A vingança de Saya

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    Capítulo 4

    Um longo dia.

    Heterossexualidade, Incesto, Mutilação, Violência

    Inari caminhava de um lado para o outro do escritório, ouvindo o som das teclas de seu Notebook, ele olhava de hora em hora para a moça que mexia o rosto a cada frase digitada, nos olhos dela refletiam as letras e imagens que surgia a cada palavra escrita.

    ? Achei! - Exclamou Makiko afundando os óculos no rosto. Inari olhou para ela com as mãos na cabeça. - Aqui diz. ?Fumito Nanahara é portador de uma fortuna deixada em testamente pelo seu avô, Além de ajudar o estado de Tóquio com muitas verbas, ganha dinheiro fazendo favores para o governo do Japão? - Makiko deu uma breve pausa. - Parece que ele é bem prendado.

    ? Como você descobriu isso? - Perguntou Saya encostada na parede perto da porta.

    ? Makiko é hacker, consegue qualquer informação em questão de segundos. Só não sei por que veio trabalhar para mim.

    ? Segredo meu caro Watson. - Disse ela sorrindo.

    ? E onde podemos achá-lo? - Perguntou Inari colocando as mãos sobre a mesa.

    ? Desculpe senhor, mas Fumito Nanahara sumiu há três anos, depois de seu ultimo trabalho para o governo, ninguém ouviu falar do individuo.

    ? Droga - Disse Saya virando o rosto para o lado.

    Makiko continuava a digitar tentando achar alguma pista ou o paradeiro de sua nova vitima. Mas nada mostrava um local exato onde ele poderia estar, tentou vários locais, principalmente seus contatos antigos, enfim achou algo mais que interessante.

    ? Calma - Disse fazendo com que todos voltassem os olhos para ela. - Ele foi visto na cidade com uma moça. - Ela virou o Notebook mostrando a foto que encontrara. - Conhece?

    Saya olhou a moça morena na ao lado de Fumito, seus cabelos curtos pareciam voar ao vento. Ela segurava uma pasta e um guarda-chuva, Fumito abria a porta do carro dando passagem para ela entrar. O coração de Saya disparou, sua pele ficou pálida e seu corpo gelou.

    ? Yuuka. - Sussurrou assustada.

    Uma pequena pontada em sua cabeça fez a sala girar, ela ouvia a voz de Mikiko e Inari, que chamava seu nome, mas estava ficando distante, cada vez mais distante, até o momento em que não ouviu nada. Sua visão sumira deixando tudo a sua volta escuro.

    Uma pequena luz branca surgiu na escuridão crescendo cada vez mais.

    ? Saya. - Disse uma doce voz vinda da luz.

    Enfim tudo começou a clarear e em sua frente havia uma mulher, parecida com sigo, mas suas feições mostravam que a mulher era mais velha. Ela usava um Kimono preto florido com uma brecha no meio mostrando parte da frente das pernas, em suas mãos a espada que Saya carregava com sigo. A jovem olhava a mulher como se visse pela primeira vez um espelho, ou uma irmã idêntica.

    ? Você sou eu? - Perguntou Saya a mulher. Que apenas balançou a cabeça dizendo que não. - Então que é você? - Agora ela tinha a cabeça inclinada.

    ? Ainda não é hora para lhe revelar quem sou. - Sussurrava. - Minha cara, você está entrando em um caminho sem volta, tem certeza que é o que quer? - Saya assentiu. - Então logo saberá quem sou quem você é, e quem ele é.

    A luz enfraqueceu e a mulher sumiu, Saya tentava olhar para a escuridão, achar uma saída dali, tentava também juntar as palavras da mulher, descobrir algo, mas tudo o que conseguira era lembrar-se de suas semelhanças.

    ? Saya. - Disse a voz de Inari. - Vamos Saya acorde. - Disse mais uma vez. Puxando-a daquele lugar escuro.

    Ao abrir os olhos, ele estava ali, chacoalhando-a varias vezes tentando acordá-la.

    ? Ainda bem. - Disse Makiko afobada com um copo de água nas mãos.

    ? Desculpe. - Saya segurava a cabeça.

    ? Por que esta se desculpando? - Inari tomou o copo de Mikiko e o passou para a jovem.

    ? Sei lá. - Saya tomava vários goles de água seguidos.

