A PROMESSA EM UM BEIJO

  • Finalizada
  • Kakyuu
  • Capitulos 17
  • Gêneros Drama

Tempo estimado de leitura: 6 horas

    12
    Capítulos:

    Capítulo 3

    o encontro

    Linguagem Imprópria, Sexo

    Conseguir Liberar-se de Ken, ver-se livre de todos os homens poderosos era um objetivo acessível.

    ?Tudo bem, querida condessa.

    Taiki Thierry apareceu a seu lado. Em respeito à fila de serena, lhe fez uma profunda reverência, sorrindo com cordialidade ao incorporar-se.

    ?Se estiver livre, recebi uma infinidade de pedidos de apresentação.

    serena fez sorrir o brilho de seus olhos. O cavalheiro era um esbanjador com encanto. Ofereceu-lhe a mão.

    ?Se sua senhora esposa nos desculpa...

    Despediu-se de satsuna e o resto do grupo saudando gentilmente com a cabeça, deixando que Taiki a guiasse.

    Como tinha suposto, os pedidos procediam de vários cavalheiros, mas se tinha que passar horas nos salões de lady Morpleth, também tentando entreter-se. Todos fizeram quanto esteve em sua mão para cumprimentá-la, esforçando-se por captar seu interesse, relatando os últimos rumores e descrevendo os grandes espetáculos natalinos de alguns anfitriões geniosos. E se interessaram por seus planos. A esse respeito. serena se mostrou vaga, e fez a não ser aumentar o interesse dos cavalheiros, como bem sabia ela.

    ?Ah, Thierry... Presente me.

    O lânguido pedido chegou atrás de suas costas. Helena não reconheceu a

    voz, embora soubesse a quem pertencia. Teve que fazer um esforço para não virar-se como uma exalação. Lentamente, com suavidade, virou-se, a cortês distancia confundiu sua expressão.

    Darien baixou o olhar para o semblante da Madona que não tinha esquecido por sete longos anos. Sua expressão era tão distante, tão reservada como a recordava; para alguém como ele, um desafio irresistível, embora duvidasse que ela soubesse. Esses olhos... Esperou que levantasse as pálpebras e seu olhar subisse até ele. azul. Do azul mais claro. Olhos absolutamente extraordinários em sua claridade cristalina. Olhos que tentavam, e permitiam a um homem entregar-se a sua alma. Se ela permitisse.

    Tinha esperado sete anos para ver de novo aqueles olhos. Mas não viu nem o mais ligeiro reconhecimento neles, como tampouco na expressão de Serena. Darien curvou os lábios em sinal de agradecimento. Tinha-o visto, sabia que o tinha reconhecido. Tal como tinha ocorrido com ela, certamente.

    O que tinha chamado sua atenção foi o cabelo de Serena. loiro como o ouro, uma espuma de espessas mechas que lhe emolduravam o rosto, roçando os ombros. Tinha percorrido ela com o olhar, abrangendo sua figura, exibida de maneira provocadora por um vestido de seda verde mar com a saia de seda. Sua mente tinha calculando...

    até que viu seu rosto.

    O silêncio se fez tenso. Darien deu um olhar a Thierry e arqueou uma sobrancelha, consciente do motivo das reticências do homem. O cavalheiro mudou o pé de apoio como um gato andando sobre brasas.

    Então, a dama lançou um olhar para Thierry e levantou uma de suas sobrancelhas.

    ?Veja. ?disse Thierry, gesticulando. ? O senhor duque de St. Ivés, a senhorita condessa D'Lisle.

    Darien estendeu a mão; Serena posou os dedos nela e se agachou em

    uma pronunciada reverência.

    ?Senhor duque.

    ?Condessa. ?Depois de dedicar uma inclinação de cabeça, ajudou-a a

    incorporar-se. Reprimiu o impulso de fechar as mãos sobre aqueles delicados dedos.

    ?Chegou recentemente a Paris?

