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Estavam despedindo-se de um grupo de damas que haviam lhes abordado, quando George surgiu da multidão. Uma olhada no rosto de seu irmão foi suficiente para lhe dizer que andrew tinha aberto a boca, com uma pessoa ao menos.
O prazer de George era genuíno; sorriu para serena e não esperou a nenhuma apresentação.
?Lorde George Cynster, condessa. ?Fez uma reverência extravagante sobre a mão que lhe tendia?. Encantado de conhecê-la, absolutamente encantado. ?O brilho de seu olhar expressava bem que não mentia.
?Sinto-me agradecida por conhecê-lo, milorde. ?Divertida,
serena lançou um olhar para Sebastián. ?Quantos irmãos tem, excelência?
?Para minha tristeza, três. George, Arthur e o marido de michiru, que já conhece, são gêmeos. andrew é o mais novo.
?Nenhuma irmã?
Serena voltou o olhar George. Não era tão alto como Darien, até que tinha uma feição parecida. Seu cabelo era negro, mas tinha os mesmo olhos azuis. E uma idêntica aura de incerta periculosidade. Em andrew, era menos evidente; em Darien, mais poderoso, mais patente. serena concluiu que era um traço que se desenvolvia com os anos e a experiência; parecia que George acabava de entrar nos trinta.
?Uma. - A resposta proveio de Darien, e ela descobriu que o olhar do duque estava fixo na multidão que se formava em suas costas.
?E a menos que erre em minhas conjeturas...
Darien deu uns passos de lado, estendendo o braço, para fechar os dedos sobre o cotovelo de uma dama que passava a toda pressa. Alta, vestida com elegância, com o cabelo negro preso no alto, a dama se virou, as sobrancelhas arqueadas com altivez, disposta a aniquilar a quem quer que fosse o temerário que lhe punha as mãos em cima. Mas a sua expressão se transmutou em alegria.
? Darien! ?A dama agarrou as mãos do duque e saiu da multidão?. Não tinha esperado te encontrar ainda na cidade.
?Isso, minha querida rei, é de tudo evidente.
rei enrugou o nariz e se deixou arrastar para unir-se abertamente a George.
?Também está George... Como vai querido irmão?
?Bem. ?lhe devolveu o sorriso?Onde está jedite?
rei fez um gesto para trás.
- Por aí, em alguma parte. ?Seus olhos se detiveram em serena;lançou um rápido olhar para Darien.
?rei, marquesa de Huntly... serena, condessa D'Lisle. ? Darien esperou que trocassem reverências e logo, dirigindo-se a serena, acrescentou?: Como sem dúvida terá deduzido. rei é nossa irmã. Entretanto... ?voltou os olhos para rei ? o que não entendo rei é por que anda dando voltas por Londres em seu estado atual.
?Não te inquiete, estou perfeitamente bem.
?Isso disse a última vez.
?E apesar de estender o pânico, a final tudo saiu perfeito. Edward está cada dia melhor. Se te empenhar em saber, e suponho que o exigirá,encontrava-me muito deprimida em Northamptonshire jedite esteve de acordo em que um pouquinho de vida social não me faria mal.
?Assim viajaste a Londres para assistir os bailes e saraus.
?Bom o que teria feito você? Não seria o mesmo se houvesse alguma atividade social em Northamptonshire.
?Está quase na outra ponta do mundo.
?Quanto a diversões bem poderia ter. E, em qualquer caso, se jedite não tiver inconveniente, por que deveria importar a você?
?Porque antes que estivessem casados enrolaram os fios de jedite em seus dedos e ainda não lhe soltaste.longe de negá-lo, rei respondeu:
?Como acredito que bem sabe, é a única maneira de conservar um marido na rede, querido Darien.
O duque sustentou o olhar de sua irmã. Ela levantou o queixo pra ele, mas mudou de opinião e afastou os olhos.
serena, atraindo o olhar de rei.
?Tem filhos?
rei lhe sorriu.
?Um varão. Edward. Está em casa, em Huntly Hall, e sinto falta dele.
