Acostumando-se com a indepêndencia.

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    10
    Capítulos:

    Capítulo 1

    Nova na cidade.

    Álcool

    Depois de pouco pensar, resolvi aceitar o convite para trabalhar para a família Kurosaki, no quê? Bom isso eu ainda não sei. Na verdad,e o que eu sei exatamente dessa família? Nossas famílias já foram um dia muito próximas, coisa que não me lembro. Kurosaki Isshin, pelo menos por telefone, parece ser uma pessoa boa, mas... Como era sua aparência mesmo? A última vez que o vi nem me lembro, talvez no enterro do meu pai? Certamente, um dia que deletei da memória, mesmo que ele me persiga nos meus piores pesadelos.

    Mas pra falar a verdade isso não importa agora, estou no lugar combinado a mais de meia hora e esperar, certamente não é comigo.

    Muito na antiguidade já morei em Karakura. Será que se eu tentar achar a casa dele eu não vou me perder? Bom ele é dono do hospital de Karakura, alguém deve saber onde ele mora, certo?

    Errado.

    - Tabom, obrigado. - Essa já era a décima pessoa para quem eu perguntava desde que sai do aeroporto, a quase uma hora atrás.

    Eu e esse maldito ábito de não conseguir esperar pessoas atrasadas, pois é.

    Estou, pelo que me informaram no centro de Karakura. Agora é o horário que tem bastante movimento e estou parada a frente de um colégio. Hm... pelo jeito escola de filhilhos de papai.

    Ao olhar um bando de adolecentes senti saudades dessa época, é foi uma época boa. Sem preocupações, apenas namoro, festas, vida mansa. Apesar de que naquela época tudo o que mais queria era ser independente, se eu soubesse o que me aguardava certamente imploraria viver essa época para sempre. Tá legal, mas passou certo? Esqueça.

    - Vai ser a 19hrs Ichigo. - Informou uma certa loira.

    Na frente da escola encontrava-se um grupo de amigos, certamente eles eram quem chamaram a minha atenção.

    Duas lindas garotas, uma ruiva e a outra loira, ambas com o corpo muito bem definido e realmente farto.

    - Já entendi! - Granhiu o jovem de cabelos... Laranja?

    Wou, como era possivel?

    Cabelos laranjas? Na época do meu colegial isso era normal, mas hoje em dia os adolecentes quase não optavam por esse estilo.

    Realmente os jovens tem se desenvolvido bastante, a cada ano o estilos e gostos mudavam e hoje é quase impossível achar adolecentes que gostem de um estilo diferente, como os que eu e meus amigos gostavam na época do colegial, pra falar a verdade ainda gostamos.

    Certamente aquele grupo era meio diferente. Um tanto quanto popular já que os alunos que passavam acenavam e sorriam como se fossem celebridade. ''Colegial, sempre assim''. Pensou.

    - Oe. - E do grupo que permanecia na frente da escola surgiu um moreno.

    - Shuu-chan! - A loira lhe estendeu um folheto. - Aqui está, a festa vai ser na minha casa essa noite. - Sorriu.

    - Opa! - Ele olhou de relance o folheto e encarou os amigos. - Vou ficar locão cara. - E acertou com alguns tapas as costas do colega ao lado.

    Tatuagens? Não aquilo era algum tipo de idiota. Por que diabos ele tinha um '69' desenhado na bochecha? Gosto é gosto, certo?

    Mas mesmo com aquele estilo maluco, ele conseguia ser bonito. Seus cabelos arrepiados me lembravam de...Esquece! Seus olhos estreitos, muito diferentes do meu, não só porque os meus são gigantes segundo pessoas que adoram me encher a paciência, mas também pela cor. Os meus são azul-violeta e já os dele são negros. Tá mas por que a comparação? Não, mimadinhos como eles não servem Rukia. Vamos lá ao menos devem ser mais informados do que os velhos das bancas dessa cidade.

    - Kurosaki-kun... - E ao me aproximar pude escutar melhor a conversa deles. - Se importa de me dar uma carona? - A ruiva tinha um jeito meigo, que fofinha. Garanto que vai se jogar pra cima dele durante o caminho.

    - Claro Inoue! - Hm... então o ruivo era Kurosa.. Pera ae. - Eu sempre dou carona a todos vocês.

