Era uma manhã fria e silenciosa de um dia como qualquer outro. Em uma casa, deitada no sofá encontra-se uma mulher olhando pela janela as nuvens ficando escuras.
? Vai começar o inverno. - Disse a mulher soltando um suspiro, um suspiro de cansaço e tédio.
Ela levantou e andou pela casa, parou no corredor quando viu a foto de seu filho com os amigos. Seu filho, Ash Ketchum, saiu em uma jornada pokémon para realizar seus sonhos e o marido... Foi embora há alguns anos atrás. As lágrimas eram inevitáveis. Indo até o quarto ela se olha no espelho, olhando atentamente para alguma marca no seu rosto. Não se sentia tão velha, mas sabia que o tempo estava passando e que não ia parar. Vai até a cama para tentar relaxar, cama que agora ela achava grande de mais.
? Talvez, grande seja a minha solidão...So queria alguem para tirar essa tristeza de mim - Ela olha para uma casa ao fundo de sua janela, e de repente tem uma idéia.
? Bem, talvez seja hora de uma visita - Com isso, ela se levantou e começou a se arrumar, com esperança de que essa sensação ruim fosse embora.
? Mimey, vou sair um pouco, não faça o jantar, certo?
? Mimey, mimey - Respondeu o pokémon acenando para ela.
Não muito longe dali, um homem com aparência sonolenta olhava para o relógio, naquele seu tic e tac.
? Muk, eu já vi você, nem venha me agarrar.
? Muk, Muk, Muk - O pokémon saiu desapontado.
? Isso está ficando cansativo. ? Suspirou o homem, passando a mão nos cabelos cinza. Ele olhou para os papeis em cima da mesa, não estava com a mínima vontade de trabalhar. Mas ele precisava, era a única coisa que tirava ele da solidão do mundo. E agora que seu assistente, Tracey, saiu de férias, as coisas desandaram um pouco.
? Eu não posso prender o coitado aqui, ele tem uma vida inteira pela frente, mas esse laboratório é tão horrível vazio desse jeito. Lembro quando aqui era um lugar cheio de vida.
Há 08 anos sua esposa morreu, ele lembrava como se fosse ontem, o filho nunca mais apareceu e o único que ainda tem contato é seu neto, Gary Carvalho, mas ele está ocupado demais em querer ser tornar um grande professor pokémon.
? Quem sabe não tenha alguém que me ajude... - Ele é interrompido pelo som da campainha. ? Que inferno - Reclamou ele indo abrir a porta.
? Olá Sam! - diz a mulher com um lindo sorriso no rosto.
? Ah, o-olá Delia. ? falou ele com vergonha, pois estava todo desarrumado. ? Entre, por favor.
Delia parou no meio do caminho ao ver na sala do laboratório pilhas de papeis, roupas e coisas de pokémons por todo o lado.
? Meu Deus. - Ela pensou indignada, aquilo era tão diferente da casa arrumada e limpa dela.
? Se você tivesse avisado que vinha eu tinha arrumado isso aqui.
? Ah não, tudo bem.
? Sente-se aqui ? diz Sam, colocando os livros no braço do sofá.
? Obrigada.
? Então, o que traz você aqui?
? Bem, eu estava desocupada e vim ver se estava precisando de algo.
? Hum, está tudo em ordem aqui.
Delia olhou pra ele com descrença. ? Você ta de brincadeira né?
? Nem ta tão ruim assim ? senta no sofá e derruba uns livros no chão. ? Opa.
? Pelo visto eu vou ter que dar uma geral nesse lugar empoeirado.
? Olha Delia, realmente não precisa fazer isso, vai ficar tudo bem e... ? É interrompido por ela
? Samuel Carvalho, este lugar está parecendo um campo de guerra, vou arrumar isso e não discuta comigo ta ouvindo?
Sam engoliu o seco, ele sabia que quando aquela mulher botava uma coisa na cabeça ninguém fazia ela mudar de idéia, igual ao filho.
? Ok, ok, mas eu vou te ajudar está bem?
? Certo, certo, vamos começar. - Delia diz com grande uma motivação.
? De onde essa mulher arruma esse entusiasmo todo pra fazer uma faxina? ? Pensa ele indignado.
? Anda Sam, puxa aqui esse sofá.
? Ta bom...
Depois de horas fazendo uma faxina em todo o laboratório, Profesor Carvalho já estava pedindo arrego.
? Nunca mais faço isso na minha vida. - Disse Samuel se enterrando no sofá.
? Deixa de ser dramático, é só uma faxina.
? Só uma faxina pra você que ta acostumada.
? Que cara mais preguiçoso viu, sei não. Enfim, o que você vai jantar?
? Jantar? Ah, peço uma pizza e atum com ervilha e ta bom.
? PIZZA? Isso é comida de gente Samuel? ? gritou Delia já ficando estressada.
? Vai começar...
? Eu vou fazer um jantar decente pra você. - Mexe na geladeira. ? Só tem Tofu aqui?
? É o que eu sei fazer.
? Como você ainda ta vivo? - Falou Delia perplexa. ? Hum, tem frango, acho que vou fazer uma omelete.
? Pedir pizza é tão pratico.
? Quieto Samuel.
? Sim senhora.
Minutinhos depois...
? Comida prontinha. - Falou Delia animada.
? Ta boa?
? Lógico, foi eu que fiz.
? Nem se acha né. - come um pedaço. ? Hum, ta boa mesmo
? Então num disse, vamos comer.
Os dois jantam a deliciosa omelete de Delia e ficam conversando.