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Lembro-me daquele dia como se fosse hoje. Era uma linda manhã, o céu estava sem nuvens, o Sol radiante, e as pessoas passeando pelo parque. Eu encontrava-me no alto duma pousada, estava para matar-me. Minha vida era muito infeliz.
Minha esposa abandonou-me, despediram-me da pousada a qual estava prestes a jogar-me. Estava sem casa, sem dinheiro, com fome, com sede. Eu realmente ia pular, quando ouvi alguém gritar "Não!". A voz era magnífca, essa voz devia pertencer a uma mulher linda do contrário, seria muita injustiça de meu Deus.
- Por favor, não pule. - Disse a mulher.Virei-me para ver como era a pessoa que tentava salvar-me. Deus realmente foi justo. Essa mulher possuía longos cabelos escuros, era baixa, um metro e sessenta no máximo, usava óculos que deixavam-na ainda mais linda.
- Não adianta. Deus não me quer aqui. - Pensando bem, se Deus não não me quisesse neste mundo, não enviaria uma mulher tão linda para tentar salvar-me!
- Como você sabe? Deus quer todos aqui,convivendo em paz.
- Minha mulher deixou-me, estou desempregado, sem casa, sem comida. Estou sozinho...
- Você não está sozinho. Eu estou aqui.
Quem era essa mulher? Acabou de conhecer-me e já está a falar essas coisas.
- Por favor, começemos de novo, chamo-me Bruna, e tu?
- Chamo-me Carlos. - Dei um passo para dentro do telhado.
- Vamos, não precisas matar-se.
- Onde dormirei?
- Dormirás em minha casa.
- Onde comerei?
- Comerás em minha casa.
- Onde beberei?
- Beberás em minha casa. - Dei mais um passo e abaixei minha cabeça, Bruna correu e abraçou-me. Interessantemente, ela chorava, com o rosto em meu peito, ela chorava.
Eu era a pessoa que estava prestes a morrer e ela chorava? Essa mulher realmente impressionava-me. Ela levou-me até seu apartamento. No caminho, contei minha história a ela. De como acabei sozinho neste mundo.
Ela não contou-me sobre si mesma. Tudo que sabia sobre ela era seu nome, Bruna. E que ela é a mulher mais linda que já vi em minha vida.