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Os personagens de Saint Seiya pertencem ao tio Kurumada e é ele quem enche os bolsinhos. Todos os outros personagens são criações minhas, eu não ganho nenhum centavo com eles e morro de ciúmes.
MUNDO MODERNO
Chiisana Hana
Capítulo I
Dez anos após a vitória contra Hades.
Há tempos que os Cavaleiros de Bronze não se vêem e resolvem marcar um reencontro num barzinho. Seiya é o primeiro a chegar ao local combinado. Está vestindo um terno branco, uma camisa vermelha e tem várias correntes de ouro no pescoço.
- O pessoal está demorando... ? ele diz.
- Oláááá! - diz uma moça loira, de olhos verdes e seios fartos.
- Oi, gata! Você é linda, sabia? Não gostaria de tomar uma coisinha aqui comigo?
- Que é isso, Seiya? ? ela retruca indignada.
- Você me conhece, gata?
- Claro! Eu sou o Shun! Pelo menos eu era...
- Hein? Putz! Com esses peitões fica difícil reconhecer! É você mesmo?
- Sou! Bom, mais ou menos. Meu nome agora é Natássia.
- Ah, tá. No fundo eu sempre soube que você era meio chegado. Mas você está uma biba linda, até me confundi.
- Eu não sou biba, sou quase mulher. Operei.
- Hã? Você cortou o treco fora?
- Sim ? ela sorri orgulhosa.
- Nossa! Isso sim é surpresa!
- Me sinto melhor assim.
- Bom, mas o resto do pessoal está atrasado - diz Seiya, tentando mudar rapidamente de assunto.
- O Hyoga já vem. Ele está fazendo um filme aqui pertinho. Virou ator, sabe? E dos bons.
- Você tem visto ele?
- Todo dia. Ele é meu marido.
- Marido?
- É, nós nos casamos. Quer dizer, não casamos oficialmente, pois nos meus documentos ainda sou homem. Mas nós estamos pensando em nos mudarmos para a Holanda. Lá poderemos nos casar.
- Ahhhh...
- E o que você tem feito da vida, Seiya?
- Eu dou alegria aos que necessitam.
- É palhaço?
- Não.
- Animador de programa de auditório?
- Não.
- O quê?
- Cafetão.
- Ah, esse tipo de alegria. Sei...
Cinco carros importados param abruptamente. Vários chineses armados até os dentes saem deles. A porta do carro mais luxuoso se abre. Dele sai um homem alto, de longos cabelos negros, óculos escuros, acompanhado de uma mulher chinesa, muito maquiada, usando um vestido vermelho extremamente justo. Os dois vão até a mesa onde Shun e Seiya conversam.
- Shiryu! - dizem os dois.
- Olá, Seiya? Tudo na paz?
- Tudo. Oi Shunrei... - diz Seiya, babando pela garota.
- Oi, Seiya - responde a menina, insinuando-se e abrindo um pouco mais a fenda lateral do vestido.
- E quem é ela? - diz Shiryu, apontando para a garota que fazia companhia a Seiya.
- Ela costumava ser o Shun, agora é Natássia
- Hum... mundo moderno ? retruca o chinês.
- E quem são eles? - pergunta Natássia/Shun, indicando os chineses.
- São nossos seguranças. Sou um cara importante. Bom, não é que eu precise deles, mas andar com escolta dá um status.
- O que é que você faz?
- Sou exportador de produtos genéricos made in China.
- Hein?
- Traficante de muamba chinesa. Tenho de tudo! Cd, DVD, óculos, perfume, tênis. Eu até trouxe umas coisinhas pra vocês. É muamba de primeira - diz ele, entregando sacolinhas brancas aos dois.
- Obrigado. Pô, você me arruma aquelas calcinhas comestíveis? São importantes para o meu negócio.
- Infelizmente não vai dar. Tive uns problemas com essa mercadoria. Um lote inteiro foi confiscado pelo governo americano. Dizem que dão de brinde para as estagiárias. Mas quando a barra estiver limpa eu arrumo essa mercadoria para você.
- Beleza!
Os seguranças de Shiryu pegam um sujeito maltrapilho que espreitava a conversa.
- E aí, chefe? A gente apaga ou só dá um corretivo?
- Apaga é o caralho! - responde o rapaz. Vocês não sabem com quem estão lidando. Eu mato todos vocês num piscar de olhos. Eu sou a Ave Fênix!
- - diz Shun.
- Podem soltar. É meu meio-irmão - ordena Shiryu.
- Shiryu, Seiya e... Shun? ? indaga Ikki, arregalando os olhos. - Não pode ser. Essa mulher não pode ser o Shun. Mas ela falou a palavra mágica. Fala aí de novo.
- Ikkiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!
- Caralho! É ele mesmo!
- Era. Agora eu sou Natássia!
