The Game

Tempo estimado de leitura: 2 horas

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    Capítulos:

    Capítulo 1

    Prólogo

    Em um mundo de sonhos e fantasias, uma boneca chamada El vivia em um jardim. Esse jardim era chamado de Jardim Das Ilusões onde ela se fechava em seu mundo. Ela não via o mundo ao seu redor, ignorava os problemas, fingia não ver as dificuldades dos outros, criou um mundo perfeito. De tão perfeito esse tal mundo, ficou chato, tedioso. Depois de viver anos ali, passou a ficar mais e mais entediada então ela resolveu deixar seu mundo. Quando saiu além de ter aberto as portas para coisas novas, viu como realmente era o mundo e assim seus olhos se transformaram em pó. Ficou cega, mas podia enxergar.

    Ela foi fadada a ignorar o mundo para o resto dos anos, a única coisa que realmente podia ver era a alma das pessoas. Ver a maldade, bondade e a personalidade das pessoas. Ela caminhou pelo mundo até esbarrar em uma figura estranha. Ele vestia uma longa capa preta com a barra aos farrapos, não dava para ver o seu rosto, pois ele usava um tipo de máscara, uma cabeça de cabra.

    - Quem és tu, menina?

    - Não sou uma menina.

    - Então, o que tu és?

    - Sou uma boneca, ao qual meus olhos transformaram-se em pó. ? Murmurou.

    - Tu pode me ver? ? Indagou o estranho.

    - Sim, vejo sua alma por trás da carne.

    -Está cansada de viver?

    - Não. Eu apenas estou entediada.

    - Quer brincar? ? Questionou o homem.

    - Sim.

    - Vamos fazer uma aposta, seu eu descobrir a verdade por trás de seus olhos, você será minha.

    - Aposta aceita. ? retrucou a jovem.

    Depois da aposta, o homem e a boneca jogaram. O jogo proposto pelo homem era uma partida de xadrez. Por seis dias e seis noites eles jogaram, os dois queriam ganhar. A boneca no quinto dia começou a demonstrar traços de loucura e o estranho, sempre calmo. No fim, o vencedor foi o estranho que revelou quem era.

    - Querida tola. Sucumbiu na loucura, desejou minha alma, mas você perdeu.

    - Mas...!

    - Sem ?mas?, agora você é minha, meu brinquedo. Saa* me dê sua mão.

    Segurando a mão da boneca, o homem a levou para ver o mundo real. Ele queria que ela saísse de sua ilusão, queria que ela visse o mundo como ele era. Parados na beira de um precipício o estranho ajoelhou-se na frente da menina e mostrou quão belo era o por do sol.

    - Consegue ver?

    - Não...

    - Você não vê porque isso não faz parte de sua ilusão. ? ele deu uma pausa, levantou e segurou a cabeça dela ? Veja! Você cria isso para escapar das verdades do mundo!

    Ela não respondeu então ele continuou.

    - Tu criaste aquela ilusão com a finalidade de ter um mundo perfeito. Oh! Grande indagação, como será o mundo perfeito? ? novamente ele deu uma pausa depois continuou ? Não existe, desculpe-me se tiro sua felicidade assim, mas apenas lhe digo a verdade.

    - É mentira! Eu vejo o mundo!

    - Vê? Então me diga como sou? Como é meu rosto por trás da máscara?

    Assim que terminou ele tirou a máscara, o estranho tinha o aspecto de um cadáver apesar da voz aveludada, tinha seu corpo morto.

    - Belo... ? murmurou a outra.

    Um singelo sorriso apareceu no rosto do homem. Sim, apesar do corpo podre ele tinha uma boa alma. Isso fazia dele uma bela pessoa, ela finalmente estava começando a ver.

    - Me diga então, minha aparência é bela?

    - Não, sua pele é podre... Sua alma é de pura bondade, assim você se torna belo.

    - Estou feliz por poder voltar a enxergar. Diga-me, qual seu nome?

    - Chamo-me El. E você?

    Quando ela se virou na direção dele, não havia nada ali. Não tinha mais nada para ver, nada mais. A única coisa que restou para ver foi uma grande bola alaranjada que, agora se escondia atrás das águas do mar.

    - Lindo...


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