A vingança de Saya

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    18
    Capítulos:

    Capítulo 2

    Conhecendo a viajante

    Heterossexualidade, Incesto, Mutilação, Violência

    Então essa coisa é um furukimono? - Perguntou Inari de cócoras do lado de Saya, ela assentiu. - Esses Furukimonos são monstros que comem humanos. E você é igual a ele? - Ela assentiu novamente. - Mas você não quer ser igual a esse mostro é isso?

    - Isso. - Sussurrou a jovem.

    - Ok, essa é uma história meio doida, mas depois do que vi hoje não dá para discordar nê? - Saya se limitava a balançar a cabeça. - Ai, ai. Mocinha você acaba de conhecer um grande amigo. - Disse Inari passando a mão pela cintura da jovem levantando-a.

    - Você não está com medo de mim? - Ele sorriu.

    - Medo de Você. Acho que isso é meio difícil. Embora eu esteja um pouco tonto.

    A jovem no começo duvidou de Inari, mas olhando em seus olhos ela pode ver que ele realmente era diferente de todos que já conheceu, afinal ele ouviu tudo do começo ao fim de sua história, e não a olhou com desprezo, Saya sabia que agora tinha encontrado um amigo. Por muitos dias sonhara em voltar a ver seus amigos, e o amor de sua vida Tokizane Shin'ichirō, mas depois se lembrava de tudo o que saiu da boca de cada um e principalmente de Tokizane. " Monstro!". Ali envolvida nos braço de Inari finalmente se sentiu em casa novamente.

    - Então, esse tal de Fumito Nanahara fingia que era o que seu? - Inari olhava para o lado, algo o incomodava.

    - Ele era o proprietário do Guimauve café. Sempre tomava café da manhã lá, ele era muito gentil comigo, até o momento em que resolveu atirar no meu olho. - Ela levou a mão ao olho enfaixado. Inari olhou para a jovem Saya tinha lágrimas no olho, uma pequena gota escorreu daquele que estava em baixo de um pano.

    Não havia nada que ele pudesse fazer para aplacar a dor da moça, que agora estava mergulhada em suas lembranças, conforta-la era algo que naquele momento poderia melhorar as coisas a sua volta. Inari abraçou saiu, apertando-a cada vez mais forte, ali Saya transbordou nos braços do novo amigo, para ela, ele havia sido enviado dos céus. Seu anjo da guarda.

    - Não chore Saya. Agora tudo o que deve fazer é esquecer o passado e pensar no futuro. - Ele alizava os cabelos dela.

    - Não consigo. - Disse com a voz abafada. - Eu preciso ve-lo sofrer do mesmo jeito que eu sofri naquele momento. - Novamente ela via todos a sua volta em um dia de sol, Fumito a olhava sem expressão nenhuma, o desejo de Saya era de chorar, mas tudo o que conseguia era continuar ali parada também sem expressão. - Eu preciso vê-lo do mesmo jeito que ele me viu.

    - Se eu te ajudar... A encontra-lo... Você vai mata-lo? - Inari agora estava de frente para ela, olhando em seus olhos.

    - Não, eu que ele sofra, eu quero que ele implore por perdão, mas não vou mata-lo.

    - Prometa. - Disse uma voz nas costas dos dois. Atráz deles só estava Mikiko.

    - Não fui eu. - Ela levantou as mãos.

    - Foi eu. - O filhote de cachorro. Saya deu um leve sorriso e assenou para o animal. - Olá Saya.

    - Tudo bem! Agora eu tó assustado. - Disse Inari apontado para o cachorro. - Quem é ele?

    - Sou um velho amigo.

    Inari olhava o cachorro pasmo, aquele animalzinho falava com ele como se fosse uma pessoa. Tudo o que vira ali naquele dia estava começando a ficar cada vez mais estranho.

    - Você não me disse nada sobre esse velho amigo.

    - Disse sim, eu disse que tinha um amigo que me ajudava sempre quando eu estava confunsa.

    - Ah sim. Só enqueceu de um pequeno detalhe... Ele é um cachorro.

    Saya explodiu em garlhada, olhando o rosto do jovem e de Mikiko, seus olhos arregalados fitando o cachorro era algo que a fazia rir, como uma pessoa assistindo a um show de piadas.

    - É muito bom ver voce sorrindo. - Inari segurou novamente Saya pela cintura. - Mas não tem mais nada que queira me contar né? - Saya fitou o rapaz, ele ainda estava pasmo. - Alguma amiga sua não vai entrar aqui no meu restaurante voando vai?

    - Não. - Disse ela tentado respirar. Votou a sua expressão normal, e olhou para o animalzinho - Prometer o que?

    - Prometa que não vai mata-los.

    Saya fitou o chão, pensando em seu desejo, e se conseguiria matar aqueles que um dia amou tanto, para era seria difícil só de vê-los em sua frente, mas ela tentaria esquecer tudo o que viveu com aqueles que a traíram, e pensaria em sua vingança.

    - Prometo. - Sussurrou. - Ela estava decidida a se vingar de todos que um dia a chamaram de monstro.

    Longe da li, andando de um lado para o outro em uma estação de trem, uma moça esperava aflita, segurando um celular nas mãos, sua aflição mostrava que esperava alguém, e que esse alguém estava atrasado.

    - Senhora. - Disse um motorista de carro. A moça assentiu. - Bem vinda de volta a Tóquio, por aqui por favor, ele está te esperando em casa.

    A moça de cabelos curtos mostrou para o motorista duas malas que estavam em um banco da estação, ele assentiu e caminhou até elas, fazendo sinal para uma outra pessoa, um rapaz surgiu sem dizer nada pegou duas malas e caminhou até o carro, a jovem já dentro do carro agora estava ao telefone falando com o patrão do motorista.

    - Porque voltou agora? - Disse uma voz do outro lado do telefone.

    - Deu um grande problema na faculdade e fui mandada de volta junto com os outros alunos. - Ela disse com os olhos presos no céu.

    - Já falaram quando vão retornar?

    - Sim, daqui três meses.

    - Otimo, eu estou investindo muito em sua carreira, espero que você esteja se dedicando muito também.

    - Eu estou, tenho certeza disso.

    - Quando você estiver no topo eu terei. - Ele desligou o telefone.

    O motorista ainda estava fora do carro falando com o rapaz, que olhava para a limosine preta, não dava para ver a moça no interior do veiculo, mas para andar em uma limosine só poderia ser alguém muito importante. O motorista entrou no carro, olhando para a jovem no retrovisor.

    - Seu tutor disse para leva-la a casa dele. Senhora.

    Ela assentiu, colocando os olhos novamente no céu. Presa em uma imagem, uma garota sentada no chão, com seus olhos vermelhos fitando o nada, ela tentava entender porque todos estavam falando tudo aquilo para ela, a jovem paralisada estava sendo consumida pelo ódio e a dor da perda de pessoas tão queridas.

    - Me desculpe Saya. - Sussurrou Amino Yuuka.


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