Todas Contra Trunks

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    12
    Capítulos:

    Capítulo 2

    Ele é o cara

    Álcool, Heterossexualidade, Nudez, Sexo

    CAPÍTULO NARRADO POR TRUNKS.

    O ano mal começou e eu já estava planejando investir em mais outra garota. Cumprimentei todos, ou melhor, fui cumprimentado enquanto passava pelo corredor da escola. "Oi Trunks", elas diziam, fazendo com que eu me sentisse o cara.

    - Olá gatas. - eu dizia, piscando um olho para elas. Eu sabia que aquilo as deixava loucas.

    Abria um sorriso malicioso a cada suspiro que elas davam por mim. Afinal, era bom ser o cara mais popular e desejado daquela escola toda.

    - E ai, cara? ? Goten se aproximou.

    Uma pausa na história. Preciso explicar: Goten era meu melhor amigo. Cara de pau, paquerador, pegador. Tinha todas as características que um cara precisava ter pra andar comigo.

    - Qual é? - perguntei, atrasando o passo para que ele me acompanhasse.

    - Planos pra hoje à noite? - ele perguntou enquanto mascava um chiclete.

    - Não. Com quem você acha que eu marco hoje? Maron? Ângela? Tereza? Tanya? Ro...

    - Caramba, tá pegando a escola inteira? Deixa umas pra mim, pelo menos. - ele me interrompeu enquanto bagunçava meu cabelo, curtindo com minha cara.

    - Não tenho culpa se causo esse efeito todo nas meninas. Mas na verdade, não sei se vou querer sair com alguma delas hoje. Quero descansar, assistir um filme, qualquer coisa.

    Entramos na biblioteca e fomos até uma mesa vazia. Sentamos nas cadeiras. Inclinei um pouco meu corpo sobre a mesa.

    - Você? Querendo descansar? Qual é Trunks? Adoeceu? - brincou Goten.

    - Que nada. Só quero tirar umas férias pra depois poder voltar com todo gás. Se é que você me entende.

    - Entendo sim. - ele apontava o dedo indicador pra mim, rindo.

    - E você? Vai sair com alguma hoje?

    - Não... Também vou aderir essa sua nova moda de "férias". Quero ver se dá certo.

    - Claro que vai. - me encostei mais na mesa.

    Passei a vista ao redor daquela biblioteca. Não havia nenhuma garota nova ali. Eu estava à procura de novidades. Precisava encontrar alguma aluna novata o mais rápido possível. Cocei meu queixo, enquanto continuava procurando. Nenhuma. Desisti!

    - Procurando o que, cara? - Goten perguntou, olhando na mesma direção que eu.

    - Procurando novidade, Goten.

    - Você já viu as novatas do segundo ano? Adorei o cardápio! - ele disse com malicia.

    - Claro, claro. Vamos dar uma volta na escola inteira. Quero procurar.

    Saímos da biblioteca na mesma hora e fomos andar pela escola. Ouvi mais um monte de "Oi, Trunks Briefs". Respondi a todas. Tinha de ser educado, dar uma boa impressão. Isso seria a chave para um "volte sempre" pra elas. Passei meus olhos mais uma vez por aquela escola. Acabei me surpreendendo quando senti um par de mãos cobrirem meus olhos. Não esperava por aquilo.

    - Goten, para. - reclamei.

    - Adivinha quem é...!? - uma voz feminina sussurrava em meu ouvido, deixando-me novamente calmo.

    - Hã... Prefiro não arriscar.

    - Ah, Trunks. - a dona daquela voz tirou as mãos de meus olhos e veio pra minha frente. - Queria fazer uma surpresa, apenas isso.

    - Maron... - abri um largo sorriso em meus lábios. Aquela era a senha. Encantar Maron com meu sorriso. Ela gostava. Ou será que era a Tanya, a Ângela ou outra que havia falado que gostava de meu sorriso? Não lembrava.

    - Tudo bem, docinho? - ela fazia um biquinho, enquanto pronunciava a palavra "docinho".

    - Tudo sim e você, amor?

    Olhei na direção de Goten e ele saiu de perto de nós dois.

    - Aonde você vai me levar hoje? - ela perguntava. Sorri, meio sem graça. Eu tinha marcado alguma coisa com ela naquele dia? Eu não me lembrava. Ela ocupou o lugar do sorriso com uma cara de raiva. - Não sabe mesmo que dia é hoje?

    - Ação de Graças? Natal? Dia de Finados? Seu aniversário? - a cada chute que eu dava (e obviamente não acertava), sua expressão ficava mais séria e rígida. - Não vai dizer?

    - Dia que nós fazemos um mês de namoro. - disse insatisfeita.

    - Claro! - fingi felicidade enquanto por dentro me xingava por ter esquecido aquilo. Eu devia começar a anotar num papel todas as datas que eu começava a namorar cada garota, para que eu não esquecesse.

    - Hm. - ela deu de ombros.

    - Estava brincando. Fingi não lembrar porque não queria que você soubesse da surpresa que estava preparando pra você hoje à noite. Bom, estragou a surpresa. Parabéns! - virei e andei lentamente até Goten.

    - Não, amor. Desculpa. Olha... Vamos fazer assim. Vou fingir que não sei. Aí você continua com a surpresa. - ela apressou o passo e me segurou pelo braço, me fazendo parar.

    - Tudo bem... ? Voltei a olhar para ela. Meu celular tocou e ao contrário das outras vezes, não olhei antes quem estava me ligando. ? Trunks Briefs falando!

    - Xuxu. - outra voz feminina começou a falar.

    - Ahn... - eu não estava reconhecendo aquela voz.

    - Tanya. - ela disse, percebendo que eu não havia reconhecido sua voz.

    - Claro. Espere. - abaixei o celular e falei pra Maron: - É minha mãe. Está doente e precisa comprar remédio.

    Ela fez uma cara de "como ele é um filho cuidadoso" e suspirou. Pisquei para ela e me afastei.

    - Pronto!

    - Quem está doente? - Tanya perguntava do outro lado da linha.

    - Goten. - foi a primeira pessoa que veio à minha cabeça.

    - Só liguei pra dizer que sinto sua falta, Trunks. Quando vamos poder nos ver?

    - Amanhã. - marquei.

    Parei de falar quando Ângela passou por mim, me encarando. Obviamente que aquilo era um "me siga, Trunks".

    - Goten começou a tossir. Tenho que desligar! - disse automaticamente, parecendo um robô. Ângela estava tão provocante hoje. Justo hoje. Droga. Não poderia passar tanto tempo com ela.

    - Claro xuxu. Vá cuidar do seu amigo.

    - Pode deixar, vou cuidar bastante. Muito bem. - eu ria por dentro, sabendo que não seria de Goten que eu cuidaria.

    Virei pra Maron e joguei um beijo pra ela.

    - Depois a gente se vê. À noite. Prometo. - sibilei.

    Olhei para os lados, procurando alguém que estivesse em minha direção e me visse atrás de Ângela. Ninguém. Estava com sorte. Segui-a, alerto para que ninguém visse aquilo. Fomos até um canto não movimentado - poucas pessoas deveriam conhecer aquele local ali. Era deserto, estranho. Sinistro. Virei o canto e não a vi. Ela veio por trás. Eu ficava louco com os mistérios de Ângela.

    - Procurando por alguém, lindo? - ela perguntou e eu me virei na mesma hora.

    - Sim. - sem dizer mais nada, tomei-a em meus braços e a beijei.


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