
- Near? eu sei que você está ai dentro! se você não sair, eu vou entrar! - disse mello, no tom que sempre falava.
não estava com a mínima vontade de sair daquele armário, mas o que eu podia fazer? simplesmente fiquei lá, mudo, bem quieto para ver a sua reação.
- near? eu vou entrar! - gritou ele, e assim o fez.
- o que foi mello? - disse eu no tom mais normal possivel
- o que foi? só vim pedir uma coisinha boba para você... - disse ele meio fofo e num tom malicioso
- eu não peguei o seu chocolate. nem gosto disso. - disse eu desprezando-o
- não é disso que eu vim falar, Nate. - aquele nome... porque ele me chamou pelo nome verdadeiro? o que aquilo significava? pensei um pouco... não... ele não iria falar o meu nome a não ser que não fosse essa situação!
- e o que é? - pensei na coisa mais maliciosa possivel... mas isso soou estranho, e eu fiquei corado. ouvi a porta do armário fechar e o mello chegar mais perto.
- quer que eu fale o que é ou faça isso? - disse ele num tom baixo, mas bem gostoso.
nada respondi. fiquei totalmente mudo, mas estava todo vermelho. não estava entendendo aquela situação, o que me fez pensar besteira, afinal, só tinhamos 15 anos, o que poderia acontecer entre nós, dois meninos?
- então eu farei. - disse ele se aproximando. ele já estava bem perto, muito perto, e me senti estranho. ele me abraçou e me puxou para trás. senti as mão quentes dele atravessarem a minha roupa. aliás, não era bem a blusa, mas inpedi a mão dele de tentar por a mão em lugares 'proibidos'. senti seus lábios tocarem o meu pescoço, num certo beijo. estava totalmente confuso, mas pensava que talvez mello estivesse ficando louco.
- mello, pare! agora! eu me sinto... estranho e... - parei por que a mão dele estava nos lugares 'proibidos'. senti um choque de imediato e tentei empurá-lo para trás, mas isso não foi possivel.
- near, eu não vou para agora, logo agora que está ficando bom... - ele estava louco. começou a me puxar para cima dele, e eu deixei. queria saber mais sobre aquela situação, sobre aquilo que eu sentia. queria sentir os láios do mello em mim, sentir a mão dele me tocando... me sentia bem, mas estranho, e... não consigo explicar aquilo que eu sentia. queria mais e mais o mello...
quando me dei conta do que estava deixando o mello fazer...