    - É né. - A loira cutucou a cabeça da ruiva e me encarou assim que me aproximei.

    Certamente eles eram os populares daquela escola, todos do nada começaram a me encarar e perguntinhas como: ''Quem é aquela?'' "O que ela faz com eles?'' eram feitas pelos de mais.

    Qual é ? Era preciso marcar horário para conversar com aqueles moleques de narizes sujos? Fala sério. Colégio é tão problemático.

    - Posso ajudar? - Pelo menos a ruiva parecia ser educada.

    - Sim. - Sorri. - Sabe é que eu sou nova aqui e... Estou procurando pela casa dos Kurosaki. - Preferi fingir que não escutei a conversa deles. - Você sabe onde fica? Já peguntei a vários, mais ninguém sabe. - Bufei, caso eu quisesse poderia ser atriz. - Ele é dono de um hospital. - Lhe encarei esperando resposta enquanto ela trocou olhares cúmplices com os amigos.

    - Eu sei sim. - Pareceu sorridente. - Eu moro na mesma rua que eles. - Contou, mas eu não estava interessada, e não me importei em demostrar. - Esse aqui é o Kurosaki Ichigo. - Apontou para o rapaz de cabelos laranjas.

    - Hm... - Pisquei como se aquilo tivesse sido minha salvação do dia. Certamente serei atriz. Ou não. - Então você é Ichigo?

    Ele piscou confuso, já eu sabia muito bem quem era ele. Na verdade Byakuya, o quase meu irmão que namorava desde pequeno Hisana, minha irmã, falou muitas vezes dele. Nojento, maurissinho, bêbado, cansativo, irritante, sem educação, maluqueiro e com mais vários outros apelidos que meu altoritário cunhado mencionava o filho mais velho de Kurosaki Isshin, na verdade mesmo, Byakuya não gostava nem de Isshin, mas tinha que suportá-lo, aliás ele já foi mehor amigo de meu pai e blá, blá.

    - Você me conhece? - Ele perguntou, realmente não deveria me conhecer.

    - Não. - Dei mais um dos meu sorrisos de atriz. - Mas já ouvi falar de você, eu sou Kuchiki Rukia, prazer. - Curvei-me para comprimentá-los, eles me imitaram.

    - Eu me chamo Inoue Orihime. - A ruiva apresentou-se, será que ela não percebeu que não estou a procura dela? Tudo bem seja educada. Vamos lá... sorria.

    - Eu sou Hisagi Shuuhei, prazer. - Que maldito sorriso misturado de malícia é esse hein? Está pensando o quê? Certo acalme-se Rukia, vamos lá... sorria.

    - Hm, Kuchiki? - A loira levou a ponta do dedo indicador até o queixo. Não! Não sabe quem é a família Kuchiki. - Você me é familiar. - O olhar sério dela me deixou aflita. - Me chamo Rangiku Matsumoto, prazer. - Finalmente ela mudou a expressão séria, por Deus que mudança é essa, mais parece uma retardada rindo. Acalmece Rukia, vamos lá... sorria.

    - Kuchiki!. - Parece que o laranjão decidiu me levar até seu pai. - Esse sobrenome é muito conhecido por aqui!. - Não, não é não seu maldito. - Meu pai sempre comentou sobre vocês. - Sobre vocês? Eca que droga é esse negócio de sobrenomes.

    - É! - Sim, ou eu parava de sorrir ou eu nunca chagaria até o Kurosaki Isshin. - Será que podemos ir agora? - Minha voz saiu mandona, na verdade ela era assim mesmo.

    Os quatro se entre olharam.

    Pouco me importava a vida desses adolecentes de terceiro ano provavelmente. Não queria conhecê-los, não queria conversar, não queria ser amiga de ninguém, meu único proposito era conversar com Isshin e ver se ele teria ou não uma vaga de trabalho para mim. Ótimo, podia ter resolvido isso por telefone, mas precisava sair de Tóquio o quanto antes, pelo menos antes de que Byakuya, que achava que era meu pai, voltasse para o país.

    - Tabom! - Ele pareceu desconfortável com a situação, mas que se dane. - Vamos pessoal eu dou uma carona pra vocês.

