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Terça-feira, 02/11/2010 01:43 A.M
Um garoto pálido de expressão vazia adentrava sorrateiramente em uma mansão que se localizava distante da cidade grande. Mais especificadamente, entre as montanhas.
Ele entrou tomando o devido cuidado para não acordar ninguém. Mas, assim que ele pôs seus pés na sala, as luzes se acendem, revelando que este estava cercados por homens de terno devidamente armados.
? Bem-vindo ? falou um senhor de meia idade, observando quão jovem era a pessoa que havia sido mandada para matá-lo. O garoto nada respondeu, apenas permaneceu parado com a expressão vazia, observando o homem que havia lhe dado boas-vindas. ? Como você ainda é jovem, presumo que deva ser inexperiente no assunto... ? continuou o homem, esboçando um sorriso em sua face não muito juvenil.
Depois disso, as coisas passaram muito rápidas para que o homem pudesse ver. Em um momento, os capangas de terno estavam em pé, prontos para deter e matar o jovem de cabelos negros e, no momento seguinte, todos estavam caídos no chão, inconscientes - ou talvez mortos. Mas o garoto continuava parado observando o homem.
? C-Como você fez isso? ? perguntou o senhor raivosamente. Ele não entendia como um garoto que trabalhava para um governo fajuto poderia ser melhor que os maiores assassinos do país.
O rapaz foi caminhando em direção ao homem, mas este não ficou parado para descobrir o que iria acontecer. Ele começou a correr, mas antes mesmo que conseguisse chegar à porta, sentiu uma dor lancinante em suas costas e caiu.
Este apenas tentou virar-se, mas mal conseguia movimentar-se devido a uma adaga que estava cravada em suas costas.
O garoto continuou a andar calmamente em direção a ele, que há essa hora esperneava de dor. O moreno pouco ligava para os lamentos do homem, queria apenas terminar seu serviço e ir para casa.
? Por favor, não me mate. Eu lhe dou o que quiser, eu lhe pago quanto quiser, só, por favor, não me mate ? o senhor continuava a implorar por sua inútil vida e o moreno continuava a ignorar cada mísera palavra.
Arrastou o homem para o sofá e o jogou sentado neste, mas sem antes ? claro - puxar a adaga das costas do criminoso, fazendo sangue manchar sua roupa e molhar ainda mais o chão. Esse movimento do jovem moreno arrancou mais gritos de dor do homem, mas estes logo foram trocados por gemidos de dor e ódio.
Não ligando para o olhar mortal que recebia do senhor, o rapaz trancou cada janela da casa e foi em direção a cozinha. Ele cortou a mangueira por onde passava o gás e voltou para a sala, deixando um isqueiro aceso no meio da mesa de centro.
O garoto de aparência séria apenas olhou, com suas orbes de ônix, uma última vez para o isqueiro posto sobre a mesa e logo saiu da casa com a mesma expressão que entrou. Ele foi para a sua BMW conversível negra, que estava parada perto da casa. Entrou e deu a partida, acelerando ao máximo.
Quando ele já encontrava-se a no mínimo um quilômetro de distância da casa, escutou apenas o barulho da explosão e logo sorriu com o trabalho bem feito.
Pegou seu celular assim que este começou a vibrar.
? Serviço completo ? falou ele, antes mesmo que a pessoa do outro lado dissesse uma palavra.
? Isso é o mais esperado de você, Sasuke ? falou uma voz ao outro lado da linha. ? Volte para sua residência... Amanhã você terá escola para ir ? ordenou a voz.
? Nem me lembre ? dito isso, desligou o celular.
O garoto de olhos de onix acelerava mais ainda, fazendo com que o vento desarrumasse seu cabelo negro como as trevas. Ele tirou as luvas que estava usando e jogou-as em um canto qualquer da estrada.
Olhou a hora no relógio de seu carro. Ainda eram duas e trinta e três da manhã. Tinha tempo para descansar, logo então ele colocou o carro a duzentos e quarenta quilômetros por hora e tomou o rumo de sua casa.