?Uma situação fácil de solucionar. ?atravessou Darien.
Elas o ignoraram.
?Edward acaba de fazer dois anos. É um patife.
?Saiu a sua mãe. ?Quando rei torceu o gesto, os lábios de Darien se curvaram e lhe separou uma mecha de cabelo?. Melhor isso que ser
um aborrecido como jedite, suponho.
rei fez uma careta.
?Se tiver intenção de ser desagradável com meu adorável jedite...
?Limitava-me a constatar um fato, querida. Tem que admitir que jedite carece absolutamente disto... malícia, enquanto que, se algo formos em nossa família, é superdotados na matéria.
rei riu.
?Já pode dizer.
?Com certeza, quem melhor?
serena escutou como entre Darien e George conseguiam lhe tirar uma lista de possíveis compromissos rei e a data em que tinha previsto voltar para Northamptonshire.
?Então lhes veremos em Somersham no Natal. ?rei olhou para Darien.
? Querem que leve Edward?
Os dois irmãos a olharam como se tivessem duas cabeças.
?É obvio que levará! ?exclamou George?. Queremos ver nosso sobrinho, não é assim?
?Exatamente. ?disse Darien. ?Mas observei que estava falando com michiru. Por favor, não faça caso do que tenha podido te dizer em relação a meus desejos sobre o Natal ou qualquer outra coisa. É obvio que espero ver Edward em Somersham... Coiby esteve buscando um presente e lhe decepcionaria que nosso sobrinho não aparecesse para ganhá-lo.
serena observou que a expressão de rei passava da prevenção ao alívio e, daí, à alegria, embora a menção de Coiby a fez franzir a sobrancelha.
?Nada de cavalos... É muito jovem. Ao jedite já havia proibido inclusive pensar nisso.
Com um peteleco, Darien tirou uma penugem da manga.
?jeditet não fez menção alguma a sua proibição, assim havia ordenado a Coiby que procure outro; um pequeno para que Edward possa sentar em cima e deixar-se levar. Já tem idade para isso. serena reprimiu um sorriso quando Darien simulou não dar-se conta do conflito suscitado em rei entre o prazer de mãe e a desaprovação também maternal. O duque a olhou de soslaio.
?Pode me agradecer no Natal.
rei levantou as mãos.
?É incorrigível. ?Apoiando-se nos braços de seu irmão, plantou um beijo em sua bochecha?. De tudo. Darien lhe deu um tapinha no ombro.
?Não, só sou seu irmão mais velho, muito mas mais velho. Se cuide ?lhe
disse quando rei retrocedia, saudando com a cabeça serena e George?; e não esqueça que, se ouvir que estiveste te excedendo, sou muito capaz de te despachar, queira ou não, para Huntly Hall. ?rei lhe fulminou com o olhar e Darien acrescentou?: Eu não sou jedite, querida.
rei enrugou o nariz, mas tudo que respondeu foi:
?Garanto-lhe que não lhe causarei semelhante mal, excelência.
Quando deu a volta, sussurrou firme a serena:
?É um tirano... Cuidado com ele! ?Mas o disse sorrindo.
?Tudo maravilhoso. ?resmungou George, observando como rei desaparecia entre a multidão, mas a manterei vigiada, no caso de...
?Não é necessário. ?disse Darien?. Pode ser que jedite seja incapaz
de refrear rei, mas sabe muito bem que em meu caso não é assim. Se deseja que abandone a capital logo rei põe dificuldades, esteja-seguro de que me fará saber isso.
George sorriu zombadoramente.
?Pode ser que seja um tipo aborrecido, mais velho jedite tem a cabeça sobre os ombros.
?Em efeito. Razão pela qual consenti na escolha de rei.
? Darien captou o olhar de serena?Foi muito paciente, querida. Deseja dançar?
