Capitulo 05 ? A chegada.
Listel é a pequena Shina, rumaram então ao vilarejo mais próximo para obter algumas informações de seu amigo, era cedo o sol tinha surgido no céu não tinha muito tempo, pois o calor era ameno e tranqüilo com uma suave brisa que soprava em direção a eles, trazendo consigo o cheiro e o perfume das rosas e flores que enfeitavam os jardins dos campos.
Shina segurando a mão de seu pai olhava o lugar e apreciava o aroma que enchia seus pulmões, que lhe transmitia paz e tranqüilidade, se passaram quinze minutos de caminhada até que eles avistaram uma estrada de terra que passava por uma floresta, alta e robusta que logo depois dela ao longe se conseguia ver um vilarejo não muito grande.
―Veja papai!?Apontou a garotinha com o dedo para o vilarejo ao longe para seu pai.
―Muito bom, acredito que conseguiremos algumas informações lá.
Os dois atravessaram a estrada de terra, entrando na floresta, tranquilamente, o céu estava limpo e claro um azul difícil de descrever, na floresta os pássaros cantavam o seu canto matinal, pois apesar de não parecer ainda era primavera, Listel sempre tranqüilo e sereno assim que entrou na floresta ficou serio e cauteloso, o que fez a garotinha perceber a mudança.
―O que foi papai??Perguntou à pequena Shina segurando a mão do pai.
― Não e nada minha filha, apenas uma seção... Uma preocupação, por regressar após tanto tempo acho eu, talvez seja só emoção? Falou o homem tentando mostrar um sorriso a sua filha.
O sorriso não a enganou, o sorriso de sua face também desapareceu e os dois caminharam em silêncio, por entre as arvores e arbustos, alguns pares de olhos o seguiam de longe, tentando esconder sua presença e não fazendo o menor barulho possível.
―Será que eles perceberam??Falou uma voz baixa e sussurrada.
―Não mesmo! Apenas fique quieto se não seremos vistos... ? Disse uma voz firme e confiante, parecia este ser o líder.
As duas vozes se calaram, mas continuaram a observar o homem e a garotinha, que já haviam saído da floresta e agora estavam no vilarejo entraram, e viram varias pessoas nas ruas, algumas com pequenas bancas, vendendo as mais diversas especiarias, sendo de frutas a objetos estranhos, todos se vestiam muito simples, as ruas eram feitas de pedras e rochas, as casas a maioria de tijolos, outras feitas com barro e telhado de palha, mostrava que ali era um lugar que não possuía muitas riquezas, mas que eram um povo feliz, era visível isso em suas faces.
―Chegamos! Vamos ver o que descobrimos sobre meu amigo Klaus. ?Falou o homem adentrando a cidade com sua filha.
―Espero que tenhamos sorte, de saber algo que nos ajude, logo de cara. ? Falou a garotinha olhando a cidade que era bem diferente da que conhecia na Itália.
O s dois entraram na cidade com cautela, em busca de informações sobre quem procuravam, eles olhavam as pessoas que iam e vinham por todas as direções, umas fazendo compras, outras conversando,alguns varrendo e organizando suas vendas, e crianças brincando um dia tipicamente comum,em uma cidade de comércio para se obter o sustento de cada dia,Listel segurando a mão de sua filha se dirigiu a uma pequena venda que tinha uma pequena senhora idosa, com seus cabelo grisalhos, e pele maltratada pelo tempo, usava um vestido azul claro e uma par de sandálias simples feita de couro, estava na porta da venda organizando e pendurando artigos da cidade local.
― Minha senhora! Poderia nos ajudar??Perguntou o homem indo até a entrada da venda da senhora idosa.
―O que o senhor deseja??Perguntou a mulher idosa e de olhos castanhos cor de mel que se virou para vê-lo com um sorriso meigo e gentil.
―Eu preciso de uma informação, será que poderia me ajudar??Perguntou o homem que segurava a mão de sua filha que estava em silêncio apreciando a cidade.
? Bem... Não sei. Pergunte e vamos descobrir o que posso fazer por você. ? Disse a mulher com sua voz rouca e terna.
―A senhora conhece um homem chamado Klaus??Disse o homem olhando a pequena senhora.
