Santuário ? Casa de Peixes
A agua fria era incomoda. A dor que pensava passar com um bom banho, permanecia pior do que tudo. Do que lembrava do dia anterior era confuso, entre imagens de uma presença que entrara sem aviso ne Casa de Peixes.
Lembrava que era uma mulher. Não. Uma deusa.
Arregalou os olhos claros ao lembrar do nome que ouvira perto de seu ouvido: Eos.
Longe dali?
Astrea não acreditava no que via. Lindos olhos negros a encaravam.
- Alfeo! ? Exclamou assustada, ao ver o deus-rio a milímetros de si.
- Ainda lembra... ? Alfeo disse fechando de leve os olhos e respirando fundo.
Astrea recuou um passo e sentiu o frio do vidro da janela em suas costas.
- Como conseguiu?? - Ia dizer. Mas Alfeo colocou dois dedos, de leve, em seus lábios, fitando-a intensamente.
- Shhhhhhhh. ? Fez.
Astrea levantou um pouco a cabeça, com o intuito de afastar os lábios dos dedos de Alfeo.
- Quem te libertou? ? Perguntou com a respiração um pouco ofegante. Aquela aproximação era perigosa.
Sete anos se passaram e, não houve uma noite que não sonhasse com o ele. Seus olhos escuros e, o ódio que emanava de seu ser lhe tiravam a paz.
Alfeo lhe deu um meio sorriso.
- Você achou, mesmo, que aquela porcaria de selo iria me prender por muito tempo? ? Disse se aproximando.
Em um movimento rápido, com uma mão, agarrou o rosto de Astrea por baixo, apertando o maxilar e as bochechas desta. Astrea, no mesmo momento, ficou na ponta dos pés, com a cabeça erguida, espremendo os olhos com força.
? Eu não esqueci o que você fez, traidora! ? Alfeo disse aproximando-se ainda mais.
Uma lágrima correu no rosto pálido, atingindo a ponta do dedo de Alfeo. Este, soltou o maxilar da deusa e acaricia de leve a face esquerda dela, olhando para cada ponto do rosto dela. A respiração de loira acelerou, fazendo Alfeo dar um sorriso.
- Como foi capaz! ? Alfeo disse, agarrar-lhe nos braços, fazendo Astrea arregalar os olhos assustada.
Alfeo arrastou Astrea até a beira da cama e, a jogou de leve, onde, esta, caiu deitada.
- O que pretende? ? Astrea perguntou, recuando deitada, enquanto via Alfeo tirar a parte de cima de sua roupa. De joelhos na cama, prendia as pernas de Astrea entre suas pernas.
Alfeo ergueu a mão para frente, fazendo Sohnda parecer. Seus olhos negros trazia o ódio de tempo.
Fitou a deusa, que lhe olhava incredula. Sorriu.
- Irei lhe mostrar o que um titã faz com traidores ? Disse empunhando a espada negra com as duas mão, erguendo-a. ? MORRA! ? Gritou com ódio, direcionando a lamina ao pescoço da deusa.
- Alfeo! ? Astrea sussurrou, fechando os olhos.
Um barunho de aço chocando, fez a deusa abrir os olhos. Sohnda voou, rodopiando, indo infincar na parede.
- Levante-se ? Ouviu uma possante voz masculina, vindo da porta. - Não foi tal cosmo que senti a pouco. Muito me espanto em ver presença tão escusada.
De vagar, Alfeo começou a levantar, olhando sempre em frente.
- Saia da cama! ? A voz disse novamente ? Afaste-se da filha de Zeus.
Alfeo assim o fez. Levantou e caminhou de vagar até a janela, sendo acompanhado pela flecha que lhe era apontada directamente ao pescoço.
Agora, de frente para a janela fechada, fitou o reflexo no vidro e, reconheceu de imediato.
- Hmmm, Apollo ? Alfeo começou, sorrindo, ainda olhando para o reflexo ? De engano es tomado, se pensa que vim só.