Ela tinha estado encantada escutando, aprendendo, embebendo-se de suas relações, o qual lhe tinha mostrado outras faces dele, mas se limitou a sorrir e lhe ofereceu a mão, trocou uma reverência com George e deixou que Darien a conduzisse até a pista de dança. Como sempre, dançar com ele foi uma distração; tão absoluta, que perdeu o contato com o mundo, e nesse momento só existiam eles, deram voltas, executando reverências, riscando elegantes figuras, as mãos unidas, olhares fundidos. No final da dança, o coração de serena pulsava um pouco mais depressa e sua respiração era apenas mais profunda.
Quando encontrou o olhar do duque, sua consciência a devolveu à realidade. O suficiente para sentir os pensamentos que aninhavam depois do inocente azul daqueles olhos, depois daquele olhar de pálpebras cansadas que lhe repassava os olhos e os lábios. Lábios que agora vibravam; serena olhou os de Darien, compridos, e recordou com claridade como os tinha sentido ao contato com os seus.
A tensão entre ambos se acentuou, estremecendo-os; então, os lábios de Darien se curvaram. O duque a fez sair da pista de dança, ao redor uma vez mais.
serena mal teve tempo de respirar antes de que outra dama ?uma morena de olhos negros? se aproximasse majestosamente até eles.
?boa noite, Sr. Ivés.
Darien saudou com a cabeça.
?hotaru.
A dama tinha pouco mais de trinta anos. Mais que formosa era atrativa e sabia vestir-se para lhe tirar partido de sua peculiar beleza. Igual tinha feito rei, estirou-se e beijou Darien na bochecha.
?Me apresente.
serena, mais que ouvi-lo, sentiu o suspiro de Darien.
?A senhorita condessa D'Aleije... Lady Osbaldestone.
A dama se agachou em uma graciosa reverência; serena lhe devolveu a cortesia, consciente de seu olhar ardiloso e profundo.
?hotaru é uma espécie de prima. ?explicou Darien.
?Uns laços longínquos dos quais me aproveito sem nenhum pudor. ?acrescentou lady Osbaldestone, lhe falando com a serena?. Razão pela qual,
tendo ouvido que a última surpresa de St. Ivés era apresentar uma condessa á sociedade, tinha que conhecê-la, é obvio. ?Olhou de soslaio
para Darien; serena não pôde decifrar a expressão de seus olhos negros?. Muito interessante. Lady Osbaldestone sorriu, voltando a olhar para serena.
?Nunca se sabe o que encontrará Darien na seguinte vez, mas..
?hotaru.
A suavidade com que foi pronunciado o nome continha suficiente ameaçava deter o fluxo do discurso não de todo ingênuo de lady Vosbaldestone. A dama fez uma careta e se voltou para o duque.
?Desmancha prazeres. Mas não pode esperar que fique cega.
?É uma pena.
?Em qualquer caso ? grande parte da mordacidade da dama se evaporou, queria te agradecer por sua ajuda naquele pequeno assunto de meu interesse.
?Tenho que entender que se resolveu com satisfação?
?Em grau supremo, obrigado.
?E acertaria se presumir que Osbaldestone segue sem inteirar-se?
?Não seja bobo, pois claro que não sabe de nada. É um homem. Nunca entenderia.
Darien arqueou as sobrancelhas.
?Serio? E eu sou...?
?St. Ivés ? replicou a dama?. O imperturbável.
Um leve sorriso curvou nos lábios de Darien. Lady Osbaldestone se voltou para a serena.
?É assombroso a quantidade de segredos de mulheres que entesoura.
serena estava perplexa de que lhe confiassem tantos segredos. A idéia de que uma dama confiasse voluntariamente em Ken ultrapassava o ridículo. Ficou a conversar com lady Osbaldesrone, que acabava de visitar Paris, era que tinham comuns conhecidos.
Apesar de sua língua afiada, a dama era tão interessante como entretida e serena desfrutou da breve conversa embora consciente de que Darien estava alerta, com seus olhos azuis fixos em lady Osbaldestone.
Esta demonstrou estar igualmente a par da circunstância, assim no final se voltou para ele.
?Muito bem, muito bem, já vou. Mas deixa que te diga que está ficando transparente.
Dedicou uma reverência a Darien, fez- uma inclinação para serena e se afastou majestosamente.
