?Antes de sair do castelo, uma garotinha lhe entregara lírio branco com um laço salmão atado ao seu caule cortado. Dissera que era para dar-lhe boa sorte. Aury a aceitou e saiu do local, camuflada, por entre as sombras. Correra o máximo que pôde. Rurik havia sido avisado da fuga e já a esperava escondido por entra algumas árvores não muito distantes. Quando a vira, seguiu como pôde, porém ela estava distante. O sol ameaçava despontar, as estrelas já sumiam no horizonte. Aury atravessara a campina, agora verde e encontrara um penhasco, o mesmo que conseguia ver do castelo. Fitava suas profundezas. Sentia a brisa em seu rosto e fechava seus olhos, quando repentinamente ouve um grito.
- Não faça isso! ? Um garoto loiro grita em desespero ao ver uma jovem na beira do penhasco.
- Não posso continuar com isso! Eu não aguento mais! ? Diz a garota dos cabelos castanhos cacheados na altura de sua cintura trajando um vestido longo da cor salmão. Ela chorava em perdida em um mar profundo de devaneios. ? Deixe-me ir!
- Se ir não serei capaz de perdoá-la! Pense nisso! ? ?Não sei se serei capaz de perdoar-me.? Pensou o jovem, perdido e confuso.?