O Amanhecer de uma Nova Era

  • Dandap
  • Capitulos 14
  • Gêneros Ação

Tempo estimado de leitura: 2 horas

    14
    Capítulos:

    Capítulo 5

    O despertar

    Mutilação, Spoiler, Violência

    Sete anos depois

    Santuário de Athena

    O sol intenso daquela estação não deixava que conseguisse se concentrar no que acontecia no meio da arena. Seus olhos claros se esforçavam ao máximo para prestar atenção no treinamento de seus cavaleiros.

    À pouco tempo pensou que nunca mais veria tal coisa. Ali, na arena, faltavam alguns de seus cavaleiros, que estavam em uma única missão: rever aquilo que mais gostavam.

    Saori determinara que alguns seriam mandados para terra natal, como recompensa por tudo que passaram.

    Desejava que aquele momento não terminasse nunca...

    Longe dali?

    Verão.

    Era estação que mais agradava os mortais. Para os Eternos, um tesouro no terra quando tudo estava em harmonia. As pessoa na rua pareciam mais descontraídas e comunicativas. Acumulavam-se na praça para conversar e ouvir pequenos coros que se reunião nesses locais.

    Nos territórios da região da Etólia, muitos já haviam se conformado com o rio que os banhava, não ter o caudal abundante. Longos anos, aquela água apenas corria de mansinho, se acumulando em determinados pontos.

    - Corre! Ali na frente tem mais água. Poderemos colocar nossos barcos lá ? Disse um menino moreno de cabelos pretos e rosto redondo, que parecia ser o mais velho. Não devia ter mais que 9 anos. Tinha um barco de papel na mão.

    Os outros quatro: um de oito anos, dois de sete e, outro, de seis, lhe seguiam correndo.

    - ME ESPEREM! - Gritou o mais novo.

    De repente tropeçou em algo e caiu. O mais velho olhou para trás e, foi ao socorro do mais novo que, sentado, agora no chão, olhava para o objecto que o tinha feito tropeçar.

    - O que isso? ? O mais velho perguntou, olhando para um objecto cilíndrico, negro, que saía um tanto do solo.

    - Não sei ? Respondeu o mais novo, tentando puxar.

    Os outros 3 se aproximaram e começaram a cavar.

    - Finalmente - Disse um deles, tirando o que parecia ser outrora uma espada. Era apenas o cabo negro, com detalhes prateados e um pedaço da lâmina prateada, mostrando que a espada fora quebrada. Estava suja com lama, o que mostrava que a tempos o rio ,também, chegara até ali.

    O mais velho arrancou o resto de espada das mãos do que a tinha retirado o objecto da terra.

    - UAU! ? Exclamou, examinando com cuidado ? Que legal?!

    Passou a mão pela lamina para tirar a sujeira, se cortando de imediato.

    - ssssssssss ? Fez puxando o ar para dentro da boca, ao sentir a dor ? PORCARIA! ? Gritou com raiva, jogando o objecto, ensanguentado, nas fracas águas do rio.

    - Anda! ? Disse o segundo mais velho ? Temos que voltar para casa para tratar desse corte.

    O mais velho assentiu e, os cinco correram na direção de onde tinham vindo.

    O pedaço de espada afundou como chumbo e fincou na lama. O sangue, com rapidez se espalhou por toda a água, enquanto esta aumentava em uma velocidade espantosa.

    De súbito um grande brilho saiu da espada, e as águas do rio começaram a subir rapidamente. Como uma explosão, a água jorrou para todos os lados, molhando toda a grama verde circundante do local. Em meio as gotas que ainda caíam do céu, surge imponente, flutuando, um homem loiro, de cabelos lisos um pouco acima dos ombros. Os olhos negros e pequenos, um pouco puxados, mostravam crueldade. Seu físico, musculoso, era coberto por uma calça negra e uma bata branca que se estendia até o pé, com um corte de cada lado, que começava na anca e ia até em baixo. Tinha uma espada em cada mão.

