The legend of Zero

  • Finalizada
  • Sora Chan
  • Capitulos 17
  • Gêneros Ação

Tempo estimado de leitura: 1 hora

    l
    Capítulos:

    Capítulo 4

    O dragão e o pulo.

    Quando acordei de manhã, pensei novamente em Zero. Sim, hoje seria o dia em que eu poderia vê-lo novamente. Ao lado de minha cama, estava o arco dado a mim pela princesa. Suspirei. Aquela mulher sempre tentava fazer com que eu gostasse dela, mas, sinceramente, não conseguia. Não a odiava, só não simpatizava. Segui para meu armário, e troquei de roupa. Já arruara a mochila na noite anterior, estava pronta para ir a busca de Zero. Quando estava na porta, minha avó surgiu,com uma expressão preocupada,mas, seu olhar desejava-me sorte.

    - Minha filha, não culpe-se pelo ocorrido com Zero. Quero que saiba que ele não será mais o mesmo,mas, traga-o aqui assim que resgatá-lo, me entendeu?

    - Sim vó, eu o trarei, e já fui alertada da mudança de personalidade. ? disse sorrindo, já que ainda podia ser alegre com ela.

    Assim, segui para fora de casa. Minha residência ficava dentro da vila, portanto teria de andar um pouco antes de chegar á floresta. Antes que pudesse dar seis passos, alguém segurou meu pulso. Abaixei-me rápido, e logo em seguida atingi-o com uma rasteira. Dei um passo para trás, e assim que apliquei o golpe me virei.

    - Unic! Você costuma derrubar as pessoas quando elas vem oferecer uma carona? ? Ukyo disse, se levantando.

    - Eu avisei para não fazer isso Ukyo... ? Zidane disse, surgindo por trás de mim.

    - Tudo bem,onde está a Lúcia? ? Ukyo respondeu.

    - Aqui. E então, virá conosco Unic? Nós vamos de dragão, será bem mais rápido!

    - Não. Pensei ter dito ontem que iria sozinha e andando.

    - Não seja chata! Pelo menos hoje, finja que gosta da gente! ? Ukyo disse.

    - Não me lembro de ter dito que não gostava.

    - Você já viu que não adianta pedir,Ukyo! ? Zidane disse,mas, quando achei que irão embora, ele colocou a mão em minha barriga, e ergueu-me, depois, colocando sobre seu ombro. ? É como trazer um amigo em casa, você não oferece comida, você faz ele engolir!

    Eles riram. Nessa hora, fiquei com muita raiva. Além de estar passando vergonha por ser carregada em público, ainda riram de mim.

    - Bom, Lúcia, chame logo seu dragão antes que ela escape. Hehehehehe. ? Ukyo disse.

    Dei um chute forte no peito de Zidane, na esperança de que ele me largasse,mas, tudo que ele fez foi segurar minhas pernas com uma mão só e dizer:

    - Nossa, isso doeu Unic! Ai...

    - Me largue.

    - Se eu largar você vem junto?

    - Não.

    - Igualmente então.

    Lúcia assobiou, e uma criatura surgiu rasgando os céus. Alguns moradores gritaram. Um enorme dragão cor -de - sangue surgira voando. Suas asas eram maiores que uma casa, e seu corpo escamoso parecia duro feito aço. O monstro tinha olhos amarelos, que emanavam poder.

    - Vamos logo, ele está assustando as pessoas Lúcia. ? Ukyo disse.

    - Tudo bem, Lirius, pouse.- ela disse, e a besta pousou em cima de um chafariz da vila.

    - É precisamos treinar melhor esse pouso garotão... ? Ela disse num tom de desaprovo. ? Bom... Podem subir!

    Assim que todos subiram, Lúcia disse ??Voe??, e o dragão decolou.

    - Acho que já estamos alto o bastante para que você seja obrigada a vir com a gente. ? Zidane disse, quando a vila lá embaixo estava a aproximadamente 50m. ? Já posso soltá-la?

    - Sim, afinal a maga aqui é a Lúcia.

    - Hihihi, pode, vai, bota ela no chão. ? Lúcia disse.

    Zidane colocou as duas mãos na minha cintura, e me colocou no ??chão?? com cuidado. Assim que me vi livre dele, ande para perto da calda da criatura, e sentei lá de costas.

    - Não seja criança Unic! Sente aqui com a gente! ? Ukyo disse rindo com os outros. Era como se vissem uma criança que se chateara por não acertar jogar um jogo de primeira.

    Ignorei.

    - Eu não me lembro de ser tão chata aos quatorze. ? Lúcia disse, rindo também.

    - Ha, falando nisso, quando nós chegamos,você já servia a princesa, afinal, com quanto anos começou a trabalhar lá?

    - Oito. ? respondi, afinal, era uma pergunta válida. - Mas, só comecei a servir de verdade pouco antes dos 14. Até lá foi só treino.

    - Oito?! ? todos exclamaram surpresos.

    - Nossa... Por que uma criança de oito anos se alistaria no exército real...? ? Lúcia disse pasma.

    - Isso foi uma pergunta,Unic. ? Ukyo acrescentou.

    - Passatempo. ? disse, soando triste.

    - Passatempo? ? Ukyo disse.

    - Nada. ? Falei conseguindo manter o tom agora.