    ?Faz uma semana. ?deu uma olhada ao redor com tanta segurança em si mesmo como recordava o duque. ? É minha primeira visita a estas terras. ?Seu olhar acariciou o rosto de Darien. ? A Londres. Para Serena era obvio que a tivesse reconhecido, mas em seu semblante não encontrou nada que confirmasse. Os traços angulosos, esculpidos, recordavam uma máscara de pedra, erradicando qualquer expressão reveladora; os olhos eram tão azuis como o céu, na aparência inocente, embora bordejados por umas pestanas tão longas e exuberantes que dissipavam qualquer inocência. Os lábios mostravam uma contradição similar; grandes e finos expressavam algo mais que uma férrea vontade como estava nesse momento, sugerindo um sutil senso de humor, um engenho de seco entendimento. Não era jovem. Entre todos os que naquele momento a assediavam, ele era sem dúvida o mais velho, o mais amadurecido. Contudo, irradiava uma vitalidade masculina e vibrante que condenava o restante dos ali pressente ao anonimato, fazendo que se fundissem com o estofo das paredes. Dominante. Serena estava habituada à presença de um homem assim, acostumou-se a defender-se de uma vontade poderosa. Levantou o queixo e o olhou com calma.

    ?visitou recentemente Paris, milorde?

    Os olhos e os lábios o delataram, mas só porque ela o estava observando atentamente. Um brilho, um fraco e fugaz movimento, isso foi tudo.

    ?Não nos últimos anos. Houve uma época, faz alguns anos, em que passava parte do ano ali.

    O duque recalcou com sutileza as três últimas palavras; sem sombra de duvida, a tinha reconhecido. Um calafrio de certeza percorreu a condessa. Como se percebesse, o olhar de Darien abandonou seus olhos e baixou, acariciadora, até seus ombros.

    ?Reconheço que estou surpreso de que não nos havíamos nos conhecido antes.

    Serena esperou a que voltasse a olhá-la nos olhos.

    ?Não vou a Paris com freqüência. Minhas propriedades estão no sul da França.

    As comissuras da boca de Darien se levantaram; seu olhar ascendeu até o cabelo dela, para voltar de novo para seus olhos e logo, baixou uma vez mais.

    ?Supunha.

    O comentário era bastante inocente. De fato, a pele de Serena era mais própria do sul que do norte da França. O tom de duque, sem embargo, teve a suficiente profundidade, foi o bastante para deslizar-se dentro dela, esticar alguma corda interior e deixá-la vibrando.

    Serena lançou um olhar a Taiki, ainda inquieto e alerta.

    ?Desculpe excelência, mas acredito que é hora de irmos. Não é assim, meu senhor?

    ?Em efeito, em efeito. ?Taiki cabeceou como boneco com o rosto de surpresas.

    ? Se o senhor duque nos desculpar...

    ?É obvio. ? Certo regozijo cintilava em seus olhos azuis quando voltaram a posar-se no rosto de Serena.

    Ela fez caso omisso, agachando-se em uma reverência; Darien a correspondeu e a incorporou. Antes que ela pudesse retirar a mão, lhe sussurrou:

    ?Entendo que permanecerá em Londres, condessa. Ao menos no momento.

    Ela duvidou e inclinou a cabeça.

    ?No momento.

    ?Então teremos oportunidade de nos conhecer melhor.

    Serena levantou a mão; o olhando nos olhos, o duque lhe roçou os dedos com os lábios. Soltando-a com suavidade, inclinou a cabeça.

    ?Uma vez mais, até mais, mademoiselle.

    Para alívio de Serena, Taiki não tinha ouvido aquele «uma vez mais». Ele

    e satsuna estavam tão inquietos por que tivesse conhecido St. Ivés

    ?Pelo pedido para que lhe apresentassem, que não se deram conta da expressão abstraída de sua protegida. Não viram os dedos de Serena percorrendo os lábios do duque. Quando chegaram a Green Street entraram no saguão, Serena já havia recuperado o autodomínio.

    ?Outra noite perdida. ?Bocejou no momento em que a criada se aproximava com presteza pegava sua capa. ?Possivelmente amanhã tenhamos mais sorte com os encontros. Satsuna a olhou.

    ?Amanhã é a festa de lady Montgomery. Será uma festa extraordinária. Tudo o que é pessoa importante estarão ali. Serena se virou para as escadas.

    ?Parece-me que será um bom lugar para ir a caça. ?E deu boa noite a Taiki.

    Satsuna lhe uniu quando subia as escadas.

    ?Querida minha... O senhor duque não é um partido recomendável. Não seria conveniente se animar. Estou segura de que compreenda.

