Divina Comédia

  • Kiia
  • Capitulos 4
  • Gêneros Ação

Tempo estimado de leitura: 1 hora

    16
    Capítulos:

    Capítulo 2

    Ato I - Inferno

    Drogas, Linguagem Imprópria, Mutilação, Suicídio, Violência

    Deitada naquele fétido local, suas únicas diversões limitavam-se apenas a admirar a paisagem podre que sempre estava do lado de fora do comboio da carroça, ou simplesmente mantinha a vista fixa no teto de madeira por horas, dias, meses... Isso não importava mais. Desde que aquela estranha criatura surgira a sua frente, tempos atrás, ela estava ali, sem se quer saber qual seria seu destino. Não a alimentavam. Não lhe permitiam liberdade, não lhe davam o que beber, e se ainda estivesse, de fato viva, Sophie Crows com certeza já teria desfalecido. Não somente pelas necessidades básicas, mas sim, pelo estado físico deplorável em que a carne de seu corpo se encontrava.

    Em um dia qualquer, enquanto exercitava a memória a fim de lembrar-se dos bons tempos, lhe veio à mente seus tempos de humana. O momento de sua vida, onde sua única preocupação seria apenas ser uma boa esposa submissa ao seu marido, afinal, ela tinha dezessete anos. Idade de uma jovem mãe de família da época. Porém, não foi bem o que ocorreu. Quando completou quinze anos, seus pais já não lhe suportavam mais. Não aguentavam a ideia de ter uma filha sem um noivo, por isso, logo trataram de arranjar um bom pretendente para a pequenina.

    Um homem de aproximados quarentas anos e de aparência anfíbia. Este foi o esposo que os pais arranjaram para a jovem menina. Como uma simples camponesa que era, e obediente, não recusou o cortejo. Assim, casou-se, porém, nunca dera a luz alguma cria deste relacionamento, o depravado, por sua vez, consolava-se em bordeis, culpando sempre a jovem pela falta de um herdeiro.

    Aos seus dezessete anos, graças às exigências do marido, a pressão exercida por ele, já que o moço a culpava por ser esterio, Sophie, logo adoeceu, entrara em depressão. Não demorou que viesse a falecer, e assim contemplar o Paraíso.

    Ah, o Paraíso, repetiu as palavras mentalmente após um longo, e delirante suspiro repleto de nostalgia. Lá sim era fora feliz.

    Assim que chegara aos céus, fora treinava, treinava para uma coisa somente. Matar. Sim, isso mesmo, a doce jovem Sophie, tinha potencial para isso, dizia uma certa mulher-anjo de patente elevada.

    Cem anos então se passaram. O treinamento básico começara, e assim, a menina inexperiente, transformara-se em captare. Uma das castas angelicais mais respeitadas em todo o universo. Não era comum escolherem seres sem experiência em combates para assumir esses postos, mas de acordo com Millany Lyric, um anjo de casta pura, um nimbus, Sophie tinha as qualidades necessárias para tornar-se um excelente oficial da Cidade de Prata. Na época, fraca e sem experiência, os reciperes duvidaram da indicativa de Millany, achavam a pequena inútil demais para tal feito, e, portanto concluíam que esta, deveria ser uma simples corpore, o tipo de anjo mais comum que existia.

    - Muito bem, nimbus. Já que deseja tanto que esta criança morra em combate, que seja ao menos Protetores. – retrucou um dos reciperes responsáveis pelo encaminhamento de Sophie.

    Quando viva, a menina costuma fugir, se esconder no meio da mata para treinar constantemente. Suas lutas eram diferentes para a época, porém, eram graciosas e certeiras. Suas armas favoritas, eram adagas, sabia manipular aquelas belíssimas lâminas como ninguém, mas chamais erguera se quer a mão para ferir uma criatura. Por esse motivo, poucos, para não dizer ninguém, sabiam de sua capacidade.