    Enfim. Pensei que teria que suportar isso mais tempo. Ótimo estava sentada tranquila olhando a paisagem pela janela, mas isso não durou nem cinco minutos.

    - Aqui é o condomínio em que moramos. - Te perguntei alguma coisa ruivinha? - É um lugar muito legal. - Ela contava animada, posso socá-la, o que eu tenho a ver com isso?

    Eu simplismente os achei ridículos, eles precisavam mesmo ir de carro para a escola que ficava a apenas cinco minutos? Pelo menos não ia cada um com um carro, se juntavam em um só. Campanha dos mauricinhos: Salve o planeta! Divida o carro e vá para a escola que fica a cinco minutos de sua casa com o carro do seu colega.

    - Entregue. - Que jeito lindo de tratá-la, já que de longe percebi que a tal da Inoue gostava de Ichigo.

    - Até mais tarde na festa. Não esqueça. - Certamente essa Rangiku deveria pensar que eles sofriam de alzheimer.

    - Você vai lberar a piscina né Matsu-chan? - Já não basta liberar a casa o tatuado ainda queria a piscina.

    - Mais é claro. - Ela pareceu não se importar, talvez fossemos diferentes.

    - Então até mais Ichigo, Matsu-chan, Ru-chan. - Pera lá. Que droga de apelido era aquele? Eu por algum acaso tenho cara de cachorro para ganhar um apelido desses? Calma Rukia, vamos a nossa terapia, sorria, sorria, sorria bosta nenhuma. Deixei bem claro com a minha cara que não gostei, mesmo assim o infeliz sorriu.

    Agora ele estacionou com a frente do carro a uma casa. Casa? Não, aquilo não era uma casa, era uma mansão.

    - Bom é aqui Rukia-chan. - Saindo do meu sonho desviei o olhar para o tal do Ichigo. - Pode entrar, provavelmente meu pai esta em casa uma hora dessas.

    Sim, eu estava curiosa pra saber o motivo pelo qual ele não entraria, estava voltando do colégio, onde poderia ir a uma hora dessas? Mas é obvio que jamais me permitiria perguntar.

    - Certo. Obrigada Ichigo, tchau Matsumoto. - Sorri-lhes, até podia serem idiotas mais pelo menos me trouxeram até aqui.

    Sai do carro e encarei a mansão. Meu Deus, me senti uma mendiga ali. Tudo bem vamos lá, respire fundo, lembre-se da voz humilde que aquele homem tinha.

    Tá legal. Tudo, tudo como é tipo de pessoa se passava em sua mente, menos uma humilde. Talvez uma mais parecida com Byakuya, já que ele era seu empregado. Uma pessoa como o meu cunhado é uma pessoa gélida, sem expressão, sem amor, só sabe querer crescer na vida e conseguir dinheiro.

    Pois é, só ele conseguiu fazer eu sair de Tóquio, me afastar dos meu amigos. Já estava na hora certo? Agora eu sou uma adulta, minha irmã tem a vida dela, está na hora de eu ter a minha. Sei que vai ser difícil, mas estou só no começo. Respire fundo, e lá vai.

    Meu dedo tremulo tocou a campainha, uma, duas, três vezes. Que diabos não tem ninguém?

    - Olá. - A porta abriu-se e revelou uma, que pelas vestes, deveria ser a empregada da casa. - Posso ajudá-la?

    - S-sim. - Respondi, quantos obstáculos para chegar até esse Isshin. - Eu sou Kuchiki Rukia, gostaria de falar com o Kurosaki Isshin.

    - Ele não se encontra no momento. - Ótimo, que maravilha. Muito obrigado pela notícia. - Kuchiki Rukia? - Acenti com a cabeça. Será que ela era surda ou gostava de ver os outros repetirem as mesmas coisas? - O Kurosaki-san está a sua procura por toda a cidade. - E eu a procura dele. - Entre por favor. - Ela me deu passagem para entrar na humilde residência que era ainda mais deslumbrante por dentro. - Ligarei a ele informando que você já chegou. - Observei a empregada caminhar até outro cômodo.

    Aliás quantos cômodos deveria ter aquela mansão? Tudo pefeitamente arrumado, tudo perfeitamente bonito, cada coisa em seu lugar. A sala onde se encontrava, provavelmente era do tamanha de toda a minha casa, ou antiga casa.