    ? Acho que você precisa de ar. Senhor por que vão dar uma volta? Quem sabe Saya não melhora? - Disse Makiko levantando Saya.

    ? Boa idéia. Makiko você cuida do Watanabe. - A empregada assentiu.

    Inari tomou Saya das mãos de Makiko, levando-a até a porta do restaurante. Onde se sentiu melhor e preferiu andar só.

    ? Para onde vamos? - Perguntou olhando para todos os lados da rua.

    ? Você já foi ao cinema? - Ele perguntou com um sorriso forçado.

    ? Que eu me lembre não. - Disse ela colocando o dedo no meio da testa.

    Ele sorriu puxando-a pelo braço até o Shopping mais próximo dali, Saya amou conhecer a grande estrutura de mármore, o cinema. Depois do cinema Inari mostrou uma boa parte da cidade para a jovem, que ficou impressionada com todos os prédios, parques. Mas o que mais a chamou atenção fora o templo, que se parecia muito com o da cidade criada por Fumito, ali ela viu seu pai, super protetor, tentando a manter segura de todas as crianças anciãs

    ? Deve ser muito ruim não? - Disse Inari do lado dela olhando para cima.

    ? Às vezes eu paro para pensar - Suas lagrimas começaram a cair. - ?Minha história foi muito perfeita? Eu salvava todos de alguns monstros. Depois ai para escola, como se nada tivesse acontecido, eu era tão inocente, tola, parecia uma criança sendo cuidada por um monte de babas. Enfim eu descubro que não era nada do que pensei, nem eu nem todos que mais amei. O pior foi descobrir que durante um bom tempo fui criada por um dos monstros que enfrentava todas as noites. - Agora seu rosto estava encharcado pelas lagrimas.

    ? Saya. Deixo o passado para trás pense em todos os dias que pode ter agora, se você tentar esquecer tudo, eu vou te ajudar.

    ? Não, eu preciso olhá-lo e mostrar que eu ainda estou aqui, e que eu farei de tudo para ele pagar por cada lagrima que estou derramando agora.

    Inari deu alguns passos parando de frente para ela. Ele apoiou as mãos no ombro da jovem, olhando-a diretamente nos olhos, tentando definir o que estava havendo com aquela linda garota.

    ? Agora entendi. - Disse ele sorrindo.

    ? O que?

    ? Nada. - Seu sorriso aumento. - Vamos ainda tem muita coisa que eu tenho para te mostrar.

    Faltava só um lugar para levar Saya, um dos lugares favoritos de Inari, era um prédio antigo decorado para festa, havia uma multidão de gente na porta, formando filas entrelaçadas.

    ? Teatro? - disse ela franzindo o cenho.

    ? Sim você vai achar legal.

    ? Socorro! - Gritou alguém, Saya olhou em volta, tentando achar a pessoa que gritara. - Alguém me ajuda!

    Seus olhos que agora ficavam vermelhos rapidamente avistaram a mulher a alguns centímetros dali. Saya mirou para o parque mostrando para Inari de onde vinham os gritos. Os dois correram para o parque, a mulher era segurada por um rapaz.

    ? É um assalto? - Perguntou Inari fitando os olhos de Saya.

    ? Não. - Ela fitou o rapaz. - Preste atenção no estomago dele.

    Inari fitou o corpo do garoto, no meio de seu abdômen havia um buraco ocupando o maior espaço, daquele buraco escorria o sangue da jovem que não gritava mais. O rapaz sugou-a para dentro do grande buraco, agora que não havia mais ninguém a sua frente Inari percebeu que o rosto do rapas estava invertido. Era outro Furukimono.

    ? Eles me seguiram. - Sussurrou. - Acharam a saída.

    ? Sua espada não está aqui, você não disse que eles só morrem com aquela espada?

    ? Não estamos muito longe do restaurante, eu o distraio você vai buscar.

    Inari assentiu correndo para seu restaurante, Saya correu até uma cadeira da praça arrancando um pedaço de madeira do assento. Os pregos grudados na madeira permaneciam presos ali, ela correu em direção ao monstro que ainda sugava as pessoas para dentro de si. Ao perceber a presença da jovem o monstro soltou a pessoa que segurava e começou a correr em direção a ela, um forte vento de chuva carregou o cheiro do animal até seu olfato, fazendo seus olhos pegarem fogo. E seu estomago gritar de desejo.