    Sabia lutar, era verdade, mas nunca testara essas habilidades em uma luta real. Sabendo disso, Millany, que a observava com frequência, por ser a nimbus disfarçada de humana que atuava na cidade, comovia-se com o esforço da criança, e reconhecia seu potencial para tal área nos Céus.

    - Vocês não sabem do que esta menina é capaz. – respondia a mulher-anjo de olhos límpidos azulados, e cabelos loiros como o sol. – Peço-lhes para que deem uma chance a criança. – pediu novamente.

    Contrariados, o coro que assistia por Sophie, cedeu. Não era algo comum uma casta diferente interceder pelo encaminhamento de outro. Crendo no veredito de Millany, os reciperes permitiram assim, a transformação da jovem em captare.

    Graças as suas habilidades, acostumar-se novamente com o manejo de armas foi fácil, porém, o treinamento era sofrido e rígido. Diversas vezes, Sophie pensava em desistir, simplesmente implorando para que dessem fim a sua vida. Mas isso nunca acontecia. Quando tinha tempo, Millany costumava visitar a pequenina, esta, por sua vez, recebia a nimbus com muita alegria. A jovem era como uma irmã mais velha para a inexperiente captare.

    Um dia qualquer em meio aos seus cem anos de treinamento, Sophie conheceu Allan Sward, e Tsuna. Ambos captares. Allan era mais velho e experiente, tendo assim duzentos anos. Já Tsuna era novato, assim como a jovem. Ambos possuíam a mesma idade.

    Não demorou que o trio se unisse, sendo assim amigos, eles se ajudavam e seguiam em frente. Quando em fim, o tempo mínimo de treinamento passou, Sophie, para sua felicidade foi mandada para o grupo de Allan, onde com Tsuna, formavam uma pequena, e poderosa equipe de captares.

    As missões eram simples. Consistiam apenas em espionagem, e demais trabalhos que exigiam furtividade como principal qualidade. Mas, certo dia executado, algo que de inicio parecia simples, um acidente aconteceu.

    Allan estava morto pelas mãos de ninguém mais que Sophie. Tsuna estava distante no dia, realizava outra etapa da missão, enquanto os outros dois haviam ficado sozinhos.

    Havia sangue, muito sangue naquele dia, e o desespero bateu na jovem, voltando assim à realidade. Eram apenas lembranças, acontecimentos de muito tempo atrás.

    Dentro do comboio da carroça, ela não pode evitar. As imagens lhe viam a mente, e para a jovem, aquilo era doloroso, doloroso demais para se lembrar. Gritos fugiram de sua garganta, as mãos foram levadas aos ouvidos. Uma forte dor se instalou em seu corpo. As feridas que possuía pela sua queda como anjo, abriram. Sangue escapava de pequenas partes, e ainda havia a forte dor sentida onde se localizavam as asas.

    As últimas palavras ditas por todos da Cidade de Prata ainda ecoavam em sua mente, e Sophie sabia que não havia saída para ela. Aquele estranho lugar onde provavelmente ela se encontrava, era o Inferno, mas em qual dos ciclos do Inferno ela estaria? Provavelmente estavam a caminho do sexto círculo, onde diversos anjos caídos viviam sempre a observar os atormentados dos altos dos muros da cidade. Mas ela já não tinha tanta certeza.

    Mais alguns dias se passaram. Sophie sentia que já havia perdido a sanidade naqueles últimos tempos. Não via nada, não sentia mais nada, não sabia mais nem sequer se de fato estava viva. “Apenas deixe-me morrer de vez”. Pediu ela certo dia em sua costumeira fixação com os olhos no teto. Porém, em vez de resposta, foi ouvido o parar da carroça.

    Sim, pela primeira vez em muito tempo, o cocheiro daquele veículo havia estacionado o animal que conduzia a jovem.

    Sophie surpreendeu-se. Já havia esquecido que estava constantemente em movimento. Estava lunática.