Serena olhou de soslaio para Darien quando este voltou a lhe agarrou a mão. Atreveria a lhe perguntar o que era isso que se estava acontecendo?
?Parece uma dama muito bem informada.
?Por desgraça. Não sei como agüento... É a mulher mais ardilosa que conheço.
serena vacilava ainda em lhe pedir uma explicação, quando se deu conta, tinha passado a maior parte da noite com ele, aprendendo mais sobre ele e fascinando-se mais e mais... Algo que não era necessário em absoluto. Levantou a cabeça e olhou ao redor.
?Sabe se veio lorde Were?
Produziu-se um silêncio incômodo e ela teria jurado que Darien ficou tenso. Mas então o duque murmurou:
?Não o vi. - Estava imaginando ou sob a suavidade de sua voz havia aço?
?Possivelmente se dermos um passeio...
Conduziu-a pela lateral do salão, bordejando à multidão que, congregada no centro, rodeava uma curiosa peça decorativa composta de uns faróis dourados em forma de estrela, que circundavam e suportavam um presépio de porcelana e dourados. Ao ver as damas assim apinhadas, serena se precaveu de que, possivelmente à festividade natalina, muitas tinham optado pelo vermelho gritão ou o verde bosque.
Entre a multidão descobriu Louis, que não tirava olho de cima dela.
Vestido de negro, como sempre, a imagem de seu tio Ken, mantinha-se a certa distância da multidão. Pelo geral, estava sempre à vista. A pesar da reputação de Darien, não tinha interferido de forma nenhuma no acompanhamento do qual o fazia objeto. Encontravam-se perto das portas do salão. Além da primeira fila de pessoas. serena não podia ver nada; mas Darien sim.
?Pode ver...
?Não vejo ninguém que pudesse lhe interessar para satisfazer seus objetivos.
Para sua surpresa, arrastou-a para um lado, onde havia um oco, oculto em parte uns vasos de barro com palmeiras. O lugar estava deserto.
O dia tinha sido magnífico; à noite, muito fria. Mais à frente do vidro o prateado claro de lua se derramava sobre caminhos de arbustos, e um sutil manto de neve, como um banho de diamantes, cristalizava em cada folha e fibra de erva. Aquela visão a embriagou; tudo resplandecia mudando para um brilho natural imensamente poderoso, mais evocado daquela época que os esforços dos simples mortais que pululavam a suas espada. A cena, tão nostálgica, levou-a de volta naquele momento, sete anos atrás... Imediatamente a seu primeiro encontro.
Reprimiu um estremecimento e se voltou para descobrir que Darien a estava contemplando com expressão indolente, mas com um olhar penetrante.
?pensei, mignonne, que ainda não me honrasse com uma relação completa das condições referente ao nobre que seu tutor aceitará como seu marido. Contou-me que tal modelo de virtudes tem que sustentar um título igual ao dele. Que mais?
Helena arqueou as sobrancelhas, não pela pergunta em si. ?que já estava preparada para responder, mas sim pelo tom, inusitadamente conciso e cortante, tão diferente a sua habitual maneira de arrastar as palavras quando estava com as pessoas. Uma voz mais parecida com a empregada para falar com sua irmã.
Os lábios do duque fizeram um rápido movimento; mais uma careta que um sorriso.
?Ajudaria a estabelecer qual é o pretendente mais adequado. ?Havia suavizado o tom. Dando-se de ombros, voltou olhar pelos vidros? O título já o mencionei. As outras duas
condições que meu tutor exige são propriedades extensas. ?Com a extremidade do olho viu como Darien assentia com a cabeça.
?Condições de tudo sensatas. ?disse ele. Apenas lhe surpreendeu que pensasse assim; em alguns aspectos, ele e Associação de Futebol bem poderiam ser irmãos, tal como tinha comprovado pela atitude mostrada para sua irmã, por mais que o tivesse movido a carinho.
?Logo, é obvio, estão minhas próprias preferências. ?Não havia necessidade de lhe contar a orientação exata das mesmas. Darien esboçou um sorriso.