    Desviei minha atenção de um dos vários quadros da sala assim que escutei um barulho de algo quebrar ali perto.

    - Droga! - Era uma garotinha, provávelmente nova.

    O vaso de barro quebrou em mil pedaços ao chão. Mas isso não era a preocupação daquela garota, o que importava era ver se sua bola de futebol não furou com os cacos. Não, ela estava inteira.

    Ela me olhou, eu olhei pra ela. Ela vestia um moletom que mais parecia um vestido pra ela, acompanhado de uma leg preta. Aquele ser não sentia calor? Em pleno verão, vestia roupas de inverno. Tinha a estatura um pouco mais baixa que a minha, cabelos morenos, curtos e repicados, seus olhos eram negros.

    - Quem é você? - Ela indagou, me chamando atenção já que permaneci a fitá-la dos pés a cabeça.

    - Ah, desculpe-me. - Que vergonha, ela provavelmente morava ali. - Eu sou... - Melhor eu não dizer meu sobrenome certo? Mais talvez ela não saiba de quem se trata sem ele. Droga. - Me chamo Kuchiki Rukia. - Anunciei.

    - Hmm. - Ela me encarou por mais um tempo, agachou-se. - Droga! Quebrei mais um vaso. - Ela riu, não pareceu se importar com aquilo. - Sabe? - Ela voltou a me encarar. - Meu pai falou de você. - Ela sorriu, acontece que aquele sorriso eu conhecia muito bem, esse era o MEU sorriso teatral.

    - A é! - Ótimo, parece que temos alguém muito parecida comigo aqui. - Desculpe, você deve ser uma das fihas do Sr. Kurosaki, certo? - Seja gentil, você está na casa dela.

    - Infelizmente. - Ela riu e eu a encarei, que tipo de filha era? - Aquele velho maluco. Rukia-chan, fique a vontade. - Disse ela. - Me chamo Karin, mas agora tenho treino de futebol, minha irmã gêmea está na cozinha, pode ir lá se quiser.

    - O-obrigado. - Vi a menina sair correndo porta a fora.

    Olhei o vaso quebrado, só espero que não me culpem por isso. Vamos ver. Será que deveria ir pra cozinha conhecer a outra filha do Isshin? Talvez esperar aqui seja mais prudente, mas... Ótimo eu já estava atravessando a porta da cozinha.

    - Com licença. - Ao entrar vi uma pequena menina, de cabelo loiro e curto, um franja jogada sobre a sobrancelha direita.

    Ela estava cortando alguns legumes e parou para me encarar, seria ela a irmã gêmea que Karin mencionou, mas ela era tão diferente, parecia mais meiga e ... femenina.

    - Rukia-chan. - Ela sorriu, apenas retribui. - Desculpe-nos a demora, já iria providênciar um chá para lhe levarem. - Ela apontou para a empregada que carregava uma bandeja. - Eu me chamo... - Correu até mim e antes de estender a mão as limpou no avental cor de rosa que vestia por cima de um vestido florido. - Kurosaki Yuzo. - Apertei a mão dela e lhe sorri.

    - Prazer. - Não havia necessidade de ser formal com ela, isso pude notar fácil. - Me desculpe invadir sua casa. - Sorri sem graça. - Sua irmã me disse que poderia vir lhe conhecer aqui então... Eu vim.

    Ela riu, aquela menininha podia ter apenas seus onze anos de idade mais certamente sabia se comportar como uma dona de casa. Conclui isso desde os primeiros gestos dela, e Bykuya sempre resmungava isso quando voltava de Karakura.

    - Magina Rukia-chan. - O sorriso dela era tão meigo, ela certamente era uma garota muito boa. - Pode ficar a vontade. - Disse ela enquanto puxava um banco e sentava-se debruçando em cima do balcão. - Meu pai estava preocupado, não devia ter saído do aeroporto sem ele. - Aquilo era uma bronca ou algo do tipo? Eu acho que não gostava mais dela.

    - Desculpe. - Sentei-me no banco ao lado. - Eu não queria preocupá-lo.

    - Tudo bem. - Ela sorriu. - Então Rukia-chan, meu pai comentou que você veio pra morar em Karakura, verdade?

    - Isso mesmo. - Confirmei.

