Cinco Momentos

  • Finalizada
  • Chiisanahana
  • Capitulos 21
  • Gêneros Romance e Novela

Tempo estimado de leitura: 2 horas

    16
    Capítulos:

    Capítulo 5

    Capítulo IV

    Homossexualidade

    Os personagens de Saint Seiya pertencem ao tio Kurumada e é ele quem enche os bolsinhos. Todos os outros personagens são criações minhas, eu não ganho nenhum centavo com eles, mas morro de ciúmes

    Setsuna pertence a Nina Neviani.

    CINCO MOMENTOS

    (QUE DEFINEM UM RELACIONAMENTO)

    Chiisana Hana

    Beta-reader: Nina Neviani

    PARTE 1

    O TEMPO

    Eu gostaria de parar o tempo um pouco

    E ficar abraçando você por horas... (1)

    Capítulo IV

    ? E nós, Hyoga? ? Shun indagou. ? Lembra como foi? Você estava curtindo uma fossa depois do fim do romance com a Freya...

    ? O russo e a princesinha nórdica! ? riu Seiya. ? Era engraçado, parecia até nome de filme!

    ? Podia dar um bom filme pornô também... ? Ikki disparou e foi logo censurado pela esposa:

    ? Ikki, não começa!

    ? Bom, ela era mesmo um tanto fogosa ? Hyoga admitiu rindo e agora foi a vez de Shun censurá-lo:

    ? Coisa feia falar das suas intimidades com a moça!

    ? Eu sabia! ? Ikki exclamou. ? Só de olhar eu sei quando a moça tem fogo na...

    ? Ikki! ? Minu interrompeu. ? Gente, eu me casei com esse homem? Alguém me interna porque eu estava louca na hora que eu disse que aceitava!

    ? Se estiver arrependida ainda dá tempo de desfazer o casamento ? Ikki alegou, sério. Minu riu.

    ? De jeito nenhum! ? ela disse. ? Agora é meu, eu não largo mais!

    ? Excelente! Assim que eu gosto.

    ? Mas então, Hyoga ? Shun recomeçou ?, você voltou de Asgard com aquela mega dor de cotovelo e...

    ? Dor de corno! ? Seiya corrigiu com uma gargalhada. ? Haha! Sabemos que ela te chifrou com um tal de Hagen.

    ? Pulemos essa parte, ok? ? sugeriu um constrangido Hyoga.

    ? Não foi o contrário? ? Shiryu perguntou. ? O traído não foi o Hagen?

    ? Pode ser, pode ser ? Seiya disse. ? A ordem da safadeza não altera o chifre.

    ? A verdade é que fomos ambos enganados e a princesa era uma danadinha! ? Hyoga concluiu após as gargalhadas dos amigos. ? Agora vocês vão me deixar contar como foi o nosso momento ou não?

    Todos responderam afirmativamente e Hyoga começou a falar...

    Três anos atrás, no apartamento de Shun...

    ? Então quando você chegou lá, ela simplesmente disse que estava tudo acabado? ? Shun perguntou, sentado na mesinha de centro, de frente para o amigo, que também era seu vizinho.

    ? Isso mesmo ? Hyoga assentiu, desolado. Jogava vôlei no time da faculdade e conhecera a moça num Jogos Mundiais Universitários. A norueguesa parecia meio louquinha, dizia ser herdeira do trono na sua terra, uma tal de Asgard. Ele duvidava da história, mas a moça era bonita e encantadora, e ele logo se apaixonou. Começaram a namorar ainda durante a viagem e mantiveram o namoro a distância, até que ele resolveu ir visitá-la.

    ? Lógico que eu quis uma explicação, né?

    ? Claro, claro... Nada mais justo.

    ? Ela desconversou, mas eu insisti e ela acabou confessando que tinha outro namorado na terra dela e que ia se casar com ele!

    ? Que chato, Hyoga. Situação mais embaraçosa, hein? Mas você vai superar! Você vai arrumar outra pessoa bem melhor que essa princesa, pode crer.

    ? Nesse momento nem sei se quero, Shun. Acho melhor ficar quieto, sabe? Pelo menos por uns tempos. Agora quero focar na faculdade e no time.

    ? Faz muito bem... Bom, estou morrendo de fome. Vou preparar algo para jantar. Você também deve estar com fome, não?

    ? É, estou sim. E a June? Ainda viajando?

    ? Aham. Só volta na semana que vem.

    ? Ah, sim. E como estão os preparativos para o casamento?

    ? Ela viajou justamente por isso. Queria comprar umas coisas para a casa nova, encomendar o vestido numa maison francesa, essas coisas...

