Os pingos de chuva começavam a cair levemente das nuvens, que vinham novamente para brincar. A água escorria pela testa de Zero, que corria em direção a entrada da floresta, onde Allexandria lhe dissera para ir. Por algum motivo, enquanto passava pelos lugares da vila para chegar à floresta, as pessoas lhe lançavam olhares penosos, como se estivesse prestes a morrer. Zero achara estranho, mas, não pareceu-lhe importante naquele momento, e continuou correndo.
Em alguns minutos, já estava na entrada da floresta, porém, não via ninguém. As folhas das árvores balançavam ao sopro do vento, o barulho das gostas de chuva caindo nas plantas, era inquieto. O clima do local estava tenso, Zero ouviu um barulho vindo de uma moita, mas, quando reagiu já era tarde demais. Uma mão surgiu, segurando suas mãos, segundos depois, um homem surgiu na frente do garoto, e dirigiu-lhe um soco no estomago, fazendo ele perder as forças, sua cabeça baixou, e um pouco de sangue escorreu de sua boca.
-Vamos, carregue-o logo. ? O homem que lhe dera um soco disse.
A pessoa que segurara Zero por trás o colocou sobre os ombros, com as pernas para frente. O garoto ainda estava acordado, mas, já não podia mexer-se. Zero notou que eles o levavam para muito fundo da floresta, onde o sol já não tocava. Estava muito escuro, os homens já haviam acendido uma vela, que ameaçava apagar a cada passo dado. Continuaram a andar por mais dez minutos, até que os homens pararam. A pessoa que segurava o garoto o pegou novamente, e jogou-lhe no chão, com muita força.
- Prepare-se sacrifício. ? A pessoa que lhe jogara dissera, insanamente. O homem colocou a mão no bolso, de onde tirou um vidro e jogou no chão. Portões de prata surgiram separando Zero dos outros. ? É melhor correr, os monstros já estão aproximando-se.
Com um gesto, os homens desaparecem entre uma misteriosa fumaça, deixando Zero, sozinho, no lugar mais sombrio, já visto pelo homem. A floresta de Kurona.
Segundos depois, Zero derrama-se em desespero.
-Socorro! ? gritava,sem saber que não poderia ser ouvido. Depois de alguns minutos, a pobre criança, colocou-se a chorar, dominado pelo medo.
O menino ouvira um barulho por de trás das árvores, que marcavam o início do terrível local. Antes que pudesse sequer mexer-se, uma garra surge por trás, tapando-lhe a boca, e o puxando para dentro da floresta. Naquele dia, a noite terminará com um grito de criança.