Apollo estreitou os olhos claros, ao ouvir aquilo, ficando atento. Astrea continuava na cama, encolhida na cabeceira da cama.
- Você não vai sair vivo daqui, titã ? Apollo disse, enquanto Alfeo fitava algo que estava lá fora. Alfeo riu, fazendo seu olhar ficar brilhante. - Como ousa encostar suas mãos na filha de Zeus? Ira pagar por isso...
- AQUELOO, ATAQUE O DEUS! ? Alfeo gritou de repente, fazendo Apollo se surpreender. Um barulho ensurdecedor se fez sentir no telhado e, um forte fluxo de água quebrou o vidro e, entrou pela janela, jogando Apollo contra a cómoda do outro lado da cama.
Alfeo que tinha abaixado na hora, deu alguns passos para o lado. Levantou gargalhando, enquanto a água entrava com força pela janela, pressionando o corpo de Febo contra a parede.
- De ajuda pensavas que eu precisava? ? Alfeo perguntou meio a gargalhada. ? Não reparou que a um lago ali fora e, eu posso controlar a água com um simples levantar de cosmo. Enquanto você tagarelava, cabeça de fósforo, eu fiz uma grande quantidade de água flutuar por cima desse aposento. ? Completou rindo.
A água já não entrava pela janela, mas o quarto estava inundado até a cintura do titã. Apollo tinha caindo sentado em cima da cómoda danificando-a, enquanto Astrea olhava para o irmão, assustada, de pé na cama.
- Mesmo molhada, não perde a beleza ? Disse virando a atenção para Astrea,sorrino.
Astrea estreitou o olhar.
- Cale a boca! ? Ordenou Febo, chamando a atenção do titã. ? Vai pagar?
Neste momento a temperatura do quarto começa a subir e, rapidamente a agua, que estava pela cintura de Alfeo, começa a diminuir.
- Retire-se, Astrea ? Apollo disse sem tirar os olhos de Alfeo ? Não chame ninguém pois de Alfeo sei tratar sem ajuda. - Completou fazendo Alfeo estreitar os olhos, de raiva.
Astrea consentiu e saiu rapidamente do recinto.
Alfeo fez menção de impedi-la, mas uma flecha atravessou na sua frente encravando, com força, na parede.
- Nem pense ? Disse Apollo, estreitando os olhos, ainda com o arco na posição de atirar flecha. ? Suas mãos imundas não voltaram a encostar nela. - Disse descendo da cómoda.
Febo Apollo, ascendeu seu cosmo, mais uma vez, fazendo a temperatura aumentar mais. Alfeo começou a sentir gotas de suor percorrer-lhe o rosto.
"Tenho que fazer algo, se não fritarei aqui" ? Pensou em meio a um desespero e um mal-estar, vendo as imagens se deformarem diante de si pelo calor.
Olimpo
Hermes estava sentado em um jardim com, lindos lírios a se espalharem por todo lado. Sentado em uma enorme pedra, tinha o olhar perdido no horizonte.
"Será que fiz bem em deixar Apollo ir no meu lugar?" ? Se perguntava.
Saiu de seus pensamentos quando viu uma das deidades do Olimpo passar pelas Horas, saindo do lar dos deuses e, sorriu.
- Talvez, já tenha começado.
Santuário de Athena.
Athena estava no grande Salão do Mestre, olhando inquieta, mas distante, na direção da porta principal.
- Athena? ? Shion perguntou, quando entrou na sala, olhando para a Deusa, que estava com uma cara preocupada.
- Sim, Shion! ? Voltou-se para o homem loiro.
- Aquele cosmo...
- Sim ? Saori o interrompeu. ? ande chamar aqueles que estão ausentes.
- Sim, Senhora ? Shion reverenciou a deusa e saiu.
Saori voltou a olhar pela janela.
- Hyoga, Shyriu e Ikki. Assim como vocês, meus Cavaleiros de Ouro. Voltem rapido.
Continua?