    A empregada me serviu do chá e fez o mesmo na chícara de Yuzo.

    Fiquei a observar, não sentia vontade de tomar ou comer naquela hora, mesmo depois de uma cansativa viagem. Ela bebericou um pouco do chá, pela expressão parecia muito bom.

    - Adoro esse chá. - Comentou. - Rukia-chan meu pai comentou que você não lhe deu nenhuma informação do motivo que se mudou para Karakura. - Ela me encarou, é sério que ela tinha apenas onze anos? - Rukia-chan, não quero dar uma de intrometida mas... Se mudar para outra cidade quase que como fugida não é o certo, concorda?

    Rukia engoliu em seco. Fugida? Talvez ela tivesse razão. Mesmo assim não tinha comentado nada com Isshin sobre o assunto, apenas perguntou se no seu hospital não teria vagas de trabalho, ele disse que não extamente no hospital, mas precisava de alguém para um trabalho, sem pensar duas vezes eu concordei sem ao menos saber qual era esse trabalho. Será que fiz certo? Meio tarde pra se perguntar.

    - Rukia-chan. - Ela me chamou recebendo minha atenção. - Você pode ficar nessa casa por quanto tempo precisar. - O modo como ela me falava, de certa forma, me dava segurança. - Ninguém vai lhe incomodar, aliás, você já está bem grandinha. - Certamente, os papéis estão invertidos aqui. - Faça como achar melhor pra você.

    E de repente um desespero tomou conta de minha alma. Será que eu tinha mesmo motivos para ter saído de casa? Mas tinha que ser assim, para seguir meu sonho. Mas como seguir meu sonho sem os meus amigos? Eles eram essenciais para esse meu sonho se realizar. Não que eu só me importasse comigo, mas todos compartilhavam a mesma vontade, o mesmo sonho.

    - O-obrigado Yuzo. - Não sei se essa menina tem mesmo onze anos.

    - Rukia-chaaaan. - Escutei um grito vindo da porta da cozinha e de repente, dois grandes braços me apetaram.

    Depois de um certo tempo sendo abraçada por Kurosaki Isshin conseguiu me livrar de seus braços. Bom ele era meio... Grudento.

    Segundo relatos de Hisana, ele era um homem bom, carinhoso, brincalhão até de mais e cativante. Já para Byakuya ele era um completo idiota, na verdade ele achava a maior parte das pessoas idiotas, talvez ele também me achasse uma idiota.

    Idiota ou não Kurosaki Isshin era o patrão de Kuchiki Byakuya, sim Byakuya não é só meu cunhado e um irmão de coração, é também meu primo. Ele se formou em medicina a mais ou menos uns três anos e desde então trabalha em uma equipe de Isshin, não no hospital de Karakura, mas sim em uma equipe especial de Isshin que cuidam de pessoas sem muitas condições em todos os cantos do mundo.

    - Que bom revê-la. - É eu sei que o conheço de muito tempo mas... Não lembro. - Você está muito diferente. - Não sei o que ele via de diferente em mim já que parei de crescer aos meus dez anos. Se aquilo fosse uma piada eu... Argh. - Você está linda Rukia-chan. - Como Hisana já havia lhe dito, ele tem um sorriso convidativo e acolhedor.

    - Obrigado Kurosaki-san. - É eu estava meio sem jeito, mas ele parecia mais com o que Hisana havia lhe dito e de qualquer modo se fosse como Byakuya havia dito, seria fácil domar um idiota, ou não.

    - Você mal deve se lembrar de mim não é? - Eu acenti, ele riu. - Já faz muito tempo mesmo. - Aquele sorriso sumiu de seus lábios e eu sabia o motivo. - Mas então... - E deixando a triste lembrança de lado ele voltou a sorrir. - A quanto não vejo Hisana-chan e Byakuya-chan, como eles estão?

    - Estão bem. - Eu espero. - Conheci seus filhos. - Tentei mudar de assunto o mais rápido possível. - Acho que viveremos em harmonia. - Sorri, mas um de meus sorrisos teatrais, me esforcei o máximo, talvez convença.