?É obvio. ?Fez uma reverência. ?. Não deveriam esquecer-se suas de preferências.
?É por isso ?disse ela, deixando de olhar pelas janelas? que eu gostaria de ver lorde Were. ?dispôs-se a voltar para salão. Darien se interpôs em seu caminho.
O silêncio se prolongou tenso de repente, improvisadamente. serena levantou o queixo e encontrou o olhar do duque, as pálpebras caídas sobre um azul tão intenso que parecia que os olhos ardiam. Seus nervos se agitaram, sentimentos lhe gritaram que estava servindo de algo selvagem, imprevisível... Algo que escapava a seu controle.
Perigo.
A advertência de satsuna lhe atravessou sussurrando na mente.
?Were. O nome foi pronunciado em um tom monocórdio, que ela nunca antes tinha ouvido. Darien a tinha apanhada com o olhar e serena não conseguia soltar-se.
Darien deslizou um dedo sob o queixo da jovem e lhe levantou o rosto para ele. Estudou sua expressão; cravou o olhar em seus lábios e voltou a subir os olhos.
?Ainda não lhe ocorreu, mignonne. ?murmurou, que você pudesse conseguir um melhor partido que um simples marquês?
De repente, mais como reação ao que sentia que ao que sabia. serena notou que lhe ardiam os olhos. O dedo se mantinha firme sob seu queixo; os olhos azuis, ávidos; o olhar, acalorada.
Acelerado, o coração de serena palpitou, até que nas costas de Darien captou sua atenção.
Na beira da multidão, satsuna se livrava de um tapa de Louis, que a tinha agarrado; e das rápidas palavras que dirigiu a ele, deduzia-se que Louis a tinha estado retendo. Arrumando com uma sacudida, satsuna avançou com altivez.
Darien a viu e afastou a mão do rosto de serena.
?É hora de ir. ?satsuna lançou um olhar de censura para o duque e logo se voltou para serena com expressão decidida?.Vamos.
Com uma imperceptível inclinação de cabeça para o Darien, satsuna se afastou com rapidez. Confundida, serena lhe fez uma reverência e com um ultima olhar
para Darien e um «adeus» sussurrado, seguiu satsuna. Quando passou por Louis, este tinha rosto de poucos amigos.
CAPITULO 3
Era o único duque solteiro que ela conhecia. Serena tentou encontrar algum significado a seu último comentário, o que a manteve acordada a metade da noite. Não podia estar referindo a si mesmo. Fazia anos que tinha declarado que não se casaria, e Serena não atinava a compreender por que ia mudar de idéia. É possível que a desejasse. ?ela sabia, embora, a verdade, não compreendia um desejo tão rapace, mas em sua opinião, segundo sua forma de pensar. ?segundo a forma de pensar da sociedade, o duque podia ter tudo o que quisesse sem casar-se com ela.
Não é que serena tivesse intenção de permitir que acontecesse, mas isso ele não sabia.
Devia querer dizer outra coisa; mas, por muito que ela destorcesse suas palavras, por mais que minimizasse o efeito que o duque tinha exercido nela e qualquer mau interpretação subseqüente, seguia sem explicar a intensidade que tinha estourado que tinha ressonado na voz e ardido nos olhos do duque.
Sentiu-se aliviada porque o encontro do duque em Twickenham significava que, durante o dia, veria-se livre dele.
Não foi de grande ajuda. Chegou a noite e seguia confusa, receosa.
Ainda se sentia como um cervo sob o olhar de um caçador.
A discussão entre Louis e satsuna foi uma distração acrescentada no
(trajeto para o baile de lady Hunterston)
?Está fazendo um mundo disso. ?Louis ia sentado atrás, com os braços cruzados, olhando com cenho para satsuna.
?Se você intrometer desnecessariamente, estragará a oportunidade de que realize um matrimonio apropriado.
satsuna tentou conter as lágrimas e olhou de maneira significativa pela janela da carruagem.
