Além das estrelas...Além do infinito

Tempo estimado de leitura: 9 minutos

    12
    Capítulos:

    Capítulo 3

    E No Fim... Tudo Errado...

    Drogas, Linguagem Imprópria, Violência

    Capítulo 2

    P.O.V Matthew

    - Ótimo! Uma candidata. Pode subir ao palco, gracinha. - disse o homem. Eu senti meu sangue ferver nas veias. Como ele tem coragem de chamá-la de gracinha? Posso não ser o senhor gentileza por causa da minha personalidade e meu jeito punk de ser, mas nem eu a chamo assim.

    Fabye subiu ao palco e começou a cantar a música Smile, da Avril Lavigne, uma de suas músicas preferidas dessa cantora. Assim como Fabye dá um espetáculo na dança, ela também canta muito bem. Perfeitamente bem.

    Ela não tirava os olhos de mim, assim como eu também não conseguia desviar os meus dela.

    Há muito tempo quero falar a ela tudo o que sinto, mas eu simplesmente não consigo expressar meus sentimentos. Queria poder deixar uma vez na vida a minha fama de durão da escola de lado, e poder enfim estar livre para me declarar pra ela.

    Quanto mais ela cantava, mas eu percebia que ela me completava. Ela era perfeita pra mim.

    Seus olhos roxos tinham um brilho diferente, que despertava em mim um desejo jamais sentido antes.

    Quando ela estava quase no fim da letra da música, desce do palco, e quando enfim a música termina, ela se aproxima de mim, larga o microfone no chão sem pudor algum, e se aproxima bem mais, bem mais perto. Eu continuo parado onde eu estava, não conseguia me mexer, ou simplesmente não queria.

    Estava curioso demais pra descobrir o que ela seria capaz de fazer depois. Então, com as duas mãos em meu rosto, ela colou seu corpo no meu e em seguida, seus lábios,que tinham gosto de batom de morango.

    Eu já havia beijado meu primeiro amor, mas nunca pensei que o segundo seria tão intenso quanto a primeira vez.

    P.O.V Fabye

    Não sei bem ao certo de onde eu havia tirado coragem para fazer aquilo na frente de todos presentes. Só sei que se dependesse de mim, ficaria assim pra sempre. Meu sonho era poder sentir o sabor dos lábios dele, e agora, ali estava eu; em seus braços. Podem me chamar de oferecida, mas pelo menos não morrerei antes de saber como é beijá-lo.

    Afastei-me dele, pois já estávamos ficando sem ar, e então me descobri corando muito. Não sabia o que falar. Nunca tinha sido sentimentalista, mas a verdade era que eu queria dizer a ele que eu o amava muito, e que só admirá-lo de longe já não era mais o suficiente. Percebi que ele também não conseguia falar nada.

    - Me...desculpe. - eu disse.

    - Pelo quê? - ele pergunta, sorrindo.

    - Ora, pelo beijo. Acho que fui muito ousada e oferecida.

    - Você sempre foi assim. - ele continuava sorrindo.

    - Olha Matthew, não vou discutir com você porque... porque...

    - Por quê...? - ele estava me provocando, e o pior de tudo é que ele sabe que eu não gosto disso.

    - Porque eu não consigo. - eu disse, e então ele fez a coisa mais inesperada possível. Me abraçou. Um abraço carinhoso que a muito tempo eu não recebia.

    Lembro-me bem da última vez em que recebi um abraço...

    Flash back on:

    Eu tinha nove anos, era feliz e brincava todos os dias como qualquer outra criança. Estava acompanhada de meu irmãozinho mais novo, de apenas quatro anos... Foi dele o meu último abraço. Depois, ouvimos um grito vindo do quarto de nossos pais. Resolvi dizer ao meu irmão que eu o protegeria, mas era para ele ficar ali, que eu iria verificar o que aconteceu.

    Quando cheguei no quarto, minha mãe estava... morta. E meu pai com uma faca de cozinha, ensangüentada.

    Flash back off

    - O que aconteceu, Fabye? Está pálida.

    - É que... Me lembei... O dia que minha mãe... Morreu.

    - Eu sinto muito... acha que eu posso fazer alguma coisa pra diminuir sua dor?

    - Você só está aumentando ela, Matthew. - eu disse, me afastando dele. Saí para fora da boate, e uma chuva forte estava caindo. Matthew sentou ao meu lado na beira calçada. A chuva, molhando nossos corpos.

    - Então? Eu sou um problema pra você? - perguntou-me ele, sério.

    - Não foi isso que eu quis dizer... Acontece que...

    - Pensei que éramos amigos. - interrompeu-me ele, dessa vez.

    - Matthew...Tem muita coisa que eu preciso contar pra você.

    - Precisamos mesmo ter uma conversa séria. Mas antes, me responda uma coisa: faz dois anos que nos conhecemos, até alguns dias atrás você estava se sentindo horrível, lembra? Enjôo, tontura, etc. Por acaso, você está grávida?

    Meus olhos encheram-se de lágrimas. Tudo o que eu queria poder fazer era fugir novamente. Fugir pra bem longe.

    Continua...


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