Caindo na real

Em uma casada grande o homem fitava a limosine que estacionava em baixo de sua sacada. Amino Yuuka, era a passageira que o motorista ajudou a sair, ela olhou o homem que deu um breve sorriso a ela, depois sumiu na porta de vidro que dava de entrada para um escritório.

-Senhora? - Disse a empregada recebendo a jovem. - Bem vinda de volta a Tóquio - Disse novamente a servente.

Yuuka não disse nada apenas seguiu a empregada que a levou até uma sala de visitas.

- A madame deseja algo? - Perguntou a criada.

- Me traga um suco. - Ela olhou em volta do grande cómodo. Seus olhos pararam na criada. - De laranja.

A servente saiu da sala deixando Yuuka só, aguardando a chegada do homem que a olhava pela sacada.

- Yuuka. - Disse o homem do auto da escada. - Como vai minha estudante preferida?

- Bem. - Ela deu um leve sorriso. - E como vai meu tutor?

- Cada vez melhor. Ainda mais quando tenho planos perfeitos. - Ele também sorriu, mas a jovem ficou desconfiada.

- Você ligou para a universidade não é? - Disse ela cruzando os braços.

- Não resisti.

Ele ainda tinha um sorriso no rosto, caminhando até o bar privado que ficava ali naquela sala, Yuuka não tirava os olhos do homem, ela viu seu sorriso sumir, depois voltar quando ele olhou para ela.

- Aceita? - Ela recusou sem dizer palavras.

- Fumito?

- Sim.

- E quanto a Saya? - Os olhos dele se arregalaram. - Você a deixou naquele lugar viva.

- Está tudo aqui. - Ele apontou para a cabeça.

- Tudo um plano?

- Sim, pois provavelmente ela vai escapar e vir atrás de mim, quando chegar perto, cairá em um armadilha. - Ele caminhou até a moça sentando-se ao lado dela. Yuuka ainda permanecia de pé em frente ao sofá.

- Então Tudo não passa de um plano de Fumito Nanahara. - Ele assentiu. Agora Yuuka se sentou olhando para Fumito. - Você já parou para pensar, do por que deixou ela viva? Mais um plano, essa é mesmo a sua resposta? - Yuuka tinha o cenho franzido.

- Ora minha querida. - Ele apoiou a mão no queixo dela. - Por que está pergunta? Agora?

- Por que meu caro Fumito, me parece que você está apaixonado por ela.

Fumito fitou Yuuka por alguns segundos, depois começou a ir.

- Eu... Amar... Uma criança. - Mais risos. - Acho que sou sano o suficiente para não virar pedófilo.

- Fumito depois do que fizemos com ela. Saya não é mais uma criança.

- Mas eu tenho certeza que não a amo. - Agora ele pressionava o estômago, os risos estavam doendo.

- Tem certeza. - Ele assentiu - Absoluta? -

O sorriso de Fumito sumiu, ele soltou seu estômago e agora seu rosto tinha um expressão dura e cheia de rancor.

- Absoluta. Ela causou muitos problemas para mim e para muitas pessoas - Fumitou segurava seu Wisk firme apertando o copo. - Confesso que fiquei um pouco atraido pela personagem que ela criou na quele lugar. Mas não era ela de verdade.

- E se ela tiver mudado?

Yuuka olhou nos olhos de seu tutor, por mais que negasse com tanta firmeza, seus olhos diziam claramente que ele mentia.

- Senhora seu quarto está pronto. - Disse a empregada quebrando o silencio da sala.

Yuuka se levantou seguindo a empregada, mas antes que chegasse ao topo da escada, ela deu sua ultima olhada para Fumito.

- Pense bem meu caro. Sua boca diz o que seus olhos não querem.

Ele olhou para Yuuka com fúria, ela não disse nada, apenas virou-se e foi embora, deixando Fumito, ali parado com um copo de Wisk nas mãos, ele baixou a cabeça fitando uma almofada preta, ele deu um leve sorriso, colocando a bebida na mesa de centro. Agora tinha sua cabeça nas mãos apoiando os cotovelos na perna, sua mente correu de volta no tempo, ele voltou até os dias que Saya tomava café no Guimauve, ele lembrou do sorriso da jovem ao tomar café preto, lembrou da pele macia que ela tinha, até a reação que tinha ao toque dos dedos de Fumito em seu rosto. Ele agora via Saya no chão parada com os olhos vermelhos sangue tentando relembrar do mal que tinha feito. Seu corpo estremeceu ao lembrar do tiro que deu na garota, relembrou da reacção que teve naquele instante, uma pequena pontada no peito.

- Você está certa Yuuka. - Ele tinha a mão direita na boca. - Como isso aconteceu? - Perguntou Fumito para o nada, sem obter resposta.