O Julgamento dos Dourados

  • Finalizada
  • Dandap
  • Capitulos 9
  • Gêneros Drama

Tempo estimado de leitura: 1 hora

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    Capítulos:

    Capítulo 6

    Aquele que pode por tudo a perder

    Spoiler

    Athena sentiu a mão de Poseidon escorregar, afastando-a lentamente. Olhou de relance seu tio sentar no trono calmamente, sem tirar os olhos do recém-chegado. A expressão de Poseidon não era das melhores, tinha um olhar de decepção, sempre voltados para o belo moço que, agora estava do lado de Mascara da Morte. Athena percebeu logo e, com grande pesar, que não poderia mais contar com o Deus dos Mares.

    Por sua vez Hera observava, com um pequeno sorriso nos lábios, a filha de Zeus, percebendo que o temor estava lhe tirando o sossego e o ar de segurança.

    Athena viu seu pai estreitar mais os olhos cinzentos. Antes que pudesse tirar conclusões do que via, Hera começou:

    - Penso que não seria justiça para com os restantes cavaleiros se tal presença não estivesse perante vos, Zeus Potente ? Começou com um sorriso irónico, sem tirar os olhos de Athena. ? Pois aquele que agora está perante vós e os Eternos tem muito que se explicar.

    Zeus levantou de seu trono, com um ar indignado. Como poderia ter esquecido de colocar entre os doze presentes aquele que grande revolta causou aos Eternos com seu actos.

    Athena não sabia o que fazer. Não tinha palavras. Sentia os olhos encherem de lágrimas e não conseguia evitar que elas rolassem pelo seu rosto.

    - O que diz, Grande Poseidon, ao ver aquele que te libertou do seu cárcere? ? Disse Apollo sem se levantar olhando com ar de desdém para o Deus dos Mares, que lhe lançou, de imediato, um olhar fuzilador.

    Nemesis não saíra da sala, como fizera das duas vezes anteriores. Colocou-se no canto atrás do último trono onde estava sentada uma bela mulher, de curvas sinuosas, cabelos escuros lisos e olhos castanhos. Deméter, observava tudo sem se pronunciar. Tinha ficado como a maioria dos deuses, calada, pois entendia que apenas dois deuses deveriam se pronunciar perante o Deus Supremo, levando até ele o que as Entidades Celestes tinham decidido.

    Um brilho saíu por de trás do véu negro de Nemesis. Aquele brilho, que durou segundos, pode apenas ser visto por Poseidon, que desviou os olhos, extamente naquele momento par aquela direção.

    Voltando seu olhar para o rapaz de cabelo e olhos azuis, percebendo que ele já estava acordado.

    Ao contrário dos companheiros, Kanon já imaginava o que estava acontecendo, e não se surpreendera.

    Sentia seu corpo pesado e imaginara que também não conseguiria falar, evitou assim tentar e, entendendo que não poderia se defender dos ataques que provavelmente sofreria.

    - Zeus? - A Deusa da Sabedoria ia reivindicar, aquilo não estava no acordo, aquele julgamento era apenas dos 12 Cavaleiros. Mas Zeus virou e, olhou bruscamente para a filha que de imediato se calou e baixou os olhos.

    O Deus Supremo voltou-se novamente para Hera, e esta entendeu que deveria prosseguir.

    - Não tenho muito o que falar, alem daquilo que já se sabe. ? Começou olhando cada um dos deuses que se encontravam sentados em seus tronos, atentos ao que a deusa de olhos bovinos proferia. ? Aquele que grande mal causa ao próprio irmão, é merecedor de perdão? Despertou o mal que sabia estar adormecido no cavaleiro de Gémeos, com o intuito que este matasse Athena e assim, dominar o mundo.

