A vida de Zero.

Há muito e muito tempo atrás, surgiu uma lenda, que era repassada de gerações a gerações. A lenda de Zero. Essa história não pode ser contada por nenhum dos heróis que participaram dela. Por isso, cabe a mim, contar para essa geração a tão triste lenda de Zero. Tudo começou á aproximadamente 1500 anos, onde a época de cavaleiros e princesas dominava, havia um bravo cavaleiro, chamado Arcanjo. Arcanjo era o mais corajoso de todos os cavaleiros da alteza, Miranda, aquela que tinha os mais belos cabelos prateados de todo o reino, seus olhos negros irradiavam poder, seu rosto era de criança, afinal, ela tinha apenas 22 anos, a pequena princesa de 22 anos. A coragem de Arcanjo era admirada por todos, mas, principalmente pelo seu único filho, Zero. Mesmo sendo muito venerado, este pobre homem, teria um fim trágico, em sua mais arriscada missão, que estava por vir. Um dia, a princesa convocou-o desesperada pedindo que fosse salvar uma criança da vila que fora capturada por uma fera da floresta. Arcanjo escolheu um grupo com seus melhores homens, a dedo, e foi com eles que partiu em busca do jovem menino. Ao entrarem no esconderijo da fera, a criatura saltou sobre eles, matando de uma vez só, três, de cinco homens. Dentre os outros dois, estava o líder cavaleiro, que lutou bravamente, até mesmo quando seu companheiro fora morto, de uma maneira realmente brutal. Poderia ter batalhado por dias e noites, se a fera não desistisse dele, e mirasse na criança, causando assim, a morte de Arcanjo, que pulou na frente das garras daquele ser, tendo assim, o pescoço fatalmente cortado. O menino, aproveitou o tempo em que a criatura devorava o corpo dos homens, para voltar para casa, contando assim, a gloriosa história dos cavaleiros.

A criança do corajoso Arcanjo que, já não tinha mãe, fora colocado num orfanato. Zero tinha cabelos castanhos, e olhos igualmente castanhos, e acabou conseguindo superar o trauma da morte de seu pai, com muito esforço e tempo.

O reino estava sofrendo uma enorme desgraça. As riquezas estavam a acabar, e eles iriam cair em pobreza, por uma crise aparentemente inexplicável. Ninguém mais sabia o que fazer, até os moradores do reino lembrarem-se de um antigo costume. Quando as coisas vão de mal a pior, um sacrifício humano ao espírito das trevas, Kurona, seria a solução. A partir deste ponto, a história conseguiu ser resgatada por uma mágica poderosa, e é mostrada como numa legitima lenda.

- Zero! ? a jovem chamada Alexandria, corre pela grama em direção ao lugar que Zero sempre ficava, sozinho quando tinha vontade de pensar, ou simplesmente quando lembrava-se de seu falecido pai.

-Ah, é você Alli? ? ele disse, num tom meio melancólico. ? O que foi?

- As pessoas da cidade estão te chamando, vá rápido que já está tarde! ? ela disse. Zero não sabia, mas, aquela seria a pior decisão que ele poderia ter tomado, seguir os conselhos daquela inocente menina.

Ele coloca-se a andar em direção a cidade, sem saber, que aquela seria a ultima vez que veria aquelas pessoas, ou que voltaria a dar um sorriso, a lenda de Zero, começava agora.