    As portas do comboio foram abertas, e um ser trajando roupas negras e de horrenda face, arrastou a menina nua para fora da cela. Os olhos, sempre acostumados com o escuro, arderam ao entrar em contato com luz. O corpo estava sujo, imundo, e repleto das mais horríveis feridas infeccionadas.

    - Vista a infeliz. – Pela primeira vez em muito tempo, ela ouviu a voz de alguém. Era de um ser de mesma espécie, afinal, trajava as mesmas roupas, e o rosto era tão podre quanto o do primeiro.

    Sophie, fraca e machucada, não tinha como reagir, não conseguia ao menos ficar de pé, mas ainda lhe restava um pouco de tato, e foi assim, que sentiu um manto tão escuro, quanto de seus traficantes lhe cobrir o corpo.

    Com a ajuda do primeiro, ela sentou-se em uma rocha. Fazia frio, e seu corpo tremia pelas lufadas de ar, que em contato com as feridas, apenas aumentavam a dor.

    Encolhida, um dos capangas riu da menina.

    - Parece um rato assustado. – comentou um terceiro. Ele se revelava após sair de cima da carroça. Eram três ao todo.

    - Mas o que isso nos interessa? Pagaram bem pelo transporte da menina, e só isso que importa. – replicou o que pareia ser o líder do grupo.

    Sophie nada disse. Apenas permaneceu ali, quieta, estaria imóvel se não fosse pela tremedeira de seu corpo, mas estava atenta aos demais. Afinal, era uma assassina. Havia sido treinada para isso graças a Millany...

    Um dos estranhos aproximou-se da jovem. Ele era o mais alto dos três, e lhe faltava o olho esquerdo. Seu corpo era tão esguio, que Sophie podia jurar que ele passava dos dois metros de altura.

    - Ei, garota. – chamou, porém, a captare limitou-se a lançar-lhe um olhar atento, ao mesmo tempo, que era repleto de desprezo.

    - Esta vendo aquela carruagem ali? – ignorando a má criação da garota, ele continuou a falar. – Aquele é o seu comprador. Sabe... Não podemos nos aproximar muito da cidade. – confessou.

    A voz maliciosa, e áspera do homem de feições estranhas, causava arrepios na pele da menina. Ela realmente não gostava daquele sujeito, mas sua atenção no momento foi dirigida ao barulho de trotes de cavalo. O tal transporte estava próximo.

    O mais alto se distanciou, e o que parecia liderar o bando, aproximou-se da menina e colocou-a de pé. As pernas doíam, e Sophie tinha que fazer esforço para não tombar. Com o auxilio do traficante, eles caminharam até a porta de detalhes prateados da carruagem que exibia belos detalhes talhados à mão. Esta, por sua fez foi aberta, e dela saiu um ser musculoso, de tamanho médio que trajava uma pesada armadura de metal e ossos.

    O brutamonte desceu do veículo parecendo esbanjar um mau humor que Sophie pensou ser algo natural do sujeito. Agora que a “mercadoria” estava à frente do “comprador”, ela notou a pele amarelada do monstro, por assim dizer. Pesava cerca dos 70 kg, mas graças à armadura, seu peço deveria chegar aos 100 kg, ou mais. Pensou a jovem. Media cerca de 1,70 de pura força, mesmo que não parecesse.

    A garota tinha a impressão, de que caso irritasse o homem, sua vida correria risco de morte, mas ainda assim, encarava o ser a sua frente de igual para igual. Não transmitia medo, apenas raiva.

    - Como combinado, Itaro. Deu trabalho, mas aqui está ela. – o comerciante exibia a garota, como quem exibia um troféu. Parecia orgulhoso com sua captura.