    Virando-se para Kanon, indagou:

    - Depois de dar morte a Deusa da Sabedoria, pensava que liberdade obteria novamente, pelas mãos do próprio Saga? E se liberdade conseguisse, do local onde foste aprisionado, mataria aquele que nascido dos mesmos pais é? ? Não esperou que aquele rapaz, que olhava fixamente para Zeus, tentasse responder. Continuou virando para o Pai dos Deuses ? Felizmente ou infelizmente não ocorreu como planejava. O irmão, com seu lado maligno desperto, não conseguiu seus intentos. Mas Kanon, o Perverso, não se deixou ficar. Conseguiu se libertar da prisão a que foi confinado, escapando assim das garras da Morte, libertando em seguida Poseidon, no intuito de usa-lo para conseguir seu velho objectivo. E mais?ambicionando tambem o reino dos mares. Com vista nisso, fez-se passar por General Marinho de Dragão Marinho, comandando os outros Marinas contra os Cavaleiros de Bronze que tentavam salvar, mais uma vez, Athena de uma morte desonrosa. Após a destruição do templo marinho, vai para o Santuário de Athena e se põe contra Hades, nosso irmão. Enfrenta Radamanthys, juiz do Inferno, derrota-o de uma forma suicida, mas não antes de sede a Armadura de ouro de Gémeos para o irmão, para que este destrua o Muro das Lamentações, para que os Pequenos de Bronze conseguissem, o que já estamos fartos de saber e citar, a destruição do Deus do Submundo.

    - Do mal que cometeu a anos, já lhe foi cedido o perdão ? Disse injuriada Athena chorosa.

    - De você minha cara irmã. ? Interrompeu Apollo, se erguendo mais uma vez ? Mas e daquele a quem tentou, sem escrúpulos, usar?

    Athena, virou-se para o homem que estava sentado no trono sem dizer nada. Cruzou os olhos com os dele na esperança que este respondesse a altura, mas este desviou o olhar.

    A Deusa sentiu seu coração acelerar. Estava realmente com medo.

    Zeus que não se pronunciara até então, virou para o centro da sala e percorreu o olhar aos treze homens a sua frente.

    - Ao que foi relatado aqui, ao meu peito aflige e revolta. Pois feitos hediondos foram cometidos por vós em nome de uma justiça que não existe. ? Zeus dizia em voz troante e ríspida ? Desta forma vejo que de comum acordo estamos, pois a lei é valida para Deuses e Mortais. Nas mão da filha de Nix, ser primordial, por toda a eternidade hão de sofrer.

    Athena ao ouvir aquelas palavras, cai pesadamente em seu trono com a cabeça baixa, chorando. Aquele julgamento só havia acontecido para causar mais sofrimento? Dar uma falsa esperança para aqueles que à ela eram fieis?

    - Suas imagens ? Continuou Zeus, enquanto os restantes deuses balançavam a cabeça afirmativamente com orgulho e frieza ? serão colocadas no centro das ruínas do Santuário de Athena, para servir de exemplo para aqueles que os vossos passos quiserem seguir. E?

    Não completou. As pesadas portas abriram com violência, fazendo com que um enorme barulho ecoasse no recinto, assustando aqueles que estavam concentrados nas palavras de Zeus.

    De imediato as atenções voltaram-se novamente para porta.

    Uma luz intensa cegava os presentes. Algo, ou melhor, alguém fazia com que uma forte luz entrasse pela porta escancarada.

    Em poucos segundos, a luz desapareceu. Mesmo com os olhos, ainda sensíveis a claridade, conseguiram ver a silhueta de um homem moreno, alto e corpo escultural se colocar do lado de Kanon. Colocou as mãos sobre os ombros deste, pressionando, em sinal de apoio e amizade.

    Mas não era essa figura que os olhos de Hera acompanhavam com temor, e sim a moça que entrou logo atrás. Era uma imagem bela de se ver. Um corpo, que a muito tempo causou inveja a muitas das deusas presentes, cabelo encaracolados compridos até o meio das costas, loiros. O seu olhar cinzento, lembrava os olhos do pai, mas a expressão facial, que não deixava transpassar emoção, lembrava em tudo sua mãe.

    A moça caminhou lentamente até o lado de Aldebaran e, com uma voz sensual mas imponente se pronunciou:

    - Não me parece que tal julgamento tenha sido justo e digno para com aqueles que com devoção serviram a um dos Eternos.

    - Vejo aquela que, decida dos céus, veio para ajudar aqueles que grande amor despertara em seu coração. ? Falou Zeus, altivo mas calmo, pois no momento que ouviu o som da porta, já sabia quem iria entrar.

    Continua?


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