    ?O senhor duque de St. Ivés?

    Satsuna assentiu e Serena agitou a mão.

    ? Só se estava advertindo... E acredito.

    ?Tudo bem... É possível, admito. Tal como é... Bom, está advertida e, portanto, preparada de antemão.

    ?É obvio. ?Serena se deteve na porta de seu quarto.

    ?Não se preocupe, madame. Não sou tão tola para perder meu tempo com um homem como sua excelência de St. Ivés.

    ?Por fim se conheceram! ?Louis tirou o lenço de seda e o lançou à governanta. Logo afrouxou a gola da camisa, ?Estava começando a temer que tivesse que fazer a apresentação eu mesmo, mas finalmente Serena cruzou em seu caminho. Tudo ocorreu tal como predisse tio Ken. Ele se aproximou dela.

    ?Em efeito, monsieur. Seu tio é de uma clarividência assombrosa em tais assuntos.

    Villarde se aproximou para ajudar a tirar seu casaco.

    ?Escreverei a ele amanhã. Gostará de saber da boa nova.

    ?Desculpe monsieur, me assegurarei de que sua carta seja despachada com a máxima rapidez.

    ?Lembre-me disso amanhã. ?Enquanto desabotoava o colete,

    Louis murmurou?: Agora, a seguinte etapa.

    Serena se encontrou com o duque de St. Ivés na festa de lady Montgomery, na recepção de lady Furness e no baile dos Rawleigh. Por pura casualidade, cada vez que saía a caminhar pelos jardins ele estava ali, passeando com dois amigos. Em efeito, durante os quatro dias seguintes, onde fosse, o duque estava presente. Portanto. Serena não se surpreendeu quando o duque se uniu ao grupo com o qual estava conversando sobre o de baile da duquesa de Richmond. Surgiu a sua direita, e outros cavalheiros, intimidados, assediaram o lugar, como se tivesse algum direito ao posto. Ocultando sua irritação. ?tanto para outros cavalheiros como para ele, Serena sorriu sem alterar-se e lhe ofereceu a mão. E se fez forte para resistir à reação que a atravessou, dos dedos da mão até os dos pés,quando, sem deixar de olhar nos olhos, o duque beijou sua mão.

    ?Bons sonhos, querida.

    Como se podia articular umas palavras tão singelas e inocentes para que soassem tão perversas? Seria a luminosidade de seus olhos azuis, sua sedutora voz de tenor ou o toque contido de seu tato? Serena o ignorava, mas não lhe parecia bem que as sua sensualidade fossem com tanta habilidade.

    Mas continuou sorrindo, e o deixou seguir a seu lado e unir-se a eles.

    Quando o grupo se dissolveu para misturar-se com o resto da concorrência, ela se entreteve. Sabia que ele a estava olhando, sempre alerta. Quando, por um fugaz instante de dúvida, o duque lhe ofereceu a mão. Serena posou os dedos em cima com um sorriso sincero. Começaram a passear; logo que andavam a alguns metros, quando Serena lhe sussurrou:

    ?Desejo falar com você.

    Não olhou em seu rosto, mas estava segura de que os lábios do duque se

    moveram em um rápido sorriso.

    ?Assim supunha.

    ?Há aqui algum lugar, neste salão, no quais todos nós possamos ver mas que ninguém nos ouça?

    ?Em uma parede há uma série de vãos descobertos.

    Conduziu-a até um que hospedava um confidente em forma de S que nesse momento estava desocupado. Ajudou-a a sentar-se no assento que dava para a sala e logo se ajeitou no outro.

    ?Me considere todo ouvido.

    Serena o olhou com os olhos entrecerrados.

    ?O que pretende?

    A elegante aparência do duque se arqueou.

    ?Pretende?

    ?O que é o que espera conseguir, me perseguindo desta maneira?

    Os olhos do duque a olharam desafiantes, sem rodeios, mas seu lábio não estava reto. Levou uma mão ao coração com frouxidão.

    ?Mignonne, fere-me profundamente.

    ?Faria se pudesse. ?Serena refreou apenas seu gênio. ?E não sou sua mignonne

    Nem sua mascote, nem seu amor.

    Darien se limitou a sorrir com indulgência, como se soubesse muito mais que ela.


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