    Com os olhos castanhos firmes, e sérios, o demônio denominado de Itaro examinou a criança. Os cabelos grandes batiam no coquis, e pareciam incrivelmente maus tratados. Na verdade, o corpo inteiro da jovem estava. Ela parecia que não iria aquentar sequer mais um segundo de vida, todavia, Itaro sabia bem o que fazer com sua nova mercadoria. Ele observou os novos detalhes da pequenina. Os olhos possuíam duas cores, algo peculiar, porém exótico. A pele, provavelmente deveria ser clara apesar dos hematomas e sujeira, uma verdadeira obra de arte. Concluiu o musculoso soldado.

    - Ela esta bastante ferida, Magnos. – retrucou o brutamonte. O outro, por sua vez apenas lançou um singelo sorriso.

    - Ora. Sei que você, como um death knight saberá cuidar muito bem da criança.

    Pelas palavras do comerciante, ele parecia ter experiência em sua profissão, e velho conhecido do poderoso demônio. Um death knight, nada mais era do que um membro de uma das castas mais poderosas de todo os círculos infernais. Entre os demônios, havia o ditado de que uma batalha, nunca era uma batalha de verdade, caso um death knight não participasse.

    Após um tempo fitando os orbes que apresentavam uma rara doença, que permitia a cor diferente dos olhos da menina, Itaro pareceu ceder, e voltou sua atenção ao comerciante.

    - Esta feito então. – concordou o dono da pele amarelada. Sua voz parecia ser capaz de rachar montanhas, tamanha era a grosseria de suas palavras. – Lhe darei três moedas de ouro a mais para que mantenha segredo.

    Entregando um saco de couro remendado, o ser oculto pelo manto pareceu ter seu sorriso triplicado, tornando o pouco que era visível de sua face, ainda mais assustador. Ele assemelhava-se a um homem comum, porém, possuía o corpo em decomposição. Era horrível ver os vermes deslizando pelo carne do rapaz.

    Magnos, soltou por fim Sophie, e Itaro não demorou em segura-lá. A menina tinha enorme ânsia para fugir do local, se fosse possível, lutaria bravamente contra o death knight, mas lhe faltavam forças, e antes que percebesse, seu frágil corpo dormia profundamente. E assim, sem saber bem o que se passava, foi levada ao seu novo destino.

    (...)

    Assustada, e totalmente desnorteada, Sophie Crows levantou-se em um salto. O corpo agora ereto sobre o macio colchão de plumas de ganso. O quarto era amplo, espaçoso, porém, não possuía mobílias, exceto pela cama, onde minutos atrás a jovem descansava.

    Durante os dias que pareciam se arrastar, a menina permanecera em cárcere, sem alimento, cuidados básicos, ou tratamento para suas feridas infeccionas. Mas agora, ali, naquele lugar, tudo parecia apenas um sonho distante, um pesadelo.

    Duvidosa de tudo que acontecia, Sophie levou a mão com cautela ao abdômen, região onde antes era o ponto mais critico. Estática, por não sentir dor, ela não sabia se alegrava, ou preocupa-se, afinal, ela nem ao menos sabia onde estava.

    - Como está se sentindo?

    Uma voz feminina, calma, e melódica, adentrou o ambiente. Parecia uma mulher normal, porém estava longe disso. Era uma daemon. Um tipo de demônio bastante comum em todos os ciclos do reino infernal. Esse tipo de entidade tinha o poder para assumir a aparência humana que desejasse, e talvez fosse por isso que a criatura parecesse tanto um ser normal.

    - Onde estou? – retrucou a jovem enferma. Pouco lhe interessava a falsa preocupação que a mulher poderia ter por ela.

    A daemon, por sua vez não respondeu. Ela não tinha permissão para conversar sobre certas coisas com a recém-chegada. Agrelli, era o nome da encarregada pela caída. Um anjo-caído. Refletiu a mulher enquanto checava alguns documentos presos, em uma prancheta que levava consigo. Era algo raro avistar essas entidades, considerando o fato de que, aquela cidade onde eles se encontravam, era longe de ser um centro para esses demônios.

