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Passaram-se quatro dias, finalmente pude voltar para escola. Descobri que não fui o único a ser atacado naquele dia, encontraram uma mulher com mais ou menos 20 anos decapitada no parque. A moça tinha vários cortes nos braços, manchas de queimaduras, furos nas costas e sua língua tinha sido cortada e depois cortaram sua cabeça, eu achei estranho da imprensa esta falando com detalhes o que foi feito aos corpos. Felizmente eu quase me tornei um deles, outra vitima.
Quando voltei para escola, fui bem recebido por todos, meus colegas e os professores e é claro, Hanako. Ela me abraçou forte, deu pra notar os olhares que os outros alunos trocavam. Nunca deixamos claro que estávamos namorando, meus amigos mais próximos já sabiam, mas os outros não.
Com o passar dos dias Hanako estava, digamos que, mais louca de amor. Queria me ver todos os dias depois da escola, sempre perguntava como eu estava me abraçava e depois me beijava. Na ultima dessa, quase fomos pegos por um professor ? já que nos encontrávamos atrás do ginásio -. Uma coisa que ainda me comia à carne por dentro, era a curiosidade. Eu queria saber quem era aquele homem no shopping. Por que minha Hanako o abraçou com tanto afeto? Quem era ele? Por quanto tempo eles se conheciam? Não pareciam ser parentes, características muito distintas.
Outra coisa que me matava de curiosidade, era sobre a casa dela. Pra que esse mistério todo? Não vou fazer nada demais se for lá. Resolvi então leva-la a minha casa para ela conhecer meus pais. Perguntei e ela aceitou. Marquei de ir pegar ela na parada de ônibus de manhã, eu já sabia que minha mãe ia querer que ela almoçasse lá em casa. Quando a vi chegando, como sempre bela com seus vestidos. Dessa vez ela vestia algo mais simples, um vestido azul escuro, sapatos de mesma cor e uma tiara preta.
Quando chegamos a minha casa, ela se apresentou para meus pais e eu os apresentei a ela. Meu pai fez algumas perguntas sobre a escola e pareceu satisfeito com as respostas. Minha mãe também elogiou a beleza de Hanako. Acabou que tudo saiu melhor do que o esperado. Depois de termos almoçado, meus pais saíram para comprar alguma coisa. Ficamos sós em casa. Liguei a televisão, não dava para ficarmos nos beijando ali em casa, meus pais não iam gostar nada.
Depois de algum tempo meus pais chegaram com um bolo, deu para ver a cara de ?mas já?? da Hana-chan. E assim foi, comemos o bolo e como ainda era de tarde eu e ela fomos andar na rua.
?Eu tenho sangue nas mãos. Não mereço estar ao seu lado.?
Depois que deixei Hanako no ponto da onde ela sempre seguia para casa, vi algo estranho um homem estranho. Ele andava estranho, olhava toda hora para os lados e para trás. Passou pela minha cabeça que poderia ser o serial killer que andava pela cidade. Eu queria segui-lo, ver o que o estranho ia fazer. Quando fui correr, minhas pernas não respondiam, estavam tremendo e perdi minhas forças. Se ele fosse realmente o assassino eu estaria morto, minha sorte era que eu estava sentado no ponto que e a película do vidro era preta e eu estava todo de preto. Essa foi por pouco um segundo ataque alem de poder me matar, ia matar minha família de tristeza.
Passaram-se alguns dias depois do que vi. Não contei nada para ninguém, pensei em contar apenas para Hanako, mas mudei de ideia. Com o passar dos dias eu a amava mais e também, tinha mais curiosidade sobre a vida pessoal dela. Eu tinha que fazer as perguntas certas nas horas certas, assim ia acabar descobrindo algo. Os assassinatos na cidade também aumentaram, antes era um ou dois por dia agora era bem mais que isso.
Certo dia resolvi segui-la até em casa. Era errado eu sei, mas se ela não me contava eu iria trás de respostas. Ela foi até o ponto onde normalmente eu a encontrava, beleza normal. Logo após Hanako entrou em um beco que ficava perto da parada, me escondi quando ela olhou para trás ? tenho que tomar cuidado. A casa dela parecia ser realmente longe, porque andamos tanto que eu estava quase desistindo. Foi então que ela entrou em um tipo de loja, nunca tinha visto na minha vida. Acabou que entrei também e novamente algo me atacou pelas costas.