    - Quanto a Yuzo não tenho dúvidas, Karin será um pouco mais difícil, mas com o tempo você dobra ela. O que me deixa preocupado é o outro. - Ele levou o dedo indicador ao queixo, pensativo. O outro? O outro seria Ichigo? Mas ele não pareceu tão problemático. - Mas deixamos o tempo dizer. - Sentou-se no banco que Yuzo deixava vago.

    Caminhei meu olhar por onde Yuzo andava enquanto Isshin dizia alguma coisa sem sentindo.

    - Farei um bolo pra comemorarmos a nova hóspede. - A loirinha picava legumes. Mas não é um bolo? - Já estou preparando algumas coisas para o jantar também. - Ela virou-se com a faca em mãos. - Espero que o Ichigo venha jantar em casa hoje. - Sorriu voltando-se para a tábua com os legumes.

    - O Ichigo jantar em casa? - Isshin riu irônico. - Não acredito mais em milagres.

    Por mais engraçado que ele estivesse tentando ser, podia-se ver um fundo de tristeza naquelas palavras.

    _X_

    Depois de um lanche muito satisfatório, Yuzo mostrou o quarto onde Rukia ficaria.

    Wou!

    Era um quarto grande, a cama era de casal, televisão, computador, poltronas, um banheiro amplo com banheira e tudo, até sacada tinha no quarto da hóspede.

    - Fique a vontade Rukia-chan. - Disse Yuzo ao bater a porta do quarto.

    Cançada. Isso cairia perfeitamente para Rukia. Cançada não só da vijem mas também tudo que estava lhe acontecendo desde que o ano começou.

    Livrou-se dos sapatos e jogou-se na cama. Como era macio aquele colchão. Tudo era perfeito naquele quarto só falatava alguns detalhes para ficar mais com a sua cara.

    É,faltar faltava, mas ela estava tão cançada. Não pretendia dormir aquela hora da tarde, mas acabou por piscar e pronto, apagou-se.

    _X_

    - Obrigado pela ajuda Ichigo. - Agradeu Matsumoto seguarando o portão para que o amigo pudesse sair. - A festa vai arrasar. - Sorriu vitoriosa.

    - Pode ter certeza disso. - Esboçou o mesmo sorriso vitorioso que ela.

    Matsumoto e Ichigo, já foram, na verdade ainda são, grande motivo de boato no colégio de Karakura. Alguns juram de pé junto que os dois tem algo. Bom é claro que já trocaram alguns amaços mas no fundo, são amigos.

    Se conhecem desde que a familia Rangiku se mudou para o luxuoso condominío, mas a amizade só concretizou quando a loira entrou na mesma classe que a de Ichigo, na 7ª´série. Na época já conheciam Shuuhei, mas não eram amigos. Um anos se passaram e muita coisa mudou, Ichigo se tornou o garoto mais popular do colégio e Matsumoto a mais bela de todas as meninas, boatos surgiam sobre os dois e no intuito de acabar com eles Matsumoto bolou um grande plano: Ichigo começar a namorar a melhor amiga de uma amiga deles. Essa melhor amiga de uma amiga é Inoue Orihime, no começo tudo deu mais que certo, Ichigo e Inoue se tornaram o casal perfeito da escola, a popularidade do laranja aumentou ainda mais, na época eles estavam terminando a 8ª série. Passaram o verão todo juntos, era bom, Ichigo tinha sua primeira experiência como um namorado.

    No começo do 1ª ano nada foi como antes, Arisawa Tatsuki , amiga de infância de Ichigo não o perdoou quando ele a contou que no final de semana que Inoue viajou ele acabou a traindo com Tu Oderschvank Neriel. Como melhor amiga de Inoue, contou tudo a ela, a ruiva chegou a falar com Ichigo mas o perdoou, acontece que uma fofoca dessa não ficaria a toa aos ouvidos dos fofoqueiros do colégio de Karakura, que descobriram sabe se lá como. A traição foi publicada e o Jaegerjaquez Grimmjow descobriu a traição da namorada com Ichigo, não que ele não a traísse, mas ela o trair era outra coisa. Grimmjow ameaçou Ichigo de morte e os dois já brigaram centenas de vezes, mais a pior de todas brigas foi naquela época, se Shuuhei e Yasutora Sado não tivessem chegado, sabe-se lá o que teria acontecido com ele. Foi assim que Ichigo passou a conversar com Shuuhei, Sado também, mas ele sempre foi mais reservado. Tatsuki nunca perdoou Ichigo, mesmo que Inoue tivesse perdoado-o. Por fim Ichigo acabou terminando o namoro com Inoue já que se convenceu de que era um canalha e tinha uma perfeita nova amizade ao seu lado, Shuuhei que não ficava muito longe de dele na canalhice.