    Na mão direita tinha aquela que a pouco se encontrava quebrada, lançada, quando ensanguentada, pelos meninos, no rio. Estava inteira. O cabo negro tinha um fio prateado que o rodava em caracol. A lâmina prateada, brilhava intensamente. Os titãs lhe deram o nome de Cieńnaduszy (Sombra da alma), forjada Através do sangue dos filhos de Ares.. Simierc, foi o nome dado a segunda espada, em tamanho menor e, com as mesmas características da primeira. O golpe misericordioso, desta devia surgir.

    Com repulsa e crueldade o homem loiro cheirou a lamina.

    - Sangue fresco ? Disse em um sussurro - Então é assim que se faz...

    Respirou fundo, se espreguiçando. Olhou em volta, reconhecendo o local.

    "Não mudou em nada" ? pensou.

    Deu uma alta gargalhada, acendendo um pouco o cosmo.

    Santuário de Athena

    Athena foi tirada de sua concentração. Levantou assustada, na arquibancada, sendo percebida pelo Cavaleiro de Libra. Este se aproximou da deusa sem ser percebido pelos demais, que treinavam e conversavam, agora um pouco apreensivos.

    - Athena ? Dohko chamou, fazendo a deusa lhe olhar ? Sentiu esse cosmo?

    Athena assentiu.

    - Está longe ? Ela disse ? Eu irei falar com Shion. Dohko, com certeza todos já perceberam esse cosmo. Fique aqui e, tente acalmar os animos ? Terminou tentando se fazer de despreocupada. Sorriu e se retirou.

    - Saori! ? Seiya se apoximou com os outros.

    - Seiya, se acalme ? Falou autoritária ? Continuem treinando. Vou ver o que está acontecendo.

    - Mas...

    - É uma ordem, Miro!

    Os cavaleiros se entreolharam. Algo estava para acontecer. Seiya e os quatro garotos de bronze, provavelmente nunca sentiram um cosmo assim, mas eles...a muito que não o sentiam.

    Monte Olimpo

    Conversando com uma mulher morena, de corpo vistoso e olhos claros, estava Apollo, Flecheiro do Olimpo, em um corredor largo, rodeado com pesadas portas.

    Leto falava de coisas banais à Apollo, quando este estreitou, de repente, os olhos.

    - Porque atenção desvia de minha pessoa, Flecheiro? Se ao peito algo te aflige, deveis me comunicar, que sou tua mãe. ? Leto estranhou.

    Apollo voltou sua atenção para a mãe.

    - Nada que deveis se preocupar ? Disse com um fraco sorriso? Nada de momento me aflige, apenas uma má impressão?

    Leto continuou fitando-o sem dizer nada.

    Viram Hermes cruzar rapidamente o corredor e entrar em uma das porta.

    O Mensageiro dos Deuses entrou em um enorme salão e viu Zeus em seu trono, no ponto mais alto da grande sala.

    - O que me queres pedir, Grande Zeus! ? Hermes se apresentou, reverenciando o pai. ? Pois aqui estou para servi-lo.

    - Ouve o que te comando, Mensageiro. ? Zeus começou ? Vá buscar aquela que é nascida de Themis e a traga para o Olimpo. Que venha de bom grado, sem nunca vacilar perante minha ordem. Não vá eu, Zeus, Detentor da Égide, saír do Olimpo, para com minha ira arrasta-la a morada dos deuses, pois sofrimento ela encontrará.

    Hermes assentiu e, com a licença de Zeus, se retirou da sala.

    No corredor, ainda, cruzou com Apollo, lançando-lhe um olhar preocupado. Apollo logo o percebeu, olhando Leto frontalmente.

    - Não deveis se preocupar com nada, Letona. ? Disse indo de seguida atrás do Deus Mensageiro.

