Votos de sangue

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    14
    Capítulos:

    Capítulo 2

    Historia 2

    Mutilação, Violência

    Com o passar dos dias, os noticiários estavam só comentando sobre uma serie de assassinatos ocorridos na cidade. A policia achava que era um serial killer por causa do modo operante dos assassinatos, sempre as vitimas eram torturadas e depois mortas e arrastadas de volta pro local do rapto. Devia ser alguém com bastante força, na verdade um homem. Quase todos de onde eu morava ficaram alertas, evitavam sair de noite, até na minha escola os professores alertaram sobre o que estava ocorrendo. Até meus pais vieram falar comigo para evitar encontros no parque, eu ignorei mesmo sabendo que eles estavam preocupados comigo.

    No domingo, marquei de sair com a Hanako por causa desses assassinatos na cidade eu quase não estava saindo com ela. Como eu estava preocupado com ela fui buscá-la no ponto perto de onde ela sempre seguia ? devia ser perto de sua casa. Não demorou muito e ela chegou como sempre linda. Não íamos ao parque por causa dos assassinatos lá não estava nada calmo. Fomos então a um shopping que tinha ali perto. Íamos ao cinema e depois comer alguma coisa. Chegamos lá e estava passando um filme de ação, parecia divertido e Hana-chan queria vê-lo então, fomos.

    Vimos o filme sem problemas, fomos comer alguma coisa. Quando estávamos sentados comendo, um homem devia ter mais ou menos a nossa idade, então era um garoto. Chegou por trás de Hanako e colocou suas mãos nos ombros de Hanako, senti meu sangue ferver de ódio, eu estava com ciúmes.

    ?- Hanako-san, como faz tempo que não nos vemos...?

    ?- Eury-san!?

    Hanako levantou e o abraçou, fiquei olhando aquilo e então levantei. Eu podia ser um homem muito paciente, mas abraçar minha mulher era um grande erro. Segurei Hana-chan pelo ombro e a puxei para trás, ela me olhou assustada e depois sorriu. Enquanto ao outro, ele franziu o cenho, mas não fez nada, se curvou virou as costas e foi embora. Antes de nos sentarmos, ela foi até mim e me deu um longo beijo que retribui.

    Logo fomos embora, andamos de mãos dadas até a parada. Novamente ela me chamou para ir até sua casa, mas quando estávamos chegando ela falou que eu não poderia. Queria saber o que ela tinha ou a casa dela. Fiquei sabendo que nem as amigas dela na classe ela deixava ir até lá. Ela me beijou e foi embora e eu também. Apesar de estar um pouco curioso a respeito do lugar onde ela morava não a segui dei meia volta e fui para casa.

    Naquele dia que já estava anoitecendo, do nada ficou nublado e começou a chover. Não tenho nada contra a chuva e ela me faz pensar. Eu queria saber quem era aquele menino que minha menina abraçou, ainda estou com ciúmes só de pensar. Começou a chover e só por causa disso não apressei meu passo. Fui andando calmamente e em cada gota de chuva que caia em meu rosto, me fazia esfriar a cabeça e retomar a calma.

    Quando eu estava prestes a dobrar a esquina já perto da minha casa, senti um forte pancada na minha cabeça. Bati em algo ou algo bateu em mim. Cai no chão. ?Vermelho...? vi meu sangue criar uma poça e alguém parado ao meu lado, não consegui ver seu rosto apenas ouvi alguém gritar e o ser parado ao meu lado depois do grito não estava mais lá. Antes de desmaiar pensei que eu seria outra vitima do assassino que rondava a região, mas graças a uma senhora que passava na hora fui salvo.

    Acordei três dias depois no hospital, minha mãe estava aos prantos quando acordei. Meu pai estava me olhando e quando acordei um fraco sorriso brotou em seu rosto, meu pai não era homem de chorar ou pular de alegria sempre foi serio e rígido comigo e, eu sabia que ele ficou feliz em me ver acordar. Minha cabeça estava doendo muito e eu estava vendo um pouco embaçado, logo o médico e uma enfermeira entraram no quarto e falei isso para ele e ele me disse que logo ia passar.

    Quando consegui sentar, minha mãe comentou que Hanako esteve lá no hospital, mas não chegou a ir ao quarto, minha mãe enquanto me contava isso me entregou um papel que a moça da recepção deu a ela dizendo que uma menina pediu para me entregar, quando abri para ver, tinha a seguinte mensagem:

    ?Desculpe-me meu amor... Eu devia ter previsto o futuro, seu futuro. Quero logo poder te beijar de novo. Amo-te.?

    Não entendi essa dela te prever o futuro, mas entendi que ela estava preocupada comigo só queria saber agora porque ela não subiu até meu quarto. Novamente Hanako com seus mistérios que me intrigam cada vez mais. Linda, oh como é linda e a amo tanto. Fiquei mais alguns dias no hospital e depois recebi alta e fui para casa, recebi visitas de investigadores queriam perguntar sobre a tentativa de assassinato que sofri. Achei estranho eles terem esperado tanto, acho que a senhora que me ?salvou? deve ter dado alguns detalhes e eles queriam esperar eu estar melhor para as perguntas.

    Respondi todas as perguntas dos investigadores e eles agradeceram, desejaram melhoras e foram embora. Assim que eles saíram meu telefone tocou, olhei o numero era a Hanako, atendi tão rápido que até eu me assustei.

    ?Hana-chan, estão tão feliz em falar com você.? Murmurei e ela respondeu ?Oh meu querido, eu quero ir aonde você esta, mas me impedem de sair.?

    ?Não! Não, deixa que eu vou até você.? Retruquei. ?Você não pode, esta se recuperando, não se preocupe.? E a ligação caiu.

    Minha mãe assim que tentei minha quarta tentativa em ligar para Hanako, minha mãe entrou no meu quarto trazendo meu remédio. Aquela droga me deu sono, novamente deitei e dormi. Um sono sem sonhos.


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