    Matsumoto e ele nunca conseguiram acabar com os boatos dos dois terem algum tipo de relacionamento, mas com a aproximação da loira e Inoue isso diminuiu bastante.

    E foi assim que o quarteto mais popular do Colégio de Karakura se formou.

    _X_

    Havia acabado de sair do banho e os cabelos úmidos denunciavam isso. Vestia um blusão com a estampa do coelho Chappy e um short curto.

    Sentou-se na beirada da cama e pegou o celular que estava jogado sobre ela.

    4 NOVAS MENSAGENS.

    Era o que dizia no visor do celular.

    Mensagem de: Momo Hinamori Enviada ás 13:22hrs am 01/02/12

    Assunto: Você conseguiu me tirar do sério!

    Rukia o que pensa que está fazendo? O Renji me contou que você foi para Karakura atrás de um amigo da sua família. Isso só pode ser brincadeira, né? O Byakuya volta daqui uma semana, não quero nem ver a confusão.

    RESPONDER (X) EXCLUIR () SALVAR ()

    Rukia riu, ela devia estar no nível calmo de Rukia. Momo Hinamori era assim, calma, muito calma, calma até de mais. Rukia chegava a se irritar de tão calma que Hinamori era.

    - Hm... - Contorceu o rosto. - Tá legal você merece uma resposta.

    Mensagem para: Momo Hinamori

    Assunto: Espero que você esteja mesmo menos zen.

    Hina meu amor, sei que esta sendo difícil e que todos devem estar querendo me matar, não? Mas é o melhor a fazer, não tem outro jeito. Eu vou voltar, não se preocupe. Beijos.

    ENVIANDO...

    - Ótimo, vamos a próxima. - Sorriu apertando alguns botões do celular.

    Mensagem de: Kuchiki Hisana Enviada ás 09:54hrs am 01/02/12

    Assunto: Assunto vazio

    Rukia, onde você está? Acordei hoje e não tinha nada seu no quarto, estou preocupada, me ligue! Beijos Hisana.

    RESPONDER () EXCLUIR (X) SALVAR ()

    EXCLUINDO...

    Mensagem de: Abarai Renji Enviada ás 07:05hrs am 01/02/12

    Assunto: Acabei de acordar.

    Rukia, acabei de acordar, vou passar na sua casa ás oito pra gente conversar, tá? Não faz nada de cabeça quente, o Kuchiki foi viajar ontem a noite e só volta na quinta que vem, fica tranquila. Não ouse ir a Karakura Rukia , é sério!

    RESPONDER (X) EXCLUIR () SALVAR ()

    Mensagem para: Abarai Renji

    Assunto: Me desculpa.

    Renji, me desculpa. Mative meu celular desligado até agora porque sabia que não viria se visse sua mensagem. Eu já estou em Karakura. Não vamos mentir a nos mesmos, certo? Isso foi o mais sensato a se fazer. Eu prometo que vou voltar, só preciso de um tempo. Beijos.

    ENVIANDO...

    - Desculpa mesmo Renji. - Resmungou baixinho. Apertou mais alguns botões do celular para ler a última mensagem.

    Mensagem de Shiba Kaien Enviada ás 11:02hrs am 02/02/12

    Assunto: Assunto vazio.

    Rukia estou pasmo. A campainha tocou e eu fui atender, era o Renji e o pessoal. Não acredito no que você fez. Precisamos de você Rukia, isso é só um obstáculo, não pode fugir no primeiro de muitos que apareceram. Vou te buscar se você não voltar em três dias. Três dias Rukia!

    RESPONDER () EXCLUIR (X) SALVAR ()

    EXCLUINDO...

    Suspirou. Como foi difícil tomar essa decisão. E como estava sendo difícil ler aquelas mensagens. Mas tinha que ser forte. Precisava ser.

    - EU VOU E PRONTO ACABOU! - Rukia correu até o corredor para saber quem e por que estava gritando.

    Continua ....


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