Mit Dir

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    12
    Capítulos:

    Capítulo 1

    Prólogo

    Linguagem Imprópria, Nudez, Violência

    Os personagens de Saint Seiya pertencem ao tio Kurumada e é ele quem enche os bolsinhos. Todos osoutros personagens são meus e eu não ganho nenhum centavo com eles, mas me divirto pra caramba.

    MIT DIR

    Chiisana Hana

    Beta-reader: Nina Neviani

    Co-autoria deste capítulo e consultoria para assuntos asgardianos, dramáticos e geográficos: Fiat Noctum

    PRÓLOGO

    ? Não vou deixar você partir ? Hilda diz, segurando ternamente a mão de Siegfried. Sua outra mão acaricia os cabelos do guerreiro-deus.

    O Guerreiro-deus de Dubhe utilizara um recurso extremo ao subir ao céu com Sorento. Agora retornara à terra, seu corpo despencando com violência nas proximidades do palácio Valhalla. Hilda acabara de encontrá-lo. Siegfried traz no corpo as marcas da batalha, bem como as da queda. Seus cabelos claros, agora emolduram seu rosto de vermelho. O sangue marcara sua pele alva em um caminho rubro das orelhas ao queixo, conseqüência dos tímpanos destruídos. Tem ferimentos profundos no peito e traz ambas as mãos ensangüentadas, os dedos inchados, rígidos. Os olhos desfocados parecem fitar Hilda.

    ? Não adianta mais, Hilda ? Freya diz, consternada. ? Ele já está morto. Já estão todos mortos.

    ? Não! Odin não pode ser tão cruel! Nunca vou permitir. Odin, meu senhor, não permita que ele morra por uma fraqueza minha. Não permita que nenhum guerreiro-deus morra. Por favor. Por favor, Odin! Ouve minha súplica!

    ? Não há mais nada a fazer, irmã ? Freya se aproxima de Hilda e abraça. A essa altura também Hagen já estava morto. ? Eu já mandei recolherem os corpos. Precisamos ao menos dar a ele sepultamentos dignos.

    ? Senhora! Senhora! ? um dos soldados do palácio se aproxima gritando. ? Eles não estão mortos, senhora!

    ? O que está dizendo? ? Hilda pergunta.

    ? Não estão mortos. Ainda não. Fomos recolher os corpos e os encontramos ainda vivos. Entretanto, se não receberem os cuidados necessários, morrerão em bem pouco tempo.

    ? Por Odin! O que eu posso fazer? Nosso velho curadeiro não será capaz de cuidar de todos. Temos que encontrar um jeito de levá-los até o hospital mais próximo

    ? Irmã, eu sei o que fazer.

    ? Fale logo, Freya.

    ? Há um grande helicóptero pousado lá embaixo. Foi esse helicóptero que trouxe a srta. Kido e os cavaleiros do Zodíaco. E há dois outros menores, que trouxeram o Dragão e as duas amazonas. Vamos até lá. Não acho que o os pilotos se recusarão a nos ajudar. E você, soldado, junte-se os outros e leve os guerreiros-deuses para lá.

    ? Sim, senhora! ? o homem responde, para depois sair em disparada.

    ? Eu vou conseguir salvá-los ? Hilda afirma, ainda segurando a mão de Siegfried, que agora está sendo posto numa espécie de maca pelos soldados. ? De um jeito ou de outro, eu vou conseguir.

    Hilda, Freya e os soldados que carregam Siegfried descem em direção ao local onde os helicópteros estão pousados. Os demais soldados seguem pelo lado oposto para recolherem os outros guerreiros-deuses. Perto do palácio, encontram Shido e Bado caídos na neve, o guerreiro de Alcor com a cabeça sobre o abdômen do irmão gêmeo, formando um "T" na neve. Ambos estavam feridos e da cabeça de Bado descia um grosso fio de sangue, agora já congelado.

    Na floresta próxima ao palácio de Valhalla, os soldados encontram Alberich, sem ferimentos aparentes, provavelmente com hemorragia interna. Os soldados hesitaram. Todos já sabiam que ele pretendia tomar o lugar de Hilda, mesmo assim resolveram que Megrez merecia ao menos a chance de sobreviver.

    Seguem adiante à procura de Mime. Nas ruínas de uma casa abandonada, encontram-no deitado no chão de pedra, sem armadura, uma neve fininha começando a se acumular sobre ele. Como Alberich, também não possui ferimentos aparentes, apenas um filete de sangue escorre no canto da boca. Cristais de gelo se formaram em seus cílios, a pele está muito pálida e a expressão em sua face é tranqüila como a dos que morrem dormindo.

    Hagen, que tinha sido enterrado por Hyoga, é motivo de discórdia entre os soldados que não querem desenterrá-lo. Ao final, decidem levá-lo até Hilda para que ela e Freya vissem que tinham tentado salvar o guerreiro-deus de Merak. Ao abrirem a cova rasa onde ele tinha sido sepultado, surpreendem-se ao encontrá-lo ainda vivo.

    ? Como pode estar vivo depois de tanto tempo sob a neve?? um soldado questiona.

    ? Só pode ser um daqueles milagres inexplicáveis ? o outro responde.

    ? Que seja. Levem-no embora, ainda vamos buscar os demais.

    Mais abaixo, no fundo da cachoeira congelada, encontram Fenrir. Alioth, que havia sido retirado de baixo da neve por seus lobos, tinha os lábios roxos, as feições pálidas como as de um cadáver - o que, de certa forma, era - os dedos rijos, as pálpebras congeladas sobre os olhos. A violência da avalanche provocada por Shiryu quebrou-lhe ambas as pernas na altura das coxas, uma delas com exposição do osso. Dois soldados recolheram-no, um pouco enojados com a visão da fratura exposta. Os demais seguiram adiante para buscar Thor.

    Já bem próximo de onde os helicópteros estão, os soldados encontram o guerreiro-deus de Phecda também ainda com vida. Está deitado de bruços sobre a neve já tingida de vermelho. Uma fina camada de gelo depositou-se sobre seu corpo. Viram-no com cuidado. Seu abdômen tem uma grande lesão aberta, com sangue congelado, e um grosso fio de sangue escorre pela boca. Respira com dificuldade e os soldados acham que morrerá antes de chegar aos helicópteros.

    Nos helicópteros, Hilda tenta convencer os pilotos.

    ? Mas a srta. Kido, onde está? ? o piloto do helicóptero maior indaga.

    ? Ela e os cavaleiros foram lutar num lugar chamado Templo Submarino ? Freya explica.

    ? Eu não posso sair daqui sem a srta. Kido. Não tenho autorização para isso ? diz o piloto.

    ? Por favor! São oito vidas que o senhor pode salvar! ? Hilda insiste. ? Basta levá-los ao hospital mais próximo! Tenho certeza de que a senhorita Kido aprovaria!

    Os pilotos enfim concordam em levar os guerreiros-deuses para Narvik, cidade mais próxima, na Noruega. Hilda segue num dos helicópteros menores com Siegfried e Mime. Freya no outro com Hagen e Alberich. No helicóptero maior, Thor, Fenrir, Shido e Bado. A viagem é longa e dura. Para Freya e Hilda resta apenas rezar e esperar que Odin ouça suas preces e salve as vidas dos guerreiros-deuses.

    Continua...


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