Divina Comédia
Prólogo
Finalmente cheguei a um novo mundo. Minha cabeça dói em conjunto com outras partes do meu corpo. A dor é insuportável, sinto que poderia morrer... Isso é, se eu já não estivesse morta.
Estou confusa e assustada, aonde exatamente eu vim parar? ... Não, não me recordo de tal coisa. Meus olhos, que até poucos minutos atrás me lembravam a cachoeira, que ficava nas proximidades de minha casa, agora se assemelhavam a um rio morto. Eu já havia me cansado disso.
Quando forço minha mente a trabalhar, a fim de recuperar minhas memórias perdidas, noto que minha dor apenas aumenta. Ah! É isso!, concluo sem entusiasmo, ou qualquer sinal de vida em minha voz. As lembranças de meus últimos momentos naquele lugar haviam voltado. Eu merecia cada sentimento, cada dor que me era acometida naquele momento. O que eu sentia, não se comparava a dor dele, eu não tinha sequer o direito de rogar a Deus seu perdão, ou até mesmo ajuda.
Uma mão esquelética coberta por uma manta negra se estende a minha frente oferecendo-me ajuda. A sua figura, se mistura no breu do ambiente que me envolve.
Estou confusa e assustada, aonde exatamente eu vim parar? ... Sem saber como reagir, aceito a magra mão que a mim, é estendida. Não sei bem se fiz a escolha certa, apenas sei que uma nova história irá começar.
Fim Prólogo