O caminho

Quanto mais eu andada, mais escuro parecia ficar. A trilha de sangue continuava em frente,as vezes ficava menor, outras começava a parecer uma possa, sempre mudando, tornando-se diferente. O caminho não parecia ter fim,já deveria estar andando á uma hora, e nem sinal de uma curva, passagem, ou o que quer que fosse. Continuei andando, e enquanto me locomovia, tentava lembrar da minha infância.

Nunca fora muito animada, ou algo assim. Enquanto as outras crianças brincavam, eu sempre ficava em casa, ou no pequeno balança sozinha. Recordo-me de ás vezes o vento parecer sussurrar para mim, palavras, que naquela época não podia compreender. Seriam avisos,para este futuro sombrio que chegara até mim? Não queria parar para pensar nisso agora. Pensamentos estranhos invadiam minha mente, e por alguns segundos ela ficou vazia, como se vários tipo de ideias tentassem entrar ao mesmo tempo. Caí de joelhos, diretamente na possa de sangue.

A sensação de ter a perna molhada era incrivelmente agradável, foi como se ela estivesse sendo completamente renovada. Levantei-me, fazendo o sangue escorrer devagar para meus sapatos, antes molhados.

Andei por aproximadamente vinte minutos, antes de ver uma porta, no fim do corredor. Dessa vez, era feita de metal, porém, nela, havia a marca de sangue de uma mão, que escorregava para baixo, como se a pessoa tivesse tentado abri-la antes de cair no chão e morrer. Pus as mãos na maçaneta, e no momento que a porta abriu, vi dois olhos vermelhos, logo depois, fui puxada para dentro.