    Uma grande colisão ocorrera quando Saya lançou o pedaço de madeira na cabeça do monstro, derrubando-o em cima do carrinho de sorvete.

    ? Morra! - Exclamou com ódio.

    ? Então ainda tem raiva de nos? - Perguntou o monstro levantado dos destroços. - Nós que tanto te protegemos.

    A voz dupla que saia dos lábios gigantes daquela criatura fizeram Saya se arrepiar. Lembrando da primeira vez que falou com um deles. ?Não se esqueça do trato?. Foram as palavras ditas pela criatura.

    ? Me proteger?! - Saya ainda tinha sua expressão dura. - Vocês mataram as pessoas que eu amava, tiraram vida de pessoas inocentes para tomarem um pouco de sangue!

    O grito da jovem assustava as pessoas que ali estava os olhos do publico ainda estavam na criatura, que conversava com uma colegial.

    ? Era um trato! - Gritou o mostro. - Se você descobrisse a verdade toda aquela cidade era nossa!

    ? Você fala como se tivesse comprado as pessoas!

    ? E você fala como se nunca tivesse provado o sangue delas!

    Saya tinha o cenho franzido, mirando o monstro com os olhos ardentes, nunca provou o sangue de um humano, pelo que sabia o único sangue que provara fora das crianças anciãs que antes havia matado.

    ? Ainda não sabe de tudo. - Afirmou a criatura. Caminhando até ela - Ele não terminou de contar sua história?

    ? Minha história? Fumito me disse muitas coisas.

    ? Mas não disse sobre seu passado. - O monstro se ajoelhou em frente a ela. - Me desculpe Saya não sabíamos. Pode me matar.

    Saya não entendia o porquê daquela reação, mas não poderia perder uma oportunidade como aquela.

    ? Saya! - Gritou Inari cruzando a praça. Lançou a espada até ela, que segurou tirando-a do suporte.

    ? Se é assim que você quer. Eu farei.

    A espada subiu ultrapassando a cabeça da jovem, que a segurava com as duas mãos mirando a ponta do objeto para baixo, se tirar os olhos da criatura, ela desceu a espada com toda velocidade e força que conseguira, parando quando o objeto travou, a espada estava quase toda dentro do monstro, o sangue que antes corria no corpo da criança anciã sujava o rosto de Saya.

    Ela ainda olhava o monstro sentado com os olhos abertos, parados, sem vida. Outra vez uma pontada em sua cabeça a enfraqueceu, caindo para o lado, Inari que já havia chegado ali a segurou antes que tocasse no chão e desmaiasse.

    ? Desta vez não. - Ele disse sorrindo.

    Saya balançou a cabeça, que do nada havia voltado ao normal, ela se livrou das mãos de Inari e olhou em sua volta, havia uma grande multidão, que a encarava.

    ? Tudo de novo. - Disse ela, cruzando as mãos.

    Havia um senhor que estava chorando perto no banco, ele olhou para Saya e disse.

    ? Ela me salvou. - Saya não se lembrava dele, mas na hora em que o mostro ia matá-lo começou a correr até a jovem deixando sua presa largada no chão. - Obrigada minha filha.

    Ela se assustou, está era a reação queria ver em seus amigos.

    ? Vamos antes que comecem a fala.

    Inari puxou o pulso de Saya indo em direção ao seu restaurante, as pessoas que olhavam para Saya ainda estavam pasmas, muitas nem se mexiam, outras começaram a segui-los.

    Ao chegar ao restaurante, Saya gelou, de dentro do estabelecimento, uma jovem era guiada pelo motorista até a porta do carro. Antes de entrar no veiculo, a jovem fitou a figura a sua frente, uma moça de cabelos longos e olhos ainda vermelhos. A moça olhava para ela como se visse outro monstro.

    ? Saya? O que ouve? - Perguntou Inari.

    ? Yuuka. - Sussurrou para ele. Que olhou para frente.

    ? Aquela é Yuuka? - Saya assentiu ainda com os olhos presos na outra.

    Yuuka tinha seu coração acelerado, o corpo amolecido, o medo começou a subir por seu corpo, fazendo-a tremer.

    ? Saya. - Disse com a voz assustada.


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