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A menina checa repetidas vezes seu celular. Nenhuma mensagem.
?AAAAAA! QUE RAIVA! PORQUE ELE AINDA NÃO MANDO O MOTORISTA ME BUSCAR NEM ME AVISO QUE IA ATRASAR?! ?berra a menina, o seu nome era lucy, seu pai tinha combinado de buscar ela na escola às quatro, se não pudesse ele iria chamar o motorista e explicar porque não havia ido busca-la ?Que seja! Eu vou a pé mesmo! Pelo que eu sei a mansão não é tão longe. ? ela morava a apenas seis quadras de distancia da escola, então podia ir pé se quisesse, mas achava um desperdício, ?pra que eu vou anda se meu pai tem três carros diferentes e um motorista particular?? era isso que a menina sempre falava quando as amigas perguntavam por que não ia a pé.
Quando a menina chegou em casa deu um chilique
?PAI!!! PORQUE VOCÊ NÃO FOI ME PEGAR NA ESCOLA?! POR SUA CULPA TIVE QUE VIR ANDANDO, LOGO NO MEU ULTIMO DIA! ? berrou lucy para o pai poder ouvir ela de qualquer lugar da casa, que era imensa.
Ela viu o pai descer as escadas bem lentamente, ele parecia muito triste e cabisbaixo, ela nunca tinha visto o seu pai assim desde a morte da sua mãe.
?Desculpa filhinha, mas tive que resolver uma coisa urgente. ? mesmo vendo a tristeza nos olhos do pai ela não se abateu e continuou
?E porque não mando o Fernando ir me buscar?
?Por que eu tive que demiti-lo. Ele e todos os outros. ? aquilo só podia significar uma coisa? não, não, não! Tinha que ver se era só uma brincadeira
?Pai? ? disse engolindo a seco ? Isso quer disser que?
?Sim filha, eu fali.
?C- como? Porque?! Pai se isso for uma brincadeira eu não tô gostando!
?Não é uma brincadeira não filha, eu terei que me mudar para uma casa menor e vender os carros, a mansão, e mais muitas coisas.
?Mais como assim você?! E eu?!
?Eu vou te mandar, com o dinheiro da poupança, para um internato, lá não é tão bom como nossa casa, mas é melhor que a casa que vou ter que me mudar.
?Não, não, não, NÃO! Isso só pode ser um pesadelo! ? diz com as mãos na cabeça e balançando ela freneticamente
?Me desculpe... ? disse o pai dela tentando a abraçar, mas ela o afasta
?Não encoste em mim jude! ? diz o nome do meu pai para mostrar a ele como ela estava com raiva ? VOU PRO MEU QUARTO E NÃO SAIO DE LÁ ATÉ VOCÊ PARA COM ESSA IDEIA MALUCA! ? fala já andando para o quarto, mas sente seu pulso ser segurado ? Que diabos... ah, é você jude, o que foi? Já reconsiderou? Porque eu não posso perder tempo! Tenho uma festa pra ir e...
?JÁ CHEGA DE AGIR COMO UMA CRIANÇA! ? ela se assusta, porque ele nunca tinha falado comigo naquele tom de voz ? CHEGA LUCY! VAI AGORA PRO QUARTO E ARRURMA SUAS MALAS, o carro que vai te levar pra lá vai chegar amanhã de manhã, lucy, encare a realidade. O único jeito de você ter o mínimo de conforto é ir para esse internato. ? finalmente a ficha da garota caiu, estavam pobres, ele não poderia bancar mais a escola dela, a casa e os empregados, ela viveria uma vida totalmente diferente de antes, tentava mentir a si mesma, mas era inevitável, sabia que teria que mudar da sua casa, a casa que morou com sua mãe. Ela engoliu a seco e disse, quase num sussurro
?Está bem... eu vou arrumar as minhas malas agora. ? soltou seu braço e foi para o quarto, para jude aquilo era muito ruim, ter de se separar da sua filha, a única lembrança que tinha de sua amada mulher que morreu por causa de um acidente de carro, por causa disso mimava tanto sua filha, mas havia chegado o momento da despedida, e sua filha não tinha gostado nem um pouco de saber disso, aquilo era como uma faca atravessada em seu coração.
No dia seguinte...
Eram seis e meia e o despertador da lucy toca, ela acorda com uma cara péssima, cabelos desarrumados, olheiras, que denunciavam que ela não havia dormido bem e olhos ainda vermelhos por chorar muito a noite. Ela havia arrumado suas malas, como o pai disse, na tarde anterior. Ela ouve batidas na sua porta depois de já ter se arrumado, quando ela abre lá está seu pai.
?O motorista que vai te levar para o internato já chegou lucy. ? ela não fala nada, só pega as malas e vai até o carro, o pai a acompanha ? Então... até as férias de inverno, eu vou te visitar na escola, lá você não sai nem nas férias, achei que seria o melhor. ? ela continua sem dizer uma palavra, o pai suspira e diz pra onde ele tem que levar a filha dele. A viajem segue silenciosa, o motorista não se atrevia a trocar uma palavra sequer com a menina, já que sabia que o estado emocional dela não era lá dos melhores e a lucy não falava com ele pois ainda estava muito abalada com aquilo tudo, não queria conversar com ninguém.
