O sangue escorre.

Hoje, as coisas vão mudar. Eles me diziam, mas, eu não via amor em suas palavras.

Fazia sol na vila, e eu Uzumaki Naruto, estava novamente sozinho. Eu... Nunca soube o porquê de as pessoas não gostarem de mim. O sol iluminava-me, o único que me dava calor, era ele. O poderoso astro-rei ,meu único amigo, mas, até ele deveria ter uma família, pois, ele sempre ia embora ao fim do dia, será que os pais dele liam histórias para ele antes de dormir? Eu gostaria de ouvir uma história antes de dormir, pena que meus pais já não podem fazer isso. Na academia, simplesmente riem de mim ou me ignoram, eu já não choro mais por isso, senão seria repetitivo demais, certo? Lá, tem um garoto que consegue fazer tudo que os professores mandam... E uma garota de belos cabelos cor- de ? rosa. Eu acho que eles formariam um ótimo time, já que sempre acertam tudo.

Acho que nunca vou conseguir fazer nada de bom. As pessoas olham-me com desprezo quando passo pela rua. Por que tratam-me como se fosse um terrível monstro, capaz de roubar a felicidade deles? Por que... Eu posso escutar alguém falando comigo em minha mente, influenciando-me á fazer coisas ruins, como tirar a vida do daquele que comanda a vila? Às vezes tenho vontade de morrer, mas, temo que chamem-me de covarde. O sol está indo para a casa dele, indo para seus pais. Sinto o vento acariciando meus cabelos, que clima deprimente. Sinto uma mão pousar sobre meus ombros.

?? que estranho, não deveria haver ninguém na rua agora. Todos foram convocados para uma reunião urgente...?? penso, e viro meu rosto para ver o dono da mão.

Um homem de olhos vermelhos que sorria para mim.

- Naruto, eu sei como fazer todos ficarem agradecidos á você. ? ele disse gentilmente, abrindo um gentil sorriso para mim. ? Só precisa matar um monstro!

- Onde vive este monstro?

- Te contarei se vier comigo até a floresta.

Parecia bom demais para acontecer comigo. Assenti com a cabeça. Por estar sem palavras para responder o homem.

- É só você me segui. ? ele disse, começando a correr em direção aos portões da vila, para ir á floresta. Antes de ir, ouvi pessoas gritando para que eu voltasse, mas, ignorei-as. ? Teremos de ir mais rápido. Suba nas minhas costas.

Obedeci, e em menos de minutos, estávamos na floresta. Desci das costas do homem, que com um sorriso doce disse-me.

- O monstro vive em você, crava está lamina em seu peito, e o monstro morrerá.

Enchi-me de felicidade. Então seria fácil de mata-lo. Sem ao menos pensar duas vezes, peguei a lamina das mãos do homem e enfiei em mim.

No mesmo segundo, o sangue escorreu de meu peito, e jorrou de minha boca. Caí no chão, e pus-me a chorar e a gritar. Por que doía tanto matar o monstro? Ouvi vozes ao longe, e o homem disse para mim antes de correr:

- Não resista, ele em breve morrerá, é só se acalmar. ? antes de sumir para sempre na escuridão.

O homem que comandava a vila surgiu, e junto ao seu lado, estava o professor da academia, aquele chamado Iruka. Ele se ajoelhou ao meu lado, colocou a mão abaixo de minha cabeça, erguendo-a um pouco.

- Por que não retornou quando mandamos? Por quê...? As coisas iriam mudar... Estávamos explicando as pessoas da vila... Que não deviam fazer o que fizeram... ? Iruka disse.

Dei um sorriso.

- Eu...Matei... O... Monstro... ? e com o último suspiro, parei de respirar.