Serena suspirou para seus adentros. Apesar do que lhe dizia a lógica, já não estava tão segura de que satsuna não tivesse razão. Aquela lógica que não podia explicar a força que havia sentido na noite anterior.
Ao entrar no salão de baile de lady Hunterston, serena manteve satsuna consigo e percorreu o lugar com ar decidido em todas direções.
Encontrou lorde Were na sala de jogo; os que lhe acompanhavam-se afastaram imediatamente para lhes permitir participar.
O assunto que se debatia era o iminente falecimento do tio de lorde Were,
o marquês de Catteriy.
?Amanhã terei que me dirigir ao norte. ?lhes disse Were; ? O velho esteve perguntando por mim. Parece o mínimo que posso fazer.
Ao dizer, fez uma careta. serena valorizou tal atitude como um ponto em seu favor, mas recusou a comparação. Entretanto, para sua satisfação, quando a conversa mudou para o Natal e as diversões previstas, descobriu que compartilhava com Were muitos mais pontos de vista dos que havia pensado. Era uma alma afável embora inocente , firme e, em certo sentido, de uma simplicidade obstinada. O que, admitiu diante de si mesmo, supunha um grande alívio em relação aos outros, muito conscientes de sua própria valia.
Darien entrou no salão de baile para encontrar-se com a visão de uma serena que sorria encantada para Were. Depois de adverti-lo, deteve-se para dedicar uma rápida reverência à anfitriã e então, ignorando pela primeira vez os sorrisos dirigidos em sua direção, encaminhou-se diretamente para o grupo que estava na porta da sala de jogos.
Abriu-se passo entre os pressente com a atenção cravada em serena, enquanto interiormente se ia formulando suas opções. Podia lhe dizer que desejava casar-se com ela, confundindo-a de forma deliberada, e atraí-la para seu lado, mas...
Esse mas tinha um peso considerável. Qualquer olhar do qual tinha querido convertê-la em sua duquesa provocaria uma comoção na alta sociedade e trairia sobre eles até o último olhar. E os pensamentos que cruzariam as mentes depois de tais olhares, e as falações seguiam, não seriam todas de felicitação. De fato, alguns escolheriam a
cegueira e especulariam sobre a absoluta falta de venerabilidade de suas intenções. Tais rumores não seriam de seu agrado... Nem de serena, e ainda menos do de seu tutor. Tinha recebido um relatório de seu agente: o tio materno da condessa, Geoffre Daurent, converteu-se em tutor de serena como resultado da morte de seu pai. Caberia supor que Thierry ocupava o posto de Daurent, mas visitá-lo formalmente em Green Street era impossível.
Impossível de manter em segredo um encontro assim; não no coração da alta sociedade.
O mais apropriado seria um discreto convite para visitar sua propriedade principal, Somersham Agrada, uma vez que a gente elegante se desvanecesse da capital nas próximas duas semanas. Não havia necessidade de que ninguém soubesse, além dos Thierry e Louis; ele mesmo só diria a sua tia Clara, que atuava de anfitriã de sua casa ancestral. Em particular, poderia falar... E persuadir, se fosse necessário.
Serena desfrutava de sua companhia, mas ?assim declaravam seus olhos de perito? não lhe considerava um marido
potencial. Ainda.
A culpa podia ser dela, tendo declarado publicamente sua aversão pelo matrimônio; mas isso não lhe impedia de considerar a recusa de serena como uma provocação.
?Condessa. ?parou a seu lado. Serena tinha visto aproximar-se, mas tinha fingido não dava-se conta. Então, voltou-se e lhe estendeu a mão com um sorriso sereno Darien a agarrou e se inclinou sobre ela. Antes que pudesse retirar os dedos, o duque fechou sua mão sobre eles?. Madame. ?Respondeu à reverência da senhora Thierry com um movimento de cabeça; logo, inclinou-a para o Were?. Se nos desculpar, há um problema de certa importância que desejo comentar com a senhorita condessa.
Os olhos da senhora Thierry brilharam de cepticismo, mas ninguém se atreveu a manifestar incredulidade, nem sequer Serena.