- Você tá de brincadeira ou virou viado mesmo?
- Viado não! Transexual! Quase mulher!
- É tudo a mesma coisa!
- Não é não. Se você quiser eu explico a diferença.
- Não, não, não... caralho, meu irmão é bicha mesmo - sussurra Ikki, em desespero.
- Mas Ikki, por que você estava só espiando a nossa conversa e não veio logo falar conosco?
-Ah, Shiryu, eu vi esse monte de chinês armado e pensei que fosse uma gangue que está me procurando, sabe? Andei fazendo umas coisinhas. Assaltei uns bancos, roubei uns carros, atropelei uma velhinha, bati numas criancinhas, fiz churrasco do cachorro de um ceguinho, desvirginei uma freirinha. Se bem que eu acho que ela gostou.
- Nossa! Você está barra pesada, Ikki ? Shun/Natássia exclama.
- Mais ou menos, Shun... ehr... Natássia.
- Escuta, por acaso você roubou uma Ferrari vermelha novinha que estava parada na porta de um cabaré? - pergunta Seiya, olhando intrigado para Ikki.
- Ah, sim.
- Seu filho da mãe! Era minha!
- Como é que eu ia adivinhar?
- Ah, parem com isso. O Hyoguinha está chegando. Vamos tentar parecer um grupo de pessoas normais.
- Vai ser difícil - responde Shiryu.
- Olá pessoal. Desculpem o atraso. Eu estava trabalhando - diz Hyoga, aproximando-se de Shun/Natássia e beijando-a
- O Shun, digo, a Natássia disse que você é ator. Que tipo de filme você faz? ? Seiya pergunta.
- Pornô.
- Hein?
- Pornô, gente! Eu sou o rei do pornô. Vocês nunca viram um filme meu? Não acredito! Bom, eu comecei com filmes inocentes, mas recebi um convite para posar nu e aceitei. Quando viram meu "potencial" me convidaram para fazer pornôs e eu não parei mais.
- Eita que nós somos uma turma complicada - diz Shiryu, coçando a cabeça.
- O que é que tem, gente? É um trabalho como qualquer outro! - argumenta Hyoga.
Uma menina seminua e visivelmente drogada se aproxima da mesa.
- Oiiiiiiiiiiiiii genteeeeee! Algum de vocês pode me emprestar uma grana? Eu tô devendo pra caramba! O traficante já está atrás de mim.
- E a gente conhece você, sua vagaba? - berra Ikki.
- Vagaba? Eu sou deusa! Pelo menos era o que diziam.
- Saori! - todos gritam, muito surpresos.
- É. Eu acho que esse é o meu nome. Quando cheiro eu não me lembro muito bem das coisas.
- O que houve com a sua fortuna?
- Ah, fumei tudo... quer dizer, cheirei tudo... não, não! Gastei tudo! Os 'cara', sabe, os 'cara' tiram tudo que a gente tem para poder dar os 'bagulho' pra gente. Fiquei sem nada. Agora moro de favor num hotel de quinta aqui perto. Tenho que 'dar' pro dono toda semana. Pra pagar o aluguel, sabe? Aliás, algum de vocês não estaria interessado numa rapidinha? Tô precisando de uma grana.
- Esse mundo tá perdido mesmo. Até ela está desse jeito. Tô com medinho. Me abraça, lindinho? - diz Shun/Natássia, bastante dengosa.
- Claro, lindinha - responde Hyoga, beijando-a.
- Lindinho e lindinha? Ecaaaaaa! - grita Ikki.
- É a modernidade, Ikki - responde Shiryu.
- E aí, vocês vão me dar grana ou não? ? Saori pergunta.
- A gente vai é te dar um banho! Você está fedendo! - grita Shun/Natássia, tapando o nariz.
- Depois eu podia até te levar pro meu estabelecimento - argumenta Seiya, olhando Saori da cabeça aos pés.
- Você vai cafetinar Athena? - Shiryu, indignado, pergunta.
- E não? Ela ainda dá um caldo. Depois do banho, visto ela de deusa, coloco um báculo de plástico comprado na feirinha do Paraguai na mão dela e aposto que arrumo um cliente que pague uma fortuna por uma noite com ela! Aliás, Shunrei, você não estaria interessada...?
- Tira o olho de cima da minha mulher! Ela é só minha!
- Será? Será? - diz Ikki, rindo.
- Duvida?
- Bom, é que com tanto segurança pode ser que algum esteja segurando a sua mulher, né?
- Pois se eu ficar sabendo de alguma coisa mando capar o sujeito - diz Shiryu, olhando para os seguranças. Vários deles fazem expressões de dor, mas Shiryu não enxerga lá muito bem.
Um senhor alto, careca, usando smoking, passa por eles.
- Tatsumi! ? eles gritam.
Continua...