    ? O apartamento de vocês já está pronto?

    ? Está sim. É bem maior que esse e numa área mais nobre, do jeito que ela queria.

    ? Sim, mas, me desculpa a intromissão, você não parece entusiasmado.

    ? Tenho um pouco de medo, sabe? Minha vida vai mudar por completo. Eu vou ter de dividir meu espaço com a Ju e às vezes eu simplesmente gosto de ficar sozinho, tocando meu piano, compondo minhas músicas...

    ? Por falar nisso, posso colocar uma música?

    ? Só não coloque nenhuma coisa de natureza "corta-pulso", pelo amor de Deus. Eu não quero ninguém se suicidando no meu apartamento. Nem você, nem eu.

    Hyoga ficou intrigado por Shun, prestes a se casar, ter incluído a si mesmo entre os potenciais suicidas, mas ficou calado.

    ? Estou mal, mas não tenho a menor intenção de me matar, pode ficar tranquilo.

    ? Por via das dúvidas, esconderei todas as facas, lençóis, cordas e remédios.

    Os dois riram e Shun foi preparar o jantar enquanto Hyoga ficou mexendo nos CDs.

    ? Música clássica, new age, alguns CDs de pop music, provavelmente da June... ? ele murmurou. Escolheu um álbum de Ayumi Hamasaki e pôs para tocar. Da cozinha, Shun veio ver.

    ? Ayu? ? ele perguntou. ? Não sabia que você gostava.

    ? Nem conheço. Só achei a moça bonita.

    ? Como não conhece? A imperatriz do J-Pop! Ela é ótima! Tenho todos os CDs.

    Hyoga arregalou os olhos.

    ? Pensei que o disco fosse da June.

    ? Não, não. É meu mesmo.

    ? Não conhecia esse seu lado pop.

    ? Tem muitos lados meus que ninguém conhece.

    ? Agora fiquei com medo de você, Shun.

    ? Não precisa ficar... Eu não enlouqueci. Ainda não ? disse e enveredou-se pela cozinha de novo. Vez ou outra falava algo com Hyoga, que continuava mexendo nos CDs. Quando Shun voltou com duas tigelinhas fumegantes, Hyoga pronunciou o resultado de sua "investigação" sobre o gosto musical do amigo:

    ? Eu realmente não conhecia você. Madonna, Shun! Você tem CDs da Madonna!

    ? Todos ? Shun respondeu, sem entender o porquê da surpresa. ? Qual é o problema?

    ? Madonna!

    ? Só porque sou pianista você acha que eu só ouço música clássica? Por favor, né? Sem rótulos! Ou você só ouve música russa?

    ? De forma alguma. Você tem razão, essa necessidade de rotularem as pessoas é ultrajante.

    ? Com certeza! Além do mais, as músicas da Madonna ficam lindas ao piano, sabia?

    E, enquanto tomavam a sopa que Shun preparara, os dois conversavam animadamente sobre música, rótulos, amores e traições. Depois, Shun sentou-se ao piano e começou a tocar e cantar algumas canções de Madonna. Hyoga foi obrigado a concordar que ficavam mesmo muito agradáveis.

    Entusiasmado com a atenção do amigo, Shun continuou tocando e arriscou-se até mesmo a tocar uma composição própria que jamais tinha tocado para outra pessoa. A canção falava de um amor impossível que atormenta uma pessoa e a deixa à beira da loucura.

    ? Você é um pianista clássico fenomenal, já vi você quase em transe, tocando esse piano no palco, mas não sabia desse seu lado compositor apaixonado e furioso.

    ? Como eu disse, tem muitos lados meus que ninguém conhece. Bom, vamos parar por aqui, né? Já são quase onze horas, daqui a pouco nossos vizinhos vão começar a reclamar.

    ? É verdade ? concordou Hyoga. ? Então, vou indo. Shun, você é um grande amigo ? disse e o abraçou.

    ? Você também ? Shun retrucou, meio sem jeito, e acompanhou o amigo até o elevador. ? Boa noite, Hyoga.

    ? Boa noite, Shun. Ah, depois quero ouvir de novo aquela música que você escreveu. É tão intensa! Como se chama?

    ? "Tempestade" ? Shun disse e Hyoga sorriu, pensando que tinha feito bem em procurar Shun. Conversar com ele fez com que se esquecesse da princesa por algumas horas e se sentisse acolhido, querido, respeitado.

    Enquanto o russo entrava no elevador, Shun voltava para casa cantarolando um trecho da música que escrevera e da qual Hyoga gostara, alheio ao fato de que fora escrita para ele.

    Continua...


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