?Bem... chegamos. ? diz o motorista parado em frente de uma construção grande ? Aqui é onde você vai ficar, pelo que seu pai me disse, mas ? sorriu ? você tem sorte, não é qualquer um que consegue uma vaga aqui, esse é um dos colégios mais concorridos de toda fiore.
?Mesmo sendo um internato? Tem tantos pais assim que não gostam de seus filhos? ? o motorista se assusta e diz
?Claro que não! A maioria dos alunos que tem aqui é muito amado por seus pais, sabe aqui dentro praticamente não tem regras! Os quartos são grandes, refeições ótimas e muitas atividades extracurriculares que todos amam! ? diz animado e meio indignado
?Como sabe disso tudo? ? ele sorri ainda mais
?Sabe, eu já fui aluno daqui, tirei a sorte grande, consegui uma bolsa para estudar aqui durante um ano, com essa bolsa sua vaga aqui é garantida, eu realmente não achei, no resto da minha vida, uma escola melhor que essa.
?Porque você precisou de uma bolsa de estudos?
?A mensalidade daqui é muito cara! ? disse com uma careta ? Minha família é humilde, nunca poderia pagar a mensalidade dessa escola. ? ele coloca as malas dela na frente do portão ? Bem então tchau, espero que possamos nos ver nas férias de inverno.
?Como assim?
?Meu filho estuda aqui, o nome dele é loke, pode não parecer, mas ele estuda sim com bolsa aqui, já faz três anos que ele tá aqui. Tenho muito orgulho dele.
Ele volta para o carro e dá ré nele, a lucy olha para aquela construção imensa e fica imaginando onde são os quarto, até que um velhinho aparece no portão
?Olá minha jovem, quem é você?
?Lucy, lucy Heartfilia, sou a nova aluna do internato. ? o velhinho sorri e diz
?Oh, é você lucy, seu pai ligou e pediu para te matricular, soube o que houve com sua família, e que se você não viesse pra cá teria que morar num apartamento apartado com seu pai, bem eu abri uma exceção pra você, porque achei que seria um choque pra você, então, por favor, não faça eu me arrepender dessa decisão.
?Obrigado, quem é você?
?Eu sou o diretor, mais pode me chamar de makarov.
?Bem diretor, onde eu vou ficar?
?Eu vou chamar uma aluna para te mostrar o colégio. ? eles entram na escola. A parte de fora era bem diferente da de dentro, lá dentro era tudo lindo e moderno, os corredores estavam lotados de alunos, a lucy começou a pensar como aquele colégio, mesmo com tantos alunos já matriculados, conseguia ser um dos mais procurados. ? Oh, erza! Que sorte, ? disse o diretor parando uma mulher ruiva ? lucy, esta aqui é erza, aluna da nossa faculdade e sua colega de quarto, erza essa aqui é lucy, a novata do colégio, ela está no terceiro ano e vai ser sua colega de quarto, junto com a mirajane e a levi. ? faculdade e colégio juntos?
?Err... diretor, me desculpe, mas essa escola é de que serie até o que?
?Ah é! Esqueci de te falar, aqui nós temos desde o começo do fundamental até a faculdade, é um dos motivos de sermos tão procurados, já que aqui você pode ficar desde sua infância até o fim da faculdade, então assim você pode ter seu meio de amigos, além de conhecer varias novas pessoas.
?Oi lucy, prazer em conhecer, sou erza, erza escarlet, estou aqui já a uns nove anos (desculpa se errei o tempo que a erza tá na fairy tail, mas é que eu esqueci, quem se lembrar me diz no review tá.) bem eu sou aluna bolsista aqui, a maioria dos bolsistas é excluído, por isso temos nosso grupo, eu vou apresenta-los depois, ok?
?Está bem, err... me ajuda com as malas? ? pediu, nunca havia carregado tanto peso por tanto tempo assim, então acabou por pedir ajuda
?Ah, claro que sim, vamos logo pro quarto, você deve estar cansada, vem me segue. ? diz erza pegando todas as malas da lucy, ela sabia quem era a lucy, já tinha visto ela numa revista, sabia que seu pai era milionário, mas ela estava no mesmo quarto que ela, então deveria ser bolsista, porque ela seria bolsista se o pai podia bancar a escola? Perguntaria isso mais tarde. Assim como a ruiva, lucy tinha muitas perguntas na cabeça, porque eram tão gentis com ela se era novata? Porque ela tinha falado sobre bolsistas? Ela era uma deles? Como que seria morar no mesmo lugar que estudava? E a pergunta que mais atormentava sua cabeça, como ela conseguiria viver em um lugar com menos luxo que sua casa?