    - O que deve tal preocupação do Grande Deus, Mensageiro? ? Indagou Apollo, fazendo com que o irmão virasse para trás.

    Hermes contou que alguns deuses sentiram um forte cosmo. Que talvez um dos selos poderia ter sido rompido e, que Zeus o ordenou ir buscar Virgo.

    - Deixai-me ir em seu lugar! ? Pediu Apollo convicto. Pois já a muito que temia que tal selo fosse rompido.

    Hermes estranhou, mas com a expressão preocupada do irmão, deixou que ele fosse em seu lugar.

    Em uma zona de Peloponeso

    Aquele que despertara, estava diante de uma grande queda de água. Agua, esta, que corria violentamente.

    Olhava para todos os lados a procura de algo.

    - Onde estás? ? Perguntou entre dentes.

    Ascendeu o cosmo mais uma vez, vendo um brilho surgir no fundo do rio, a alguns metros da grande queda. Sorriu.

    - Ai estás!

    Ergueu a mão direita na direção de onde vinha o brilho e, quase no mesmo instante, um pedaço de lâmina negra voou em direção a mão do loiro.

    Fitou a queda de água e, calculou que o selo de quem procurava estava, ali, atrás da grande queda. Com a lâmina que acabou de adquirir, cortou a própria mão. O sangue escorreu pela lâmina e pingou no chão, manchando a pedra debaixo dos pés do Deus-rio .

    -De todos, tu és o que ao peito mais ódio adquiri. Mas respeito, também, o que consiguiste.? Disse atirando com força, a lamina, na direção da queda de água ? ACORDE, ALFEO!

    A lâmina atravessou as turbulentas águas, para segundos depois causar uma pequena explosão.

    Minutos depois, um grande estrondo foi ouvido por toda a região, assustando animais e algumas pessoas das cidades próximas.

    Por de trás da queda, saíu Alfeo, de cabeça baixa, recuperando de longos tempos de espera. Vestia uma blusa branca, grudada ao corpo, no qual dava para ver a definição dos músculos e, umas calças negras. Uma capa branca presa na cintura por um cinto negro se estendia até os pés, aberta na frente. Na mão, trazia Sohnda, totalmente danificada.

    Virou, de repente, sua atenção para os olhos que o acompanhavam. Rapidamente voou para cima do loiro o atacando com a espada. O loiro, empunhando Simierc Misericordiosa, se defendendo do golpe. Um barulho de aço se chocando se fez sentir.

    As espadas estavam cruzadas diante do rosto dos dois homens. Estes se olhavam nos olhos.

    - Vejo que o tempo de espera em nada te abrasou, irmão ? Alfeo disse com um meio sorriso.

    - Não só a mi, Odioso Alfeo.

    - Quem te mandou a escuridão, Aqueloo? ? Alfeo perguntou, recolhendo a espada e, se afastando um pouco.

    - Apollo Maldito ? Aqueloo estreitou os olhos ao lembrar de como havia sido derrotado.

    Um erro de calculo de sua parte e, Apollo conseguira faze-lo perder suas duas espada, desferindo uma flechada contra seu estômago.

    - Quanto tempo nos encontramos as escuras? ? Alfeo perguntou fazendo Aqueloo sair de suas lembranças.

    - Tempo suficiente ? Aqueloo respondeu com um meio sorriso.

    - Vingança...

    - Primeiro vamos acordar os demais ? Interrompeu, sorrindo.

    Paris ? França

    Da varanda do seu hotel, prestava atenção no rio que corria lá fora. Era como se o Sena lhe hipnotizasse de alguma forma, juntamente com o som que vinha de dentro de seu quarto. A voz da mulher que cantava em italiano, ao som da composição de Vivaldi, era triste...melancólica.

    A musica entrava pelos ouvidos enquanto os olhos estreitavam para o rio. No peito, sentia algo que não conseguia identificar o que era. Prescionou os lábios com força.

    Tinha que voltar para o Santuário.

    Continua?


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