    - Então quer dizer que uma criança de oito anos se alista em um exército rigoroso, onde só receberá ordens, por passatempo? ? Ukyo disse, um pouco frio.

    Aquilo martelou meu coração. Eu já sabia exatamente porque entrara no exército. Queria me punir, pelo que havia feito com Zero. Queria ficar forte, e matar a criatura que causou a morte do pai dele. Eu queria vingá-lo, de todas as maneiras.

    - Não preciso falar nada agora que já adivinhou, certo? ? respondi, secamente. Minha vontade de falar desaparecera completamente.

    - Acho que não faria diferença para você conversar conosco ou com estranhos! Nunca diz nada sobre você, nos ignora completamente, prefere ir andando a ir voando só porque estaremos aqui, qual o seu problema, Unic?! ? Ukyo dissera, com um pouco de raiva.

    - Sinceramente, o Ukyo tem razão! Não sabemos nem o seu primeiro nome! ? Lúcia concordara, demonstrando um pouco de irritação em sua voz. ? É mesmo! Zidane, você sempre trás com você aquela poção de ler mentes, certo?

    - Eu trouxe! Vamos ver porque a Inoue é sempre tão fria! ? Zidane disse, sorrindo, enquanto tirava um vidro de sua mochila.

    Poção de ler mentes? Não podia ser mais conveniente!

    - Não se atreva. ? disse.

    - É claro que eu vou me atrever! Você é mais nova do que eu! Segura ela Ukyo, acho que consigo ler melhor se estiver cara a cara!

    Antes que pudesse me mexer, Ukyo surgiu por trás, puxando e segurando meus braços para trás, logo em seguida me fazendo ficar com os joelhos no chão.

    - Calma Unic, é só uma lidinha de mente! ? Lúcia riu.

    Queria socar todo eles,mas, era tarde. Zidane tomara a poção, e agora olhava fiquessamente para mim. Tentei com todas as minhas forças não pensar em Zero,mas, mesmo assim, pensei. Lembrei do dia em que o conhecera, quando ele me ajudara a descer de uma árvore. De quando ele ficara doente e eu passara o dia todo na casa dele, ajudando a cuidar dele, já que o seu pai não ficava muito tempo em casa. De quando nós nos perdemos e fomos parar na vila vizinha. Lembrei de tudo que acontecera comigo e Zero, inclusive, de quando eu o guiara naquela noite, para o lugar onde estavam os homens que o trancaram na floresta de Kurona. A idéia de saber que agora Zidane sabia de tudo isso me fez perder forças, e abaixei a cabeça.

    - Po...Pode soltar Ukyo. ? Ele disse, gaguejando.

    - Eai o que você viu?! ? Ukyo e Lúcia perguntaram ao mesmo tempo.

    Zidane ficou em silêncio por alguns segundos, e eu, não tive coragem de me mexer. Queria chorar, mas, continuei imóvel.

    - Uma pequena jovem, é verdade? ? Zidane disse num tom triste. ? Unic...

    Me levantei, ainda com a cabeça baixa, e segui para a cabeça do dragão, onde me sentei de costas. Ouvi passos vindo até cabeça do dragão. Movimentei as mãos rapidamente, e uma barreira circular cobriu a área em que eu estava,

    - Isso não foi uma boa idéia... Lúcia o que ela fez...? Aquilo é uma... ? Ukyo começou.

    - Uma barreira mágica... Desde quando você...?

    Não respondi. Notei que o dragão estava á apenas vinte metros do chão, e que a floresta já era visível. Pulei da criatura, e ouvi os gritos apavorados deles lá de cima.

    Caí devagar, era agradável a sensação do vento batendo em meus cabelos. Quando faltavam menos de três metros coloquei-me de pé, e usei magia, fazendo uma enorme almofada surgir, onde cai sem nem ao menos me arranhar. Olhei para cima, mesmo da distância que estávamos, podia ver suas caras surpresas. Mostrei a língua e segui correndo para a floresta.

    Quando cheguei, os outros obviamente já estavam lá, me esperando. Afinal, um transporte aéreo era mais rápido do que apenas alguém correndo.

    - Precisava mesmo ter feito isso? ? Ukyo disse quando cheguei.

    Ignorei-o, como pretendia fazer com todos durante o processo. Seria minha vingança silenciosa.

    - Vai nos ignorar? Que coisa infantil Unic. ? Lúcia, disse, mas, notei, como ela esperava uma resposta minha, nem que fosse menosprezando-a.

    Não lhe dei esse prazer, e apenas me curvei aos homens parados, perto do portão de entrada na floresta, os magos protetores do local. Aqueles que cuidavam para que as criaturas que ali viviam não saíssem.

    - Podem permitir que falemos? ? um dos homens disse impaciente.

    - Ha, sim... Desculpe-nos... ? Zidane disse sem jeito.

    - Como já devem ter ouvido, criaturas sombrias habitam está floresta, por isso, pedimos que mantenham-se alertas á qualquer barulho. Agora, iremos abrir os portões, boa sorte. ? o homem com a voz mais grave disse, gesticulando para que o seu parceiro liberasse a passagem, e ele assim o fez.


    Somente usuários cadastrados podem comentar! Clique aqui para cadastrar-se agora mesmo!