    Agora que não sentia mais seu corpo fraquejar, Sophie sentia que podia reagir, sentia sua força, sua energia voltando pouco a pouco. E impaciente como era nos últimos tempos, ela ergueu-se e caminhou a passos rápidos e pesados no chão de concreto. Queria respostas, afinal ela tinha esse direito, não?

    Quando alcançou a mulher-demônio, segurou firme Agrelli pelo colarinho do simples vestido branco de mangas que usava. Não ergueu a jovem, não estava totalmente recuperava para carregar um ser tão pesado. Afinal, a aparência da mulher, era apenas ilusória. Querendo passar autoridade, Sophie não cedeu. Continuou firme, encarando Agrelli, que por sua vez mantinha-se impassível. Seu semblante parecia mais uma pedra de gelo. Fria, com ar completamente compenetrado.

    Percebendo que não iria receber as informações que tanto buscava, a jovem trincou os dentes, mas não desistiu. Permaneceu firme encarando a daemon. Palmas. Apenas alguns simples bateres de palmas desconcentraram a agressora.

    Rapidamente, Sophie soltou Agrelli, que pacientemente, arrumou o colarinho do vestido. Já a caída, voltou seu olhar para o dono do som abafado. Era Itaro. O death knigth encontrava-se encostado na porta de madeira envelhecida. Dessa vez, ele utilizava um elmo, algo que impossibilitava a visão completa do rosto do homem.

    - Fico feliz em ver que já esta desperta, Sophie Crows, obscuri captare. – com um cumprimento, que aos ouvidos da jovem, pareceu irônico, Itaro fez um gesto para que Agrelli deixassem os dois a sós. Obediente, a mulher rapidamente afastou-se do quarto.

    Por um segundo, a morena temeu pelo seu destino. Não era mais um anjo, era agora apenas uma renegada, uma caída e, portanto recebia o título de obscuri acompanhado de sua casta. Um enjoo tomou conta de seu corpo. Ainda não havia se acostumado totalmente com as imagens da morte de Allan. Buscando-se, apoiar na cama, Sophie sentou no colchão. Não tinha medo de Itaro, sabia que de um jeito, ou de outro ela era importante para ele, afinal, porque mais alguém gastaria seu precioso dinheiro com uma estranha? Mas apesar disso, ela ainda temia. Temia o que aconteceria no futuro, o que lhe aguardava.

    - Tudo que eu desejo saber é: onde exatamente estou. – Enfatizando o “é”, a jovem repetiu ao demônio seu desejo.

    Este, por sua vez sorriu por baixo do elmo. Não iria responder a pergunta de Sophie tão cedo. Porém, permitiu-se, demonstrar que apesar da aparência, possuía bons modos, e assim os exibiu.

    - Não preocupe-se com devaneios de uma mente tola. – pediu o death knight. – Apenas concentre-se em uma coisa, caída.

    Divertindo-se com a atuação que criara, Itaro aproximou-se e reparou novamente na jovem, que dessa vez, além de devidamente vestida, apresentava boa parte de feridas profundas curadas. Ela realmente deveria ser uma jovem interessante, e se não fosse, transformar-se-ia em uma.

    Com a mão que não possuía a proteção da armadura, ele acariciou de leve os cabelos negros da menina que apenas lançou um olhar de desprezo a Itaro.

    - Relaxe, pequena. Não tenho segundas intenções contigo. – tranquilizou o brutamonte. Apesar da voz, e corpo intimidadores, Sophie sentiu sinceridade em suas palavras. Mas do que lhe valia isto agora? Em um lugar onde apenas demônios reinavam com suas travessuras?

    - Diga-me então de uma vez por todas, Itaro, o que diabos quer comigo?

    A voz amargurada falou por si só. Não era necessário fitar a expressão facial da obscuri, para saber o quanto ela exalava ódio. E era justamente disso que o demônio estava atrás. Estava apenas começando a arquitetar seu plano. Com suas ideias mirabolantes, ele não pode evitar deixar escapar um pequeno sorriso de canto.

    - Em breve, minha querida. Você saberá.


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