―Ahhh! Klaus quem não o conhece, ele vem aqui no vilarejo uma ou duas vezes por semana mais ele mora próximo ao santuário se não me engano.
―Santuário? Como assim... ?Pergunto o homem confuso.
―Santuário e onde vive Atena, e onde também residem seus cavaleiros, soldados e todos os aspirantes. ? olhando o homem disse a mulher tranquilamente.
―Klaus e um soldado??Perguntou o homem intrigado.
Sorrindo a mulher respondeu negativamente com a cabeça. ?Soldado... Não, ele e um cavaleiro.
A mulher parecia muito feliz, é estava sempre sorrindo, parecia que ali as coisas corriam bem e todos tinham orgulho de viver ali, algo que no tempo dele nem de longe se assemelhava, e isso estava o intrigando, como as coisas poderiam ter mudado tanto assim? E o que levou seu amigo a ser um cavaleiro, qual motivo para isso? Estas perguntas somente seu amigo poderia lhe dizer.
―Senhora... Chamo-me Listel, e esta pequenina aqui e minha filha seu nome e Shina. Venho da Itália, em busca de meu velho amigo de infância ele se chama Klaus, ele sabe de minha chegada, mas cheguei mais cedo do que esperava e queria lhe fazer uma surpresa, a senhora poderia me indicar qua caminho seguir?
―Hum, se você e amigo do senhor Klaus só pode ser boa pessoa. ?Disse a mulher olhando atentamente ao homem.
―Obrigado pela confiança, acredito que muita coisa aconteceu deste de minha partida daqui. ? Disse o homem pensativo se lembrando quando se despediu de seu amigo e partiu em busca de seus sonhos.
―Acredito que sim, pois esta paz se deu porque o grande mestre esta reunindo os cavaleiros para o regresso de Atena, e nenhum bandido ou problema aconteceu deste de então, pelo menos nada grave, pois ele esta sempre mandando alguns dos cavaleiros ou soldados verificar como anda as coisas, Klaus vem neste vilarejo às vezes...
―Atena? Quem e Atena papai. ?Perguntou a menina curiosa puxando o pai pela calça para lhe chamar a atenção.
―Atena... E uma deusa querida deusa da guerra na mitologia grega. ?Disse seu pai olhando para sua filha.
―Desculpe interromper, mas Atena não e deusa da guerra verdadeiramente, ela e a deusa da justiça e sabedoria, e do combate justo, o que muitos associam com deusa da guerra. ?Disse a senhora olhando a pequena criança curiosa.
―Posso conhecer está deusa papai??A menina estava empolgada com a idéia.
―Eu não sei...
A velha senhora deu um pigarro em sua garganta para mostrar que estava ali e falou. ?Sinto muito minha pequena, mas Atena ainda não esta no santuário, pois ela ainda não reencarnou.
―O que e reencarnar??Pergunto pequena Shina que parecia ter ficado bastante intrigada com a história.
O pai apenas observava e compartilhava da curiosidade da filha, assim pai e filha olhavam a velha senhora em busca de respostas.
―Reencarnação, bem... Como posso dizer? Vejamos... Reencarnação é um ciclo de vida que não tem vim, acho que seja a melhor forma de explicar.
Antes que a pequena Shina perguntasse mais, o pai se pronunciou. ?E o caminho a senhora pode nos mostrar?
―Há sim posso... Klaus está morando próximo ao santuário ou até no mesmo, não tenho certeza, mas passando este vilarejo o senhor verá uma grande montanha que leva ao caminho para o santuário, ele e bem íngreme e perigoso, por isso tome cuidado, e só seguir caminho reto não tem erro, ao longe verá enormes construções de bela arquitetura de mármore branco assim saberá que chegou ao santuário.
―Obrigado... ? E assim se despedindo da senhora o homem é sua pequena filha seguiram viagem para o santuário.
Mais os olhos que os seguiam deste de a floresta, não os abandonaram ao longe eles ainda seguiam cada passo deles, sem serem notados, parece que agora era só uma questão de tempo até reencontrar o velho amigo, as lembranças invadiam a mente de Listel, que passou muitos momentos em sua infância aprontando e brincando com este amigo que agora parecia ter se tornado alguém importante...